domingo, 10 de julho de 2016

CPMF, Cide e os patos da Fiesp

Por Altamiro Borges

Nas marchas pelo impeachment de Dilma, muitos "midiotas" carregaram felizes os patinhos amarelos distribuídos gratuitamente - com recursos públicos do Sistema S - pela eterna golpista Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Manipulados, eles acharam que a derrubada de um governo eleito democraticamente permitiria a brusca redução da carga tributária no Brasil. Agora, porém, os menos idiotas devem estar com a pulga atrás da orelha. Todo dia pinta um boato de que o governo do Judas Michel Temer pretende elevar os impostos. E, como diz o ditado popular, onde há fumaça, há fogo!

A resistência não dá trégua aos golpistas

Virada Cultural em Belo Horizonte. Foto: Jornalistas Livres
Por Jeferson Miola

Mudou a qualidade da resistência democrática. Nas últimas semanas, diminuiu a freqüência das manifestações de massas contra o golpe no Brasil. Elas passaram a acontecer em intervalos maiores de tempo e, muitas vezes, aglutinando segmentos específicos da sociedade.

Essa realidade, entretanto, ao contrário do que avaliam alguns, de maneira alguma significa o arrefecimento ou o declínio da luta contra o golpe e em defesa da democracia.

Diplomacia das patadas ou das pataquadas?

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Sigamos algumas acepções do Aurélio para o termo "diplomacia": "ciência ou arte das negociações"; "circunspecção e gravidade nas maneiras"; "delicadeza, finura";"astúcia ou consumada habilidade com que se trata qualquer negócio". Convenhamos, é tudo o que falta ao senador e ministro provisório das Relações Exteriores, José Serra, que desde que se tornou o interventor no Itamaraty, está implantando a sua "diplomacia das patadas".

Os golpistas e a entrega do pré-sal

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

Um projeto em tramitação no Congresso Nacional, de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), com apoio do governo interino, prevê a possibilidade de ampliação da presença de empresas estrangeiras na exploração do petróleo do Pré-Sal. Os depósitos de óleo ali existentes, pelo que já se conhece, coloca o Brasil entre os três maiores produtores mundiais.

O senador, pré-candidato à Presidência da República nas próximas eleições, ocupa o cargo de ministro das Relações Exteriores no governo interino de Michel Temer. No comando do Itamaraty, participa de fóruns internacionais que tratam dessa questão.

Osmar Serraglio, o moralista de Cunha

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O deputado Osmar Serraglio emergiu como guardião da moralidade ao presidir a CPI dos Correios em 2005, quando pediu a cassação de 18 deputados por envolvimento com o chamado mensalão. Em seu relatório minucioso e permeado por considerações sobre moralidade e ética na política, Serraglio usou uma citação bíblica como epígrafe: “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não venha a ser revelado, e nada há de escondido que não venha a ser conhecido.” Jesus Cristo, in Mateus, 10:26. De fato, onze anos depois, sua rigidez moral também está sendo revelada. Ele tornou-se um dos arqueiros de Eduardo Cunha para postergar decisões do Conselho de Ética e evitar sua cassação.

A crise e o diagnóstico medíocre de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Temos de reconhecer que Michel Temer é insuperável na sua mediocridade.

Sua capacidade de falar o óbvio e esgotar seu pensamento na superficialidade é, convenhamos, extraordinária.

E usando uma forma de falar e um gestual que dá a impressão de, sobre qualquer assunto, estar falando de uma porcaria qualquer.

Voltar ao primeiro artigo da Constituição

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Quando há uma crise generalizada como esta que estamos vivendo e sofrendo sem perspectiva de uma saída que crie consenso, não temos outra alternativa senão voltar à fonte do poder politico, expressão da soberania de um povo. Temos que resgatar todo o valor do primeiro artigo da Constituição, parágrafo único:”Todo poder emana do povo”.

