sexta-feira, 17 de junho de 2016

Lava-Jato resvala em Reinaldo Azevedo

Ilustração: http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que a Lava Jato resvala em Reinaldo Azevedo, através de Luiz Carlos Mendonça de Barros, um dos homens fortes de FHC na economia.

Sergio Machado citou Mendonça de Barros em sua delação. Mendonça de Barros, coordenador da campanha de reeleição de FHC, teria providenciado 4 milhões de reais - em dinheiro da época - para que Aécio financiasse 50 candidatos a deputados federais que lhe permitissem virar depois presidente da Câmara.

Temer: Um interino com a marca da suspeita

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

1. Ecos da delação de Sérgio Machado.

Eco 1 - Segundo o repórter Jorge Bastos Moreno, em frase atribuída a um Ministro Palaciano:

“O presidente, citado injusta, mentirosa e irresponsavelmente, não deixaria, por coerência, Henriquinho sair só por isso. Seria, paradoxal, com a indignação do governo com essas mentiras. Seria referendar essas mentiras”. (http://migre.me/u7K5J)

Henriquinho é amigo de Jorge, que é amigo de Temer, que é amigo do Ministro que é amigo do Henriquinho, que vem a ser o Ministro do Turismo demissionário. Todos são amiguinhos e atuam em corrente – com exceção de Jorge, que é apenas o Américo Vespúcio das caravelas cabralinas. O índice 3 de adjetivação do amigo do Jorge e do Henriquinho demonstra elevado grau de preocupação.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Cunha foi apenas um aprendiz de Aécio?

Por Altamiro Borges

A delação premiada de Sérgio Machado, o "homem-bomba" do PMDB, detonou Brasília. Ela atingiu em cheio o golpista Michel Temer e o seu partido, fazendo aumentar as apostas de que o interino não vai durar muito tempo. Mas ela também respingou no PSDB e, principalmente, no cambaleante Aécio Neves. Num dos trechos vazados, já abafado pela mídia tucana, o delator afirma que participou de um "plano para eleger a maior bancada possível" para viabilizar a eleição de Aécio Neves à presidência da Câmara Federal. Ou seja: não foi apenas FHC que comprou deputados para bancar a sua reeleição. Nem foi o correntista suíço Eduardo Cunha que inventou este esquema no Congresso Nacional.  

Tremem os Cunhas do governo e do Congresso

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

É público e notório que Eduardo Cunha pagou as campanhas de uma centena e meia de deputados nas eleições de 2014. A contrapartida foi o apoio à sua eleição para a presidência da Câmara. Mas chegar ao comando da Casa era apenas a primeira parte do acordo feito à base de dinheiro sujo de corrupção.

Cunha precisava de cumplicidade cega e incondicional para toda sorte de canalhices que planejava implementar assim que ocupasse um dos cargos que mais importantes da República. E Suas Excelências não lhe faltaram, concedendo-lhe uma espécie de salvo contudo para imprimir na presidência da Câmara a marca da delinquência que sempre acompanhou sua carreira de "homem público."

Tudo o que é sólido desmancha no ar

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

A delação premiada de Sérgio Machado expôs a nu o governo interino de Michel Temer. Toda a cúpula do PMDB foi diretamente comprometida, sem excluir o próprio presidente.

“Pro Michel eu dei”, disse o delator, explicando que se tratava de R$1,5 milhão acertados pessoalmente com Temer na Base Aérea de Brasília, em repasses de propina da empreiteira Queiroz Galvão. O dinheiro ilícito teria sido destinado à campanha de Gabriel Chalita à prefeitura paulistana.

A prioridade é a mobilização popular

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A unificação das lideranças do movimento social e dos partidos interessados em travar a luta essencial, mas dificílima, pela restauração da democracia brasileira após o golpe de abril-maio enfrenta dificuldades reais, mas pode ser menos complicada do que parece, como se viu numa reunião organizada na terça-feira, em Brasília, na presença de Dilma Rousseff.

A diferença principal entre uns e outros se concentra na proposta de Dilma defender um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais, que deixariam de ser realizadas em outubro de 2018, como marca o calendário atual, para ocorrerem no final de 2016 ou início de 2017.

