terça-feira, 14 de abril de 2015

Lava Jato: o espetáculo continua

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Agora entendo porque os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro “pediram a mídia” para pressionar as instâncias superiores do Judiciário a julgar tudo muito rápido.

O espetáculo não pode parar. E tem de ser rápido, para confundir a opinião pública, produzindo um clima de caos.

A mídia sempre gostou de coisas rápidas e confusas, que ela controla em função das enormes equipes que só ela consegue mobilizar para manter o controle sobre esse tipo de narrativa.

A operação Datafolha e o impeachment

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.

O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Terceirização e a marcha na Paulista

As lições das marchas de domingo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em comparação com os protestos de 15 de março, as manifestações de ontem foram menores pelo volume e pela geografia. Em várias cidades, os protestos foram cancelados ou nem foram convocados. Em São Paulo, o mesmo DataFolha que apontou 200.000 pessoas nas ruas, há um mês, calcula que ontem o protesto envolveu 100.000. Em outras cidades, onde cálculos mais precisos foram substituídas por estimativas e puros chutes, as reduções também foram notáveis.

Carta de BH: "Regula a mídia, Já!"

Do site do FNDC:

Com a participação ativa de 682 inscritos, o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) aprovou, na tarde deste domingo (12/4), a Carta de Belo Horizonte. O documento reafirma a luta pela democratização da comunicação como pauta aglutinadora e transversal, além de conclamar as entidades e ativisitas a unirem forças para pressionar o governo a abrir diálogo com a sociecidade sobre a necessidade de regular democraticamente o setor de comunicação do país.

O mundo pelo olhar de Eduardo Galeano

Eduardo Galeano não morreu!

Por Altamiro Borges

Os amantes da liberdade e da humanidade estão de luto. Faleceu na manhã desta segunda-feira (13) o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. A triste notícia foi confirmada por sua editora ao jornal espanhol 'El País'. Aos 74 anos de idade, ele estava internado em um hospital de Montevidéu desde sexta-feira e não resistiu à complicações decorrentes de um câncer no pulmão. 

Tive o prazer de conhecê-lo durante o plebiscito revogatório na Venezuela, em agosto de 2004, que confirmou o mandato do presidente Hugo Chávez. Foi um papo longo, alegre e apaixonante, de um ser humano genial e comprometido com a emancipação dos povos da América Latina e do mundo. Na verdade, Eduardo Galeano não morreu. Suas ideias e suas belas obras estão mais vivas do que nunca!

Os protestos e a torcida da Globonews

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Do ponto-de-vista numérico, as manifestações do 12 de abril foram um tremendo fracasso.

Segundo o UOL, do diário conservador Folha de S. Paulo, eram 52 mil pessoas em todo o Brasil às 14 horas.

No entanto, na Globonews, das Organizações Globo, os protestos foram um tremendo sucesso.

O fracasso encerra o terceiro turno


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma.

Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos.

Mídia e oposições perdem de novo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Antes das quatro da tarde deste domingo de sol, manifestantes desenxabidos, com suas faixas e bandeiras recolhidas sob os braços, já começavam a deixar a avenida Paulista, em São Paulo, o principal centro de oposição ao governo federal.

Era o retrato do fracasso do movimento "Fora, Dilma", promovido em 15 Estados e no Distrito Federal, que só reuniu 65 mil pessoas, em todo o país, até este horário, segundo levantamento feito pelo portal UOL, do Grupo Folha, junto às Polícias Militares. É menos gente do que foi aos estádios para ver os jogos das quartas de final do campeonato paulista neste final de semana. Foram 10 mil no Rio, 5 mil em Belo Horizonte e 2 mil em Salvador. A PM de São Paulo e o Datafolha não tinham divulgado seus números sobre a avenida Paulista, que apresentava grandes vazios em toda a sua extensão.

FHC terceiriza oposição a Dilma

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

FHC fez, recentemente (dia 10), mais uma de suas palestras remuneradas. 

Embora fosse um evento sobre comércio eletrônico (O Vtex Day 2015, http://www.vtexday.com/) , alguém deu uma forcinha para patrocinar o oposicionismo do ex-presidente.

A palestra que o dinheiro pode comprar foi dada em evento patrocinado por gigantes como o grupo Mercado Livre (bem apropriado, não?), Mastercard e Walmart.

