quinta-feira, 19 de maio de 2016

Em Cannes, artistas contra o golpe

Por Iván Granovsky, no site Carta Maior:

Primeiro estão os iates, os jatinhos, os helicópteros e as Ferrari. Logo aparecem os famosos e os flashes. Em terceiro lugar, a indústria do cinema. E, por último, a arte. Porém, com a arte, chega a política. E com a política, chega Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, único filme latino-americano na competição oficial do 69º Festival de Cannes. A obra foi produzida e rodada em Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Este pequeno estado brasileiro se relaciona atualmente com o mundo por duas coisas: porque sua produção cinematográfica é de alta qualidade e porque nessa região se viu como centenas de milhares de pessoas ascenderam na escala social, graças às políticas de Luiz Inácio Lula Da Silva e Dilma Rousseff.

A EBC e a democratização da mídia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O vergonhoso golpe de caneta que pretende afastar o jornalista Ricardo Melo da presidência da EBC, onde tem um mandato legítimo de quatro anos para cumprir, não deve esconder a questão real por trás do episódio.

Dilma Rousseff fez muito bem ao se manifestar, ontem, dizendo que "é absurda e lamentável a decisão do governo provisório de violar a lei que criou a EBC. Mais um ataque ao Estado Democrático de Direito", afirmou.

Além de garantias essenciais na história política de qualquer povo, o que também está em jogo para a maioria dos brasileiros é a sobrevivência de um necessário processo de democratização dos meios de comunicação liderado pelo jornalismo da TV Brasil, hoje a principal e muitas vezes única voz dissonante – fora das redes sociais – no coro dos contentes que ajudou a articular o afastamento temporário de Dilma num esdrúxulo impeachment sem a demonstração de crime de responsabilidade.

A combativa entrevista de Dilma

O mordomo do golpe vinga-se no garçom

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não é de blogueiro sujo. É da Natuza Nery, da Folha, que dilmista nunca foi:

A caça às bruxas no terceiro andar do Palácio do Planalto não poupou ninguém, nem mesmo o garçom que servia à Presidência havia quase oito anos.

Cortem-lhe a cabeça - José Catalão, tido como um dos funcionários mais queridos entre palacianos, foi demitido pela equipe de Temer sob a “acusação” de ser petista, relataram servidores. Catalão não tem vínculo partidário e se orgulhava de ter servido Temer em várias ocasiões.


Os homens de Cunha no governo Temer

Da revista CartaCapital:

Mesmo afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) parece cobrar do presidente interino Michel Temer (PMDB) a conta pela aprovação do impeachment de Dilma Rousseff.

Nesta quarta-feira 18, foi confirmado o nome de André Moura (PSC-SE) para a liderança do governo na Câmara. Moura é um dos integrantes da tropa de choque que tenta evitar a cassação de Cunha no Conselho de Ética da Casa e sua indicação tem o apoio de um bloco parlamentar que reúne 225 deputados de 12 partidos do chamado "centrão".

E as mulheres disseram não!

Por Haroldo Lima, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há “explicações” para tudo. Raciocínios empolados demonstram, supostamente, que o extravagante não o é, e que o grotesco, sob certo ângulo, é sublime. Mas há fatos que chocam pela contundência e fotos que exibem os fatos como eles são. Com meras fotos, Sebastião Salgado tornou-se mestre em desvendar realidades, sem explicações, sem textos, sem teses.

Não creio que um espírito sagaz, por mais exímio que fosse em projetar ficções, pudesse imaginar que, aqui no Brasil, seria organizado um governo só de homens para suceder um dirigido por uma mulher. Mas foi o que aconteceu, por incrível que pareça. E não foi só. Nenhuma mulher e também nenhum negro, quando o IBGE informa que, em 2013, 51,4% da população eram de mulheres, e em 2014, 53,6% eram de negros.

Dirceu e a perversão do juiz Sergio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não era contra a corrupção. Era contra o PT.

Essa é uma das conclusões essenciais da campanha movida pela plutocracia em nome da “moralidade” da qual resultou o golpe.

