sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Brasil ingressa em sua Idade Média

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

O Brasil desencaixou. Desencaixou e passou a rodar no fuso paraguaio. Lá, como se sabe, depois de peculiar processo, o presidente Fernando Lugo foi impedido, assumindo o vice-presidente. Também não amputaram a Lugo os direitos políticos. Dizem os golpistas de lá, como os daqui, que o processo de impedimento seguiu os trâmites legais, que não houve atentado à Constituição nem violência física. Aqui, como também se sabe, os golpistas mantiveram os ritos, não promoveram violência (as pancadarias de antes e de depois do golpe não contam, claro) e garantiram direitos políticos à presidente impedida.

A farsa de Dallagnol e as "meninas do Jô"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A superprodução farsante envolveu muitos agentes. Como de costume, a Lava Jato se valeu do que chama de “imprensa simpatizante” para, em pleno processo eleitoral, tentar enterrar de vez o PT, o que deveria fazer a Justiça Eleitoral agir, se este fosse um país sério.

A operação mata-PT pretendia ser sofisticada. A superprodução jogou no rosto da sociedade uma farsa embelezada a toques de power point.

Os quatro pesadelos do Judas Michel Temer


O usurpador Michel Temer pensou que a sua estadia no Palácio do Planalto seria um passeio. Ele contava com o apoio das elites empresariais, que incentivaram e financiaram o “golpe dos corruptos”; com a cumplicidade da mídia privada, principal protagonista da conspiração; com ampla maioria nas “assembleias de bandidos” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e com a excitação dos “midiotas”, que saíram às ruas para rosnar pelo “Fora Dilma”. Mas seu sonho está se transformando rapidamente em um baita pesadelo. A dúvida que já paira no covil golpista é se o Judas Michel Temer resistirá no cargo até o final de 2018. Quatro fatores, no mínimo, explicam estes temores:


Mudar a qualidade da resistência ao golpe

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Desde a consumação do golpe, ingressamos numa nova fase de luta. As manifestações se espalham não mais se restringindo às capitais, e envolvem cada vez mais setores. Cresce, diariamente, a compreensão da farsa alimentada pelos grandes meios de comunicação. Cresce também a compreensão de que vivenciamos um golpe de novo tipo e a ilegitimidade de Temer começa a se generalizar até mesmo entre aqueles que haviam se iludido com o discurso de apoio ao "impeachment".

O golpe baixo da Globo nas eleições

Por Theo Rodrigues, no blog Cafezinho:

Se fosse uma luta de boxe poderíamos dizer que o editorial do jornal O Globo de hoje deu um golpe abaixo da cintura no Supremo Tribunal Federal.

Intitulado “Crime avança no financiamento empresarial”, o editorial argumenta que o fim do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais, que foi decidido pelo STF no ano passado, teria aberto espaço para a participação de quadrilhas e milícias na política.

Um golpe contra a nova geração

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

O McJob, nome genérico que nos Estados Unidos e na Europa se dá a empregos de baixa especialização e de baixa remuneração no setor de serviços, faz o maior sucesso no Brasil. A prova disso está disponível em qualquer loja do McDonald’s, onde se vê punhados de adolescentes brasileiros frequentemente vistos como um grupo mal preparado e de pouco futuro. Nos Estados Unidos e na Europa, a grande bronca com os McJobs é o fato de eles simbolizarem o trabalho desqualificado a que teve de se submeter uma geração que enfrentou dificuldades para trocar seu diploma universitário por um bom emprego. Eles chegaram ao mercado de trabalho com um currículo cinco estrelas e tiveram que se virar com um emprego destinado a quem só tinha o segundo grau.

Injustiça fiscal à brasileira

Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Outras Palavras:

Desde as primeiras sistematizações mais acuradas sobre o funcionamento da economia, ainda no século XVIII, preconiza-se que os tributos devem ser proporcionais à renda dos indivíduos. Naquela mesma época, ministros de Estado que propunham tal configuração eram desalojados de seus postos por forças refratárias a essa perspectiva, como ocorreu com Anne Robert Jacques Turgot.

