quarta-feira, 15 de março de 2017

Hecatombe do governo golpista. Diretas já!



Por Jeferson Miola

A lista do Janot tem o efeito de uma hecatombe para o governo golpista. A mega-denúncia de corrupção oferecida pelo MP ao STF é aterradora. Ela implica, até este momento de divulgação parcial das informações, personagens-chave do bloco golpista:

- cinco ministros: Aloysio Nunes e Bruno Araújo, do PSDB; Eliseu Padilha e Moreira Franco, do PMDB; e Gilberto Kassab, do PSD;

- os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia/DEM; e do Senado, Eunício de Oliveira/PMDB – primeiro e segundo da linha de sucessão do presidente usurpador;

Wagner Moura pode processar Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não se passaram 24 horas e a burrice da comunicação de Michel Temer com suas peças de propaganda sobre a reforma previdenciária – como se comentou ontem aqui – está atestada.

A juíza Marciane Bonzanini da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, concedeu hoje liminar a nove sindicatos gaúchos para suspender os anúncios do governo federal sobre a reforma da Previdência em todas as mídias em que vêm sendo publicados. Cabe recurso. A multa pelo descumprimento da medida é de R$ 100 mil por dia.

Sabe o apelido do Instituto Lula, doutor?

Foto: Ricardo Stukert
Por Renato Rovai, em seu blog:

O dia a dia de um blogueiro sujo é muito mais complicado do que parece. O imenso financiamento que recebemos durante mais de uma década de governos petistas não foi suficiente para que a gente conseguisse construir uma estrutura que viabilizasse viver apenas das nossas ações informativas nas redes. É preciso fazer de tudo um pouco para garantir a subsistência. Por isso, só na noite de ontem consegui assistir ao depoimento de Lula ao juiz federal Ricardo Leite.

Foi de fato um depoimento histórico, como muitos já registraram. Lula fez sua defesa com uma dignidade invejável para aqueles que estão acostumados a ficar se escondendo em não-respostas quando colocados à frente de um juiz.

Lista de Janot e o procurador da Netflix

Foto: Lula Marques/Agência PT
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A temporada 2 da série Billions, da Netflix, está muito interessante. Um dos protagonistas, o procurador Charles “Chuck” Rhoades, interpretado pelo brilhante Paul Giamatti, é um implacável, incorruptível e ambicioso procurador do Ministério Público de Nova York.

A função de procurador, nos EUA, é a antessala da carreira política. Chega-se a procurador através de indicação política, feita diretamente pelo presidente da república, como é o caso de Rhoades, ou pelo voto popular. Exemplo deste último, para ficarmos na ficção, é Peter Florrick, personagem de outra série americana, a The Good Wife. Depois de ser preso, acusado de corrupção, e, em seguida, absolvido, Peter concorre para governador e vence.

Previdência e a batalha da comunicação

Só dá bandido na ‘reforma’ da Previdência!

Por Altamiro Borges

Atrasado para mais um compromisso, eu pego um táxi na região central da capital paulista. O motorista me pergunta sobre as razões dos protestos contra o “presidente Temer”. Conhecendo a média da opinião da categoria, bastante influenciável pelas emissoras de rádio – como a “Ku Klux Pan” ou a CBN, a “rádio que troca notícias” –, vacilo em responder para evitar atritos, mas não me contenho. Falo que o motivo principal é a tal reforma da Previdência. Aparentemente tranquilo, ele pede detalhes sobre a proposta. Pergunto sua idade e quanto tempo ele já contribuiu. Diante das respostas, faço um cálculo rápido e brinco: “Você só vai se aposentar no caixão”. Assustado, o taxista indaga por que o “governo está fazendo esta putaria com a gente”? Minha resposta também foi direta: “porque só tem bandido neste covil e no comando desta reforma”.

