terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Os sinais da crise política no Brasil

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A cada dia se consolida o cerco conservador que as forças neoliberais estão impondo sobre o governo Dilma. Impressiona, inclusive, a rapidez e eficiência dessa ofensiva. Posturas ingênuas como a simples condenação moralista de que a direita quer viabilizar um terceiro turno não ajudam. É a luta política!

O jumento e o neomilitante de direita

Por Cesar Mangolin, em seu blog:

Um jumento em disparada faz algum estrago… Um bando deles faz mais ainda. Inconsequentes, não darão a devida importância para os danos que podem causar, apenas correm, destruindo tudo ao redor. Nem mesmo fazem ideia de quem abriu a porteira, talvez propositalmente.

Os neo-militantes de direita agem assim. Tomam problemas seculares do Brasil (como a corrupção) como se fossem obras dos últimos governos; atribuem à presidência da República responsabilidades de outras instâncias, inclusive responsabilidades dos abridores de porteiras bicudos que povoam nosso país e não se conformam com a derrota sofrida nas urnas.

JN "esqueceu" valorização da Petrobras

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A edição do Jornal Nacional de segunda-feira, 9 de fevereiro, gastou 4 minutos e 49 segundos para dizer que, de 2008 a 2015, a Petrobrás, devido ao que os famigerados “especialistas” da Globo chamaram de “erros de gestão”, perdeu cerca de ¾ de seu valor de mercado, passando de 510 bilhões de dólares há 7 anos para 116 bilhões de dólares hoje.

O impeachment e a hipocrisia política

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Antes, meus parabéns ao Ministério Público Federal pelo excelente portal de corrupção que acaba de lançar.

http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/

Tenho duras críticas ao MPF, acho que a instituição tornou-se, há tempos, um instrumento da reação.

Casos que envolvem tucanos são sempre esquecidos em gavetas erradas, ou demoram tantos anos que prescrevem.

Dilma e Datafolha: Chamem o marqueteiro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Como resposta à pesquisa Datafolha que mostra uma forte queda na sua popularidade e na aprovação de seu governo, a presidente Dilma Rousseff anuncia um plano de comunicação. Segundo o Estado de S. Paulo, a presidente decidiu dar mais entrevistas e chegou a cogitar um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão após o carnaval, de acordo com inconfidência de um ministro que pediu ao jornal para não ser identificado.

Petrobras perde feio na comunicação

Por Glauco Faria, no blog do Rovai:

Fórum participou na noite desta segunda-feira (9) de um bate-papo informal promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé com o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Da conversa, que teve pouco mais de duas horas, foi possível colher informações sobre a atual situação da maior empresa brasileira e também uma certeza: a Petrobras está perdendo feio a batalha da comunicação.

A subserviência do ministro da Justiça

Por Breno Altman, em seu blog:

O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, deu entrevista à TV Veja.

Pouco importa o conteúdo do que disse, pois relevante é a simbologia do fato.

Como é possível, a essa altura do campeonato, sem ferir a credibilidade do PT e do governo, um de seus principais integrantes ser cordial e afável com a revista que trata Dilma, Lula e outros dirigentes petistas como bandidos?

A construção da mídia contra-hegemônica

Por Jadson Oliveira, no blog Evidentemente:

Creio que não precisaríamos chegar à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, com um placar acachapante, para constatar o avanço das forças (e também dos valores culturais) da direita no Brasil. Isso já poderia ser detectado bem antes.

E creio que os partidos e movimentos sociais (e também parcelas do governo do PT/Dilma/Lula), envolvidos na luta democrática, popular e de esquerda, não terão bala na agulha para enfrentar tal situação se não construir uma potente mídia contra-hegemônica.

O Brasil da mídia e o Brasil de verdade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Vago ao acaso pela internet na manhã desta segunda e topo com dois artigos que, diferentes em vários pontos, são iguais no desalento, na neurastenia e no pessimismo.

Um é de Mino Carta e o outro de Vinicius Mota, secretário de redação da Folha.

O de Mino diz no subtítulo: “O Brasil vive um momento sombrio de extrema gravidade e Dilma tem de agir depressa para evitar o pior.” Mino pergunta: “Ainda dá tempo?”

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Governo Dilma: Ainda dá tempo?

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A torre de babel, emblema de uma ciclópica confusão, vale como metáfora da situação do Brasil neste exato instante. Vejamos. O PT em frangalhos a amargar uma monumental derrota parlamentar que entrega ao PMDB o comando do Congresso, com risco imponente para a continuidade do governo de Dilma Rousseff. O PSDB de Fernando Henrique a adubar a ideia do golpe via impeachment. O ajuste fiscal em pleno andamento com a tola promessa de ser pequeno enquanto o desemprego cresce e a recessão bate às portas. A Petrobras em crise aguda enquanto o juiz Moro estende o raio de ação da Operação Lava Jato em busca do epicentro da corrupção além das fronteiras da empresa petrolífera, nas próprias entranhas do poder. A iminência do drástico racionamento da água em São Paulo, ao passo que outros pontos cruciais sofrem a ameaça de serem logo engolidos pela calamidade. E a crise energética próxima da eclosão.

Datafolha e o circo midiático

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Enfrentando um ataque sistemático da grande mídia, o governo da presidenta Dilma Rousseff tem a sua primeira avaliação do segundo mandato. Com o circo midiático montado em torno das investigações da Operação Lava Jato sobre a corrupção na Petrobras - que até agora só tem um alvo: o PT -, a pesquisa Datafolha indica que a avaliação ótima/boa da presidenta está em 23%, enquanto aqueles que a consideram ruim/péssima está em 44%.

