sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Os governos estão presos pela polícia
Por Fernando Brito, em seu blog:
Longa reportagem no El País conta como a mera atitude de afastar do serviço de rua os policiais que atuaram na noite fatídica onde nove adolescentes morreram pisoteados na comunidade de Paraisópolis provocou reações hostis dentro do extremismo de direita, capitaneadas pelo próprio filho do Presidente, Eduardo Bolsonaro, que exigiu que se culpem “os bandidos” e “a população, que não coopera com as autoridades” pela tragédia.
Já havia dito aqui, desde o primeiro post que fiz sobre a tragédia que o caso tinha cheiro de uma ação de vingança de grupos policiais, mais de que alguma ordem destrambelhada de João Dória.
Longa reportagem no El País conta como a mera atitude de afastar do serviço de rua os policiais que atuaram na noite fatídica onde nove adolescentes morreram pisoteados na comunidade de Paraisópolis provocou reações hostis dentro do extremismo de direita, capitaneadas pelo próprio filho do Presidente, Eduardo Bolsonaro, que exigiu que se culpem “os bandidos” e “a população, que não coopera com as autoridades” pela tragédia.
Já havia dito aqui, desde o primeiro post que fiz sobre a tragédia que o caso tinha cheiro de uma ação de vingança de grupos policiais, mais de que alguma ordem destrambelhada de João Dória.
Mundinho exclusivo do mercado de luxo
Por Fernando Nogueira da Costa, no site Carta Maior:
O vício de desejos materiais resulta em um estado de insatisfação contínua em lugar de uma boa vida. Quem continuamente almeja mais riqueza e status, comparando-se com outros (e “quem compara sempre perde”), tem sintomas de comportamento viciado: esse estado psicológico não melhora com maior capacidade de gastar e exibir.
Para a Economia da Felicidade, são necessárias políticas públicas para diminuir os índices de divórcio, desemprego, saúde física e mental. Eles dão mais pistas sobre o bem-estar social em lugar do PIB. Descobriu uma separação conjugal ter efeito tão negativo sobre o bem-estar quanto a perda de 2/3 de seus rendimentos. Quando eu disse isso, um aluno me retrucou: – O que é isso, professor?! É perda total!
O vício de desejos materiais resulta em um estado de insatisfação contínua em lugar de uma boa vida. Quem continuamente almeja mais riqueza e status, comparando-se com outros (e “quem compara sempre perde”), tem sintomas de comportamento viciado: esse estado psicológico não melhora com maior capacidade de gastar e exibir.
Para a Economia da Felicidade, são necessárias políticas públicas para diminuir os índices de divórcio, desemprego, saúde física e mental. Eles dão mais pistas sobre o bem-estar social em lugar do PIB. Descobriu uma separação conjugal ter efeito tão negativo sobre o bem-estar quanto a perda de 2/3 de seus rendimentos. Quando eu disse isso, um aluno me retrucou: – O que é isso, professor?! É perda total!
SUS: terra de ninguém
Por Paulo Capel Narvai, no site A terra é redonda:
O dinheiro do SUS está sendo “disputado a bala” em muitos municípios. Não se trata de metáfora. Os recursos do orçamento da União destinados ao financiamento das ações de saúde pública são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos correspondentes nos Estados e Municípios. Segundo regras definidas em leis e normas infralegais, esses recursos, somados às transferências estaduais e aos recursos próprios, devem ser aplicados no pagamento de salários, investimentos e demais despesas com materiais, medicamentos e equipamentos das unidades da rede de saúde. Na maioria dos municípios, é isto o que ocorre, mas em vários têm sido constatados graves desvios de finalidade.
O dinheiro do SUS está sendo “disputado a bala” em muitos municípios. Não se trata de metáfora. Os recursos do orçamento da União destinados ao financiamento das ações de saúde pública são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos correspondentes nos Estados e Municípios. Segundo regras definidas em leis e normas infralegais, esses recursos, somados às transferências estaduais e aos recursos próprios, devem ser aplicados no pagamento de salários, investimentos e demais despesas com materiais, medicamentos e equipamentos das unidades da rede de saúde. Na maioria dos municípios, é isto o que ocorre, mas em vários têm sido constatados graves desvios de finalidade.
Para excluir o PT, falta combinar com o povo
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Da mesma forma que o hegemonismo de alguns setores do PT, o maior partido da esquerda brasileira, não contribui para a formação das frentes políticas essenciais para o enfrentamento do fascismo, penso que também estão fadadas ao fracasso eventuais costuras progressistas que visam excluir o partido ou relegá-lo a uma condição incompatível com sua importância.
Digo isso porque vez por outra deparo nas redes sociais com manifestações, em sua maioria de ciristas assumidos ou escamoteados, mas também de simpatizantes e militantes de outros partidos do campo democrático-popular, menosprezando o papel do PT na conjuntura política atual.
