quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Os alckmistas atropelam o cambaleante

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A mídia privada, que adora fofocas e intrigas, tem evitado dar destaque à implosão que se avizinha no PSDB. Ela sabe que isto pode ser fatal para a gangue que promoveu o “golpe dos corruptos” e tomou de assalto o Palácio do Planalto. Além de fragmentar ainda mais a base pragmática de apoio ao Judas Michel Temer, uma divisão no principal partido golpista teria reflexos na economia, gerando desconfianças no chamado “deus-mercado”. O problema é que os boatos sobre as sangrentas bicadas no ninho tucano seguem crescendo. Nesta semana, a revista Época publicou uma matéria, intitulada “Os alckmistas estão chegando”, que mostra o grau de tensão no PSDB. O cambaleante Aécio Neves deve ter curtido uma baita overdose. Já o “chanceler” José Serra, entre uma e outra derrapada diplomática, deve estar fabricando mais um dos seus corrosivos dossiês.

Metrô de São Paulo coleciona cadáveres

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Em janeiro de 2007, sete pessoas morreram após serem engolidas por uma cratera aberta no local onde hoje fica a redonda estação Pinheiros da linha 4. O consórcio responsável Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Alston) chegou a culpar, na época, a natureza, o terreno, as chuvas, rochas gigantes, o Imponderável da Silva, enfim, grandes forças malignas do universo contra as quais He-Man lutava, pela tragédia.


Democracia não cabe no neoliberalismo

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

A retomada do modelo neoliberal, fracassado nos anos 1990, derrotado sucessivamente em 2002, 2006, 2010 e 2014, só pode se dar mediante um governo não democrático. Golpista no acesso ao poder, porque não obteria maioria democrática nos processos eleitorais com um projeto tão antipopular e autoritário, porque tem que governar contra o interesse da grande maioria da população.

Um governo que se coloca como objetivo a aplicação de um duro ajuste fiscal, que corta direitos adquiridos pela massa da população, que acentua ainda mais a recessão econômica e, com ela, o desemprego e a perda de poder aquisitivo dos salários, é incompatível com a democracia, porque governa contra a grande maioria dos brasileiros. Temer disse que se conforma com ter o apoio de 5% da população, porque sabe que governa para essa minoria. Mesmo contando com o apoio da velha mídia, não conseguiria obter apoio popular para um programa tão antipopular.

As "confissões ridículas" de Bia Doria

Do site Carta Maior:

O jornal francês analisa a entrevista da mulher do novo prefeito de São Paulo, João Doria Jr, à "Folha de S. Paulo”. De acordo com o Le Monde, Bia Doria se considera "do povo” e deixa transparecer uma visão machista e ultrapassada da mulher brasileira. Declarações que trazem à tona as desigualdades da sociedade brasileira.

Segundo Le Monde, a crise e a decepção do Brasil com as elites levaram a população a se "consolar" com temas mais levianos, como a “paixão” pelas primeiras-damas. Um dos exemplos, cita o diário, é o debate sobre os vestidos de Marcela Temer, a mulher do novo presidente. A política do espetáculo, lembra o jornal francês, agora tem uma nova representante: Bia Doria, descrita pelo Le Monde como artista de fino-trato, ecologista chique e especialista em esculturas de madeiras.

A falácia do pai de família e a PEC-241

Por Guilherme Haluska e Kaio Pimentel, no site Brasil Debate:

O discurso moralista diz que o Estado, assim como um pai de família, deveria sempre gastar menos do que ganha. Esse discurso acaba por sugerir ao cidadão, leigo em economia, que: 1) é possível a todos os agentes de um sistema econômico ganhar mais do que gastam, e 2) que o Estado apresenta algum tipo de restrição financeira, típica de um pai de família. Esse discurso é falacioso porque: 1) não é possível no agregado de um sistema econômico ganhar mais do que é gasto e 2) o Estado não quebra quando se endivida na moeda que ele mesmo emite, ou seja, na dívida pública denominada em sua própria moeda (reais, no caso brasileiro).

O que fazer com a Rede Globo?

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

O que fazer com o Sistema Globo de Comunicação é um dos mais difíceis problemas a solucionar pela futura democracia brasileira. A capacidade de fabricar super-heróis fajutos, triturar reputações e transmitir versões selecionadas e transfiguradas do que acontece no mundo, lhe dá um poder intimidante a que se foram submetendo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A referência aos três poderes constitucionais da República resume a extensão do controle que o Sistema Globo detém e exerce implacavelmente, hoje, sobre toda e qualquer organização ou cidadão brasileiro. 

Carmen Lúcia e a remilitarização do país

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há tempos venho juntando um conjunto de indícios que apontam para um aumento da interferência militar nas políticas internas do país. O ápice foi a atitude da nova presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmen Lúcia, de convocar as Forças Armadas (FFAAs) para discutir segurança interna.

A respeito do “Xadrez das Vivandeiras dos Quarteis” (http://migre.me/vgKxM), recebo o seguinte e-mail do jornalista O, que recebeu de L., brasileiro que mora na Argentina. Ambos pediram sigilo de fonte.