As bombas de efeito retardado de Machado

Do blog Viomundo:

José Sérgio de Oliveira Machado, ao se aproximar dos 70 anos de idade, deve ter imaginado que não valia a pena terminar a vida na cadeia.

Juntou-se aos três filhos que participaram direta ou indiretamente de seus negócios e produziu 246 páginas de denúncias sobre o submundo da política brasileira.

Ele tem história. Serviu como coordenador de campanha de Tasso Jereissati no Ceará, estado pelo qual foi eleito deputado federal (1991-94) e senador (1995-2003).

Foi líder do PSDB no Senado, mas não se reelegeu em 2002.

FNDC lançará campanha em defesa da EBC

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançará, nos próximos dias, a campanha “A EBC é Sua”. O objetivo é divulgar a comunicação pública como direito e incentivar a sociedade civil organizada a visitar as emissoras públicas levando suas pautas. A campanha se dará basicamente nas redes sociais.

FHC, o hipócrita monumental

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Domingo passado, Fernando Henrique Cardoso publicou um artigo intitulado “Luz no fim do túnel?”. Parece ser o primeiro de uma série dedicada à reforma política que gostaria que o governo Temer patrocinasse.

No texto há uma mudança de tom em relação à sua produção corrente. Ao contrário do que andou escrevendo nos dias em que estava ocupado com a deposição de Dilma Rousseff, agora tenta ser “neutro” e “apartidário”. Procura falar de maneira menos incendiária. Dá sinal de que deseja voltar a ser reconhecido como “pensador”.

A PEC de Temer que encolhe o Brasil

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O presidente interino Michel Temer poderia ter começado assim a reunião de quarta-feira em que entregou aos líderes aliados a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que congela o crescimento do gasto público por 20 anos: “Prezados, vou encolher o Brasil”. A PEC suprime as vinculações de receita para saúde e educação e faz outras maldades, inclusive com deficientes e velhos pobres e sem previdência, ao restringir o acesso ao benefício da Lei Orgânica da Assistência Social, a LOAS.

Sem descanso. Temer volta à linha de tiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Bernardo de Mello Franco, na Folha de hoje, observa que logo quando “o governo começava a desviar as nuvens negras da crise para o Congresso”, com a onda de denúncias sobre Renan Calheiros, “o tempo volta a se fechar sobre o Planalto, com uma acusação grave e direta ao presidente interino”.

Tem toda a razão.

CBF destrói o futebol brasileiro

Por Bruno Porpetta, no jornal Brasil de Fato:

Juca Kfouri contou a história de um amigo que mora em Londres e divide o apartamento com outros estrangeiros. Ao final do jogo desse arremedo de seleção brasileira contra o Peru, um espanhol perguntou:

- Hasta cuando?

O desenganado brasileiro só conseguiu responder com um lacônico “não sei”.

A 2ª Marcha em Defesa do SUS

Do site da CTB:

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) deliberou nesta quarta-feira (15) apoiar a organização da 2ª Marcha em Defesa do SUS e da Democracia, seguindo os diálogos da Mesa Diretora da entidade. O ato levará o nome de “Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade Social e da Democracia” e será realizado no dia 06 de julho, com concentração na Catedral Metropolitana de Brasília, a partir das 9h. A marcha seguirá para um ato na frente do Congresso Nacional por volta das 10 horas.

A inaceitável reforma da Previdência

Por Maria Isabel Pereira da Costa, no site Sul-21:

A Previdência Social não pode sofrer reformulações simplesmente para custear as despesas do governo como se fosse um simples imposto.

O Poder Público, ao unificar as contas da previdência em um caixa único, deixou de ser transparente quanto à verdadeira arrecadação que se faz para a manutenção do sistema previdenciário. Com a arrecadação única para os cofres públicos se tornou impossível para o cidadão distinguir com clareza o volume de recurso angariado por toda a sociedade para o custeio do fundo previdenciário.

Cai mais um ministro do golpe

Do site Vermelho:

Após a divulgação oficial da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ministro do Turismo de Temer, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (16). Com ele, totalizam três ministros que pediram para sair depois de denúncias de envolvimento no esquema da Lava Jato.