Cunha é Temer, Temer é Cunha

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Musa Ramalho, no site da UJS:

Cunha é Temer, Temer é Cunha e ambos são o pacote de maldades neoliberais preparadas para retrocedermos nos direitos democratizantes conquistados com muito suor e muita luta. Nossas vozes pelo “Fora, Temer e Cunha na Cadeia” precisam estar atreladas a reconstrução da democracia brasileira. Se não pensarmos e agirmos de forma mais aprofundada, vamos somente trocar os donos das canetas sem alterar o conteúdo da narrativa. “Diretas já” são fundamentais para reorganizar a política nacional. Não eleger golpista nas disputas municipais é imprescindível para construirmos uma política melhor.

O ranking deficiente da Folha

Por Jorge Kayano, na revista Caros Amigos:

A Folha de S. Paulo divulgou no último dia 27 de agosto uma série especial de matérias sobre seu Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F). “Uma experiência do Instituto Pólis, lançada nos anos 1990, inspira o conceito”, diz uma das notícias. Se falam da publicação “Como reconhecer um bom governo”, publicada em 1995, parece-me que se inspiraram pelo inverso do que sugere o estudo. Pelos critérios de análise do REM-F, a grande maioria (76%) dos municípios brasileiros é rotulada como “não eficiente no uso dos seus recursos para as áreas básicas de educação, saúde e saneamento”. O mínimo que se pode dizer sobre isso é que a Folha está passando por cima de qualquer cautela para divulgar suas teses preconcebidas sobre o que significa ser eficiente na gestão pública.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O fascista do MBL que agrediu a senadora



Por Altamiro Borges

A senadora Vanessa Grazziotin, que foi agredida pelo troglodita Paulo Demchuk - militante da seita golpista Movimento Brasil Livre (MBL) -, continua recebendo a solidariedade de lideranças políticas e dos movimentos sociais. Nesta semana, várias entidades do Paraná divulgaram um manifesto em repúdio ao advogado, que atacou a parlamentar comunista do Amazonas durante um voo de Brasília para Curitiba, em 31 de agosto passado - logo após a aprovação no tribunal de exceção do Senado do impeachment da presidenta Dilma. Aos poucos, graças às redes sociais, a sociedade também vai conhecendo melhor o perfil do criminoso que agrediu a senadora.


A coletiva do ex-presidente Lula

Dallagnol, um pequeno Torquemada

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nos processos em que a perseguição insidiosa toma o lugar da justiça, faz-se necessário contar uma história que desperte a intolerância e justifique a violência e o arbítrio. Assim fez o procurador Deltan Dallagnol no espetáculo deplorável de apresentação de denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente Lula. A denúncia é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionada à suposta posse, não provada, de um apartamento. Mas a história contada, com um histrionismo que envergonhou os caçadores mais adestrados de Lula, foi sobre seu papel de “comandante máximo”, “maestro regente” ou “general” de uma “propinocracia” montada para saquear a Petrobrás. Dallagnol fez uma interpretação política, não uma demonstração jurídica. Pode ter dado seu tiro no pé. “A hipótese prévia imaginária preponderou em relação aos fatos. Parece-me que a acusação num processo jurídico normal não prosperaria”, avaliou o jurista Pedro Serrano.

Procurador admite não ter prova contra Lula

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

Uma frase do procurador Roberson Henrique Pozzobom, durante a coletiva na qual detalhou a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta (14), foi mais útil em explicar o que se passava do que todos os gráficos de Power Point que ele utilizou. “Não teremos aqui provas cabais de que Lula é efetivo proprietário do apartamento”, disse.

Em meio à apresentação, repleta de setas, quadros e tabelas, os procuradores da Lava Jato informaram que Lula é denunciado por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Segundo eles, há a “convicção” de que o ex-presidente teria recebido propinas “de forma dissimulada”, por meio de benefícios, “troca de favores”. Especificamente, nas reformas de um apartamento triplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia e no custeio do armazenamento de seus bens.

O que se faz contra Lula é carnificina

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se há alguma coisa de que Lava Jato não pode ser acusada é de surpreender.