O povo é, pois, o sujeito ultimo do poder. Em momentos em que uma nação se encontra num voo cego e perdeu o rumo de seu destino, este povo deve ser convocado para dizer que tipo de país quer e que tipo de democracia deseja: esta com um presidencialismo de coalizão, feito de negócios e negociatas para garantir uma suficiente base parlamentar ou uma democracia de verdade, na qual os representantes eleitos representam efetivamente os eleitores e não os interesses corporativos e empresariais que lhe garantiram a eleição? Urge avançar mais: precisamos dar forma política à vontade de participação por parte do povo organizado nos destinos do país, mostrada nas jornadas de 2013.

Serra e o servilismo na política externa

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Roberto Amaral, no Jornal GGN:

No discurso de transmissão do cargo de ministro das Relações Exteriores ao professor e empresário Celso Lafer (2001), aquele chanceler que se notabilizaria por tirar os sapatos e as meias para ingressar nos EUA, o ministro Luiz Felipe Lampreia, resumindo a política externa do governo FHC (a dependência encantada), proclamou:

"O Brasil não pode querer ser mais do que é".

Golpe vai cercear a liberdade de expressão

Do site Carta Maior:

Por que o governo interino – e ilegítimo – de Michel Temer quebrou contratos na ordem de irrisórios R$ 11,2 milhões (0,6% do orçamento da Secom em 2015) com as microempresas da mídia alternativa? Por que tamanho ataque, também, contra a Empresa Brasil de Comunicação, a EBC?

Segundo Venício Lima, um dos maiores especialistas em democratização da comunicação no Brasil, “governos autoritários sempre começam cerceando a liberdade de expressão”. Em entrevista exclusiva à Carta Maior, ele dimensiona o papel dos blogs e sites progressistas e comenta a guerra travada pelo oligopólio da comunicação contra qualquer iniciativa em prol da pluralidade e diversidade de vozes no país.

Jornada de 80 horas para os "coxinhas"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



O lado obscuro da alma do blogueiro sente uma satisfação mórbida quando se materializam desgraças que os que sabiam que o golpe era golpe avisaram que sobreviriam. Apesar de que estar certo, nesse caso, significa que você também vai se dar mal, é analgésico saber que as hordas de imbecis que se fantasiaram com camisetas amarelas também pagarão alto preço.

Claro que muitos dos fascistas que inundaram as ruas pedindo golpe contra Dilma Rousseff serão, sim, beneficiados por medidas contra os trabalhadores que decorrerão da derrubada do governo eleito em 2014. São os que têm motivos para apoiar o golpe por serem beneficiários de medidas contra trabalhadores que o golpista Michel Temer já anunciou que tomará.

Cunha: Choro ou lágrimas de crocodilo?

Por Frei Betto, no site da Adital:

A história do Brasil é marcada por renúncias emblemáticas. D. Pedro I abdicou em favor do filho. Deodoro da Fonseca renunciou ao ver fracassar seu golpe de estado. Vargas idem, desgastado pelo Estado Novo. Jânio renunciou à presidência na tentativa de se tornar ditador, e Collor quando se viu ameaçado pelo impeachment.

Renúncia de político não costuma ser um reconhecimento de que seu futuro será apenas rememorar o passado. É uma artimanha. D. Pedro I agiu assim para que Portugal não perdesse a sua mais importante colônia. Deodoro, para garantir que o poder continuasse em mãos dos militares. Vargas, para evitar que seus direitos político fossem cassados. Jânio, inebriado pela ideia de voltar como ditador nos braços do povo. E Collor, para se antecipar ao processo de impeachment.

O que explica a popularidade de Bolsonaro

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

O que explica o crescimento do nome do deputado Jair Bolsonaro entre usuários de redes sociais e até em alguns setores da sociedade? Ele vem ganhando adesão por conta do discurso raso e populista que adotou. Vem faturando em cima da indignação da população com os escândalos de corrupção, com os casos de violência e com a desilusão diante desse sistema falido que prospera há séculos nesse país.

