quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Imagens das marchas pela democracia

Rio de Janeiro – Fotos: Tomaz Silva/Agência Brasil




Skaf devia sofrer impeachment na Fiesp!

Por Altamiro Borges

Em 1964, a Federação das Indústrias de São Paulo, a outrora poderosa Fiesp, participou ativamente da conspiração para derrubar o presidente João Goulart. No livro “Golpe de Estado”, os jornalistas Palmério Dória e Mylton Severiano descrevem como a entidade financiou os golpistas e apoiou a ditadura militar, que matou e torturou muitos brasileiros. Agora, passados 51 anos, a Fiesp volta a escancarar o seu viés fascista. Na segunda-feira (15), o oportunista Paulo Skaf, que tomou de assalto a associação patronal, anunciou seu apoio formal ao impeachment de Dilma. Já no domingo, durante a deprimente marcha golpista na Avenida Paulista, a entidade que congrega inúmeros sonegadores distribuiu milhares de “Patos”, o símbolo da sua campanha pela redução dos impostos.

Globo fica fora do ar. É a crise?

Por Altamiro Borges

A sempre atenta Keila Jimenez, do site R7 – pertencente à rival Record –, postou uma apimentada notícia nesta terça-feira (15): “Várias regiões do país ficaram sem o sinal da TV Globo na madrugada de domingo para segunda. Em algumas regiões do Nordeste, a emissora chegou a ficar cerca de 5 horas fora do ar. Ao ligar no canal, ao invés da programação da Globo, o espectador via somente o logotipo da emissora estampado na tela, sem mensagem alguma. Em algumas regiões, a emissora ficou completamente sem sinal. Alguns espectadores foram para as redes sociais reclamarem. A turma da ‘teoria da conspiração’ achou que se tratava de uma ‘censura governamental’ ou algum ‘golpe’ que estava sendo armado no país. Procurada, a Globo disse que foi uma parada programada para manutenção mensal, um procedimento que é realizado há muitos anos”.

“Musa do impeachment” é detida em SP

Por Altamiro Borges

Não começou nada bem a campanha da empresária Juliana Isen, a “musa do impeachment”, para uma vaga de vereadora em São Paulo. Na semana passada, ela obteve alguns minutos de fama ao anunciar a sua candidatura pelo PHS em 2016. Já na marcha dos golpistas de domingo (13), ela foi hostilizada e acabou sendo detida pela polícia. O episódio grotesco não teve maior repercussão na mídia, até para não abalar ainda mais a imagem dos grupelhos fascistas que convocaram o fracassado protesto. O site de entretenimento F5, da Folha, registrou o incidente:

A disputa pela condução do golpismo

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

Antes de comemorar, a esquerda deveria tentar compreender as razões para o esvaziamento dos atos em favor do impeachment da presidente Dilma. Parece haver uma série de fatores, dentre os quais, a dispersão natural de final de ano. Mas, há um aspecto que deve ser observado: a ausência de uma liderança legítima e confiável, que dê o mínimo de segurança em relação ao dia seguinte ao impeachment – algo que pode ser decisivo no desfecho da atual crise política.

O deputado que quer cortar o Bolsa Família

Por Esmael Morais, em seu blog:

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo na Câmara, é o relator do Orçamento de 2016. Dentre as maldades do parlamentar está o corte de R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família, invejado no mundo inteiro, para aumentar o fundo dos partidos políticos.

Pelo fato de sempre mamar numa teta de olho na outra, o ex-deputado André Vargas, o apelidou carinhosamente de “Leitão Vesgo”.

Dia 16: Democracia, sim; golpe, não!

Dia 16: #NãoVaiTerGolpe

A grande pedalada do golpe

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

Os pretextos alegados para o golpe variam mais que biruta de aeroporto em tempestade.

Tem para todos os gostos e eles oscilam fortemente conforme a conjuntura. Quando um pretexto perde a sua força, imediatamente surge outro, muitas vezes de natureza distinta.

A variedade e a oscilação mostram o desespero dos derrotados nas últimas eleições em encontrar alguma escusa minimamente aceitável para o golpe indesculpável.

Dez Momentos Patéticos da Política

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Perguntei a colegas jornalistas quais teriam sido os piores momentos da política brasileira em 2015 – até agora, claro, porque o ano só acaba quando termina. E o “japonês bonzinho'' da Polícia Federal que, ao contrário do que apontam leitores maldosos não é meu tio, segue à espreita.

Ao todo, 14 boas almas de veículos de comunicação tradicionais ou independentes, de dentro e de fora do país, que acompanham de perto a política nacional responderam. Posto abaixo os trending topics da brincadeira que bem poderiam vir sucedidas de um #VemMeteoroVem.

1) Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara dos Deputados (este item foi o único unânime – teve quem só respondesse isso, aliás).



Golpe de Cunha lembra filme de gangsters

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Impeachment é coisa séria demais para ser tratado como jogada política, muito menos com esperteza para salvar corruptos e trapaça golpista. Mas é assim que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e as lideranças de oposição comandadas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) vem operando, o que tem produzido no Congresso Nacional cenas dignas de um cassino em filme de máfia.