O "Fora Temer" em Belo Horizonte

Greve geral amadurece no Brasil

Por Altamiro Borges

Os primeiros relatos sobre os protestos deste 15 de março contra os retrocessos do covil golpista de Michel Temer indicam que amadurecem as condições para a convocação de uma greve geral no país. Já nos atos do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, esta percepção foi consensual entre as entidades organizadoras. A mobilização superou as expectativas mais otimistas em vários Estados. Agora, o mesmo se repete e ainda com maior intensidade e apoio da população. Até a Folha golpista, inimiga histórica da luta dos trabalhadores, foi obrigada a postar em seu site pela manhã: "Afetados, os usuários do Metrô de SP dizem que deveria 'parar tudo'", o que confirma o grau de rejeição da sociedade às contrarreformas previdenciária e trabalhista da quadrilha que assaltou o poder.

Temer é ruim na economia e na política

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Leonardo Avritzer, no site The Intercept-Brasil:

Existe um paradoxo permeando a avaliação do governo Temer feita pelos principais órgãos da mídia escrita no Brasil. Ele consiste no fato de haver, após nove meses de governo, um consenso absoluto de que o governo Temer é um desastre político. Mas, supostamente, ele estaria indo bem no que diz respeito às suas decisões econômicas.

O Estado de São Paulo escreveu o seguinte editorial na sua edição do dia 12 de fevereiro: “Ao completar nove meses no poder, o presidente Michel Temer abraça uma agenda reformista na economia, mas preserva as práticas da ‘velha política’”. A Folha de São Paulo não deixou por menos em editorial dias depois e defendeu a mesma posição.

terça-feira, 14 de março de 2017

Dilma quer depoimento de Padilha e Yunes

Do site de Dilma Rousseff:

A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentou na noite de segunda-feira, 13, ao ministro Herman Benjamin, relator do processo de cassação da chapa Dilma/Temer nas eleições de 2014, pedidos de mais de uma dezena de testemunhas. Inclusive a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do advogado José Yunes, ex-assessor especial de Michel Temer na Presidência da República.

Encontro de ativistas digitais em Campinas

Do site Carta Campinas:

Já estão abertas as inscrições para o 1° Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais de Campinas e Região que acontece no próximo dia 25.

O evento, histórico e inédito na cidade de Campinas, contará com a participação, no período da manhã, dos jornalistas Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Aparecido Araújo Lima (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé), Glauco Cortez (Carta Campinas) e Paulo San Martin (ADunicamp).

PSDB será o mais afetado na lista de Janot?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não precisa ser muito inteligente, nem mesmo razoavelmente inteligente, para entender por que os partidos grandes mais prejudicados por denúncias envolvendo empreiteiras foram PT e PMDB apesar de expoentes do PSDB estarem tão envolvidos quanto; desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014, houve seletividade nas investigações.

E o PSDB, obviamente, não vinha sendo poupado por ter não corruptos, ainda que a intenção seja levar a sociedade a esse entendimento. A Lava Jato não quer é investigar tucanos.

TSE, Temer e os bodes expiatórios

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A lista da Odebrecht e demais empreiteiras está gerando duas estratégias do chamado fogo de encontro.

A primeira, o contragolpe de Michel Temer, para impedir sua cassação, com duas etapas bastante nítidas.

Primeiro, a imprensa solta um conjunto de reportagens tentando construir um clima de otimismo. Depois, martela-se na tecla que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não poderia impichar Temer para não expor o país a nova crise política e econômica.

A lista de Janot e a tempestade política

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Duas tempestades estão se armando no horizonte político do Brasil neste exato momento, e vão desabar nos próximos dias. Juntas, elas têm força para colocar o governo e os conservadores na defensiva, e varrer o ar pesado dos retrocessos, que contamina o ambiente do país há onze meses. Mas sua potência pode ser desperdiçada, porque a esquerda – e também os chamados “novos movimentos” – permanecem perplexos, sem narrativa e sem propostas para sair da crise.

A primeira tempestade é a nova “lista de Janot”, que o Procurador Geral da República publicará a qualquer momento. Ela é fruto da Lava Jato e das delações dos executivos da Odebrecht. Apesar dos partidarismos da operação, que em sua fase inicial perseguiu apenas políticos de esquerda, dessa vez não será possível tapar o sol com a peneira. O sistema político brasileiro – este mesmo que avança sobre os direitos sociais – está podre. 78 dirigentes da maior empreiteira do país prestaram 950 depoimentos. Contaram, segundo O Globo, que pelo 170 deputados, senadores e governadores receberam dinheiro em troca de favores à mega-construtora.

