terça-feira, 22 de maio de 2012

Tensão paira sobre baronato da mídia

Por Roberto Amaral, na CartaCapital:

O baronato das comunicações anda tenso, preocupado. É fácil de perceber um certo nervosismo apenas folheando as revistas e os jornalões, pelo que dizem e pelos grandes espaços de silêncio. Assusta-os a CPI do Cachoeira, porque já revelou as relações pelo menos perigosas entre a grande imprensa e o crime organizado – a ponto de interferir (ditando linhas de ‘investigação’) na pauta de uma grande revista semanal. Ou, dito de outra forma, sem amenizar a gravidade dos fatos, sabe-se que muitas reportagens “investigativas” foram levadas a cabo para atender a interesses nada republicanos de um criminoso hoje na cadeia e à espera de processo e julgamento.

Papel pedagógico da Comissão da Verdade

Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser,
mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” (Voltaire)

Apesar de todas as suas limitações, a instalação da Comissão da Verdade no dia 16 de maio, foi um marco importante na construção da democracia no Brasil. Dos países latino-americanos que passaram por ditaduras militares nos anos 1970, o Brasil é o país mais atrasado no tocante aos ajustes históricos a serem feitos com o período repressivo.

Bancos cortam juros e elevam tarifas

Por Altamiro Borges

Os banqueiros – sejam os dos EUA, da Europa ou do Brasil – não têm jeito mesmo. Com a desregulamentação neoliberal, eles hoje exercem a ditadura do capital financeiro e não aceitam qualquer redução nos seus lucros estratosféricos. Diante das iniciativas da presidenta Dilma Rousseff para baixar as taxas de juros, eles já tomaram outras medidas compensatórias para manter os seus altos rendimentos.

Lula: “Mensalão foi tentativa de golpe”

Ricardo Stuckert/IL
Por Altamiro Borges

Homenageado ontem pela Câmara Municipal de São Paulo, o ex-presidente Lula demonstrou que está com forte disposição para enfrentar o duro embate de ideias após o tratamento do seu câncer. Sem papas na língua, ele acusou a direita e setores da mídia por tentarem derrubá-lo durante seu mandato. Para ele, o escândalo do chamado mensalão foi uma tentativa frustrada de golpe.

Silêncio de Cachoeira serve a quem?

José Cruz/ABr
Por Altamiro Borges

O mafioso Carlinhos Cachoeira comparecerá hoje para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura seus esquemas criminosos e suas ligações com políticos, empresários e setores da mídia. Seus advogados já anteciparam que ele permanecerá “calado”. Eles até tentaram adiar o depoimento, mas o ministro Celso de Melo, do STF, negou o pedido de habeas corpus.

A greve nas universidades federais

Por Altamiro Borges

Iniciada na quinta-feira passada (17), a greve dos professores das instituições federais de ensino confirma o descontentamento da categoria. Até ontem (21), segundo balanço do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), 38 das 59 universidades tinham aderido à paralisação. Novas assembleias serão realizadas nesta semana, reforçando a mobilização nacional.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

FHC e regulação da mídia. Manobra?

Por Vinicius Mansur, no sítio Carta Maior:

Durante o seminário “Meios de comunicação e democracia na América Latina”, realizado no último dia 15 pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso (FHC), o ex-presidente defendeu a regulação da mídia como condição da democracia . O evento marcou também o lançamento de uma publicação conjunta do iFHC, Centro Edelstein de Pesquisas Sociais e da Plataforma Democrática apresentando reflexões e propostas para mudanças na legislação do setor.

Comissão da Verdade e direito ao pranto

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O golpe político e militar contra o governo legítimo do presidente João Goulart, por mais se tente identificar como revolução, foi ato contra a República e de submissão à potencia estrangeira que o planejou, organizou e financiou. Assim ocorreu aqui e em outros países do continente.

Requião denuncia "quadrilha" da Veja

A festa do Barão de Itararé

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na sexta-feira (18), aconteceu em São Paulo a reunião anual do Conselho Consultivo do Barão de Itararé, na qual foram eleitos diretores e conselheiros fiscais da entidade. À noite, 150 pessoas compareceram ao restaurante Villa Tavola para comemorar os dois anos do Barão de Itararé. A festa foi marcada pela presença de jornalistas, blogueiros e representantes de movimentos sociais, além da apresentação do grupo de chorinho do jornalista Luis Nassif.