Nesse contexto, a superficialidade de seu discurso cai como uma luva, já que ela não mostra a complexidade e as contradições dessas questões.

Liberdade para Julian Assange

Por Ignacio Ramonet, no site Sul-21:

Já se completaram quatro anos desde que, em 19 de junho de 2012, o ciberativista australiano Julian Assange, paladino da luta pela liberdade de informação, se viu obrigado a refugiar-se nas dependências da embaixada do Equador, em Londres. O pequeno país latino-americano teve a coragem de lhe oferecer asilo diplomático, quando o fundador do WiliLeaks se encontrava perseguido e acuado pelo governo dos Estados Unidos e vários de seus aliados (Reino Unido e Suécia, principalmente). A justiça sueca exige que Assange se apresente em Estocolmo para testemunhar pessoalmente sobre as acusações de agressão sexual feitas por duas mulheres a quem ele haveria mentido sobre o uso de preservativo.

sábado, 9 de julho de 2016

Jornada de 80 horas. Volta, Isabel!

Por Lindbergh Farias e Marcelo Zero

Há pouco tempo, escrevemos artigo no qual afirmávamos que o golpe ameaça desconstruir os legados sociais de Lula, Ulysses Guimarães e Getúlio Vargas.

Estávamos enganados.

O apetite reacionário e excludente dos golpistas vai além. Eles querem também acabar com o legado social da Princesa Isabel.

Com efeito, foi o que deu a entender o presidente da CNI, apoiadora do golpe, o qual, após encontro com o Interino Usurpador, anunciou que os brasileiros têm de trabalhar 80 horas por semana, ou 12 horas por dia.

Queda da tiragem de Folha, Globo e Estadão

Por Raymundo Gomes, no blog Diário do Centro do Mundo:

A informação que mais impressiona, no post de Fernando Rodrigues no UOL sobre os gastos do governo Dilma com publicidade na mídia, não é a manchete por ele escolhida, o corte de R$ 260 milhões sofrido pela Rede Globo em 2015. É um dado que passou despercebido em meio às muitas tabelas do post: a vertiginosa queda de tiragem dos três jornalões brasileiros, Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo.

O pecado original de Sergio Moro

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A Operação Lava Jato, maquinada pelo juiz Sergio Moro, da 14ª Vara Criminal de Curitiba (PR), e executada por procuradores da República e pela Polícia Federal, no 27º mês de existência, enfrenta obstáculos de um lado e de outro. Ora por boas razões, ora por maus propósitos. Essas são metas guiadas pelo objetivo de “estancar a sangria”, segundo a frase suspeita do senador Romero Jucá.

Em essência são dois movimentos iguais com objetivos distintos. Um reage para conter os arrufos de Moro nos limites da legalidade, o outro costura um acordo, conforme as delações indicam, para conter e guarnecer a liberdade de empresários, funcionários públicos e políticos envolvidos com propinas bilionárias. Para esse grupo é preciso estancar a Lava Jato. A qualquer preço.

Brasil é o paraíso dos sonegadores

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Nessa semana Lionel Messi e seu pai foram condenados, na Espanha, a 21 meses de prisão, além de pagamento de multa, por fraude fiscal. Os dois são acusados de terem sonegado 4,1 milhões de euros em impostos. Neymar e seu pai também acumulam problemas com a justiça relacionados ao pagamento de impostos, tanto no Brasil quanto na Espanha. No Brasil o jogador teve R$ 188 milhões bloqueados por sonegação fiscal. Enganar o fisco parece ser um programa pai e filho apreciado pelos astros do futebol e seus genitores.

Kassab terá de explicar decreto pró-Globo

Do blog Viomundo:

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, terá que prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre o decreto que “autoriza a transferência indireta da concessão de serviço de radiodifusão de sons e imagens outorgada à Globo”. O requerimento, de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), foi aprovado nesta quarta-feira (6).

