quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dilma e a estratégia da despolitização

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

O que causa espécie nas crises políticas enfrentadas pela presidenta Dilma Roussef desde 1° de janeiro até o mês que encerra 2011 é a sua estratégia, até agora bem-sucedida, de despolizitar a ofensiva sistemática aos integrantes de seu Ministério pela imprensa, por partidos aliados ou, em menor intensidade, por partidos adversários. Na verdade, a despolitização é o resultado mais evidente do comportamento da presidenta, de substituir ministros num prazo não tão pequeno que pareça rendição aos ataques ou dê a impressão de que suprimiu direito de defesa do acusado, nem tão grande que pareça que vá comprar a briga por um subalterno.

A oposição social na era da internet

Por James Petras, no sítio português Resistir:

A relação entre as tecnologias da informação, e mais precisamente a internet, com a política é uma questão central para os movimentos sociais contemporâneos. Tal como outros avanços tecnológicos no passado, as tecnologias da informação (TI) servem um duplo propósito: por um lado contribuem para acelerar os movimentos de capitais (sobretudo de capitais financeiros), facilitando uma globalização imperialista. Por outro, a internet fornece importantes fontes alternativas de análise, assim como uma forma fácil de comunicação, que pode servir para a mobilização dos movimentos populares.

A sombra das democraduras na Europa

Martirena
Por Ignacio Ramonet, no sítio Outras Palavras:

Agora está claro: não existe, no interior da União Europeia, nenhuma vontade política de enfrentar os mercados e resolver a crise. Até há pouco, atribuiu-se a lamentável atuação dos dirigentes europeus à sua desmedida incompetência. Mas esta explicação, ainda que correta, não basta, sobretudo depois dos recentes “golpes de Estado financeiros” que puseram fim, na Grécia e na Itália, a certa concepção de democracia. É óbvio que não se trata só de mediocridade e incompetência, mas de cumplicidade ativa com os mercados.

Para onde vai o capitalismo?

Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:

A atual crise econômica e financeira mundial tem de positivo o fato de que está suscitando debates, há muito amortecidos, sobre a gravidade e a profundidade das crises do capital. O mundo de paz e prosperidade, prometido pela propaganda neoliberal, especialmente após o colapso da União Soviética e do socialismo do leste europeu, está se transformando rapidamente não só num mundo hipócrita e perigoso, como acentuamos em comentário anterior, mas também de desemprego, pobreza e desesperança nos países que antes se arrogavam os centros desenvolvidos e ricos do planeta.

Clarín é independente. De quem?

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Surpreendente o artigo da jornalista Sylvia Colombo, correspondente da Folha em Buenos Aires, publicado nesta terça-feira (06) - "Cristina e a vergonha de ser jornalista". Ela relata a “perseguição” (aspas minhas) que os jornalistas estão sofrendo pela presidenta Cristina Kirchner e pelos argentinos. Segundo ela, os jornalistas se tornaram personas non gratas em Buenos Aires. Ela conta alguns causos nos quais colegas foram constrangidos a mentir a profissão para não serem alvo de preconceito. Disse que foi questionada se, no Brasil, os jornalistas também são mentirosos. Será que ela respondeu a verdade?

A indignação seletiva de Serra

Por José Dirceu, em seu blog:

Risível a nota divulgada por José Serra, na qual ele classifica como "gravíssima" as escutas ilegais em um comitê eleitoral do PSDB em Rio Branco (AC). Segundo reportagem do Estadão desta 4ª feira (ontem) a Polícia Federal (PF) grampeou no ano passado telefones no comitê do candidato tucano ao governo do Acre, Tião Bocalon.

Deixe de ser besta, Aécio!

Do blog Minas Sem Censura:

Mais um textículo do “líder” da oposição. Agora com o título “Ética e Barbárie” (FSP,05/12/11).

Nele, Aécio fala dos ditadores e tiranos que massacram populações civis. Cita a Síria como exemplo mais recente de desrespeito aos direitos humanos: assassinatos, execuções sem direito a julgamento “justo”, sequestros, tortura etc. Poderíamos acrescentar: invasão de privacidade, calúnia, desqualificações dos adversários, mentira, cinismo e... cara de pau. E nomina Hitler e Stalin como ícones de todo esse processo.

Porque os ricos estão mais ricos

Federico Rampini, no sítio português O Diário:

“Mãe, o que fazem todas essas pessoas no nosso avião?”. O filho de Jacqueline Siegel não conseguia dar uma explicação a si mesmo na primeira vez que se encontrou na fila de embarque (primeira classe, obviamente) com tantos desconhecidos, ele que estava acostumado a viajar com o seu pai no jacto particular da empresa. Bem-vindos ao mundo do 1%.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Bruno Covas: poste ou camelódromo?

Por Altamiro Borges

Na sabatina da Folha tucana com os quatro pré-candidatos do PSDB à prefeitura da capital paulista, Bruno Covas, o preferido de Geraldo Alckmin, voltou a queimar a língua. “A população não quer mais votar em poste, não quer votar em nome indicado por esse ou aquele”, afirmou o insosso secretário estadual do Meio Ambiente, tentando cutucar o petista Fernando Haddad.

