terça-feira, 8 de outubro de 2013

Não existe "chavismo" no Brasil

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Estamos vivendo, desde o chamado “mensalão”, um preocupante processo de judicialização da política no Brasil, que cria uma situação paradoxal: enquanto a oposição manobra para tentar mudar no tapetão o que não consegue nas urnas, começam a se levantar vozes aludindo a um suposto “chavismo” imposto pelo PT ao mesmo Judiciário que condenou membros do partido. Foi essa expressão –”chavismo” ou “bolivarianismo”– a utilizada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao demonstrar falta de esportiva, para dizer o mínimo, quando sua tese foi derrotada no mês de setembro pela maioria da Corte, que optou pela aceitação dos embargos infringentes e pela defesa do Estado de Direito.

O jogo de xadrez de Marina e Campos

Por Luis Nassif, na revista CartaCapital:

O jogo político eleitoral tem tantas nuances que é impossível prever todos seus desdobramentos. Tome-se o episódio da aliança Eduardo Campos e Marina Silva. Dependendo da forma como se enxerga, o grande derrotado é Aécio Neves. Dependendo da forma, não é.

Bola de cristal em cinco pontos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O acordo Marina Silva-Eduardo Campos continua no centro das análises políticas e vai seguir assim por vários meses. Representa, na prática, uma tentativa de formar uma chapa competitiva para enfrentar Dilma Rousseff, até hoje com 38% das intenções de voto, contra 32% da soma dos adversários. Ninguém sabe o que vai acontecer com essa aliança. Ninguém imaginava uma operação dessas há uma semana. É possível avaliar alguns pontos:

FHC e Gilmar: “esqueçam o que escrevi”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O jornalista Frederico Vasconcelos, que mantém o blog Interesse Público na Folha, ironiza, sem usar adjetivos, o comportamento de Fernando Henrique Cardoso e do Ministro Gilmar Mendes.

Fred, como é conhecido, extrai trechos do artigo publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” pelo ex- presidente, com lamúrias pelo STF ter acolhido os embargos infringentes, “recurso de que só os doutos se lembravam e sabiam dizer no que consistia”, diz que isso caiu sobre a opinião pública “como ducha de água fria”.

O antichavismo insustentável de Marina

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

No mesmo dia em que Marina Silva e Eduardo Campos celebravam seu casamento, circularam notícias de que a agora aliada de Ronaldo Caiado havia feito um desabafo durante a madrugada:

“A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil – disse Marina.”

Marina-Campos: começam os problemas

Por José Dirceu, em seu blog:

A mídia e boa parte de seus articulistas, apanhados de surpresa pelo “casamento” Marina Silva-Eduardo Campos (Rede Sustentabilidade-PSB) na sexta-feira passada, inicialmente falaram de apoio da ex-senadora à candidatura do governador de Pernambuco ao Palácio do Planalto no ano que vem.

Agora, alimentados por líderes dos dois lados, vêm com outras histórias, de que Marina será a vice de Campos; ou ele vice numa chapa dela; ou ainda que nada impede que a aliança feita agora seja rompida mais à frente para a ex-senadora apoiar outra força ou tomar outro rumo.

Publicidade trata mulher como objeto

Por Bia Barbosa, no Observatório do Direito à Comunicação:

A pesquisa "Representações das mulheres nas propagandas na TV", realizada pelo Data Popular e Instituto Patrícia Galvão e lançada nesta segunda-feira (30), em São Paulo, revela que uma das principais bandeiras do movimento feminista e dos defensores da democratização da mídia agora também é abraçada pela maioria da população brasileira. O estudo, que ouviu 1.501 homens e mulheres maiores de 18 anos, em 100 municípios de todas as regiões do país, mostrou que 56% dos brasileiros e brasileiras não acreditam que as propagandas de TV mostram a mulher da vida real. Para 65%, o padrão de beleza nas propagandas é muito distante da realidade da nossa população, e 60% consideram que as mulheres ficam frustradas quando não conseguem ter o corpo e a beleza das mulheres mostradas nos comerciais.

Marina, chavismo e PT

Por Beto Almeida

A declaração de Marina Silva considerando-se vítima de “chavismo” do PT tem sintonia com declarações, sempre conservadoras, do Ministro Gilmar Mendes, que ataca o partido de Lula por semelhanças em suas políticas sociais com a venezuelanas que beneficiam evidentemente a maioria do povo e, também, uma política externa, de não submissão aos EUA.

O discreto casamento de Aécio Neves

Por Altamiro Borges

Numa discreta nota, o jornalista Bruno Astuto, da revista Época, noticiou no sábado (5) o casamento de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano: “Provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma em 2014, Aécio Neves casou-se esta semana no Rio de Janeiro com a namorada, a ex-modelo gaúcha Letícia Weber. Entre idas e vindas, o romance já dura cinco anos. A loura tem as iniciais A. N. tatuadas atrás da orelha direita. O padrinho da discreta cerimônia foi o melhor amigo do político, o empresário Alexandre Accioly”.

O salto alto do marqueteiro de Dilma

Por Altamiro Borges

Poucas semanas antes dos protestos de junho, o jornalista João Santana, marqueteiro da presidenta Dilma Rousseff, garantiu que ela seria reeleita no primeiro turno em 2014 com facilidade. As manifestações de rua agitaram o país, fizeram despencar a popularidade da ocupante do Palácio do Planalto e silenciaram o publicitário. Agora, poucos dias antes do anúncio da aliança pragmática entre Marina Silva e Eduardo Campos, o marqueteiro exibiu novamente seu salto alto. Esbanjando soberba, ele voltou a apostar na vitória fácil de Dilma e afirmou que os candidatos da oposição agem como se estivessem numa “antropofagia de anões”.