Mata-se no Brasil por qualquer coisa

Por Jandira Feghali

Mata-se muito no Brasil. Matam pela cor da pele do menino que sai de casa com um saco de pipoca e matam aqueles que praticam sua sexualidade de forma livre, como o século 21 permite.

Matam mulheres por serem mulheres. Agridem, asfixiam, violentam. Somem com elas. As estatísticas se avolumam ano a ano, mostrando que a luta contra a intolerância é uma guerra constante em nosso país.

A OMS já emitiu um alerta quando o assunto é a morte de brasileiras. Com um registro de 4,8 mortes a cada 100 mil mulheres, o feminicídio nos coloca na vergonhosa e inaceitável quinta posição do ranking mundial de “mortes de mulheres por serem mulheres”. Quando há o recorte étnico, esse número se torna mais assustador. Segundo o Mapa da Violência sobre homicídios no público feminino, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.

Rumo a uma Era da Desintegração?

Por Patrick Cockburn, no site Outras Palavras:

Vivemos numa era de desintegração. Em nenhum lugar isso é mais evidente do que no Oriente Médio e na África. De lado a lado da vasta faixa de território entre o Paquistão e a Nigéria, há pelo menos sete guerras acontecendo – no Afeganistão, Iraque, Síria, Iêmen, Líbia, Somália e Sudão do Sul. Esses conflitos são extraordinariamente destrutivos. Despedaçam os países onde estão ocorrendo, a ponto que é de se duvidar se algum dia poderão recuperar-se. Cidades como Aleppo, na Síria; Ramadi, no Iraque; Taiz, no Iêmen; e Benghazi, na Líbia, foram reduzidas a ruínas, em parte ou totalmente. Há também pelo menos três outras sérias conflagrações: no sudeste da Turquia, onde as guerrilhas curdas estão combatendo o exército turco; na península do Sinai, no Egito, onde atua uma guerrilha pouco divulgada, porém feroz; e no nordeste da Nigéria e países vizinhos, onde o Boko Haram continua a fazer ataques assassinos.

Petroleiros resistem em defesa do Brasil

Por Bepe Damasco, em seu blog:          

A resistência aos ataques do governo golpista, que corre para entregar o quanto antes o pré-sal para as empresas estrangeiras, deu o tom da VI Plenária da Federação Única dos Petroleiros, que acontece na cidade de Campos, no Norte Fluminense, de 7 a 9 de julho.

A entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo ganhou avançou algumas casas na última quinta-feira, quando a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que acaba com o regime de partilha. A matéria agora segue para o plenário.

Jornada de 80 horas é pura provocação

Da Rede Brasil Atual:

Com posições distintas depois da mudança de governo, as centrais sindicais se uniram nesta sexta-feira (8) em repúdio a declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre a jornada de trabalho. "Neste momento em que as centrais sindicais buscam um diálogo, a fim de estabelecer um consenso benéfico para todos, tal afirmação, que faz lembrar a situação da classe operária do século 19, surge como uma provocação estapafúrdia ao povo brasileiro", afirmam as entidades.


Os objetivos da renúncia de Eduardo Cunha

Editorial do site Vermelho:

A renúncia do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), é um desses episódios exemplares que distinguem a política praticada por certos representantes das classes dominantes, daquela feita por políticos ligados ao povo e aos trabalhadores.

O traço marcante de políticos do naipe de Eduardo Cunha são ações que procuram esconder sua verdadeira natureza – ocultar, enganar, tergiversar. Ao contrário dos políticos populares e democráticos, que agem aberta e publicamente, à vista de todos, sem nada a esconder.