Segundo depoimento de Machado, Henrique Alves recebeu R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014. Os recursos eram provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária da Petrobras. O ex-ministro do governo golpista era um dos aliados mais próximos de Temer.

Democracia. Que horas ela volta?

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Da Revista do Brasil:

Em 30 de março, a cineasta Anna Muylaert, diretora do premiado filme Que Horas Ela Volta?, participava de um ato promovido por artistas no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Dizia ela que, se houvesse o golpe, "o governo que assumir não conseguirá dar dois passos" porque não terá legitimidade. Para a diretora, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva eram vítimas de "tortura moral". No dia seguinte, Anna Muylaert iria além. Em pleno território de O Globo – um dos alicerces do golpe –, dedicou a Dilma e a Lula o prêmio "Faz Diferença", com que era agraciada pelo jornal.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Lava-Jato e o grande golpe

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A direita trabalha agora no sentido de alcançar a aprovação e a conclusão definitiva do processo de impeachment da presidente da República. A frente formada com esse intuito é ampla, reúne a mídia parcial e conservadora, a parte mais corrupta e fisiológica do Congresso, setores do Ministério Público,­ do STF, da Polícia Federal e do Judiciário contra o PT e a esquerda nacionalista. Apesar das dificuldades vividas pelo governo interino, o processo não será fácil de ser revertido.

O desmonte neoliberal de Temer

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

As tentativas de reação política em torno da estratégia do afastamento de Dilma Roussef remontam ao dia seguinte da divulgação dos resultados do pleito de outubro de 2014. As forças que haviam sido derrotadas nas eleições presidenciais passaram imediatamente a perseguir aquilo que passou a ser conhecido como o “terceiro turno”. Face à recusa sistemática de simpatia por parte da maioria da população brasileira, lançaram mão do questionamento do resultado nas urnas, do questionamento das contas de campanha vencedora, da articulação das esferas do Poder Judiciário e do Ministério Público, da conspiração aberta dos principais órgãos de comunicação, entre tantos outros expedientes.

EUA, o paraíso da insensatez mundial

Por Renato Rovai, em seu blog:

O bom dia de hoje vem da Disney, um parque imbecilizado que leva centenas de milhares de brasileiros a gastar o que não tem para realizar o sonho americano que, entre outras coisas, é tirar fotos com o Pateta e andar em brinquedos que já causaram vários acidentes com crianças e adolescentes, como se pode ver numa rápida busca no Google.

Mas não é só no parque de diversão que esses riscos estão presentes. A Disney também tem resorts temáticos. Num deles, no Disney´s Grand Floridian Resort, uma criança de 2 anos foi arrastada na noite de ontem por um jacaré e até o momento da publicação deste texto não havia sido encontrada. Ou seja, provavelmente morreu afogada ou devorada pelo animal.

O site mais canalha do Brasil

Dumb & Dumber
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando um canalha se junta a outro canalha, o resultado é o site Antagonista. Um dos canalhas é Diogo Mainardi e o outro Mario Sabino.

Em relativamente pouco tempo no ar, o Antagonista se firmou como um dos focos de maior sujeira na internet brasileira.

A escola do Antagonista é a pior possível: a Veja depois da eleição de Lula.

Corrupção e política: sinais trocados

Por Aldo Arantes

Os corruptos se apoderaram do governo. A declaração do ministro da falta de transparência, Torquato Jardim, contribuiu para confirmar que o governo é corrupto. Se referindo Centrão, afirmou que o baixo clero se reúne “em nome da corrupção e da safadeza”.

O grupo é liderado por Eduardo Cunha que domina a Câmara. Seus 200 integrantes não concordaram com o tal Ministro. Por isto um de seus principais articuladores, Jovair Arantes, relator do processo de impeachment na Câmara, afirmou cinicamente que “temos certeza de que faz fazemos política da melhor qualidade, centrada na responsabilidade, ética e democracia”.

República de Temer e a guerra mundial

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há um conjunto de circunstâncias que, em um ambiente democrático, permitem as grandes tacadas políticas e de negócios.

Os pacotes contra a inflação abriram esse espaço para operações de arbitragem de taxas, de jogadas no mercado de câmbio e de vendas de estatais. Criava-se a comoção nacional, em nome da união contra o inimigo maior – a inflação – e conferia-se ao comandante econômico o direito de matar. E matava-se valendo-se da sofisticação da matemática financeira.

