A mais nova pesquisa XP/Ipespe sobre o governo Bolsonaro não revelou, apenas, que a popularidade do governo federal e a de seu titular continuam caindo; devido à disparada das avaliações ruim/péssimo e de várias respostas dos entrevistados, agora se sabe que a manifestação dos estudantes, em 15 de maio, DESMORALIZOU de vez a imagem de Bolsonaro.
domingo, 26 de maio de 2019
Estudantes disparam rejeição a Bolsonaro
As eleições na Europa das desigualdades
Por Roberta Carlini, no site Carta Maior:
Poucos dias antes das eleições para o Parlamento Europeu acaba de ser divulgado um exaustivo trabalho sobre as desigualdades no continente, e que nos diz algo mais sobre o estado atual da Europa do que apenas pesquisar e analisar parâmetros financeiros ou avaliar o risco de governos e instituições comunitárias.
Trata-se de um estudo de longo prazo, esse período de tempo que é desconhecido para a política. Ele vem do banco de dados de desigualdades mundiais (WID), uma rede de centenas de pesquisadores coordenados pelo grupo liderado por Thomas Piketty, autor do best-seller de alguns anos atrás, Capital no século XXI, o qual reúne dados de inquéritos por amostragem, contabilidade nacional e fiscal.
Poucos dias antes das eleições para o Parlamento Europeu acaba de ser divulgado um exaustivo trabalho sobre as desigualdades no continente, e que nos diz algo mais sobre o estado atual da Europa do que apenas pesquisar e analisar parâmetros financeiros ou avaliar o risco de governos e instituições comunitárias.
Trata-se de um estudo de longo prazo, esse período de tempo que é desconhecido para a política. Ele vem do banco de dados de desigualdades mundiais (WID), uma rede de centenas de pesquisadores coordenados pelo grupo liderado por Thomas Piketty, autor do best-seller de alguns anos atrás, Capital no século XXI, o qual reúne dados de inquéritos por amostragem, contabilidade nacional e fiscal.
Bolsonaro e a lógica do 'governo sitiado'
Pesquisa da XP, ligada ao mercado financeiro, indica que a desaprovação a Bolsonaro pela primeira vez ultrapassou a aprovação. O índice de Ruim/Péssimo cresceu quase vinte pontos, passando de 17% para 36% em apenas três meses. No mesmo período, o índice de Ótimo/Bom recuou de 40% para 31%.
Atos por Bolsonaro fracassam no país
Os atos a favor do governo Bolsonaro neste domingo (26) ficaram aquém das expectativas dos apoiadores do governo e foram menores do que os atos de 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas na educação pública federal.
Segundo balanço do Portal G1 às 17h de hoje, os atos em favor de Bolsonaro somaram 122 cidades de 21 estados, mais o Distrito Federal. No dia 15, com medição também às 17h, os protestos alcançaram 162 cidades dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal, sendo que o dia terminou com atos em 222 cidades.
A agenda econômica e a balbúrdia política
Editorial do site Vermelho:
As controvérsias no campo que apoia o governo Bolsonaro são uma clara demonstração das causas que corroem a sua sustentação política. Em cinco meses, ele conseguiu a façanha de desagradar mais do que agradar aos seus aliados de campanha. Óbvio, é preciso considerar que boa parte da base que sustentou a sua candidatura, sobretudo no segundo turno, o fez por razões conjunturais. Havia um clima de pressão política e uma atmosfera criada pelos ventos do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff de 2016 que favoreceram a sua vitória.
As controvérsias no campo que apoia o governo Bolsonaro são uma clara demonstração das causas que corroem a sua sustentação política. Em cinco meses, ele conseguiu a façanha de desagradar mais do que agradar aos seus aliados de campanha. Óbvio, é preciso considerar que boa parte da base que sustentou a sua candidatura, sobretudo no segundo turno, o fez por razões conjunturais. Havia um clima de pressão política e uma atmosfera criada pelos ventos do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff de 2016 que favoreceram a sua vitória.
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Justiça da ditadura bate à porta em Guadalupe
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
É sem dúvida correto questionar o excesso de prisões preventivas num país onde a presunção da inocência tem sido ignorada sistematicamente em decisões judiciais.
Apesar disso, a decisão do Superior Tribunal Militar que mandou para casa os nove militares acusados de fuzilar dois inocentes em Guadalupe, em abril, chega a ser escandalosa diante das evidências conhecidas.
Foram disparados mais de 200 tiros em direção a um automóvel no qual viajava uma família que aproveitava o descanso de domingo e se dirigia a um chá de bebê. Morreu o músico Evaldo Rosa, que ia no volante. Momentos depois, foi alvejado o catador de material reciclado Luciano Macedo, que tentou prestar socorro as vítimas e faleceu uma semana depois.
É sem dúvida correto questionar o excesso de prisões preventivas num país onde a presunção da inocência tem sido ignorada sistematicamente em decisões judiciais.