O silêncio sobre o acordo Temer-Cunha

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quem cala, consente. O velho e surrado ditado aplica-se ao silêncio do Palácio do Planalto diante das notícias de que Temer avalizou o acordão que está em curso na Câmara para garantir a Eduardo Cunha a salvação de seu mandato em troca da renúncia à presidência da Casa. Um governo dissociado da manobra para salvar o mais encalacrado dos aliados, o que mais fortemente representou a transformação da política em negociatas e chantagens, teria emitido uma nota oficial ou providenciado uma declaração pública, feita por alguém autorizado e de preferência pelo próprio ocupante da Presidência. Temer não desmentiu porque não pode e vai ter que sujar as mãos no esforço para salvar o mandato de Cunha, que o manterá com foro especial no STF. A alternativa é esperar que ele seja cassado e preso e torne-se delator, jogando ao mar a cúpula do PMDB e quem sabe o próprio Temer.

Veja “sumiu” com a renúncia de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Veja pôs em prática o ensinamento do Dr. Roberto Marinho, como narra Paulo Henrique Amorim no seu livro O Quarto Poder: “O Globo é o que é mais pelo que não deu do que pelo que deu”.

E, assim, a revista dos Civita não colocou na sua capa, nem nas chamadas menores, o acontecimento político da semana, indubitavelmente: a renúncia de Eduardo Cunha.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Golpe para entregar o pré-sal. EUA vibram!

Por Altamiro Borges

O governo dos EUA e as multinacionais do petróleo devem ter soltado rojões nesta semana para festejar, mais uma vez, o êxito parcial do “golpe dos corruptos” no Brasil. Eles já tinham comemorado a nomeação do tucano José Serra, fiel capacho da Chevron, para o Ministério das Relações Exteriores. Também aplaudiram as iniciativas do governo interino para implodir a integração latino-americana, sabotando o Mercosul. Mas nada se compara à decisão aprovada nesta quinta-feira (7) por uma comissão especial da Câmara Federal que acelera o processo de entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo. Este sempre foi o maior objeto de desejo do império ianque, o que explica o seu silêncio diante do golpe nativo.

Revogar a Lei Áurea em nome da economia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, disse que o governo federal deve promover “medidas muito duras'' na Previdência Social e na legislação trabalhista para equilibrar as contas públicas. E citou como exemplo as reformas ocorridas na França, afirmando que, por lá, é permitido trabalhar até 80 horas por semana (na verdade, o limite máximo é de 48 horas, com horas-extras, podendo chegar a 60 em casos excepcionais com aval de autoridades).

A declaração foi dada após um encontro com Michel Temer e cerca de 100 empresários. Em nota, a CNI afirmou que seu presidente não defendeu o aumento da jornada.

PSDB chega ao poder sem ganhar eleição

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Num regime presidencialista democrático, só há uma maneira de se chegar ao poder: ganhando eleições. Devemos estar ficando loucos, então, porque o partido derrotado em 2014 está aboletado no governo federal como se tivesse recebido votos para tal. Com Michel Temer como aliado e fantoche, os tucanos voltaram a decidir os destinos da nação. Quem não votou no PSDB na última eleição presidencial, como eu e a maioria dos eleitores do país, tem toda a razão para acreditar que fomos passados para trás pelo partido de Aécio Neves.

Relatório mostra quem lucra com as guerras

Por Nika Knight, no site Carta Maior:

Enquanto a Europa se conforma com a votação do Brexit alimentada em grande parte por um ódio xenofóbico, um novo relatório expõe como os especuladores das guerras estão influenciando políticas da União Européia para lucrar com os conflitos intermináveis no Oriente Médio bem como a onda de refugiados criada pela mesma instabilidade e violência.

O relatório Guerras nas Fronteiras: Os traficantes de armas lucrando com a tragédia dos refugiados na Europa, divulgado em conjunto pelo Instituto Transnacional (TNI) e pelo European Stop Wapenhandel na segunda-feira, destaca a busca dos comerciantes de armas pelo lucro nos conflitos intermináveis do século 21.