O novo normal brasileiro incluiu o golpe do impeachment, que fere fundo a democracia, e um bando assaltando o poder com arcos, flechas e tacapes.

Ato em defesa do pré-sal e da Petrobras

Do site da FUP:

Petroleiros da FUP, FNP e Aepet realizaram nesta terça-feira, 14, em Brasília um ato político em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal, com participação de trabalhadores da educação (CNTE) e do campo (MAB, MPA, MCP), de estudantes (UNE e UJS) e de outros movimentos sociais. A manifestação foi chamada pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, tendo como foco o enfrentamento ao Projeto de Lei 4567/16, que visa tirar da Petrobrás a função de operadora única do Pré-Sal, bem como acabar com a participação mínima de 30% que a empresa tem garantida nos processos licitatórios para exploração dessas reservas.

Quem não cabe no Orçamento do Brasil?

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

No levantamento realizado pelos pesquisadores Pablo Ortellado, Esther Solano e Lucia Nader em São Paulo, durante as manifestações pró-impeachment do dia 16 de agosto de 2015, dois temas chamaram a atenção. Entre os manifestantes, 97% concordaram total ou parcialmente que os serviços públicos de saúde devem ser universais, e 96% que devem ser gratuitos. Já sobre a universalidade e a gratuidade da educação, o apoio foi de 98% e 97% dos manifestantes, respectivamente. “Isso é um resquício de junho de 2013”, afirmou Pablo Ortellado a uma reportagem do El País de 18/08/2015.

Plebiscito 2 – A mudança dos mutantes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Membro de uma das inúmeras famílias brasileiras que deixaram o norte do Paraná para construir a vida na Amazônia, o senador Acir Gurcacz (PDT-RO) é um dos votos cobiçados no plenário de 81 votos que terá a palavra final sobre o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Nos debates cotidianos do Congresso, Gurcacz é visto como um aliado fiel de Dilma, “muito mais leal do que muitos que se dizem nossos”, afirma um assessor graduado na bancada do Partido dos Trabalhadores.

Serra, PSDB e o clientelismo dos outros

Ofício entregue no gabinete de Serra no Itamaraty
Por Theo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

Os partidos políticos possuem muitos papeis fundamentais para o funcionamento de uma democracia. Mas talvez possamos dizer que a mais importante de suas funções seja a de selecionar quadros da sociedade civil para a ocupação de cargos no Executivo e no Legislativo.

Não há de se criminalizar, portanto, a política e os partidos quando indicam seus quadros para ocuparem importantes postos no Estado brasileiro, caso dos ministros, por exemplo.

Um golpe contra a ciência nacional

Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:

A extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) não foi o maior dos golpes desfechados pelo governo Temer contra o desenvolvimento nacional. Mas é muito provável que seja o mais simbólico.

Simboliza bem a política subalterna recém retomada, que reforça a idéia de um mundo dividido em aqueles países capazes de produzir ciência de ponta, situada na fronteira do conhecimento, e aqueles outros que no máximo conseguem copiar alguma coisa. E para os golpistas o nosso lugar é eternamente nesta segunda categoria.

Aécio Neves, o senador evanescente

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves anda sumido dos microfones, dos vídeos, das páginas impressas. Já foi herói da propaganda midiática, sempre pronto a ganhar a ribalta. Desde a votação do impeachment pela Câmara dos Deputados, prefere caminhar nas sombras.

Como explicar comportamento tão comedido? Cálculo político, para preservar a possibilidade de sua candidatura em 2018? Ou “medo” das consequências de investigações a seu respeito, como suspeito de falcatruas pregressas?

Reforma trabalhista incendeia a França

Do site Opera Mundi:

O governo francês ameaçou, nesta quarta-feira (15/06), proibir novos protestos contra a proposta de reforma trabalhista em Paris, um dia após manifestações que deixaram dezenas de pessoas presas e feridas na capital francesa.

O primeiro-ministro do país, Manuel Valls, exigiu que central sindical CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores da França) não organize mais protestos em Paris contra a proposta de reforma, que flexibiliza leis trabalhistas.