O indicionamento de Lula, agora: você quer coisa mais óbvia?

Há muito tempo ficou claro que o objetivo de Moro e da Lava Jato está longe de ser erradicar a corrupção: é acabar com o PT. Mais especificamente, com Lula.

Lula deve morrer

Por Ayrton Centeno, no site Sul-21:

Lula já deveria ter morrido. Cedo, quando nasceu. Quando veio ao mundo em 1945, a mortalidade infantil no Brasil era de 146 x 1000. Quase 150 óbitos antes do primeiro ano de vida em cada mil crianças. Isto na média nacional que, hoje, a propósito, é dez vezes menor. Mas naquele tempo, para quem vinha aumentar família pobre, da área rural e do Nordeste, os números eram ainda mais atrozes.

Um dos 12 filhos de dona Lindu - quatro não sobreviveram - Lula nasceu em Caetés, então zona rural de Garanhuns/PE. Casa de taipa, erguida em barro e madeira, um quarto, uma mesa, cinco redes. Água? Amarela, das poças de chuva, dividida com o gado e povoada por girinos. Comida? Feijão, arroz e farinha, carne rara, às vezes de preá ou passarinho. Proteína animal acessível era a da içá, nome da tanajura no Agreste pernambucano.

Temer e a rasteira nas ruas

Por Murilo Cleto, na revista CartaCapital:

Quatro meses depois da posse, o governo Temer já não precisa dar mais sinais de que a rasteira que destituiu Dilma do Planalto também derrubou boa parte daqueles que permitiram a sua ascensão à presidência.

Se, por um lado, não faltam agentes do impeachment em lua de mel com o governo que já não é mais interino, por outro as multidões que inundaram de verde e amarelo as ruas do país em 2015 têm tudo pra estar cada vez mais desapontadas.

Privatizá-las-ei porque são públicas!

Paulo Kliass, no site Carta Maior:

"Bebo-o porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia"
(frase atribuída ao ex Presidente Jânio Quadros)

O governo Temer acaba de apresentar, em evento solene realizado no Palácio do Planalto, mais um de seus “alicerces fundamentais” para o tão ansiosamente aguardado processo de retomada do crescimento da economia. O discurso entusiasmado do Presidente pode ser resumido na expressão de realizar uma “abertura extraordinária” da infraestrutura brasileira à iniciativa privada.

Temer quer privatizar até a água

Por Vagner Freitas, na Rede Brasil Atual:

O anúncio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foi mais um passo do golpista Temer rumo à sua proposta de diminuição do Estado na economia. Ou seja, menos investimentos que garantam uma vida digna para a maioria dos brasileiros e brasileiras que mais necessitam de água, esgoto, educação e saúde pública e de qualidade.

A tal da PPI é, na verdade, um amplo conjunto de concessões e privatizações de portos, aeroportos, companhias de energia elétrica, recursos naturais, como Pré-Sal e gás natural e até de água, coleta e tratamento de esgoto.

Acusação a Lula é só discurso de ódio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Assisto agora a fala de Deltan Dallagnol, o jovem chefe da Força Tarefa.

Até agora, o Doutor não entrou em uma prova fática.

Foi um discurso político que só encontra suporte na histeria anti-Lula com que a mídia fez impregnar este país.

Diz que, se diretores indicados em acordos políticos com outros partidos roubavam, isso indicava que Lula é pessoalmente responsável por seus atos, porque as nomeações só poderiam ter intenção “arrecadatória”.

A perigosa seita de Curitiba

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Marcelo Zero

A denúncia do Ministério Público contra Lula e sua esposa é crônica de uma farsa há muito anunciada.

Todo o Brasil sabe que a fraude do impeachment sem crime de responsabilidade teria de ser complementada pela farsa das denúncias sem crimes contra Luiz Inácio Lula da Silva. O que querem, o único que querem, é impedir que Lula se candidate de novo em 2018 e resgate o país das garras do golpe e do seu terrível programa de retrocesso contra o povo brasileiro. O golpe precisa se completar.