Se o governo agir, amanhã será menor

Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma gripe pesada me deixou de cama e, apesar de não fazer bem para a saúde, assisti à cobertura da Globonews sobre as manifestações contra o governo Dilma.

Nem vou fazer críticas à qualidade do jornalismo, deplorável. Apenas registro que as pessoas agredidas pelos manifestantes foram tratadas como provocadores, mesmo que um deles tenha sido hostilizado pelo simples fato de vestir uma camiseta vermelha, sem nenhuma referência ao PT.

Regulação da mídia não é censura

Foto de Tarso Cabral Violin
Por Joana Tavares, no jornal Brasil de Fato:

Moradia, educação, saúde são direitos humanos, todo mundo sabe. Mas a comunicação? Renata Mielli, que é jornalista e secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), explica que é um direito fundamental, que passa pela possibilidade de produzir, transmitir e receber informação e cultura dos mais variados jeitos. Este é um dos temas do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, que acontece de 10 a 12 de abril, em Belo Horizonte. Nesta entrevista, Renata fala também do Projeto de Lei da mídia democrática e da diferença entre regulação e censura.

América Latina afirma sua soberania

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Editorial do site Vermelho:

A luta pela emancipação dos povos e nações das Américas viveu nos últimos dias um fato de transcendência histórica. Realizou-se, nos dias 10 e 11 de abril, na Cidade do Panamá, a 7ª Cúpula das Américas, que se transformou em cenário de uma nova batalha pela afirmação da soberania e a independência nacional dos países da região.

Do ato político na Veja ao ato na Globo

Por Anderson Bahia, no site da UJS:

Na véspera do segundo turno, em 2014, a bandeira da UJS foi exibida no Jornal Nacional em longa matéria sobre o ato que realizamos em frente a Editora Abril, responsável pela Veja. No dia 26 desse mês, nos somaremos a várias organizações para pautar a Globo. Por que isso?

A decisão por ambas iniciativas está longe de representar um atentado à liberdade de imprensa. Ao contrário. A ausência de regulamentação dos dispositivos constitucionais que abordam a comunicação deixa a mídia privada à vontade para descumpri-la e até construir até golpes políticos no Brasil.

Por que Aécio não foi ao protesto em BH

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



Pode parecer que a foto que ilustra este texto basta para explicar por que Aécio Neves exortou as pessoas a irem à rua a protestar neste domingo, 12 de abril, e não deu as caras no protesto do Estado pelo qual é senador e que governou duas vezes.

Dez fatos curiosos dos atos golpistas

Da revista Fórum:

1 – O protesto solitário

Em Paris, manifestante chega ao local marcado para o protesto e não encontra ninguém.



Foto: reprodução/Facebook

O golpe ficou mais difícil

Por Nirlando Beirão, em seu blog:

Convocado pela Rede Globo, insuflado pela manchete marota da Folha de S. Paulo e legitimado por aqueles PMs que só baixam o cacete quando os manifestantes têm cheiro de povo, os protestos deste domingo foram constrangedoramente minguados pela expectativa de seus organizadores-negociantes.

Ficou claro que muita gente que foi à manifestação anterior, do 15 de março, movida por um sentimento até que sincero de revolta e de esperança, tratou de debandar.

CPI do HSBC e o "trensalão tucano"

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC programou para a próxima quinta-feira (16) audiência na qual vai ouvir o ex-diretor do Metrô paulistano Paulo Celso Mano Moreira da Silva e o doleiro Henry Hoyer. O ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Ademir Venâncio de Araújo também foi convocado para prestar depoimentos, mas em data ainda a ser marcada. O Ministério Público apura denúncias de cartel e pagamento de propinas em contratos das duas empresas – num caso que tem sido chamado de "trensalão paulista" – e os senadores descobriram que, além do doleiro, os ex-dirigentes são correntistas de contas secretas do HSBC na Suíça.

Atos contra o governo encolhem no Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

Ao contrário do que os movimentos organizadores dos atos anti-governo esperavam, as manifestações deste domingo 12 foram bastante menores do que as ocorridas no dia 15 de março. Com protestos em 24 estados e no Distrito Federal, 700 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra o governo Dilma, segundo a Polícia Militar. O número é a metade do estimado no ato de março, quando 1,4 milhão de pessoas se manifestaram, segundo a PM.