terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Quanto valem as crianças, Maurício?

Por Lais Fontenelle, no site Outras Palavras:

As crianças estão sendo precificadas por um mercado que quer lucrar com sua vulnerabilidade. Em reação à resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que condena a publicidade infantil, a Mauricio de Souza Produções encomendou pesquisa sobre os impactos, pretensamente catastróficos, dessa proibição na economia do país.

O homem que inspirou a Abril e a Globo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

É pequena a bibliografia sobre a formação dos grupos contemporâneos de mídia brasileiros nas últimas décadas.

O advento da TV aberta e da tecnologia da micro ondas – que permitiu a transmissão simultânea do sinal de TV ao vivo – produziram a penúltima grande revolução no formato dos grupos de mídia. A última é a da Internet.

O terror e a semeadura do caos

Ilustração: Vicman
Por Mauro Santayana, em seu blog:

Há alguns dias, terroristas franceses, ligados, aparentemente, à Al Qaeda, atacaram a redação do jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, em represália pela publicação de caricaturas sobre o profeta Maomé.

Doze pessoas foram assassinadas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas e intelectuais do país, e dois cidadãos de origem árabe, um deles, estrangeiro, que trabalhava há pouco tempo na publicação, e um membro das forças de segurança que estava nas imediações.

Europa e seu desvario momentâneo

Por Joseph E. Stiglitz, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Por fim, os Estados Unidos estão dando sinais de recuperação da crise que estourou no fim do Governo do presidente George W. Bush, quando a implosão quase total do sistema financeiro teve repercussões em todo o mundo. Mas não é uma recuperação forte; no máximo, a lacuna entre onde a economia estava e onde está hoje não está se alargando. Se está fechando, está fazendo isso muito lentamente; os danos causados pela crise parecem ser de longo prazo.

Desigualdade social: tragédia ou comédia?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Prólogo: Relatório divulgado pela Oxfam mostra que, a partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do mundo podem ultrapassar a riqueza do 99% restante da população. A riqueza desse 1% subiu de 44% dos recursos mundiais (2009) para 48% (2014) e, em 2016, deve ultrapassar 50%.

Manchetômetro: Dilma segue sob ataque

Por João Feres Júnior, no site Manchetômetro:

A volta do Manchetômetro

Na verdade o título desse artigo é um pouco dramático. O Manchetômetro nunca parou de existir como prática de pesquisa. Apenas programamos uma suspensão de duas semanas na atividade de codificação dos dados para que pudéssemos adequar os parâmetros de análise à realidade da cobertura pós eleitoral. Essa mudança foi trabalhosa, pois dentro da lógica eleitoral de polarização e competição acirrada entre candidatos era mais fácil focar as análises: candidatos e partidos são temas óbvios e principais, a cobertura de escândalos também se torna obrigatória devido à insistência da grande mídia em agendá-los, etc. A eleição também proporciona uma periodização mais fácil e simples. Há o período pré-campanha, o período da campanha até o primeiro turno e a campanha do segundo turno.

Marta Suplicy, pote de mágoa e cálculo

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Marta Suplicy é mais uma a confirmar uma regra da política: quando uma situação é forte e se mantém por muito tempo no poder, a nova oposição costuma nascer de suas entranhas. Isolada no PT e sem espaço para disputar cargos executivos de destaque, a senadora não esconde a disposição de trocar de legenda de olho na eleição à prefeitura de São Paulo em 2016.

Sobre a austeridade... na Europa

Por Tarso Genro, no site Carta Maior:

O debate sobre a austeridade, tal qual está se dando hoje na Europa, vem do século passado, principalmente após as reformas feitas pela senhora Thatcher, na Inglaterra, na crise de crescimento da economia inglesa dos anos 80. Aquelas reformas desmantelaram o poder dos Sindicatos, vinculados ao trabalhismo inglês, que, até então, eram parceiros do Estado e do grande empresariado industrial, desde os esforços nacionais feitos para a recuperação e modernização industrial do pós-guerra. A recuperação se deu através de formas contratuais específicas, pelas quais ali se desenvolveu o contrato social-democrata europeu.

Archer e o helicóptero dos Perrelas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Certas coisas despertam a nossa atenção para absurdos dos quais nem sempre nos demos conta na hora em que ocorreram.

Por exemplo: os 13,4 quilos que levaram ao fuzilamento do brasileiro Marco Archer, na Indonésia, são uma insignificância em relação à meia tonelada de pasta de cocaína descoberta no helicóptero dos Perrelas.

Caixa e as propostas estapafúrdias

Por Augusto Vasconcelos, no site Vermelho:

Os rumores sobre a possibilidade de abertura do capital da Caixa preocupam todos os setores da sociedade comprometidos com o fortalecimento do desenvolvimento nacional. Mais estapafúrdia ainda a ideia de utilizar os recursos provenientes do IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de Ações) no intuito de compor o superávit primário.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Xingaram a mãe do Danilo Gentili

Por Altamiro Borges

Até hoje ninguém conseguiu explicar porque o “comediante” Danilo Gentili, atualmente obrando no SBT, destila tanto ódio contra as forças de esquerda – em especial ao PT e ao ex-presidente Lula. Há quem afirme que é porque ele é um reacionário empedernido. Simples assim! Outros garantem que é por puro oportunismo. Ele sabe que este tipo de “humor” agrada os barões da mídia – sejam eles do SBT, da Band e, quem sabe no futuro, da Globo – e tenta afagá-los para seguir carreira. Agora surgiu uma nova pista. Ela foi dada por Kiko Nogueira, do imperdível blog Diário do Centro do Mundo. Freud explicaria o ódio patológico. É que xingaram a mãe do “humorista” e ele perdeu o senso de humor!