Da mesma forma que o hegemonismo de alguns setores do PT, o maior partido da esquerda brasileira, não contribui para a formação das frentes políticas essenciais para o enfrentamento do fascismo, penso que também estão fadadas ao fracasso eventuais costuras progressistas que visam excluir o partido ou relegá-lo a uma condição incompatível com sua importância.
Digo isso porque vez por outra deparo nas redes sociais com manifestações, em sua maioria de ciristas assumidos ou escamoteados, mas também de simpatizantes e militantes de outros partidos do campo democrático-popular, menosprezando o papel do PT na conjuntura política atual.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Rodrigo Maia, o Sombra
Rodrigo Maia com Alberto Fernández em Buenos Aires |
Com desenvoltura crescente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai assumindo o papel de primeiro-ministro informal de um estranho governo semi-parlamentarista, encarregando-se de tocar a agenda parlamentar, especialmente a das reformas neoliberais que interessam ao dito mercado, e agora também a mitigar os danos causados à imagem externa do Brasil pelos desatinos ideológicos de Bolsonaro e as transgressões de seu governo em questões ambientais e de direitos humanos.
Impeachment de Trump e a Nova Guerra Fria
Charge: Anthony Garner |
Trump não é flor que se cheire. Pertence a uma direita radical, xenófoba e muito reacionária nos costumes.
No campo internacional, trata os imigrantes latinos como escória e leva a ferro e fogo a sua irresponsável guerra comercial contra a China. No campo interno, engana os trabalhadores dos EUA, ao não enfrentar o verdadeiro culpado da desigualdade e da falta de empregos: o modelo neoliberal.
Há, pois, muito motivos para propor seu impeachment.
Mas os motivos utilizados pelo Partido Democrata para propugnar por seu impeachment são mais reacionários que Trump.
E talvez mais sujos, também.
2019, o ano do pibinho do Guedes
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
O governo comemorou ao máximo a divulgação dos resultados relativos às Contas Nacionais divulgados pelo IBGE no início da semana. Segundo o órgão encarregado oficialmente pela elaboração e cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), as informações para o terceiro trimestre de 2019 apontaram para um crescimento de 0,6% em relação aos três meses anteriores.
O governo comemorou ao máximo a divulgação dos resultados relativos às Contas Nacionais divulgados pelo IBGE no início da semana. Segundo o órgão encarregado oficialmente pela elaboração e cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), as informações para o terceiro trimestre de 2019 apontaram para um crescimento de 0,6% em relação aos três meses anteriores.
A violação à liberdade de expressão em 2019
Nesta terça-feira 10, celebramos mais um Dia Internacional dos Direitos Humanos, data criada pela Unesco em 1968 para marcar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada vinte anos antes, em 1948. No Brasil, desde a redemocratização, pós-ditadura militar, não enfrentamos tantas ameaças concretas às liberdades fundamentais. Como a luta também é pedagógica, o Intervozes propõe lembrar, esta semana, de dez situações em que a liberdade de expressão, direito humano chave para qualquer democracia, foi violada desde o início do ano. Muitas outras foram praticadas, por agentes públicos e privados. Não nos esqueçamos de nenhuma.
Bolsonaro beneficia gigantes da comunicação
Ver o presidente Jair Bolsonaro falando mal de algum veículo de comunicação já é algo banal depois de praticamente um ano de seu governo. Foi assim em 29 de outubro, por exemplo, quando ele se revoltou com reportagem do Jornal Nacional que vinculou seu nome ao assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Revoltado, fez uma dura crítica à emissora: “Vocês, TV Globo, o tempo inteiro infernizam a minha vida, porra! […] Agora, Marielle Franco, querem empurrar pra cima de mim? Patifes, canalhas, não vai colar! Não devo nada a ninguém!”
A democracia na América Latina
Editorial do site Vermelho:
A ênfase do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à defesa da democracia tem a ver com uma realidade comum na América Latina. Em sua posse, na terça-feira (10), ele falou de “procedimentos obscuros e linchamentos midiáticos”, de uso da justiça “para saldar discussões políticas”, da resistência ao crescimento de “movimentos autoritários” e das manifestações “contra o neoliberalismo e a desigualdade social”.
A ênfase do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à defesa da democracia tem a ver com uma realidade comum na América Latina. Em sua posse, na terça-feira (10), ele falou de “procedimentos obscuros e linchamentos midiáticos”, de uso da justiça “para saldar discussões políticas”, da resistência ao crescimento de “movimentos autoritários” e das manifestações “contra o neoliberalismo e a desigualdade social”.
Alberto Fernández e o chefe da milícia
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
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