segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Huck e a piração dos liberais frívolos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As conspirações não são planejadas nos mínimos detalhes. Criam-se as condições, abre-se a garrafa e deixam os demônios à solta. Vão sendo criadas situações, que exigem ajustes de rota, muitas vezes fugindo dos planos originais.

Mesmo assim, as apostas do sistema Globo-mercado-Insper em Luciano Huck parecem ter sido pensadas desde o início do impeachment. Tudo foi feito, desde então, para a desmoralização completa da classe política, pouco importando se de cambulhada fossem jogados fora os aliados tucanos.

O alvo central sempre foi Lula, depois o PT. Mas não houve traumas maiores quando a fogueira consumiu José Serra, Aécio Neves e quando consumir Geraldo Alckmin.

Shell deita e rola nos eventos de Brasília

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Desde 20 de junho de 2017, quando lançou o Poder360-Ideias, dois dos sete eventos que o Poder360 realizou tiveram a presença de petroleiras.

Tais eventos são jantares promovidos para executivos, empresários, investidores e jornalistas.

Segundo o portal, “são uma extensão do jornalismo praticado pelo Poder360, com os mesmos valores, qualidade, precisão e credibilidade”

O primeiro, em 17 de julho de 2017, teve como convidado o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Alguns ecos do Carnaval de 2018

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No baile do Copacabana Palace, com o tema “Gipsy”, o ator Diogo Vilella deu a melhor definição do Carnaval de 2018 aos historiadores do futuro:

“O espírito carioca sempre se sobrepõe à tristeza. Mas ninguém está feliz. Ninguém mais sabe o que é o Brasil”.

Ao mostrar de forma tão nua e crua a diferença entre alegria e felicidade, o ator da Globo questiona o que fizemos do nosso país.

Paraíso do Tuiuti faz desfile histórico

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Com um desfile corajoso e rico em ironias na madrugada desta segunda-feira (12), a escola de samba Paraíso do Tuiuti (RJ) fez história ao levar para a Sapucaí um Michel Temer “vampiro” e escancarar, em pleno Carnaval, o golpe pelo qual passa o Brasil e sua “nova escravidão”.

Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os 130 anos da Lei Áurea, a agremiação fez duras críticas ao atual governo e expôs, em uma das alas, como a reforma trabalhista e da Previdência representariam essa nova escravidão no Brasil.

Bolsonaro é reincidente em pregar genocídio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A uma plateia de cerca de mil executivos do setor financeiro, em evento promovido pelo banco BTG Pactual, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro foi aplaudido de pé ao propor que, se se eleger presidente e os traficantes da favela da Rocinha, no Rio, não saírem da favela e se entregarem à Polícia, ele mandará metralhar a comunidade.

Quem não acredita, assista trecho de uma antiga entrevista de Bolsonaro em que ele, que hoje quer governar o Brasil, declarou-se favorável à tortura (pau-de-arara) e pregou o assassinato de TRINTA MIL cidadãos brasileiros que ele identificou que têm opiniões políticas diferentes da sua.

Corrupção: quem o Judiciário protege

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Em 22 de setembro de 2016, o ex-ministro Guido Mantega viveu um pesadelo. Às 7 da manhã, ele acompanhava sua esposa, Eliane Berger, em internamento para cirurgia contra um câncer (ela faleceu 14 meses depois). Foi surpreendido por uma ordem de prisão preventiva, decretada pelo juiz Sérgio Moro. Voltou às pressas para casa, onde a Polícia Federal o aguardava desde às seis, acompanhada de uma multidão de repórteres. “Faz as malas, reúne as coisas”, disse o delegado que chefiava a operação. Horas depois, diante da repercussão negativa provocada pela brutalidade do ato, Moro revogou a prisão. Um único fato havia servido de pretexto para decretá-la. Preso alguns dias antes, o empresário Eike Batista dissera vagamente – sem jamais oficializar a declaração ou oferecer circunstâncias – que havia pago R$ 5 milhões a Mantega, para obter vantagens do governo federal.

