terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A insistência golpista de FHC

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Editorial do site Vermelho:

A direita tenta - e tentará, ao longo do ano - a todo custo marcar Luiz Inácio Lula da Silva com a pecha da imoralidade e da ilegalidade, no esforço de impedir sua candidatura à presidência em 2018.

Esta direita já não tem porta-vozes do porte daqueles que teve faz mais de 50 anos, e hoje precisa contentar-se com o ex-príncipe dos sociólogos Fernando Henrique Cardoso, que está longe de ter a clareza e, porque não dizer, o estilo do jornalista Carlos Lacerda, que foi o porta-voz do atraso nas décadas de 1950 e 1960.

O Brasil e os caminhos da China

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Uma das saídas para a crise atual pode estar no Oriente. Mais precisamente na China. E a infraestrutura é o setor chave.

Desde o ano passado há um grupo interministerial analisando os próximos passos da aproximação do Brasil com a China. Nas primeiras rodadas, sem contar o Banco dos BRICs e o Banco da Infraestrutura, a China já disponibilizou US$ 70 bilhões de crédito ao Brasil.

O que podemos esperar deste ano político?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O ano político no Brasil deveria começar nesta Quarta-Feira de Cinzas, dia 10 de fevereiro, mas ficou para a semana que vem. Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, deu folga aos colegas, oficialmente, amanhã e na quinta. Como eles não trabalham na sexta, vamos ter que esperar mais um pouco para ver o que nos espera.

O primeiro grande embate entre governo e oposição, quer dizer, entre Dilma e Cunha, está previsto para o dia 17, quando o PMDB deverá eleger seu novo líder. A disputa segue equilibrada entre o governista Leonardo Picciani e Hugo Motta, do PMDB dissidente, apoiado pelo presidente da Câmara. É do resultado deste confronto que dependerá em boa parte o futuro da combalida base aliada na luta do governo contra o impeachment e pela aprovação das propostas de ajuste fiscal.

Como funcionam as eleições nos EUA?

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

A corrida eleitoral nos Estados Unidos estampa manchetes nos mais variados veículos de comunicação brasileiros. Recortes de declarações polêmicas e trechos de debates calorosos são transmitidos pelas mídias daqui a cada passo do processo de lá. No pleito deste ano (que deve chegar ao desfecho entre novembro e outubro), os protagonistas são os candidatos Donald Trump e Ted Cruz, para o lado dos republicano, com Hillary Clinton e Bernie Sanders na disputa entre os democratas.

Um ano de luta para os trabalhadores

Por Elaine Tavares, no site da Adital:

A abertura dos trabalhos legislativos no Brasil mostrou que o ano de 2016 não vai ser fácil para os trabalhadores. Com a presença da presidenta Dilma, que falou para os deputados e senadores, buscando apoio para suas pautas, o que ficou nítido e claro é que muita luta será necessária para garantir que direitos não sejam tirados e outros possam vir. Tendo como mote a retomada do crescimento, Dilma pediu apoio para a aprovação de um novo tributo, a CPMF, que incidirá sobre movimentações financeiras e também para as novas medidas que aprofundarão o chamado ajuste fiscal.

Uma viagem insólita à periferia dos EUA

Bairro periférico de Baltimore
Por Pedro Abramovay, no site Outras Palavras:

A cerca de 40 minutos de trem da capital dos EUA e um pouco mais de duas horas de Nova York fica a cidade de Baltimore, capital do estado de Maryland.

Acabo de sair de lá depois de um dia bastante intenso visitando projetos da Fundação Open Society na cidade.

Logo de manhã ouvi o depoimento de uma moça chamada Jabria. Jabria, quando tinha 16 anos, estava discutindo com sua avó. A avó teve um ataque do coração durante a discussão. Jabria foi presa, em um estabelecimento para adultos, por homicídio. Após cerca de um ano experimentando todo tipo de violências no cárcere, Jabria poderia ter direito a liberdade condicional. O pedido foi negado pelo juiz pelo fato de Jabria ter tido mais de 30 suspensões na escola. As suspensões foram ocasionadas por Jabria chegar na escola com o uniforme sujo, pois sua avó não a deixava lavar o uniforme quando elas discutiam.