Huck pedirá recontagem do Ibope?

Por Altamiro Borges

O apresentador Luciano Huck, da TV Globo, não vive uma boa fase. Segundo o Ibope, seu programa de sábado passado (17) registrou um dos piores índices da sua história. O Caldeirão do Huck marcou apenas 10 pontos - "a pior audiência da atração desde 6 de setembro, quando foram registrados 8,9 pontos no Ibope", segundo o site Notícias da TV. Durante a campanha eleitoral, o astro global virou um ativo militante tucano. Fotos registraram a sua tristeza no comitê do cambaleante Aécio Neves na noite da apuração do segundo turno do pleito. O PSDB, incorformado, chegou a propor a recontagem dos votos - o que virou motivo de chacota nas redes sociais e resultou numa dura reação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Derrotado nas eleições presidenciais e na audiência, Luciano Huck até poderia propor também uma recontagem ao Ibope - já apelidado de Globope.

A decadência do Manhattan Connection

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O programa Manhattan Connection, aquele que é abrilhantado pela generosa lucidez de Diogo Mainardi e seus comentários sobre a natureza “bovina” do povo nordestino, ganhou ontem uma comentarista econômica à altura de sua credibilidade.

Zélia Cardoso de Mello, a todo-poderosa ministra do Governo Collor discorreu sobre os ajustes econômicos do Ministro Joaquim Levy com a sabedoria que demonstrou em sua “gestão” da Fazenda.

Abertura da Caixa serve aos banqueiros

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Bancários convocam a população a ir para as ruas nesta terça-feira (20), vestidos de preto em protesto contra a intenção do ministro da Fazenda Joaquim Levy de abrir o capital da Caixa Econômica Federal, principal banco inteiramente público do país. “Tirar o caráter público da Caixa significa entregar a responsabilidade do galinheiro às raposas do sistema financeiro”, proclama Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.

Pré-sal está na mira da oposição

Do blog de Zé Dirceu:

Passou-se um mês com a gente de férias, houve a virada do ano, voltamos e continua a impressionar a insistência com a qual a mídia, em meio a todo o noticiário-denúncia que propala contra a Petrobras, sempre arruma um jeito de combater o pré-sal e a exigência do governo federal de conteúdo nacional de até 60% em tudo o que envolva a exploração do petróleo da camada marítima.

A mídia e o apagão de São Paulo

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A gestão da comunicação em torno da crise de abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo está sendo feita por um gabinete junto ao governador Geraldo Alckmin. A equipe de assessores da Sabesp ficou encarregada apenas de ações defensivas e pontuais, como o encaminhamento de declarações e dados para os consumidores e para jornais e emissoras cujo noticiário se desvia eventualmente do padrão estabelecido por praticamente toda a imprensa: a prioridade é preservar o governo paulista e criminalizar os cidadãos que ainda não aderiram ao racionamento dissimulado.

Um escândalo pronto para servir

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um dos aspectos mais curiosos da Operação Lava Jato reside em seu caráter totalmente previsível. Desde que, sob orientação do juiz Sérgio Moro, as primeiras prisões foram efetuadas e os primeiros depoimentos foram colhidos, já era possível adivinhar que o país iria assistir a uma operação-monstro, pré-destinada a fazer história pela quantidade de empresários e políticos denunciados.

Ideologia das trevas virou moda

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Tomando por base o que lemos na internet e ouvimos na filas do banco, nos supermercados, ônibus, metrôs, trens, nos restaurantes e nos botecos, cada vez mais brasileiros perderam o pudor de defender as teses mais obscurantistas, xenófobas, racistas e preconceituosas, na direção oposta de várias conquistas humanistas e civilizatórias. Por isso, o apoio maciço à bárbara execução do brasileiro Marco Archer pela Indonésia, nas redes sociais, não surpreende. É apenas mais uma entre as incontáveis manifestações insanas que inundam os comentários dos sites noticiosos do PIG, o facebook e o twitter. Ser reacionário e fascista está virando moda no Brasil, essa é a verdade. Aos cientistas políticos, antropólogos, psicólogos e quadros políticos deixo uma sugestão para análise e estudo: por que será que o ódio e a intolerância como instrumentos de luta política cresceram de forma tão exponencial depois das jornadas de junho de 2013 ?

Obama decide taxar ricos. E no Brasil?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Se já tinham alguma desconfiança, os ricos brasileiros e seus blogueiros de estimação agora é que vão ter certeza mesmo de que Barack Obama é comunista.

Na contramão das medidas econômicas recessivas que vêm sendo estudadas pelo governo Dilma 2, o presidente dos EUA vai anunciar nesta terça-feira, em seu discurso anual sobre o Estado da União, que enviará projeto ao Congresso com proposta que prevê aumentar os impostos dos mais ricos e dos bancos e, ao mesmo tempo, desonerar a carga tributária da classe média.

Crescimento e inclusão social

Por Eduardo Fagnani, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Políticas sociais e econômicas são faces da mesma moeda. Para alcançar o bem-estar social não basta boa política econômica, que vise ao crescimento e à equidade. Também é necessária boa política social que transfira renda e amplie o acesso universal aos bens e serviços públicos.

O crescimento da riqueza é condição necessária para o desenvolvimento. Já no prefácio de Estado do futuro, Gunnar Myrdal (1962, p.56) observa que é “irrefutável e patente” que a ampliação dos investimentos, da produção e da renda se constitui na mais essencial das condições para a ampliação do bem-estar social. Por isso, dizia Myrdal naqueles tempos, “em todos os países estamos, hoje, lutando pelo desenvolvimento econômico”, principalmente os países mais pobres, conscientes da necessidade do progresso material para o bem-estar social.