quarta-feira, 25 de março de 2015

Seis mitos sobre a redução da maioridade

Por Douglas Belchior, no blog Negro Belchior:

Mais uma vez propostas para a redução da maioridade penal estão em tramitação no Congresso. Após ser desarquivada em fevereiro, a PEC 171 foi levada à Comissão de Constituição e Justiça e da Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde deve ser aprovada.

Se confirmada a aprovação na CCJC, a proposta deve seguir para uma comissão especial e na sequência ir à plenária, onde precisa ser aprovada em dois turnos, antes de ser avaliada pelo Senado.

Reflexões acerca das marchas antigoverno

Por Tadeu Porto, no site Brasil Debate:

Não quero desqualificar as manifestações que vêm ocorrendo contra o governo atual, principalmente tendo a atual presidente Dilma e o partido dos trabalhadores como alvo. A priori, o mais importante de tudo é que as pessoas podem ir às ruas – ou varandas – se manifestar livremente. Mas, como nada é absoluto, queria trazer alguns itens para reflexão.

Terceirizado, um trabalhador brasileiro

A luta contra a redução da maioridade

Por Dandara Lima, no site da UJS:

O movimento estudantil repudiou a tentativa de criminalização da juventude nessa terça-feira (24), durante a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara dos Deputados, sobre a PEC 171/93, que estabelece a redução da maioridade penal.

“A PEC tira a proteção que o Estado garante aos jovens de ter oportunidades iguais e permite que a juventude negra e pobre do Brasil seja perseguida e encarcerada”, avalia a presidenta da UBES, Barbara Melo.

O exército fantoche da PM de SP

Por João Quartim de Moraes, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Quando a água ferve muito, vira vapor; quando esfria muito vira gelo. Chamar 100° a primeira transformação, 0° a segunda, é convenção, mas ebulição e congelamento são fenômenos naturais que expressam a dialética da transformação da quantidade em qualidade. Quando uma aglomeração humana se torna multidão, vira força social. Quanto maior a multidão, maior a influência que pode exercer na cena politica. Por isso os grandes trustes audiovisuais, que são safados, mas não são bobos, empenharam-se em subestimar descaradamente o número dos trabalhadores que participaram da manifestação democrática do dia 13 e em superestimar, com ainda maior descaramento, o tamanho da multidão reacionária que foi às ruas no dia 15.

Quem é a celebridade do "Vem pra Rua"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Assisti a “entrevista” do “líder” do Vem pra Rua” no Roda Viva, aliás um festival de “levantadas de bola” para a nova celebridade.

Para dizer, entre outras pérolas que foi Lula que inventou esta história de “pobres contra ricos” e “empregados contra patrões” no Brasil, o que daria para ganhar um troféu de ignorância histórica e cara de pau política. O vídeo está na internet.

Discreto charme dos abutres da Petrobras

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Desde o início dos governos petistas, já foram criadas, pela oposição e pela mídia, inúmeras, incontáveis CPIs da Petrobrás.

Só nos últimos meses foram umas três ou quatro.

Os tucanos criam CPIs sobre a Petrobrás tanto para desgastar o governo quanto para chantagear as empresas que fazem negócio (e negociatas) com a estatal, conforme consta em denúncia de um dos delatores, segundo o qual o presidente do PSDB teria recebido R$ 10 milhões para “pegar leve” nas investigações de uma CPI.

Erro da Reuters e a blindagem da mídia

Da revista Fórum:

Uma gafe da agência de notícias Reuters está gerando repercussão nas redes sociais. Nessa segunda-feira (23), o veículo publicou em seu site uma entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a suposta sugestão que o repórter fez à edição, em um primeiro momento, passou despercebida e não foi retirada do texto.

“Podemos retirar, se achar melhor”, escreveu o jornalista, entre parênteses, logo após um parágrafo que falava sobre a corrupção na Petrobras ao longo do “governo tucano”.

A imprensa e a receita da salsicha

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

“Os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas.”

A frase, atribuída ao chanceler do império germânico Otto von Bismarck (1815-1898), poderia receber uma paródia muito a propósito: “Os cidadãos dormiriam mais tranquilos se soubessem como é feito o jornalismo”. Seria uma maneira de dizer que o noticiário pessimista induzido pela imprensa diariamente teria menos efeito no ânimo dos cidadãos se eles soubessem como é produzido.

terça-feira, 24 de março de 2015

"Quero ver nossa greve na Globo"

Do site do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp):

Nossa greve não tem a devida cobertura na maior rede de televisão do país. Por isso, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, encaminhou carta ao diretor de jornalismo da emissora (cópia anexa), pedindo coerência na cobertura do nosso movimento, em respeito aos milhares de professores que estão na luta.

Você também pode ajudar:

De quem é a culpa pelos 20% do JN?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se Mino Carta citou Jesus numa conversa sobre os protestos, me sinto autorizado a fazer isso também.

Minha citação é: “Não julgue para não ser julgado.”

Penso, especificamente, nas grandes empresas de jornalismo.

A Globo, por exemplo. Acaba de sair a notícia de que o Jornal Nacional bateu na histórica marca de 20 pontos de Ibope – uma migalha para quem já teve duas, três vezes isso.