Começou a hora do homem-bomba!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eduardo Cunha sempre soube que se o pedido de cassação de seu mandato chegasse ao plenário, não conseguiria barrá-lo. Por isso jogou pesado no Conselho de Ética ao longo dos últimos oito meses e ainda tentará, com poucas chances, anular a decisão desta terça-feira, a favor da cassação. No calor da notícia, o Planalto dissimulou. Uns diziam que o desfecho será bom, trará estabilidade à Câmara. Outros diziam-se preocupados com o andamento das votações mas o que todos devem sentir é temor pela reação da fera ferida. Em reunião com os líderes na Câmara hoje Temer vai tomar o pulso da Casa. Na vertigem da crise vai sendo esquecido o fato de que Dilma Rousseff só foi afastada e enfrenta o impeachment porque o PT se recusou a votar contra a abertura do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética. Ato contínuo, ele acolheu o pedido de impeachment.

A ofensiva raivosa de desmonte do SUS

Por Amélia Cohn, no site Brasil Debate:

Em pouco mais de três décadas o SUS mostrou-se não só viável como essencial. É um pilar da garantia dos direitos sociais em contraposição ao mercado. É responsável (até hoje) por 90 a 95% das cirurgias de coração, tratamentos oncológicos e transplantes de órgãos. Realiza um milhão de internações/mês, 3,5 bilhões de atendimentos/ano, e a assistência primária cobre 60% da população com a Estratégia de Saúde da Família.

Merval põe a faca no pescoço do STF

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Foi no melhor estilo do “estou falando com os meus capangas do Mato Grosso”.

Merval Pereira entra de sola sobre o STF dizendo que se a corte mudar o entendimento sobre a pena ser executada a partir da segunda instância, “a opinião pública vai achar que há um conluio, de alguma maneira, com os políticos ameaçados pela Lava-Jato, especialmente agora que o ex-presidente Lula foi para a primeira instância.”

Dilma e a polêmica sobre o plebiscito

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    

De cara, é preciso sublinhar que o maior patrimônio político da luta contra o golpe, a mobilização da sociedade que envolve trabalhadores, jovens, mulheres, sem-teto, sem-terra, intelectuais, artistas, LGBTs e negros, deve ser preservado a todo custo.

Primeiro porque é essencial para pressionar os golpistas, não reconhecendo o governo usurpador e criando toda sorte de dificuldades para a implantação de seu programa obscurantista e anticivilizatório. Depois porque o movimento de resistência democrática projeta o futuro da esquerda.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Cunha ligará o ventilador no esgoto?

Por Altamiro Borges

Após oito meses de engodo, finalmente a Comissão de Ética da Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (14) o pedido de cassação do mandato do correntista suíço Eduardo Cunha. Por 11 votos a nove, os deputados acataram o parecer do demo Marcos Rogério que afirma que o lobista quebrou o decoro parlamentar ao mentir sobre as suas contas no exterior. "Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou. Não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal", justificou o deputado do DEM - a mesma legenda que sempre deu sustentação ao golpista na sua missão fraudulenta pelo impeachment da presidenta Dilma.

As decisões tardias do STF e o golpe

Por Jeferson Miola

Teori Zavascki havia demorado 126 dias quando finalmente decidiu, em 5 de maio de 2016, pela suspensão do mandato parlamentar de Eduardo Cunha e pelo seu afastamento da Presidência da Câmara, ainda que a extensa ficha criminal de Cunha, que formou a base para tal decisão, era do conhecimento deste juiz do STF desde 15 de dezembro de 2015.

No relatório que orientou a decisão unânime do STF contra Cunha, Teori foi duro:


EBC e o valor da comunicação pública

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

No intervalo entre um programa e outro no rádio ou na televisão, ou mesmo no meio dos programas, tem sempre alguém querendo vender alguma coisa para a gente ou pedindo para dar algum dinheiro para uma igreja. Parece natural, porque no Brasil ouvintes e telespectadores acostumaram-se a isso achando que a publicidade, seja de um carro ou de uma religião, faz parte da programação das emissoras.

