terça-feira, 14 de abril de 2015

Prisões no ato contra a Globo na Câmara

Do blog Escrevinhador:

Um grupo de militantes de organizações de juventude e do movimento de democratização da comunicação foi reprimido pela Polícia Legislativa, em sessão solene em homenagem aos 50 anos da Rede Globo, na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça-feira.

Três ativistas tentaram estender uma faixa no auditório com a frase “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”, quando foram detidos pela Policia Legislativa. Depois da sessão, foram liberados.

A bancada BBB domina o Congresso

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após algumas sessões marcadas por protestos, bate-bocas e intensa troca de acusações, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na terça-feira 31 a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal no Brasil. Agora, a discussão caminha para uma comissão especial, que terá cerca de três meses para debater iniciativas similares e consolidar um relatório a ser votado no plenário. Entre as sugestões, há toda sorte de “soluções”, da responsabilização de adolescentes apenas em caso de crimes contra a vida à espantosa proposta de baixar o limite de idade para 12 anos.

Lava Jato: o espetáculo continua

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Agora entendo porque os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro “pediram a mídia” para pressionar as instâncias superiores do Judiciário a julgar tudo muito rápido.

O espetáculo não pode parar. E tem de ser rápido, para confundir a opinião pública, produzindo um clima de caos.

A mídia sempre gostou de coisas rápidas e confusas, que ela controla em função das enormes equipes que só ela consegue mobilizar para manter o controle sobre esse tipo de narrativa.

A operação Datafolha e o impeachment

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.

O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Terceirização e a marcha na Paulista

As lições das marchas de domingo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em comparação com os protestos de 15 de março, as manifestações de ontem foram menores pelo volume e pela geografia. Em várias cidades, os protestos foram cancelados ou nem foram convocados. Em São Paulo, o mesmo DataFolha que apontou 200.000 pessoas nas ruas, há um mês, calcula que ontem o protesto envolveu 100.000. Em outras cidades, onde cálculos mais precisos foram substituídas por estimativas e puros chutes, as reduções também foram notáveis.

Carta de BH: "Regula a mídia, Já!"

Do site do FNDC:

Com a participação ativa de 682 inscritos, o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) aprovou, na tarde deste domingo (12/4), a Carta de Belo Horizonte. O documento reafirma a luta pela democratização da comunicação como pauta aglutinadora e transversal, além de conclamar as entidades e ativisitas a unirem forças para pressionar o governo a abrir diálogo com a sociecidade sobre a necessidade de regular democraticamente o setor de comunicação do país.

O mundo pelo olhar de Eduardo Galeano

Eduardo Galeano não morreu!

Por Altamiro Borges

Os amantes da liberdade e da humanidade estão de luto. Faleceu na manhã desta segunda-feira (13) o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. A triste notícia foi confirmada por sua editora ao jornal espanhol 'El País'. Aos 74 anos de idade, ele estava internado em um hospital de Montevidéu desde sexta-feira e não resistiu à complicações decorrentes de um câncer no pulmão. 

Tive o prazer de conhecê-lo durante o plebiscito revogatório na Venezuela, em agosto de 2004, que confirmou o mandato do presidente Hugo Chávez. Foi um papo longo, alegre e apaixonante, de um ser humano genial e comprometido com a emancipação dos povos da América Latina e do mundo. Na verdade, Eduardo Galeano não morreu. Suas ideias e suas belas obras estão mais vivas do que nunca!