Jatinho de Huck e o R$ 17,7 mi do BNDES

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O empresário e apresentador de TV Luciano Huck recebeu, do BNDES, um empréstimo de R$ 17, 71 milhões para comprar o jatinho Phenom 505, prefixo PP-HUC, que usa em seus deslocamentos. O crédito, tomado pela Brisair Servicos Técnicos Aeronáuticos Ltda, empresa pertencente a ele e à mulher, Angélica, foi obtido pela linha do Finame (financiamentos a máquinas e equipamentos), a juros de 3% ao ano, 5 meses de carência e outros 114 meses para pagamento, funcionando o Itaú como operador do financiamento.


O caso Lula: o advento da pós-justiça?

Por João Arrisco Nunes, no site Carta Maior:

1. A recente condenação de Lula, em recurso, por alegado crime de corrupção, tem alimentado dentro e fora do Brasil confrontos que têm implicações mais amplas do que a atuação do judiciário brasileiro neste caso ou as implicações políticas da condenação ou absolvição de Lula para o futuro próximo do Brasil. Sendo Lula o candidato às próximas eleições presidenciais que lidera as intenções de voto em todos os cenários nas sondagens, apesar das condenações e das continuadas campanhas mediáticas e ataques nas redes sociais, compreende-se a tentativa, por parte do bloco no poder no Brasil, de impedir a sua candidatura. Mas a passagem dessa tentativa pela ação do poder judiciário suscita preocupações que vão além da situação do Brasil, sobre a tolerância ou mesmo a defesa, nos regimes democráticos, de violações de direitos e da ordem constitucional, em nome da luta contra a corrupção, o terrorismo ou a imigração ilegal e como arma política.

Folha deixa Facebook por assédio de mercado

A sombra e a peçonha

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O último resultado do Datafolha, em que Lula continua liderando, olimpicamente, todos os cenários, desmoraliza a indecente Lawfare - verdadeira guerra judicial - movida por setores carimbados da “justissa” brasileira contra o ex-presidente da República.

Caso continuem cercando-o de acusações - como o implacável lupino ao ovino de La Fontaine - e o mantenham impedido de disputar a presidência, os inquisidores lavajatistas da República de Curitiba, secundados pelo TRF-4 e eventualmente por certos ministros da Suprema Corte, intervirão, pornograficamente, diante dos vigilantes olhos da História, com a vontade da maioria da população brasileira e com o rumo das eleições de 2018, entregando de mão beijada o poder a Bolsonaro no final do ano, a não ser que ele também seja eventualmente “cassado”, pela descarada campanha antecipada - com direito a mais de 100 páginas no Facebook, “adesivaços“ públicos, outdoors, etc - que tem feito há anos.

A Olimpíada que derrotou Trump

AP Photo/Ahn Young-joon
Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

Foi um espetáculo primoroso. Na abertura da Olimpíada de Inverno de 2018, na noite gelada de 9 de fevereiro passado, em Pyeongchang, na Coréia do Sul, uma jovem da Coréia do Norte, outro jovem da Coreia do Sul, abriram o cortejo da equipe coreana segurando juntos, garbosamente, uma só bandeira, a da Coreia unificada.

Patenteava-se assim que, na renhida disputa entre o caminho da paz e o da guerra, para tratar dos problemas existentes entre as duas Coreias, pelo menos nesse primeiro momento, ganhou o caminho da paz e do entendimento e foi rotundamente derrotado o caminho da guerra, tão propagado pelo tonitruante presidente americano, Donald Trump. Assim as coisas se passaram.

EUA estão prestes a invadir a Venezuela?

Tropas do Exército brasileiro na fronteira venezuelana
Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, os EUA intensificaram as provocações contra a Venezuela. Rex Tillerson, ex-executivo da petroleira da Exxon Mobil e atual Secretário de Estado do governo ianque, visitou vários países da América do Sul pregando descaradamente um “golpe militar” no país vizinho. Governos fantoches da região, como o de Michel Temer no Brasil, Mauricio Macri na Argentina e Juan Manuel Santos na Colômbia, também fizeram declarações agressivas contra a nação soberana, enterrando os esforços feitos no passado recente pela integração latino-americana diante da fúria imperial. Neste final de semana, para agravar ainda mais o clima no continente, as forças armadas destes países realizaram exercícios militares na fronteira com a Venezuela.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Bancos lucram e fecham 1,5 mil agências

Por Altamiro Borges

Os abutres financeiros participaram ativamente do golpe que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Executivos de grandes bancos e das tais “consultorias” deram declarações entusiásticas em defesa do impeachment. Entidades patronais, como a Febraban (dos banqueiros), ajudaram o covil golpista a elaborar seus projetos regressivos e destrutivos – como o das contrarreformas trabalhista e previdenciária. O saldo desta conspiração, que iludiu muitos “midiotas”, é que os bancos ficaram ainda mais ricos – só o Itaú-Unibanco obteve um lucro de R$ 24,9 bilhões em 2017, um ganho de 12,3% acima do ano anterior –, demitiram milhares de trabalhadores e prejudicaram a sociedade com o fechamento de milhares de agências.