Dilma enfrenta os especuladores

Editorial do sítio Vermelho:

O tripé da especulação financeira - câmbio flutuante, juros altos e superávit primário - introduzido por Fernando Henrique Cardoso em 1999 como fundamento da política macroeconômica brasileira é um peso amarrado no pé do Brasil, um obstáculo ao desenvolvimento do país e ao progresso social.

A Vale engorda. O Pará emagrece

Por Lúcio Flávio Pinto, no sítio da Adital:

De 1997, quando a Lei Kandir entrou em vigor, isentando de imposto a exportação de produtos semielaborados (ou não industrializados), até o ano passado, a antiga Companhia Vale do Rio Doce recolheu pouco mais de 540 milhões de reais em ICMS ao Pará pela venda ao exterior do minério de ferro de Carajás, o melhor do mundo. O ano recorde de pagamento do principal imposto estadual pela ex-estatal foi 2009, quando o valor chegou a R$ 197 milhões.

Matança em Honduras não sai na mídia

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

Na chamada grande imprensa norte-americana eles não tem nome, parentes, planos de vida. São quatro consequências não intencionais da nobre guerra contra as drogas. Candelária Tratt Nelson, de 45 anos, grávida de cinco meses, Juana Banegas, também grávida de cinco meses, Emerson Martínez e Chalo Brock Wood foram mortos no dia 11 de maio em uma operação conjunta de agentes do Departamento de Combate às Drogas (DEA) dos Estados Unidos com policiais de Honduras. Até agora, os jornais americanos não publicaram sequer o nome das vítimas.

Ofenda um nordestino e pague R$ 500

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Em oututro de 2010, inconformada com a vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial, a estudante paulista Mayara Petruso escreveu no twitter: “Faça um favor a SP: afogue um nordestino!”

Julgada na semana passada, ela não foi enquadrada por crime de racismo, que a levaria a passar um mínimo de dois anos e cinco de prisão. Ficou com uma pena mais leve, de um ano e meio. Isso lhe permitiu trocar a prisão por R$ 500 mais serviços comunitários. É o racismo por menos que um salário mínimo.

A blogosfera deve muito para o PIG

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Semana passada, conforme anunciei aqui, o Centro de Estudos Barão de Itararé promoveu reunião de seu Conselho Consultivo, o qual tenho o prazer de integrar, e, depois, jantar comemorativo dos dois anos da entidade.

Durante a reunião, o jornalista Rodrigo Vianna, membro da diretoria do Barão, teceu considerações sobre o clima de fúria que se instalou nas redações da grande imprensa contra os blogs progressistas.

O "Xou da Xuxa" não pode parar

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

A semana começou com as pessoas discutindo em todo Brasil o impacto e a veracidade ou não das declarações de Xuxa ao Fantástico, ontem à noite.

Ao mesmo tempo, e-mails começam a circular na rede provocando os leitores a refletir sobre a veracidade ou não de fotos da estrela.

Herrera pra Globo: “música pra que?”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O Herrera já jogou no meu time, o Corinthians. Centroavante esforçado, o argentino está longe de ser craque. No Botafogo, tem ficado no banco. Nesse domingo, o Fogão perdia de 1 a zero quando Herrera veio a campo, no início do segundo tempo. Ele fez a diferença. Placar final: Botafogo 4 x2 São Paulo F.C., com 3 gols do Herrera.

Kátia Abreu na tropa de choque da Veja

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (17), integrantes da CPI do Cachoeira tentaram aprovar um requerimento solicitando que a Polícia Federal encaminhe todas as escutas telefônicas em que é citado Policarpo Junior, redator-chefe da Veja. A proposta gerou bate-boca na comissão. De imediato, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) rejeitou a proposta e justificou as relações do jornalista com o crime organizado.

“Às vezes as informações estão no inferno. O jornalista precisa ir até as profundezas do inferno para buscar a informação”, reagiu a senadora ruralista, que preside a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). De inferno, a ex-demo entende um bocado!

Mídia tenta enterrar CPI do Cachoeira

Por Altamiro Borges

A mídia demotucana é bastante seletiva no seu gosto por Comissões Parlamentares de Inquérito. Contra o ex-presidente Lula, ela apoiou todas as CPIs e ainda pautou a oposição de direita na sua onda denuncista. Já contra os governos tucanos de São Paulo, ela nunca repercutiu os quase cem pedidos de investigação engavetados pela Assembléia Legislativa. Ela também evita falar sobre o pedido de criação da comissão para apurar a privataria tucana. Já no caso da atual CPI do Cachoeira, a sua posição é dúbia, errática.

Record responde aos ataques da Veja