Midiotas não batem panela contra Cunha

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (3), alguns midiotas promoveram um "panelaço" contra a presidente Dilma e nem sequer ouviram seu pronunciamento de seis minutos em cadeia de rádio e tevê que tratou da "guerra" contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, em especial sobre o Zika. O protesto foi pífio, conforme reconheceu a própria mídia golpista. O site do Estadão, por exemplo, relatou que "as manifestações foram mais fracas em comparação com as convocadas no auge da crise política".

Já o site IG ironizou a revolta dos coxinhas. "Nas redes sociais, foram noticiados protestos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e em vários bairros nobres da capital paulista, como Higienópolis, Moema, Morumbi e Vila Mariana... O panelaço – protesto com panelas, gritaria e apitos que já se tornou marca dos grupos contrários ao governo Dilma – foi convocado pelos principais movimentos que pedem o impeachment: Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Revoltados On Line".

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Ombudsman confirma: Folha ama Aécio!

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (3), o lobista Fernando Moura, em depoimento ao juiz Sergio Moro, confirmou a existência da sempre negada Lista de Furnas e foi didático ao explicar a distribuição da propina: “É um terço para São Paulo, um terço nacional e um terço do Aécio”. A bombástica delação, prestada no curso da midiática Operação Lava-Jato, causou uma overdose no cambaleante tucano e desnorteou a própria mídia venal. Num primeiro momento, ela não teve como acionar a sua “operação-abafa”. Até o Jornal Nacional da TV Globo abordou, a contragosto, o assunto. Na sequência, porém, a blindagem voltou a funcionar e a delação sumiu do noticiário – que segue com sua obsessão para “matar” Lula.

Globo e “musa golpista” sofrem no carnaval

Por Altamiro Borges

Nem tudo é diversão e alegria neste carnaval. Alguns tiveram que pagar por seus pecados na festança pagã. Que o diga a TV Globo. Em várias locais, a emissora foi hostilizada por foliões que discordam das suas práticas golpistas e manipuladoras. Na manhã de domingo (7), durante a cobertura do bloco "Cordão do Boitatá", um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, a equipe de jornalismo da emissora ficou constrangida com a resposta de um homem a uma tentativa de entrevista, ao vivo, da repórter da GloboNews: "Ali Kamel é um nazista. Eu não falo com a Globo", afirmou o folião nada alienado.

A lista dos brasileiros em paraísos fiscais

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, no curso da provocativa fase "Triplo X", da Operação Lava-Jato - que teve como único intento incriminar o ex-presidente Lula -, a Polícia Federal apreendeu uma lista com os nomes de centenas de ricaços brasileiros que remeteram grana para paraísos fiscais espalhados pelo mundo. As planilhas, com os registros das contas offshore e de seus respectivos donos, estavam armazenadas nos computadores da filial nacional da empresa panamenha Mossack Fonseca. A notícia atemorizou muitos sonegadores e foi encarada como um tiro pela culatra. Eles temeram os famosos - e seletivos - vazamentos da PF. Para seu alívio, porém, nada vazou e a imprensa simplesmente já esqueceu a lista.


'A adulteração da democracia' na Argentina

Por Bruno Cirillo, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

O jornalista e radialista Victor Hugo Morales foi demitido numa segunda-feira, 11 de janeiro, um mês após Mauricio Macri assumir a presidência da Argentina. Voz crítica do atual governo, que considera “o rosto do grupo Clarín”, Morales foi dispensado pela Rádio Continental, a terceira mais ouvida do país, pouco antes do início do seu programa matinal. Ele teve alguns minutos para se despedir da audiência que liderava, após 30 anos de trabalho. No dia seguinte, milhares de pessoas protestaram contra sua demissão na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires.

Com Lula , "não-notícia" vira "escândalo"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Fabiana Moraes da Silva, mestra em Comunicação pela UFPE e doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco, publicou, em 2008, um estudo sobre “A não-notícia, um produto do infoentretenimento“, onde diz que “se não houvesse nada intrigante ou espantoso acontecendo, não era falha do repórter. Ele não poderia reportar algo que não existia”.

Ela caracteriza assim os “não fatos”:

A luta pelo Marco Civil da Internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Elaborado para garantir democracia e direitos como a liberdade de expressão e a privacidade na Internet, o Marco Civil entrou em nova fase do processo de sua regulamentação. Até o dia 29 de fevereiro, a sociedade civil poderá contribuir com a consulta pública que discute, basicamente, quatro temas da lei: a neutralidade da rede, a segurança de registros, a privacidade e a transparência. A queda de braço em torno da lei segue intensa.