Dirceu, condenado hoje por Moro a 23 anos de prisão, foi uma das vítimas dessa perversão de justiça.

Três líderes petistas tinham que ser destruídos para o golpe plutocrático funcionar. Lula, Dilma e ele, Dirceu.

Temer e a ponte para o desgoverno

Por Euzébio Jorge, no site da UJS:

A composição dos ministérios do desgoverno de Temer se demonstra sintonizada com seu plano de “Ponte para o Futuro”. O programa construído pelo PMDB aposta que a saída da crise econômica e política vivida pelo Brasil está na redução dos gastos públicos, destruição de direitos trabalhistas e eliminação de programas sociais.

Redução dos gastos públicos: A maior fraude que os liberais disseminam na sociedade é que a causa da crise econômica é o desequilíbrio fiscal. Querem convencer que um governo que não gasta traz benefícios ao seu povo, quando é exatamente o contrário. O capitalismo provoca incontáveis crises econômicas e sociais que só podem ser amenizadas com gastos e investimentos do Estado. Se os investimentos do Estado estimularem a atividade econômica e a oferta e bens e serviços, podem inclusive ajudar a reduzir a inflação, por ampliar a oferta de bens s serviços. Os gastos com programas como Bolsa Família, “Minha casa, minha vida” e previdência rural, não só permite que as pessoas vivam melhor, como gera atividade econômica em regiões pobres do país. Ou seja, é necessário que o governo gaste para sair da crise.

Pontos de Cultura estão sob risco

Da Rede Brasil Atual:

O ex-ministro Juca Ferreira, que ao lado presidenta Dilma Rousseff respondeu a perguntas de internautas hoje (19), pelo Facebook, disse que o programa Pontos de Cultura, que atua em ações ligadas à cultura tradicional, indígena e das periferias das grandes cidades, está em risco e deverá sofrer "ataques ou redução de importância", durante a gestão do setor pelo governo interino, que extinguiu o ministério da Cultura (MinC) e subordinou a pasta ao ministério da Educação.

Serra apequenará o Brasil no mundo

Por Daniella Cambaúva, no site do PT:

Após o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, o presidente golpista Michel Temer surpreendeu ao indicar José Serra (PSDB) para ser ministro das Relações Exteriores. Apesar de a postura do vice-presidente já ter sinalizado de antemão que seu governo traria retrocessos, o nome do tucano nesta pasta causou espanto, primeiramente pela formação do senador. Ele é economista e, desde 1993, a chefia do MRE é exercida por diplomatas.


Temer e a primavera das ruas

Foto: Mídia Ninja
Por Renato Rovai, em seu blog:

O governo Temer é um amontoado de interesses contraditórios que se uniram para um único objetivo, afastar Dilma e derrotar o PT e Lula.

Sem votos para conseguir isso democraticamente, esse segmento não se intimidou em ir ao golpe.

Mas, como na Fórmula 1, uma coisa é chegar, outra é passar.

Eles chegaram ao governo pelas mãos do personagem vice vigarista, mas, ao que já se pode perceber, não vão passar muito tempo juntos nessa aventura.

Temer corta programas sociais. Morreu!

Por Altamiro Borges

Se continuar nesta cavalgada insana, pagando a fatura dos seus ricos apoiadores, o "interino" Michel Temer não dura muito tempo. As camadas populares, que até agora assistiram à distância o “golpe dos corruptos”, sairão às ruas para exigir a sua queda e a volta da presidenta Dilma, legitimamente eleita pela maioria dos brasileiros. Em menos de uma semana, o governo golpista já anunciou o corte de 11.250 unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, a redução drástica dos beneficiários do “Bolsa Família”, a nefasta intenção de rebaixar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e a ampliação da idade da aposentadoria. O Judas Michel Temer vai ser crucificado em praça pública!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Serra declara guerra à América Latina

Por Altamiro Borges

Avesso à diplomacia, o intolerante e beligerante José Serra tomou posse nesta quarta-feira (18) como ministro "interino" das Relações Exteriores do Judas Michel Temer. No maior cinismo, o grão-tucano afirmou em seu discurso que, a partir de agora, "a nossa política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não de um governo e jamais de um partido" e que priorizará as relações com os EUA, a agressiva potência imperialista, e os governos servis da Argentina e do México. Na prática, o capacho ianque deixou explícito que irá sabotar os Brics - o bloco contra-hegemônico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - e a integração latino-americana.