Marina, Caiado e os “sonháticos”

Por Altamiro Borges

Nem os “sonháticos” da Rede sonhavam com esta possibilidade. O ruralista Ronaldo Caiado, líder do DEM na Câmara Federal, declarou o seu apoio entusiástico à aliança entre a "verde" Marina Silva e o governador Eduardo Campos. O demo já havia embarcado na canoa do cacique do PSB em Goiás e briga para que o seu partido o apoie nacionalmente. Pragmático, ele festejou a adesão da ex-rival ambientalista. “Marina prega ética e transparência, o que combina com minha biografia”, afirmou ao blog da jornalista Fabiana Pulcineli, hospedado no jornal goiano O Popular.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Os fiascos de Roberto Freire

Por Altamiro Borges

O estridente oposicionista Roberto Freire, chefão do PPS, não para de colecionar fracassos. O resultado é que a sua legenda míngua a cada dia que passa. No troca-troca partidário encerrado neste final de semana – que resultou na migração de 57 parlamentares –, o seu partido perdeu mais três deputados federais e sua bancada – que já era de apenas oito – caiu para cinco. Na sua histeria contra o que chama de “lulopetismo”, o parlamentar – que era de Pernambuco, mas se transferiu para São Paulo com a generosa ajuda dos tucanos - fica ainda mais isolado e comete um erro atrás do outro.

Internet livre sempre, censura nunca!

Do sítio do movimento Marco Civil Já:

A Internet está ameaçada. Vivemos o confronto entre os que a concebem apenas como um lucrativo modelo de negócios e aqueles que a defendem como uma rede preciosa à criação colaborativa, à liberdade de expressão, à mobilização social e ao fortalecimento de diversos direitos fundamentais como a comunicação, a cultura e o acesso à informação. O Marco Civil da Internet é elemento crucial nessa defesa.

Um novo polo antiprogressista

Editorial do sítio Vermelho:

O mundo político brasileiro foi surpreendido no último sábado (5) pelo anúncio da filiação da ex-senadora Marina Silva ao Partido Socialista Brasileiro, um ato que representa, até aqui, a jogada política de maior envergadura do cenário pré-eleitoral.

O novo velho jogo eleitoral

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O governo, a imprensa e os demais partidos políticos parecem ter sido surpreendidos pela aliança da ex-ministra e ex-senadora Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Mesmo dirigentes do PSB, partido de Campos, foram deixados de lado nas negociações que podem mudar o cenário das eleições de 2014, especialmente a disputa pela Presidência da República.

O impacto do calote nos EUA

Gianfranco Uber
Por Mauro Santayana, em seu blog:

Vez ou outra, os jornais, com base em cálculos astronômicos, anunciam que, em tal dia e a tal hora, um determinado asteróide irá passar raspando a órbita da Terra, e que todos podem ficar tranqüilos, porque não há perigo de ele ser atraído pela gravidade terrestre e acabar com o mundo.

Cuba e o desafio da imparcialidade

Por André Garand, no sítio da Adital:

Salim Lamrani, professor da Universidade de La Reunión e jornalista especialista de Cuba, acaba de publicar um novo livro em Ediciones Estrella, com um título eloquente: ‘Cuba. A mídia ante o desafio da imparcialidade’. Este livro de 230 páginas se divide em nove capítulos. Tem um prefácio do grande escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor do famoso livro ‘As veias abertas da América Latina’. Lamrani, como bom historiador e investigador, sempre enriquece seu trabalho com abundantes fontes, com mais de 350 notas neste livro.

Todos contra Dilma

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O fenômeno tem se repetido – na Bolívia, na Argentina, no Equador, no Brasil. Setores que saem dos governos – ou que sempre tinham se oposto – supostamente pela esquerda, percorrem uma trajetória que os leva a se situarem como oposições de direita.

Evo Morales, Rafael Correa, os Kirchner, Lula e Dilma – teriam “traído”. E seriam piores que outros contendores, porque seguiriam fingindo que defendem as mesmas posições que os projetaram como grandes líderes nacionais. Por isso tem que ser frontalmente combatidos, derrotados, destruídos, sem o que os processos políticos seguiriam retrocedendo e não poderia avançar.

A sinceridade da ombudsman da Folha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O jornalismo chapa branca, hoje, se pratica no interior das grandes empresas de jornalismo. Já escrevi sobre isso. Os jornalistas, lá, estão numa gaiola: só podem escrever o que os patrões querem que eles escrevam.

Isso quer dizer o seguinte: eles defendem os interesses particulares das empresas para as quais trabalham. Eles são, portanto, a voz do 1%.

O que levou Campos-Marina para oposição

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Nas voltas que a vida dá, tive a oportunidade de acompanhar de perto os episódios que levaram dois ministros do governo Lula, Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e Marina Silva (Meio Ambiente), líderes políticos muito próximos ao fundador do PT, a trilhar caminhos que os levaram no último fim de semana a surpreender o país ao formar a mais competitiva chapa de oposição para disputar as eleições presidenciais de 2014 contra Dilma Rousseff.