Apesar disso, a decisão do Superior Tribunal Militar que mandou para casa os nove militares acusados de fuzilar dois inocentes em Guadalupe, em abril, chega a ser escandalosa diante das evidências conhecidas.
Foram disparados mais de 200 tiros em direção a um automóvel no qual viajava uma família que aproveitava o descanso de domingo e se dirigia a um chá de bebê. Morreu o músico Evaldo Rosa, que ia no volante. Momentos depois, foi alvejado o catador de material reciclado Luciano Macedo, que tentou prestar socorro as vítimas e faleceu uma semana depois.
O corte de investimentos na educação
Por Jonattan Rodriguez Castelli, no site Brasil Debate:
No último dia 30 de abril, o ministro da educação Abraham Weintraub declarou que cortaria 30% do orçamento das universidades federais que provocassem “balbúrdia” em seus campi – citando a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade da Bahia (UFBA). No dia seguinte, o secretário da pasta de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou que o corte de 30% se estenderia de forma isonômica para todas as universidades. Como se não fosse suficiente, o corte do orçamento livre (gastos discricionários) de mais da metade das federais é superior ao anunciado de 30%, caso da Universidade do Sul da Bahia (54%), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (52%) e da Universidade da Grande Dourados (49%).
No último dia 30 de abril, o ministro da educação Abraham Weintraub declarou que cortaria 30% do orçamento das universidades federais que provocassem “balbúrdia” em seus campi – citando a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade da Bahia (UFBA). No dia seguinte, o secretário da pasta de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou que o corte de 30% se estenderia de forma isonômica para todas as universidades. Como se não fosse suficiente, o corte do orçamento livre (gastos discricionários) de mais da metade das federais é superior ao anunciado de 30%, caso da Universidade do Sul da Bahia (54%), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (52%) e da Universidade da Grande Dourados (49%).
O conto de fadas de Paulo Guedes
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
O governo do capitão vai completar cinco meses de vida na semana que vem. O grau de insatisfação no interior das próprias forças políticas que atuaram para sua vitória no pleito de outubro passado só faz aumentar a cada dia. A frustração que acomete uma parcela significativa de nossa população acaba tendo impactos também no interior do próprio Congresso Nacional. Em nenhum momento de nossa História havia sido registrado um grau de impopularidade tão elevado para uma equipe em início de mandato presidencial.
O governo do capitão vai completar cinco meses de vida na semana que vem. O grau de insatisfação no interior das próprias forças políticas que atuaram para sua vitória no pleito de outubro passado só faz aumentar a cada dia. A frustração que acomete uma parcela significativa de nossa população acaba tendo impactos também no interior do próprio Congresso Nacional. Em nenhum momento de nossa História havia sido registrado um grau de impopularidade tão elevado para uma equipe em início de mandato presidencial.
Cultura também é direito humano
Por Raisa Pina, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A ideia de cultura habita uma dicotomia complexa no imaginário social. Ora é vista como luxo, ora é vista como balbúrdia. Independentemente da escolha, ambas acabam reforçando discursos que afirmam sem dó que ela é descartável, desnecessária em uma sociedade faminta e sofrida, e endossa supostas justificativas para que sejam as primeiras políticas a serem cortadas em momentos de arrocho orçamentário.
A ideia de cultura habita uma dicotomia complexa no imaginário social. Ora é vista como luxo, ora é vista como balbúrdia. Independentemente da escolha, ambas acabam reforçando discursos que afirmam sem dó que ela é descartável, desnecessária em uma sociedade faminta e sofrida, e endossa supostas justificativas para que sejam as primeiras políticas a serem cortadas em momentos de arrocho orçamentário.
O fascismo nasce da crise de hegemonia
Gianni Fresu debate o fascismo na FMG Foto: Gianni Fresu na Fundação Maurício Grabois |
Na última sexta-feira, 09, a Fundação Maurício Grabois realizou o lançamento do livro do professor Gianni Fresu “Nas trincheiras do ocidente - Lições sobre o Fascismo e o Antifascismo. O lançamento contou com uma palestra de Fresu, que é professor de filosofia política na Universidade Federal de Uberlândia e doutor em Pesquisa em Filosofia pela Universidade de Urbino, na Itália.
Laerte e Angeli enchem a Paulista de protesto
Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:
Quem passa pela Av. Paulista durante o mês de maio pode ver o espaço público ocupado pela reivindicação por direitos. Não se trata das últimas manifestações contra os cortes na educação, que, sem dúvida, encheram de cor e alegria a avenida mais falada da cidade. Lançada dois dias antes do protesto, a exposição Direito do Avesso/Avesso do Direito é a maior a céu aberto da América Latina e uma das maiores do planeta.
Quem passa pela Av. Paulista durante o mês de maio pode ver o espaço público ocupado pela reivindicação por direitos. Não se trata das últimas manifestações contra os cortes na educação, que, sem dúvida, encheram de cor e alegria a avenida mais falada da cidade. Lançada dois dias antes do protesto, a exposição Direito do Avesso/Avesso do Direito é a maior a céu aberto da América Latina e uma das maiores do planeta.