Depois do STF, o verão da incerteza

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição e do pacto democrático de 1988, deve colocar hoje alguma ordem no tortuoso processo de impeachment aberto pela Câmara contra a presidente Dilma. Nem por isso, a decisão trará mais estabilidade. Ainda que conclua hoje o julgamento da ação do PCdoB sobre as normas e ritos (se nenhum ministro pedir vistas) o Supremo entra em recesso na sexta, sem o acórdão publicado, e com isso de nada valeria o Congresso cancelar suas próprias férias. O desfecho ficará para fevereiro e o Brasil embarca no Natal, no Ano Novo e no verão da incerteza.

"A imprensa é pautada por bandidos"

Por Naira Hofmeister, no site Carta Maior:

A memória prodigiosa para “lembrar de nomes esquisitos” somada à curiosidade investigativa permitiu ao cineasta Jorge Furtado criar uma pequena enciclopédia de casos que exemplificam como a imprensa trai seu compromisso de informar o cidadão no Brasil.

Ele deu uma amostra disso ao público que assistiu a sua palestra na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no último sábado, 12 de dezembro. Disse mais: que a irresponsabilidade da mídia alimenta o espírito golpista da sociedade, na medida em que não oferece uma correta leitura da realidade brasileira.

Os entraves à comunicação pública no país

Do site do FNDC:

Um dos principais problemas enfrentados pela comunicação pública no Brasil é justamente a falta de entendimento do que seja, de fato, comunicação pública. Embora não seja novidade, a questão, mais uma vez, adquiriu relevância durante o Seminário Um Ano do Fórum Brasil de Comunicação Pública, realizado pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom) nesta terça (15/12), na Câmara dos Deputados.

Pato de Tróia da Fiesp começa a atacar

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A Fiesp, que bancou o pato inflável gigante (o Pato de Troia) na Paulista, decidiu apoiar o impeachment, com argumentos puramente golpistas. Nem menciona crime de responsabilidade nem nada. Menciona a queda no PIB, que também é culpa dos empresários, e o declínio da confiança no governo, um índice subjetivo.

O presidente da entidade, em mensagem publicada em seu Facebook, mergulha de cabeça no golpe.



Só o golpe salva Eduardo Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Só não está claro para quem não quer ver.

Eduardo Cunha, que só faz aquilo que atende a seus interesses e ambições pessoais, joga a sua sobrevivência em uma única ficha.

Sabe que, no funcionamento normal do regime democrático, está perdido.

As evidências de seus desvios são fortes e evidentes demais.

O que pode salvá-lo é só uma coisa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cunha e seus amigos; algumas imagens

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

No dia em que Catilina, digo, Eduardo Cunha vira alvo da PF, algumas imagens não podem ser esquecidas…



Essa é a turma que quer tirar Dilma do poder, em nome da ética: Kataguri, Bolsonaro e o líder tucano Carlos Sampaio; vão dar as caras hoje para defender Eduardo Cunha, grande líder do impeachment?

Ação da PF joga areia no golpe de Temer

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O ex vice decorativo Michel Temer foi o único grande líder do PMDB a não ser atingido pela operação Catilinárias, da Polícia Federal. Mas seu “projeto de poder”, se é que podemos chamar assim, fica ferido de morte.

Henrique Alves, Celso Pansera e ex-ministros Lobão e Fernando Bezerra estão na mira, além de Fábio Cleto (ex-Caixa) e Sergio Machado (ex-Transpetro).

A estrela é Eduardo Cunha, o psicopata oficial da república, que há meses lançou uma bravata sobre a visita da PF. “Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta”, disse. “Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar”.

Fora Cunha: Toda farsa tem limites

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vários fatores podem explicar o esvaziamento dos protestos a favor do impeachment no último domingo. Minha explicação favorita é o efeito-Eduardo Cunha.

Explico. Mesmo em política, toda farsa tem limites, até no Brasil e apesar do monopólio dos grandes meios de comunicação.

Foi o que lembraram os editoriais da Folha e do Globo, no fim de semana, dizendo que o tempo de Cunha se esgotou e é hora de livrar-se dele. Dirigindo-se a seus leitores, os dois veículos falaram, em particular, a um público mais especial - o Judiciário, a quem cabe a incumbência de providenciar o afastamento de um chefe de poder que contamina o Estado brasileiro com sucessivos atos de delinquência.

O pato da Fiesp não tem nada de inocente

Por Joana Monteleone e Adriano Diogo, no blog Viomundo:

Na Avenida Paulista, alguns poucos paulistanos carregavam um gigantesco pato de borracha. O Pato faz parte de uma campanha da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) contra a volta da CPMF sobre as transações financeiras. Nos últimos meses ele tem frequentado não apenas a avenida Paulista, mas também as praias cariocas, a esplanada dos ministérios e outros cenários turísticos do país. Apesar do apoio massivo de publicidade e assessoria de imprensa, ninguém estava dando a menor bola para o Pato de borracha cego dos olhos.