FHC pensa que crise petista o reabilita

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A última de Fernando Henrique “uma declaração por dia” Cardoso (by Brasil 247) foi tentar culpar o sucessor direto, Luiz Inácio Lula da Silva, pela corrupção na Petrobrás. Antes, disse que a corrupção no Brasil foi inventada pelo PT. Antes, disse que o governo Dilma deveria cair. Antes, disse que o governo Dilma não deveria cair. Antes…

Desde que Dilma Rousseff assumiu seu segundo mandato, não passa uma semana ininterrupta sem que o ex-presidente tucano dê alguma declaração atacando-a ou ao seu partido ou a Lula, à diferença do que ocorreu durante a campanha eleitoral do ano passado.

Democracia sob ataque na Tunísia

Foto: Mídia Ninja
Por Renata Mielli, de Tunis/Tunísia, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Tunísia vive um complexo processo de transição democrática. Precursor das revoltas árabes que levaram às ruas milhares de pessoas para lutar contra ditaduras, pela liberdade e direitos sociais, cinco anos depois conquistou uma nova Constituição, elegeu democraticamente um novo governo e um novo parlamento.

Tentáculos bilionários dos irmãos Koch

Band “estuprou” Rafinha Bastos

Por Altamiro Borges

No início de março, o programa “Agora é Tarde”, do “humorista” Rafinha Bastos, deu amplo espaço para o pornô-ator Alexandre Frota se jactar de ter forçado relações sexuais com uma mãe de santo. De imediato, houve reação nas redes sociais contra o bufão – apoiador entusiasta de Aécio Neves nas eleições de outubro passado – e entidades que lutam pela democratização da mídia ingressaram com uma ação no Ministério Público Federal contra a Band por exibir cenas de apologia ao estupro. Agora, segundo relato de Keila Jimenez, na Folha desta terça-feira (24), o próprio “talk-show” de Rafinha Bastos é que foi “estuprado” pela emissora privada da famiglia Saad, que explora uma concessão pública de televisão. Vale conferir a matéria:

Folha reconhece erro contra Dirceu

Do blog de Zé Dirceu:

Com o título “José Dirceu”, a Folha de S.Paulo publica hoje em seu Painel do Leitor, resumidamente, carta do assessor de imprensa do ex-ministro em que são rebatidas acusações publicadas na principal manchete de capa do jornal no domingo pp.. O jornal da Barão de Limeira veicula de forma mais completa, no UOL, a carta da assessoria do ex-ministro, com a chamada “Assessor de Dirceu rebate manchete acusatória”.

A mídia e a greve dos professores de SP

Por Pedro Ramos de Toledo, no blog Escrevinhador: 

“Ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica” (Paulo Freire)

Na rede pública do Estado de São Paulo, a angústia, a insatisfação e a sensação de fracasso profissional não faltam um único dia. Não abonam, não tiram licença médica e podem ser encontrados na sala dos professores das 7h às 23h, diariamente, entre a copa do cafezinho e a sala da direção.

Verdadeiros profissionais nunca chegam atrasados (o fato de “morarem” na escola ajuda bastante nesse quesito) – e se gabam de receber, anualmente, o bônus dedicado aos “excelentes profissionais” que fazem do “mérito” uma importante política de incentivo. E como todo “funcionário-padrão”, nunca fazem greve.

Quem participou das marchas golpistas?

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A crise econômica alimenta a crise política que é potencializada pelos ataques diários e em bloco da mídia hegemônica, contaminando parcelas consideráveis da população. Acaba de ser divulgada uma nova pesquisa (CNT/CMA) onde o índice de aprovação da presidenta Dilma aparece com 10,8%. Muito baixo, mas ainda acima do pior momento de FHC, que chegou a registrar apenas 8% de aprovação em setembro de 1999.

Quem são os irmãos Koch?

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

Uma interessante conexão entre os irmãos Koch, o Charles Koch Institute, os “Estudantes pela Liberdade” e o “Movimento Brasil Livre”, um dos principais promotores dos protestos contra o governo brasileiro foi apontada por jornalistas brasileiros, inclusive na CartaCapital e possível que se estenda a outras entidades, como sugere, por exemplo, o currículo de Fabio Ostermann, cofundador dos “Estudantes pela Liberdade”, diretor do libertarian Instituto Ordem Livre, “mentor intelectual do Movimento Brasil Livre” segundo a revista Veja e com cargos em organizações como o Instituto Liberal e o Instituto Liberdade. Para compreender exatamente o que isso significa, é preciso entender a importância dessa família.

A crise política e a Tríplice Aliança

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A crise política atual é uma crise de poder da Presidência da República. É lá que se cria o vácuo político. Vários grupos tentam prevalecer-se desse vácuo para ampliar seu poder e influência no país. E, nesse jogo oportunista, acabam se constituindo em fatores de desestabilização política.

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O principal fator de desestabilização reside na aliança pontual - e precária - de três grupos principais: o Ministério Público Federal, os grupos de mídia e a geleia geral representada pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, na qual se misturam evangélicos, baixo clero, interesses econômicos obscuros entre suspeitas mais graves.