A crise global e o cadafalso britânico

Por A. Sérgio Barroso, no site da Fundação Maurício Grabois:

Desde 2009 temos compartilhado (e opinado) sobre a tese de que a economia capitalista mundial vem-se atolando num longo e sinuoso processo depressivo, mais que caracterizado pela queda acentuada do produto e do comércio global, pelo aumento explosivo do desemprego e do trabalho precário/temporário, isso aliado ao fenômeno da paulatina e larga deflação de preços no capitalismo, e inexorável agigantamento das desigualdades e terríveis problemas sociais no mundo inteiro – exceto na China.

A lógica das reformas do governo interino

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

As propostas de reformas do governo interino de Michel Temer reorientam a atuação do Estado para os interesses do mercado, restringem os instrumentos de luta do movimento sindical e atacam os três principais pilares do Estado de Bem-Estar: a previdência e a assistência social, a educação e a saúde universais.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241/2016, que trata do regime fiscal, atribui aos gastos sociais (educação, saúde, previdência) e à despesa com o funcionalismo a responsabilidade pelo problema fiscal do país, ignorando solenemente os gastos governamentais com juros e amortizações, os verdadeiros responsáveis pelo déficit público.

Dois meses do golpe neoliberal

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Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil vive uma grave crise econômica, política, social e ambiental, mas já passamos por crises históricas semelhantes nas décadas de 30, 60 e 80. Todas elas exigiram grandes debates na sociedade, enorme participação política e disputas típicas da luta de classe. Seu desenlace sempre foi lento e só se concretizou em torno de um novo projeto, que conseguisse aglutinar uma base social para o sustentar, ou por meio de ações militares comandadas pelas classes dominantes.

E neste momento? O que está acontecendo?

Os golpistas e os motivos neoliberais

Por Euzébio Jorge, no site da UJS:

Golpistas entram em desespero ao verem o golpe esvair por entre seus dedos. A explosão midiática, a ideologização irresponsável do judiciário e o caos político não podem perdurar por muito tempo. O acordo dos setores conservadores para cessar a democracia “por um período”, deveria ocorrer até que as reformas neoliberais fossem implementadas, mas isso deveria ocorrer em um curto espaço de tempo, como fizera Mauricio Macri da Argentina. Os grandes players do capitalismo mundial não são contra a falta de democracia por valores de liberdade, ou por respeito aos direitos humanos, são contra as ditaduras por elas desequilibrarem a concorrência capitalista internacional. Acreditam que como não conseguiram dar um golpe em seus países, as grandes corporações que residem em seu território podem ser prejudicadas no comercio internacional.

Cunha começa a sua delação premiada

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ao renunciar a presidência da Câmara, Cunha tenta seu último lance antes de partir para uma delação premiada.

Ele está entregando os anéis para tentar preservar os dedos (o mandato).

O mandato é importante porque garante seu fórum privilegiado. O que faz com que seu caso seja julgado no Supremo Tribunal Federal e não pelo juiz Sérgio Moro.

O que explica a renúncia de Cunha

Da revista CartaCapital:

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira, 7, à presidência da Câmara, da qual estava afastado desde maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista coletiva concedida no início da tarde, Cunha se emocionou ao ler sua carta de renúncia e chorou ao agradecer o apoio da família.

“Resolvi ceder aos apelos generalizados dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra que não condiz com o que País espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente minha renúncia poderá por fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente", disse o deputado.

O que foi mais repulsivo na fala de Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não há razões para comemorar a renúncia de Eduardo Cunha. Ele tinha que estar preso há muito tempo.

Ele é um insulto a todos nós. Sua liberdade nos diminui e nos humilha, tais e tantos seus crimes.

A carta de renúncia é uma infâmia. Eduardo Cunha, como psicopata que é, consegue se apresentar como vítima, vítima da perseguição dos homens maus que não o perdoaram por ter aberto o processo de afastamento de Dilma.

A teoria da conspiração de Marilena Chauí

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O problema da esquerda, desde seus primórdios, há milhares de anos, quando algum bando de pobres se rebelou, numa aldeia do Egito Antigo, contra a opressão, e conseguiu formular suas demandas de maneira minimamente política, sempre foi a comunicação.

