segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Demissões e a morte do Estadão

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão, da decadente e falida famiglia Mesquita, iniciou nesta sexta-feira (21) mais uma onda de demissões. Segundo apurou o sempre dócil Portal Imprensa, “o fotógrafo Carlos Pupo e os repórteres José Roberto Castro, Ana Kátia, Roseli Lopes, Eulina Oliveira e Ronald Lincoln Jr estão entre os desligados da empresa. A justificativa para as demissões seria a crise financeira que atinge o país e, consequentemente, o veículo”. A desculpa da empresa é das mais esfarrapadas. Há muito tempo que o Grupo Estadão atravessa grave crise – decorrente da explosão da internet, da perda de credibilidade dos seus veículos conservadores e também da péssima gestão do feudo familiar, como tão bem demonstrado no livro “Nascidos para perder”, do saudoso jornalista Mylton Severiano.

Desemprego em alta ameaça Dilma

Por Altamiro Borges

O Ministério do Trabalho divulgou na sexta-feira (21) dados alarmantes sobre a alta do desemprego no país. Como efeito já esperado do arrocho monetário (elevação dos juros) e fiscal (corte dos gastos públicos), as empresas demitiram 157,9 mil trabalhadores em julho - o quarto mês seguido de queda. Foi o pior desempenho do emprego com carteira assinada em julho da série, que teve início em 1992. O último ano em que havia sido registrada perda de vagas no mês foi em 1998, com o fechamento de 21,5 mil postos. Para piorar, os sinais de retração da economia indicam novos facões nos próximos meses. A presidenta Dilma, alvo de intensa campanha golpista da direita, deveria se preocupar mais com esta tragédia. Esta, sim, pode encurtar ou desgraçar de vez o seu segundo mandato!

O silêncio de Aécio e FHC sobre Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tão tagarelas ao dar lições de moral nos últimos meses, FHC e Aécio estão mantendo um silêncio de vaca amarela sobre o caso Eduardo Cunha.

Tem um preço este mutismo de ocasião.

Cada palavra silenciada desmoraliza as pronunciadas contra o governo Dilma.

domingo, 23 de agosto de 2015

Acordo com Cunha é novo mensalão tucano

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A indignação diante da generosidade exibida pelo PSDB em função da denúncia de que Eduardo Cunha recebeu uma propina de US$ 5 milhões não deve iludir ninguém. Apenas demonstra que, mesmo celebrada com trombetas quando ajuda a atacar o adversário, a ética é uma planta destinada a subordinar-se às necessidades da política.

Moro ganha quase R$ 80 mil por mês

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Olha só que cara de pau.

O juiz Sergio Moro, que mandou prender a cunhada de Vaccari porque achou que ela depositara R$ 2 mil na conta da irmã (depois viu que não era ela), que prendeu o almirante Othon Pinheiro, porque ele movimentou R$ 4 milhões em 6 anos, este mesmo Sergio Moro, ganha R$ 77 mil.

Ou seja, ele pode ter ganhado, de verba pública, mais de R$ 5 milhões em seis anos.

FHC, a maioria e o golpe

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A verdadeira razão da voracidade da oposição contra Dilma vem da baixíssima aprovação do governo, como tem sido destacado em diversas pesquisas. Isso virou um ponto importante na lista dos golpistas. A desaprovação das contas do governo no TCU e o processo aberto no TSE são truques políticos da oposição para confundir a sociedade. Nem tudo vem daí.

A encenação de Gilmar Mendes

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ministro do STF Gilmar Mendes voltou à carga contra o PT. Porém, sua determinação para que a Procuradoria Geral da República “apure eventuais crimes relacionados à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff” não passa de encenação teatral que se vale do poder de Estado para fazer política partidária.

Gilmar Mendes começou a buscar pelo em ovo nas contas de campanha de Dilma Rousseff logo após as eleições do ano passado. Em novembro, determinou à Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) do TSE que fizesse uma devassa nas contas da adversária política.

O poder supremo dos "sem-voto"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Outro dia escrevi aqui sobre o que é, para mim, a maior ameaça à democracia no Brasil: a distorção do papel do Judiciário (e dos organismos que a ele se vinculam), que hoje, sensivelmente, vai assumindo o papel tutelar que, até bem próximo ao final do século passado, os militares tiveram sobre o Estado democrático e que, seja pelo exercício direto do poder, seja pela situação de temor criado sobre governos eleitos, circunscrevia a autonomia dos governantes.

A guerra dos bonecos na Paulista

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Sim, havia menos gente nas ruas nesta quinta (20 de agosto) do que no último domingo (16 de agosto). Mas ainda assim as marchas pela Democracia resultaram num grau de mobilização surpreendente, dadas as condições objetivas em que a guerra se trava.

A manifestação golpista do dia 16, lembremos, teve amplo apoio midiático: a Globo passou a manhã fazendo “chamadas” para inflar o ato da tarde em São Paulo. E ainda assim o número de manifestantes na Paulista foi de 130 mil pessoas – menos, muito menos, do que na manifestação golpista do dia 15 de março.

"FHC não tem autoridade política"

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Ao mesmo tempo em que movimentos sociais, centrais sindicais, PT, PSOL e PC do B organizavam atos públicos em diferentes cidades do país em defesa da democracia e do mandato da presidente Dilma Rousseff nesta semana, o governo intensificava as articulações com políticos e empresários em torno de um pacto de governabilidade contra a proposta de impeachment que PSDB e DEM voltaram a desfraldar depois dos protestos de domingo.

Por que a direita saiu do armário?

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Quando se usa essa expressão, não se está querendo dizer que ela estivesse escondida até recentemente. A direita, na era neoliberal, no Brasil, é representada pelos tucanos e seus aliados e sempre esteve ocupando o campo político como alternativa aos governos do PT.

O que há de novo é a consolidação de um setor de extrema direita na classe média, que teria colocado recentemente as manguinhas pra fora, constituindo-se no fator novo no cenário politico nacional. E que parece que veio para ficar.

Sem discutir a tese da Marilena Chau