Chico Buarque e o segredo da folha seca
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Quando foi anunciado que o Prêmio Camões deste ano foi concedido a Chico Buarque, o que no primeiro momento chamou a atenção foi o fato da principal honraria da língua portuguesa ter sido concedida a um músico popular. Parecia que era algo que precisava ser explicado, como se uma fronteira tivesse sido atravessada: da literatura, considerada arte mais sofisticada, para o território da canção, que tem origem e destinação popular.
Quando foi anunciado que o Prêmio Camões deste ano foi concedido a Chico Buarque, o que no primeiro momento chamou a atenção foi o fato da principal honraria da língua portuguesa ter sido concedida a um músico popular. Parecia que era algo que precisava ser explicado, como se uma fronteira tivesse sido atravessada: da literatura, considerada arte mais sofisticada, para o território da canção, que tem origem e destinação popular.
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Forbes e Financial Times detonam Bolsonaro
Famoso por suas atitudes machistas, racistas e homofóbicas, típicas de um neofascista, Jair Bolsonaro já tem uma imagem bastante negativa no exterior – o que só deve piorar com o passar do tempo e com as besteiras que ele fala e posta nas redes sociais. Os recentes vexames nos EUA, como o rechaço à sua presença em Nova York e o fiasco da “homenagem” em Dallas, só confirmaram a péssima popularidade – e olha que o “capetão” gosta de bater continência para a bandeira ianque e adora bajular Donald Trump, o genocida do império.
Barão comemora aniversário com 'Nassifada'
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
No dia 1º de junho, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé "ocupa" o Armazém do Campo, em São Paulo, para celebrar nove anos de vida. A festança ocorre em meio à Nassifada: Maria Inês Nassif, consagrada jornalista, comandará a cozinha e servirá deliciosos pratos árabes (valores a serem definidos), enquanto Luis Nassif (Jornal GGN) fica encarregado da música - o jornalista é famoso pelo repertório de chorinho. O Armazém do Campo fica na Alameda Eduardo Prado, 499, próximo à estação Marechal Deodoro do metrô.
No dia 1º de junho, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé "ocupa" o Armazém do Campo, em São Paulo, para celebrar nove anos de vida. A festança ocorre em meio à Nassifada: Maria Inês Nassif, consagrada jornalista, comandará a cozinha e servirá deliciosos pratos árabes (valores a serem definidos), enquanto Luis Nassif (Jornal GGN) fica encarregado da música - o jornalista é famoso pelo repertório de chorinho. O Armazém do Campo fica na Alameda Eduardo Prado, 499, próximo à estação Marechal Deodoro do metrô.
Austeridade e o grande salto para a recessão
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, na revista CartaCapital:
“Loucura é continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” A definição de Albert Einstein parece apropriada para descrever gestores da política econômica e a imensa maioria dos economistas do mercado financeiro no Brasil.
No final de 2018, a previsão do mercado para o crescimento do PIB em 2019 era de 3%. A bolsa bombou depois que Jair Bolsonaro chegou perto de levar a eleição no primeiro turno. Enquanto isto, a confiança do empresário industrial subiu 20% entre outubro e novembro de 2018.
O que prometia Bolsonaro? Respeitar a Lei do Teto do Gasto e até mesmo cortar o gasto público ainda mais do que a lei exige para diminuir a tributação um dia. Reduzir ainda mais direitos trabalhistas e salários com a chamada Carteira Verde-Amarela. Mudar a Previdência para, de novo, cortar o gasto público com aposentados e (pasmem!) aumentar impostos (ou melhor, a “contribuição previdenciária” dos cidadãos).
No final de 2018, a previsão do mercado para o crescimento do PIB em 2019 era de 3%. A bolsa bombou depois que Jair Bolsonaro chegou perto de levar a eleição no primeiro turno. Enquanto isto, a confiança do empresário industrial subiu 20% entre outubro e novembro de 2018.
O que prometia Bolsonaro? Respeitar a Lei do Teto do Gasto e até mesmo cortar o gasto público ainda mais do que a lei exige para diminuir a tributação um dia. Reduzir ainda mais direitos trabalhistas e salários com a chamada Carteira Verde-Amarela. Mudar a Previdência para, de novo, cortar o gasto público com aposentados e (pasmem!) aumentar impostos (ou melhor, a “contribuição previdenciária” dos cidadãos).
Seita do capitão deixa o Brasil ingovernável
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
As imagens dos deputados do PSL alucinados com seus celulares, fazendo lives no celular enquanto a Câmara votava medida provisória de interesse do governo, mostra a irresponsabilidade não só dos parlamentares da “nova política”, mas também de quem votou neles, sem saber quem eram, na onda conservadora bolsonarista.
São eles, figuras folclóricas ou ilustres desconhecidos, pastores, policiais e militares em profusão, que alimentam as redes sociais dos fanáticos seguidores da seita bolsonarista, sob a alta direção dos filhos do capitão e dos “olavetes” espalhados pelo governo.
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