Falta uma ponte entre o apelo e a rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Soa angustiante a dissociação entre o gesto e o seu efeito.

Entre o apelo e o desdobramento.

Entre o alerta do abismo e a impotência para deter o comboio.

De novo, no evento dos 35 anos do PT, lideranças do partido, entre elas a do ex-presidente Lula, expuseram diagnósticos corretos sobre a ofensiva conservadora no país, denunciaram o golpe dissimulado, como de hábito, faxina moralizante; conclamaram o partido a sacudir a letargia, ir às ruas, lutar, resistir.

Porém... nada se move.

Não ao preconceito contra o PT

Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:

Um casal chega para jantar em um restaurante de classe média, e se senta em uma mesa. Alguns minutos depois, uma pessoa que está sentada em uma mesa ao lado, chama o garçom e diz: “Quero mudar de lugar porque não quero sentar perto dessas pessoas”, e indica a mesa em que está o casal mencionado. Estamos no sul dos Estados Unidos dos anos 60 do século XX e se trata de um casal descendente de africanos? Não, estamos em São Paulo no final de 2014 e se trata de um casal em que uma das pessoas veste uma camisa do PT

O combate aos golpistas do PSDB

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

As manobras golpistas da oposição neoliberal e conservadora, encabeçada pelo PSDB de FHC, Aécio, Serra et caterva, com o indeclinável apoio da mídia monopolista privada, continuam no centro da conjuntura política nacional. A ordem do dia do comando oposicionista é encurralar a presidenta Dilma Rousseff, gerar instabilidade política, semear clima de ingovernabilidade, criminalizar o Partido dos Trabalhadores e as organizações do movimento sindical, estudantil e popular. O roteiro prevê o impeachment ou qualquer outra forma de afastamento da mandatária do poder.

O auto-de-fé de Graça Foster

Por Patrick Mariano, no blog Viomundo:

Nelly Senff é uma doutora em engenharia química que em 1975 resolve sair do leste para oeste de Berlim em busca de uma nova vida com o filho Alexej, após a morte do namorado. A vida nova na Alemanha Ocidental esbarra na difícil experiência de morar em um centro de refugiados e nos intermináveis e torturantes interrogatórios a que é submetida.

Aos poucos, descobre que a burocracia estatal da qual quis fugir e a insensibilidade impregnada nos procedimentos e processos administrativos não é muito diferente de um lado a outro. No Ocidente, fica à mercê do serviço secreto dos EUA que impiedosamente a coloca num jogo cruel de incontáveis interrogatórios sobre seu namorado. A ação faz com que Nelly desenvolva o medo e a desconfiança de tudo e de todos, até mesmo sobre a veracidade da morte do pai de seu filho. O processo pode despertar quadros paranoicos e isso Kafka bem ilustrou.

O Estado é uma entidade política

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Há uma tendência no governo a considerar o Estado como uma máquina para implementar políticas. Se uma peça não funciona, ela é trocada, mas não se altera nada o caráter que uma certa visão tecnocrática tem do Estado como coisa, como administração, mas não como entidade política, de direção geral da sociedade.

Dilma paga a conta pelo silêncio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um mês depois do início do segundo mandato, Dilma Rousseff atinge um nível deprimente de impopularidade. A queda nos índices de aprovação não é uma surpresa. Mas é importante discutir o que está por trás disso.

Nossos analistas econômicos continuam anunciando um apocalipse que insiste em não mostrar sua cara - ao menos até agora. O desemprego não aumentou. A inflação também não disparou. Não há novidade na Operação Lava Jato, que segue seu curso de espetáculo midiático.

Dilma e a comunicação: "Virem-se"

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

São curiosos esses tempos de crise e de vácuos de poder.

Recentemente foi divulgada uma entrevista de Jango com John Foster Dulles, o brasilianista, em 15 de novembro de 1967.

Na entrevista, um mea culpa: “Goulart disse que em seus esforços para promover reformas estruturais, ele fez concessões demais a grupos políticos no Brasil”.

Datafolha, Dilma e o preço do silêncio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Era de se esperar o resultado da pesquisa Datafolha que registra o despencar da aprovação do Governo Dilma Rousseff.

Eu já havia sido avisado na rua e até mesmo em casa, agora que os (benditos) temporais sobre o Rio de Janeiro fizeram ser frequentes as interrupções no fornecimento de energia, pois ouço um vizinho esbravejar , nessas horas, contra a “maldita Dilma” , embora não seja ela quem faz caírem raios nem soprarem ventanias e a empresa de energia ser chilena, privatizada pelo PSDB (Marcello Alencar e Fernando Henrique).

Propina no governo FHC não dá manchete

Por Altamiro Borges

Desde quinta-feira (5), os jornalões e as emissoras de rádio e tevê não param de bater bumbo sobre a suposta “propina de R$ 200 milhões” do PT. O bombardeio se baseia nas denúncias de Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras envolvido no esquema de corrupção da estatal. Tentando gozar das benesses da chamada delação premiada, ele “teria dito” – em mais um vazamento seletivo e criminoso – que o partido recebeu “aproximadamente” este montante. Não apresenta qualquer prova e nem precisava. A mídia já julgou, condenou e fuzilou o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari. Ela só deixou de dar destaque para outro “pequeno detalhe” do depoimento de Pedro Barusco: “O ex-gerente da Petrobras diz ter recebido propina desde 1997”, relatam os jornalistas Fausto Macedo e Mateus Coutinho, do Estadão. Mas este fato – que envolve diretamente o “ético” FHC e outros tucanos de alta plumagem, não mereceu manchetes. O Jornal Nacional, da TV Globo, nem sequer mencionou este trecho do suspeito depoimento.