Não é bem assim. Existem outras formas de fazer rádio ou TV sem a contaminação do comércio ou das igrejas, uma comunicação dirigida ao cidadão e não ao consumidor. Falo da comunicação pública, consagrada há décadas em vários países, mas desconhecida por aqui. No Brasil, os espaços por onde transitam as ondas do rádio e da TV foram ocupadas, desde a década de 1930, por empresas comerciais impedindo o surgimento de uma comunicação pública forte, capaz concorrer com o modelo privado.

Rua cobra resposta crível contra o arrocho

Foto: Katia Passos/Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A resistência democrática consolidou um enorme avanço no dia nacional de luta da última sexta-feira (10/06)

Com menos de um mês de iniciativas e mobilizações esparsas, as frentes progressistas provaram sua capacidade de articulação, ao realizarem um protesto massivo contra o golpe em todo o país.

Milhares de pessoas tomaram as ruas do Brasil, com ecos notáveis no exterior e a consolidação de um sentimento que adicionou uma nova legenda ao vocabulário político e cultural da sociedade: ‘Primeiramente, fora Temer’.

Eleições devem ampliar guerrilha na rede

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas, que passará pelo seu primeiro teste nas eleições municipais deste ano, tem potencial para contribuir com a mudança no cenário político brasileiro, diminuindo a influência de grandes empresas que, na prática, “contratavam'' políticos através de polpudos financiamentos. Boa parte dos escândalos de corrupção no país nasceram dessa relação de luxúria e lascívia, sem medo de dar beijo na boca e deixar marcas no pescoço, entre corporações e seus candidatos. Ou seja, há uma boa expectativa para a medida decidida pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.

Liberdade de Cunha versus prisão de Dirceu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A mais cruel demonstração da justiça iníqua brasileira está no seguinte.

José Dirceu apodrece na prisão enquanto Eduardo Cunha janta em restaurantes finos no Rio, em São Paulo e em Brasília.

A diferença essencial entre eles: Cunha é um serviçal da plutocracia. Ganha gorjetas para defender criminosamente os superricos. Na Câmara, impediu por exemplo que fosse discutida a regulação da mídia e deu todo o apoio à terceirização.

Serra e os lacaios do imperialismo

Globo e a crise do futebol brasileiro

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

"A Globo é a única que transmite gratuitamente em TV aberta, como também fazemos com o futebol brasileiro há 40 anos. Mas protestar é direito do cidadão". Galvão Bueno, na TV Globo, em 02.03.2016, ao falar sobre protesto de torcedores do Corinthians

"2015 vai entrar na história do futebol brasileiro como um grande ano. O ano em que há poucas semanas o presidente José Maria Marin passou o bastão para o presidente Marco Polo. Presidente Marin, em nome do grupo Globo, em meu nome, eu gostaria de agradecer todo o carinho, toda a atenção com a qual o senhor sempre nos brindou, sempre aberto a discutir os temas que interessam ao futebol brasileiro, dos quais me permito destacar, o novo formato da Copa do Brasil, que deu mais charme a essa competição promovida pela CBF, que é a verdadeira competição do futebol brasileiro". Marcelo Campos Pinto, ex-todo poderoso da Globo Esportes, discursando em evento em 2015


A frase de Galvão Bueno, dita durante uma partida entre Corinthians e Santa Fé, no Itaquerão, pela Libertadores da América, foi uma resposta às várias faixas que a Gaviões da Fiel exibiu na arquibancada. Futebol refém da Globo, dizia uma delas. Globo manipuladora, dizia outra.

Lavar e enxaguar a lambança de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há sinais fortes de que a conjuntura política mudou. A presidenta Dilma Rousseff, afastada para o julgamento do processo de impeachment, saiu das cordas, ao mesmo tempo em que – às vésperas de completar um mês de interinidade – o vice-presidente que ocupa ilegitimamente a Presidência da República, Michel Temer, se vê cada vez mais isolado, no Brasil e no mundo.

São dois os sinais da mudança na conjuntura – o primeiro foi a entrevista com a presidenta Dilma Rousseff na TV Brasil (exibida nesta quinta-feira, dia 9); o outro foram as enormes manifestações pelo “Fora Temer” desta sexta-feira (10).