A razão é simples: a comunicação precisa de instrução para ganhar substância, e instrução é um luxo dos ricos. Os pobres sempre precisaram pegar no pesado, de manhã à noite, para obter o seu alimento e sustentar sua família.

Até hoje é assim.

Mesmo como bagaço, Cunha ajuda Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não precisamos nos enganar. Em julho de 2016, a renúncia do suíço Eduardo Cunha é um gesto que atende à necessidade urgente de Michel Temer de elevar o grau de legitimidade de um governo nascido de um impeachment sem prova de crime de responsabilidade. Cunha já cumpriu o papel que podia desempenhar, articulando o afastamento de Dilma, e agora pode ser dispensado como o bagaço de uma laranja. Renunciou à presidência da Câmara. Não tem a menor garantia de que poderá conservar o mandato.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Temer presenteia as teles com R$ 17 bilhões

Por Altamiro Borges

Tendo como principal lobista na Câmara Federal o ex-presidente Eduardo Cunha, as poderosas multinacionais das telecomunicações foram acusadas diversas vezes de participarem da trama golpista que resultou no impeachment da presidenta Dilma. Agora, com o Judas Michel Temer, elas serão recompensadas com uma medida que dilapida o patrimônio público. Sem maior escarcéu, o Estadão informou nesta terça-feira (5) que o governo interino pretende "transferir para as teles um patrimônio de R$ 17 bilhões". A medida escancara os verdadeiros objetivos do “golpe dos corruptos”, bancado pelos ricaços, que serve unicamente aos interesses do grande capital. Somente os “midiotas” caíram na conversa fiada das “pedaladas fiscais” e da “salvação nacional”.

O arcebispo golpista que acoberta pedófilos

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (6), o Vaticano confirmou o afastamento do arcebispo da Paraíba, o golpista Aldo Pagotto. Segundo o comunicado lacônico, o Papa Francisco “aceitou a renúncia” do religioso ítalo-brasileiro, mas não há maiores detalhes sobre o motivo do expurgo. Nos últimos meses, porém, aumentaram as denúncias de que o arcebispo teria abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abuso sexual de menores de idade. Já em 2002, Aldo Pagotto foi acusado pelo Ministério Público do Ceará de coagir adolescentes para que mudassem seus depoimentos a fim de proteger um frei acusado de estupro. Diante das suspeitas, o Vaticano determinou, no ano passado, que o arcebispo não ordenasse mais padres ou recebesse novos seminaristas. Agora, ele “renúncia” e se diz vítima de acusações “difamatórias”, que o expõem ao “escárnio público”.

A luta em defesa da comunicação pública

Haddad critica partidarização da imprensa

Da Rede Brasil Atual:

Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (6), o prefeito e pré-candidato à reeleição na capital paulista, Fernando Haddad (PT), avaliou que houve um movimento da elite nacional para nivelar por baixo o debate político, pondo de lado a discussão sobre propostas e tornando a todos potencialmente suspeitos. “Eu entendo que foi tomada uma decisão política pelo establishment, de suprimir a contradição política no país. Não é derrotar. Porque derrotar é pôr ideias em debate, um dos lados vence. É a supressão da representação política dos debaixo que, pela primeira vez em 500 anos, conseguiram encontrar uma voz”, afirmou.

Aécio some e deixa empreiteiros magoados

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Desaparecido dos holofotes da mídia desde que as delações que citam seu nome se intensificaram, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-SP) tem seu nome novamente envolvido nas investigações da Operação Lava Jato.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Aécio tem sido citado em várias delações de empresários que ficaram chateados com a postura do tucano, que teria colocado lenha na fogueira da Lava Jato achando que a operação só atingiria o PT e não chegaria aos empresários.