50 anos de retrocesso em 5 dias

Por Jeferson Miola

Bastaram 5 dias para confirmar o que já se sabia sobre a natureza anti-povo e anti-nação do golpe de Estado mal-disfarçado no impeachment fraudulento da Presidente Dilma.

As políticas do governo usurpador presidido pelo golpista Michel Temer fazem o Brasil retroceder 50 anos em 5 dias; fazem o Brasil retroceder àquela época do Estado oligárquico montado para atender aos interesses de uma minoria parasitária e patrimonialista às custas da exclusão da maioria da população. A ver:

A fábrica de eufemismos do STF

Por João Quartim de Moraes, no site Vermelho:

Personagens nefastos podem proporcionar ensinamentos úteis. Gilmar Mendes, em particular, tem ajudado muito a abrir os olhos dos ingênuos que identificam a ideia filosófica de Justiça com a máquina do Judiciário.

Muito importante, com efeito, tem sido sua contribuição prática para a identificação de um dos mais fortes sintomas da falta que o marxismo faz para boa parte da esquerda brasileira: a ilusão a respeito da neutralidade do poder de Estado. Com Gilmar, a opção preferencial pela direita e pelos mais crus interesses de classe da burguesia é assumida com soberba desfaçatez. Senta em cima de processos cujo andamento quer atrasar, debocha do ”bolivarismo”, agride com ira concentrada os movimentos sociais etc.

A tonitruante diplomacia do Barão da Mooca

Por Marcelo Zero

Com o golpe, o Barão do Rio Branco anda em baixa no Itamaraty. Sua figura ímpar de negociador hábil e arguto, afeito à força dos argumentos, vem sendo substituída por figura menor, prosaica, mais afeita ao argumento da força e à discutível efetividade dos decibéis, das ameaças e dos insultos.

Claro está que o governo ilegítimo tem um problema muito sério de imagem internacional. O motivo é óbvio. Golpes contra a democracia não são mais tão populares como eram há algumas décadas. Antes saudados como “ressurgimentos da democracia” e “revoluções” que nos salvavam da “ameaça comunista”, os golpes agora costumam ser vistos (pasmem!) como golpes.

"Ponte para o passado" de Michel Temer

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em menos de uma semana, o governo ilegítimo de Michel Temer, vice-presidente que chegou ao comando da Nação graças a um processo de impeachment juridicamente questionado, mas apoiado entusiasticamente por uma imprensa simpatizante da ditadura militar, já ameaça tirar direitos constitucionais dos brasileiros. Além disso, as mudanças que se anunciam vão na contramão do que todos os países ditos civilizados do mundo estão fazendo ou planejando –inclusive os Estados Unidos, espécie de Terra Prometida da direita brasileira.

Chomsky detona o golpe dos corruptos

Quem é o general nomeado por Temer?

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O general Sérgio Westphalen Etchegoyen, indicado pelo vice-presidente Michel Temer para assumir como ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional – pasta à qual ficará subordinada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) –, é um crítico feroz dos trabalhos de investigação dos crimes da ditadura realizados pela Comissão Nacional da Verdade. Etchegoyen vinha atuando, desde março de 2015, como chefe do Estado-Maior do Exército. De 2011 a 2012, comandou a 3ª Divisão do Exército em Santa Maria (RS).

Temer e os orgasmos do financismo

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O anúncio dos principais nomes a ocuparem postos estratégicos na área econômica do Presidente Interino Michel Temer foi saudado com muita festa e fogos de artifício pelos mais límpidos representantes do sistema financeiro em nosso País.

Na verdade, tal reação não pode ser encarada como uma grande surpresa. Muito pelo contrário, trata-se tão somente da confirmação de um jogo de cena muito bem desenhado pelos dirigentes das instituições do setor em articulação com os principais responsáveis pelos meios de comunicação.