Blocos: "resistência à mercantilice da vida"

Da Rede Brasil Atual:

Os blocos e cordões carnavalescos são encarados com viés preconceituoso e historicamente perseguidos implacavelmente pela polícia, que sempre se esforçou para coibir os atos de “baderna”. Mesmo assim, resistiram e, como “massa de pão”, aumentaram após muita pancada. A avaliação foi feita pelo professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e autor do livro A Geografia do Samba na Cidade de São Paulo (Fundação Polisber), Alessandro Dozena.

Carnaval: irreverência e organização

Editorial do site Vermelho:

Carnaval é coisa séria. A festa, milenar na Europa, foi trazida para cá ligada às comemorações católicas. Aqui, foi apropriada pelo povo pobre, formado por negros e mestiços do “morro” – em linguagem contemporânea, da “periferia”. E se tornou a maior festa profana e popular do planeta.

Como festa popular, nasceu nas ruas, onde o povo, nos blocos, comemorava sua alegria e apresentava seus protestos e reivindicações. Blocos de carnaval que surgiram muito antes das escolas de samba que, nas últimas décadas, dão o tom do carnaval.

Davos e o desastre da globalização

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Há alguns poucos anos, o Fórum Econômico Mundial abriu seus sesquipedais salões em Davos para simular o acolhimento de dúvidas e questionamentos a respeito da globalização, dúvidas que afligem os desglobalizados.

Nos anos 1990, os mesmos salões fervilhavam em orgiásticas celebrações do caráter benfazejo da globalização: 1. A homogeneização do espaço econômico e a submissão crescente das malfeitorias da política à racionalidade imposta pelo mercado. 2. A aproximação entre formas jurídicas, os estilos de vida e os padrões culturais dos povos.

O golpe e o desemprego, tudo a ver

Por Umberto Martins, no site da CTB:

As estatísticas do IBGE sobre a evolução do emprego em 2017 desenham um quadro sombrio e desolador do mercado de trabalho no Brasil. A taxa média de desocupação avançou para 12,7%, a maior desde 2012. São mais de 12 milhões de pessoas condenadas ao ócio involuntário e a perambular pelas ruas procurando um posto de trabalho. Se a este contingente acrescentarmos os que já nem se animam a ir atrás de emprego (desemprego oculto por desalento, na linguagem dos economistas) somaremos mais de 20 milhões.

O pacto do orçamento de 2018 nos EUA

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Em cerca de um ano de nova administração, os EUA de D. Trump parecem dar os primeiros passos em estratégia nacional-desenvolvimentista inspirada em keynesianismo bélico dentro e fora do território pátrio. Em um ano, D. Trump visitou pouquíssimos países, sempre com propósito de anunciar a nova doutrina de segurança dos EUA. E de vender armas. Os campeões foram sistemas de mísseis-antimísseis e caças F-35 (nem Rússia, nem Inglaterra incluídos).

Segóvia é o comissário de polícia do Temer?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Comissário de Polícia era o cargo da autoridade policial designada pelos então intendentes do império português no Brasil no início do século 19, em seguida ao desembarque da família imperial em solo brasileiro.

Além das funções policiais e de polícia judiciária, o Comissário de Polícia gozava de enorme autoridade política e grande prestígio social, derivado do poder intimidatório e discricionário que detinha.

Bolsonaro diz que "metralharia" a Rocinha

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Rocinha tem mais de 70 mil habitantes. É a maior favela do país. Lá residem, naturalmente, dezenas de milhares de crianças, mulheres e idosos. 99,99% da comunidade é composta por trabalhadores.
Pois bem, Bolsonaro, em palestra para aproximadamente mil executivos do mercado financeiro, num evento promovido pelo BTG Pactual, disse que tinha uma receita infalível para resolver o problema de violência da Rocinha.