João Dias, fonte da Veja, é preso no DF

Por Altamiro Borges

O policial João Dias, o bandido usado como principal fonte da revista Veja para derrubar o ministro Orlando Silva, dos Esportes, foi preso na tarde de hoje (7) em Brasília. Ele tentou invadir a sala do secretário do Governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, no Palácio Buriti. Carregando uma mala com cerca de R$ 200 mil, o “maluco” berrou palavrões e agrediu três pessoas.

Jornal Nacional da TV Globo mudou?

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Seria de uma ingenuidade tremenda achar que, porque mudou uma das apresentadoras do telejornal, ele ficaria diferente no conteúdo, no dia seguinte. Para fazer o Jornal Nacional são, por baixo, 150 jornalistas em todo o país envolvidos diretamente com ele.

As ações do PCdoB contra Veja e Época

Por Kerison Lopes, no sítio Vermelho:

Na semana passada, o PCdoB praticou mais um ato em defesa da democracia e da verdade no país. Protocolou na Vara Civil Especial de Brasília três ações em que defende sua honra e sua história. Duas são ações indenizatórias por calúnias e são dirigidas contra as empresas Globo e Abril, respectivamente responsáveis pelas revistas Época e Veja. Outra ação é penal, contra jornalistas da revista Veja, autores de matérias caluniosas, juntamente com seus editores.

PIB zero e capitalismo sem risco

Por Gilberto Maringoni, no sítio Carta Maior:

O crescimento zero do PIB no terceiro trimestre é notícia que chega em má hora. O resultado não pode ser apenas debitado nas costas da crise internacional. É conta também de responsabilidade do Banco Central brasileiro.

A publicidade infantil invade a tevê

Por Clara Roman, na revista CartaCapital:

Sem leis que regulamentem exclusivamente a publicidade infantil, anúncios para crianças pipocam na programação nas tevês brasileiras. Uma pesquisa recente do Instituto Alana, que monitorou 15 canais pouco antes do Dia das Crianças, constatou que 64% das propagandas são direcionadas para este público. O estudo focou em canais da TV aberta, como Globo, SBT, Bandeirantes e Record, e em canais da tevê fechada exclusivos para o público infantil, como Cartoon Network, Discovery Kids e Disney XD.

Veja quer calar a democracia

Por Marcelo Semer, no Terra Magazine:

Tolice suprema, coleção formidável de bobagens, condoreirismo cafona.

Com esses e outros adjetivos ainda piores, o jornalista Reinaldo Azevedo iniciou, em seu blog, uma onda de ataques da revista Veja à Associação Juízes para a Democracia (AJD).

Zara, marca da escravidão. E daí?

Por Cida Trajano, no sítio da CUT:

A grife espanhola Zara virou marca da escravidão em nosso país, após suas oficinas terceirizadas serem flagradas com o uso e abuso de trabalhadores em condições desumanas, submetidos a práticas coercitivas que remontam aos tempos do chicote e da senzala.

A mídia golpista e o sindicalismo

Por Augusto Petta, no sítio da CTB:

Quando cursei Ciências Sociais, no final da década de 60, várias frases de Marx me chamavam a atenção. Uma delas é a seguinte: “As idéias dominantes de uma época são as idéias das classes dominantes”. Seja em regimes ditatoriais ou democráticos, no sistema capitalista, as idéias burguesas têm hegemonia. Isto não quer dizer que as idéias do proletariado ficam totalmente massacradas e sem possibilidade alguma de manifestação. O que ocorre é que há uma luta ideológica e quanto mais a classe trabalhadora conquista espaço no terreno das idéias que expressam seus interesses, maiores as possibilidades de conquistar seu objetivo estratégico, o socialismo.

A mente colonizada de Aécio Neves

Por Altamiro Borges

Em seu artigo na Folha desta semana, o senador mineiro Aécio Neves voltou a se despir, revelando todo o seu conservadorismo e a sua mentalidade colonizada. Desta vez, o provável presidenciável tucano condenou a política externa do atual governo. Bem ao estilo dos falcões belicistas dos EUA, ele exigiu uma postura mais enérgica, dura, do Brasil diante do governo “bárbaro” da Síria.

Paulo Bernardo deixará a Comunicação?

Por Altamiro Borges

Aonde há fumaça, há fogo. Nos últimos dias, aumentaram os boatos sobre a possível saída de Paulo Bernardo do Ministério das Comunicações. Segundo o blogueiro paranaense Esmael Morais, sempre bem informado, o ministro aos poucos vai se desvencilhando de suas tarefas no governo federal para intensificar as agendas públicas no Paraná.

Mídia ataca merreca do salário mínimo

Por Altamiro Borges

No seu discurso terrorista sobre o espectro da inflação, a mídia patronal segue fustigando o reajuste de 14,3% no salário mínimo previsto para janeiro próximo. Em vários editoriais, Estadão, Folha, Valor e O Globo afirmam que o aumento, garantido no acordo firmado entre as centrais sindicais e o governo Lula, implodirá as metas inflacionárias. Os tais “comentaristas econômicos” das TVs, que mais parecem agiotas do mercado financeiro, reforçam o coro apocalíptico.