Classe trabalhadora: vanguarda do atraso?

https://www.cartoonmovement.com
Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Muita coisa se diz, mundo afora, sobre a migração da classe trabalhadora para os partidos e candidatos da direita. Isso teria acontecido na Europa, nas últimas duas décadas. Repetir-se-ia agora, na eleição norte-americana: o Tea Party e Donald Trump teriam seduzido a “white working class”, arrancando-a da tutela política do Partido Democrata. Muita confusão reina em todas essas interpretações. Mas vamos nos concentrar no caso americano.

Faz algum tempo, uma pesquisa encomendada pelo NY Times mostrou a composição fortemente classe média (e nada baixa) do Tea Party. Mas, com Trump, podemos ser mais detalhados, desagregando resultados das urnas.

Como enfrentar a concentração da mídia

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site Carta Maior:

A comunicação é um espaço em disputa. Pelo seu controle digladiam-se forças econômicas, políticas e sociais.

Trata-se de uma batalha cujas origens podem ser encontradas nos primórdios do desenvolvimento da acumulação capitalista e que no caso dos meios de comunicação tem como ponto de referência inicial a combinação histórica, no século 19, da consolidação da revolução industrial com acumulação de capital financeiro em determinados países da Europa Ocidental e o desenvolvimento de nova tecnologia de comunicação, o telégrafo sem fio cujo impacto econômico e social guarda semelhança com o surgimento da internet quase dois séculos depois.

As doze 'doçuras' amargas de Michel Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

"Sou como cana na moenda: por mais que seja espremido, só consigo dar doçura", disse Michel Temer na sexta-feira, 10, em Monteiro (PB), ao inaugurar um ponto de chegada das águas transpostas do São Francisco, obra dos governos Lula/Dilma cuja paternidade ele não teve a doçura de reconhecer. A frase seria de D. Helder Câmara, cuja vida foi mesmo um exemplo de amor aos pobres e de compromisso com a democracia. Mas na boca de Temer, foi um escárnio.

Dele, os brasileiros só têm recebido medidas e decisões que tornam suas vidas mais amargas, num tempo que o golpe tornou sombrio e desolador. É vasta a lista das “doçuras” amargas de Temer, como no exercício que se segue, que não pretende exauri-las. Fiquemos em uma dúzia de “amarguras”, para que outros completem a lista nos comentários.

Lula participará do protesto na Paulista

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer, que ocorre amanhã (15) em todo o país, terá a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato político que começa às 16 horas, na Avenida Paulista, região central da capital paulista. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa dos movimentos sociais e centrais que organizam o ato. As mobilizações terão início pela manhã, com paralisação de várias categorias, dentre elas, ônibus municipais e intermunicipais da Região Metropolitana de São Paulo (capital, ABC, Guarulhos, Mogi das Cruzes), Metrô (exceto Linha 4-Amarela), escolas municipais e estaduais, unidades de saúde, bancos, correios e poder judiciário.

Alckmin tenta conter a traição de Doria

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Geraldo Alckmin está se vendo na incômoda posição de tentar cortar as asas do pupilo João Doria - asas dadas, politicamente, por ele mesmo.

Ao lançar Doria à prefeitura, um arrivista desprezado por cardeais como Alberto Goldman e FHC, Alckmin conseguiu tirar do jogo a turma de José Serra e Andrea Matarazzo.

O que não esperava era que o meninão crescesse na foto a ponto de virar, mais do que Geraldo, uma opção tucana para 2018.

Padilha simboliza apodrecimento do sistema

Por Jeferson Miola

O ministro Eliseu Padilha, batizado com o codinome de “Primo” nas planilhas de propinas da Odebrecht, é um cadáver putrefato; mas esse é, incrivelmente, o fator curricular que lhe confere função de proa no governo golpista.

A cada dia surgem detalhes esclarecedores da sua participação nos esquemas de corrupção que têm protagonistas como Eduardo Cunha, Michel Temer, Lucio Funaro, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco, José Yunes etc.