tag:blogger.com,1999:blog-1644628384631688224.post3367168316017914366..comments2024-03-24T21:53:38.279-03:00Comments on Altamiro Borges: Os economistas que inventaram a recessãoAltamiro Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07900537170963479602noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1644628384631688224.post-25484830761222048152017-03-11T08:43:24.025-03:002017-03-11T08:43:24.025-03:00A recessão e seus efeitos perversos, como o desemp...A recessão e seus efeitos perversos, como o desemprego, não são frutos de cegueira teórica, de adoção de concepções equivocadas, de medidas e de política econômicas ineficientes. Ao contrário, são objetivos perseguidos conscientemente pelos que comandam a política econômica do governo golpista, e que atendem plenamente aos interesses da plutocracia financeira que ocupa o poder. Não se pode fazer análises econômicas certeiras dispensando a luta de classes e os interesses de classe como fio condutor dessas análises. Ciência econômica não existe fora daquela que se fundamenta na análise marxista do sistema capitalismo. Nesse sentido, os preceitos que empolgam Nassif, que é um social-democrata, são tão equivocados quanto aqueles que implementam os neoliberais. E, para piorar, são apresentados como diferenças conceituais, equívocos analíticos, como se os condutores da política econômica do governo golpista fossem apenas incompetentes e estivessem efetivamente empenhados em promover o desenvolvimento econômico em benefício do conjunto da sociedade, assim entendido um organismo social sem contradições antagônicas de interesses de classe. A propósito, é mais lamentável ainda ler representantes de partidos comunistas defendendo medidas anticíclicas keynesianas como se acreditassem poder contornar as crises de superprodução do sistema capitalista adotando o receituário keynesiano implementado por ocasião da crise de 1929. Essa visão leva a que se conceba a possibilidade de estender a vida desse sistema eternamente, sem necessidade de superá-lo através de uma revolução. Os comunistas podem e devem fazer alianças com social-democratas, sempre que tiverem que combater as políticas econômicas e sociais dos neoliberais. Entretanto, não podem jamais se deixar confundir com os sociais-democratas, reproduzindo discurso destes, esquecendo-se de denunciar a falácia das concepções reformistas. Dada a tremenda concentração da produção capitalista ocorrida desde a crise de 1929 para cá, o espaço para a preservação desse sistema através de políticas anticíclicas keynesianas está cada vez mais reduzido. Esse fato é, a meu ver, uma das causas do fim dos Estados de Bem Estar que assistimos atualmente na Europa. DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVAnoreply@blogger.com