Derrota de Temer na Câmara foi aviso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Tal como previmos no meio da tarde de ontem, o governo interino testou sua base e perdeu, ao insistir em aprovar a urgência para a votação do projeto de lei sobre a renegociação da dívida dos estados. Antes, já desistira de votar o mérito mas acabou derrotado também na urgência, embora por pouco. A votação deixou algumas lições importantes para o governo interino que joga tudo para se tornar definitivo. A primeira e mais importante foi a de que não será fácil aprovar o prometido ajuste fiscal, que por ora não passou de palavras, e especialmente a emenda constitucional fixando teto de crescimento do gasto público, nos próximos 20 anos, limitando-o à inflação do ano anterior, para os governos federal, estaduais e municipais.

Cunha chora ao renunciar e culpa o PT

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Por duas vezes, Eduardo Cunha ensaiou um choro, embargando a voz, ao ler o pronunciamento de renúncia à Presidência da Câmara.

O homem de gelo parece estar perdendo o controle, porque é muito difícil que, mesmo deixando o posto, possa salvar o seu mandato e o foro privilegiado de que dispõe como deputado.

A possibilidade de Cunha recuperar as condições de ser decisivo na decisão sobre quem irá ser eleito presidente da Câmara.

Agência Sindical comemora 25 anos

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Dia 15 de julho, sexta, às 18h30, a Agência Sindical divulga vídeo institucional de seus 25 anos. Será aqui no Barão (Rua Rego Freitas, 454, cj 83). No evento, serão entregues camisetas alusivas ao aniversário. O jornalista João Franzin, fundador e coordenador da Agência, afirma: “Será um encontro de amigos e parceiros. Vamos reunir gente que tenha identidade e compromissos”.

O tucano que subiu no telhado

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Alguns desdobramentos da Lava Jato.

Lance 1 - as tacadas no mercado norte-americano

Consiste em uma esperteza de advogados norte-americanos, valendo-se da eterna ingenuidade penal brasileira.

Por lá se desenvolveu a curiosa tese de que o dólar é um patrimônio dos Estados Unidos. Assim sendo, qualquer ato de corrupção que envolva até meros pagamentos em dólar expande a territorialidade e passa a ser tratado como ato de corrupção contra o governo norte-americano. É a mais nova forma de tomar dinheiro, seguindo no rastro dos fundos-abutre.

O “pixuleko” contra Lewandowski e Janot

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde o primeiro boneco inflável difamatório (contra Lula) que foi levado às manifestações de rua fascistas, o que ocorreu em agosto do ano passado, muitos se perguntam como é possível que grupos financiados por fontes obscuras promovam esses ataques à honra de cidadãos que, mesmo sendo pessoas públicas, não perderam seus direitos constitucionais.

No protesto de 16 de agosto de 2015 contra Dilma Rousseff apareceu o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em menos de 48 horas desde sua primeira aparição, durante ato em Brasília, o personagem com roupa de presidiário já estava em São Paulo.

'Deus Mercado' e a religião capitalista

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Os aspectos religiosos do neoliberalismo e o proselitismo na comunicação foram temas debatidos pelos professores da Universidade Metodista, Jung Mo Sung (Ciências da Religião) e Magali Cunha (Comunicação). Eles participaram do seminário “A Metafísica do Neoliberalismo e a Crise de Valores no Mundo”, promovido pelo Fórum 21, no último dia 2 de julho (sábado), no auditório da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP).

EUA orquestram o desmonte do Brasil

Por Frei Betto, no site da Adital:

O documento Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, definido no governo Obama, assinala que o Brasil representa uma enorme reserva de riquezas naturais estratégicas, essenciais ao desenvolvimento das novas tecnologias. Acrescenta que apenas o nosso país possui o potencial de exercer, na América do Sul, um grau de influência capaz de competir com os interesses hegemônicos dos EUA.

Obama foi explícito: "Temos que ter clareza sobre os desafios presentes e futuros, e reconhecer que o nosso país conta com a capacidade única de mobilizar e guiar a comunidade internacional para enfrentá-los”.