A inquisição de Moro: tragédia ou farsa?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Sandro Ari Andrade de Miranda, no site Sul-21:

Na abertura de “O 18 de Brumário de Louis Bonaparte”, Marx cita a assertiva de Hegel, em uma de suas obras, segundo a qual “todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes” e, mais adiante, completa: “a primeira vez como tragédia, a segundo como farsa”.

O livro foi escrito em 1851, e narra as circunstâncias caricatas da política francesa que permitiram a ascensão de Louis Bonaparte, o sobrinho de Napoleão, à Coroa do país, sendo o segundo Bonaparte um político com traços inexpressivos e esquálidos, frente à gigantesca personalidade representada pelo tio.

Ditadura da Schin no carnaval de Salvador

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Gente, o monopólio não é mais considerado ruim! Só é ruim o monopólio se for para retirar o patrimônio do povo das mãos do povo. Petróleo, por exemplo, não é um bom monopólio. Mídia é considerado bom. Quanto mais concentrado, melhor. Mas – surpresa – cerveja também é liberada para monopolizar, e tida como um monopólio bacana – porque foi um prefeito de direita que fez, claro. A Schin, que há anos monopoliza o comércio de cerveja em Salvador, comprou o carnaval da capital baiana. Nos “espaços patrocinados”, só pode vender Schin.

Por que a Lava-Jato não investiga Aécio?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em janeiro do ano passado, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, foi acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de ser transportador de dinheiro de propinas do doleiro Alberto Yousseff.

Careca disse em depoimento à PF do Paraná que, em 2010, entregou R$ 1 milhão ao então candidato a governador de Minas Gerais Antônio Anastasia (PSDB) para repassar a soma a Aécio Neves.

O simbólico apoio do Brasil a Evo Morales

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Evo Morales acaba de completar uma década como presidente da Bolívia. No dia 21, os bolivianos vão decidir em um referendo se aprovam o direito do líder indígena de disputar um quarto mandato, na eleição de 2019. Com a economia do país e seu ibope pessoal em alta, Morales tem razões para otimismo com o resultado das urnas. E mais ainda após a recente visita oficial a Dilma Rousseff.

O clima de ódio e o cerco a Lula

Por Luiz Carlos Bresser Pereira, no site Carta Maior:

Há meses que eu ouço frases como: “Quando vão chegar no Lula?”, ou então, “Quando vão pegá-lo?”. Porque, afinal, este é o objetivo maior do establishment brasileiro: atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas. Não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto. Pois bem, o establishment chegou ao Lula. Não para incriminá-lo, mas para tentar desmoralizá-lo.

O Nobel que a mídia grande escondeu

Kailash Satyarthi, Prêmio Nobel da Paz de 2014
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde a ausência de um inédito Prêmio Nobel verde-amarelo alimenta a baixa estima nacional, a visita de dez dias do engenheiro indiano Kailash Satyarti, Prêmio Nobel da Paz de 2014, encerrada neste fim de semana, teve a utilidade de comprovar o mau momento vivido pelos grandes jornais e revistas do país.

Recebido por repórteres de veículos interessados numa pauta única - o impeachment de Dilma Rousseff -, Kailash teve poucas oportunidades de discutir o assunto em que é uma autoridade internacional - o combate ao trabalho infantil, causa que lhe deu o Nobel, há dois anos. Em vez disso, "em todas as minhas entrevistas, o impeachment sempre estava entre as primeiras perguntas. E eu não tinha muito o que dizer a respeito, até porque nem sou membro do Congresso e sequer sou cidadão brasileiro", disse ao 247, momentos antes de embarcar para Roma, onde tinha uma audiência marcada com o Papa Francisco.

Jornalismo cínico e o ponto de não-retorno

Por Francisco José Castilhos Karam, no site Vermelho:

Em 1988, o psicanalista Jurandir Freire Costa alertava que a sociedade brasileira poderia estar chegando a um perigoso ponto de não-retorno. Ela estaria incorporando quatro valores: cinismo, narcisismo, violência e delinquência. À época, seus estudos tinham como referência as ideias do filósofo alemão Peter Sloterdij, que escreveu o clássico livro “Crítica da razão cínica”, publicado nos anos 1980, com grande repercussão.