O sistema de assassinatos nos EUA

Por Jeremy Scahill, no site Outras Palavras:

Desde seus primeiros dias como comandante em chefe, o presidente Barack Obama fez do drone sua arma preferida, usada pelos militares e pela CIA para perseguir e matar as pessoas que seu governo considerou – por meio de processos secretos, sem acusação ou julgamento – merecedores de execução. A opinião pública tem colocado foco na tecnologia do assassinato remoto, mas isso tem servido frequentemente para evitar que se examine em profundidade algo muito mais crucial: o poder do Estado sobre a vida e a morte das pessoas.

Os 12 produtos mais perigosos da Monsanto

Do jornal Brasil de Fato:

O Resumen Latino Americano listou 12 produtos comercializados pela Monsanto, empresa especialista na fabricação de sementes geneticamente modificadas e herbicidas, que causaram e ainda causam muita controvérsia. Alguns destes produtos demonstraram, em estudos científicos amplamente divulgados, a incidência de doenças como câncer em animais - logo após comprovados em seres humanos. Outros são polêmicos pelos desastres humanitários que geraram, como a Bomba Atômica, que dizimou milhares de pessoas.

Prioridade de Dilma deve ser a democracia

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Renato Rovai, em seu blog:

Há análises para todos os gostos e sabores a respeito de como o país pode sair desta encalacrada golpista em que se encontra. Algumas buscando alternativas concretas, mesmo que isso implique em riscos. Outras mais interessadas em marcar posição, porque só enxergam um único caminho para trilhar. Dialogo neste texto com a apresentada por Valter Pomar, dirigente petista e professor universitário, que criticou o artigo que escrevi sobre o tema.

Plebiscito 1 – A questão é Michel Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lançada há duas semanas por Roberto Requião (PMDB-PR), com apoio de pelo menos duas dezenas de senadores e a benção pública de Dilma Rousseff, a proposta de se realizar um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais tornou-se o centro de um debate decisivo para derrotar Michel Temer e cicatrizar a ruptura institucional produzida pelo golpe de abril-maio de 2016.

A discussão em torno do plebiscito tem crescido, nos últimos dias, na mesma medida em que crescem manifestações de repudio ao golpe parlamentar que afastou Dilma.

Dilma e o dilema do plebiscito

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Entre a entrevista concedida à CartaCapital e a conversa com o jornalista Luís Nassif transmitida na noite da quinta-feira 9 pela TV Brasil, passaram-se duas semanas. Quando eu, Mino Carta e André Barrocal encontramos Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, a presidenta afastada fugiu apenas de dois assuntos: o que faria para tentar reverter os votos desfavoráveis no Senado e quais medidas tomaria caso fosse reconduzida ao cargo.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Intelectuais boicotam a mídia hegemônica

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

“O grande partido da elite brasileira hoje é a imprensa. Eles não fazem uma cobertura equivocada, são claramente promotores do golpe”, declara Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Lula e Dilma, em entrevista à Caros Amigos.

Recentemente, Carvalho recebeu um convite do jornal Estado de São Paulo para entrevista sobre a atual conjuntura política, que, segundo a jornalista responsável pela matéria, seria um bom espaço para que o petista tornasse pública sua opinião. Sem pensar duas vezes, negou. “Não achei adequado dar espaço e colaborar com um veículo desses, que só solicitou a entrevista para justificar um suposto equilíbrio, uma pseudo imparcialidade”, afirma.

Bolsa-empresário e o desmonte da EBC

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O capitalismo brasileiro tem aversão ao risco e adora uma boquinha. Segundo publicou a Folha de S. Paulo, os cinco principais programas de estímulo à indústria brasileira vão consumir, em isenções fiscais, R$ 52 bilhões até o final do ano. E tudo indica que os beneficiários não cumpriram as contrapartidas, tais como investimentos, atualização tecnológica e inovação. Simplesmente embolsaram o que deixaram de pagar em impostos. Já os cerca de R$ 500 milhões destinados à EBC para fazer comunicação pública e governamental, o governo provisório acha um absurdo e ameaça fechar a empresa para evitar “gasto supérfluo”.

A onda de ódio e preconceito em debate


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A onda de ódio e preconceito na sociedade será tema da 8ª edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?, marcada para o dia 4 de julho, às 19 horas, na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo. Estão confirmadas as presenças dos seguintes debatedores: