Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:
Desde junho de 2013, em particular após o golpe de 2016, a esquerda tem vivenciado uma série de derrotas políticas que trouxeram um sentimento de impotência para parte de sua militância. A sensação de que as forças golpistas são demasiadamente poderosas para serem enfrentadas atrai diagnósticos derrotistas e aspirações ingenuamente salvacionistas: o diagnóstico de que Lula e o PT devem ser considerados “carta fora do baralho”, uma vez que o golpe não permitirá que voltem a governar o país; e a aspiração de que alguma outra força política progressista seja capaz não apenas de vencer as eleições, como de governar com razoável tranquilidade. Para fechar esta equação, bastaria que o PT abrisse mão de seu suposto projeto “hegemônico” e apoiasse outra candidatura de esquerda, garantindo o sucesso do projeto desenvolvimentista e a derrota definitiva das forças golpistas.
Desde junho de 2013, em particular após o golpe de 2016, a esquerda tem vivenciado uma série de derrotas políticas que trouxeram um sentimento de impotência para parte de sua militância. A sensação de que as forças golpistas são demasiadamente poderosas para serem enfrentadas atrai diagnósticos derrotistas e aspirações ingenuamente salvacionistas: o diagnóstico de que Lula e o PT devem ser considerados “carta fora do baralho”, uma vez que o golpe não permitirá que voltem a governar o país; e a aspiração de que alguma outra força política progressista seja capaz não apenas de vencer as eleições, como de governar com razoável tranquilidade. Para fechar esta equação, bastaria que o PT abrisse mão de seu suposto projeto “hegemônico” e apoiasse outra candidatura de esquerda, garantindo o sucesso do projeto desenvolvimentista e a derrota definitiva das forças golpistas.