Em troca de favores, Temer incha a máquina

Do site Vermelho:

Apesar do discurso de cortes de gastos, o governo de Michel Temer (PMDB) vem ampliando o número de comissionados na sua gestão. Segundo dados do Portal da Transparência, o número total de cargos de confiança e funções gratificadas aumentou na atual gestão, passando de 107.121, em maio, para 108.514 em 31 de agosto. As contratações ocorreram no período que o peemedebista ainda era interino, ou seja, quando o processo de impeachment não havia sido finalizado.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Desemprego explode e mídia abafa

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, embriagada com o aumento da grana da publicidade oficial, prefere estampar nas manchetes a "histórica" queda no preço da gasolina - de 1 centavo! - do que tratar com seriedade sobre a explosão do desemprego no país. Os últimos dias foram carregados de péssimas notícias para os que vivem do trabalho. Mas elas não viraram capa dos jornais e das revistas e nem foram motivo de comentários apocalípticos na televisão. Os ex-urubólogos da imprensa, que antes só alardeavam o pessimismo, agora se converteram em porta-vozes de Michel Temer e só dão notícias paradisíacas sobre o Brasil. Haja puxa-saquismo para compensar a propina - o "imprensalão" - do covil golpista.

Em 2036, almoço com a família PEC-241

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao longo de várias gerações, reprises e versões, os brasileiros já acompanharam o destino de várias famílias fictícias. Entre 1967 e 1971, era possível dar boas gargalhas com a Família Trapo, onde Ronald Golias, no papel do inesquecível personagem Bronco Dinossauro, produziu momentos antológicos do humor brasileiro.

Em 328 capítulos, exibidos pela primeira vez entre 1970 e 1971, o jovem Tarcísio Meira no papel principal, Irmãos Coragem contava a epopeia de uma família de um garimpeiro as voltas com a tirania de um coronel sem escrúpulos numa cidade remota do país. Muitos enxergavam neste microuniverso uma metáfora sobre a ditadura militar que esmagava o país, na época.

A reforma trabalhista dos patrões

Por Piero Locatelli, no site Repórter Brasil:

O governo anunciou que a reforma trabalhista deve ficar para o segundo semestre de 2017, mas a maior organização empresarial do país tem pressa. As reivindicações da Confederação Nacional da Indústria (CNI) já estão na mesa e podem ser aprovadas a qualquer momento no Congresso Nacional, sem o alarde de uma grande reforma.

A Repórter Brasil resumiu os principais desejos da indústria e conversou com especialistas para saber quais as consequências para os trabalhadores e para a sociedade como um todo.


PEC-241 afeta os direitos humanos

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que instaura o Novo Regime Fiscal, segue no centro das preocupações de especialistas e movimentos que alertam para o risco de deterioração dos direitos humanos. Prevista para ser votada em segundo turno na Câmara Federal no começo da próxima semana, a medida já movimenta também a arena política do Senado, para onde será encaminhada em caso de aprovação definitiva na Câmara.

Os gastos de Temer com publicidade

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Vou fazer um compilado aqui do que já publicamos sobre o aumento da publicidade federal nesses primeiros meses de governo Temer. E fazer alguns apontamentos que ainda não fiz antes.

Eu publiquei uma série de 3 posts. Os dois primeiros foram muito divulgados. O terceiro, circulou pouco, mas por culpa minha, que fiz um texto muito prolixo, com laudas e laudas de opinião.

Vou dar o link dos dois primeiros.


Os "marajás brasileiros" do Judiciário

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Os juízes brasileiros vivem em um paraíso. No ano passado, embolsaram 46,1 mil reais mensais de remuneração, em média. Em um país em que a renda per capita mensal foi de 1,1 mil reais em 2015, segundo informações do IBGE, é como se cada magistrado valesse 41 cidadãos.

Os vencimentos dos 17 mil togados foram conhecidos nesta segunda-feira, 17, em uma radiografia anual do Judiciário divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça, órgão existente para fiscalizar tribunais. Os servidores à disposição dos juízes também ganharam bem: salário médio de 11,8 mil mensais em 2015.

PEC-241: o verdadeiro sentido

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

De acordo com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, se a PEC “do teto de gastos” não for aprovada, o Brasil teria de enfrentar alternativas “muito mais sérias e muito piores para o país”, como a alta de impostos. De fato, como já vem ocorrendo desde 2015, o que a regra garante por meio de uma alteração na Constituição é que, independente de quanto se arrecadar, o debate econômico e o conflito distributivo sobre o orçamento público fiquem restritos por 20 anos a uma disputa sobre um total já reduzido de despesas primárias, onde os que detêm maior poder econômico e político saem vencedores.

Mercosul e Brics: alvos do golpismo

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

“Não gostamos muito do fato de que o chanceler (José) Serra tenha vindo ao Uruguai nos dizer – ele fez isso publicamente, por isso digo – que pretendiam suspender a passagem (da presidência do Mercosul para a Venezuela) e que, se ela fosse realmente suspensa, nos apoiariam em suas negociações com outros países, como se estivesse tentando comprar o voto do Uruguai”, disse Rodolfo Nin Novoa, ministro das Relações Exteriores uruguaio, aos deputados de seu país, em 10 de agosto, durante uma audiência da Comissão de Assuntos Internacionais.

Por que a direita não prende Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

É certo que a plutocracia quer prender Lula.

O motivo é que Lula é o grande favorito para 2018. Quanto mais batem nele, maior o seu favoritismo.

A direita conseguiu dar um golpe parlamentar, mas não foi capaz de criar um adversário para Lula. Os nomes que estão aí parecem mirins.

Dito isso, fica a pergunta: por que então Lula não é preso, se é tanta a vontade?

A "retomada" que continua em queda

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os números da Folha, hoje, comprovam: não há nenhuma retomada de crescimento fora do discurso do governo.

Levantamento feito pelos economistas José Roberto Afonso e Vilma da Conceição Pinto, da FGV, previu um queda real (descontada a inflação) de 7,3% na arrecadação federal em relação ao já desastroso mês de setembro de 2015.

Moro, Cunha, Lula e os ritmos da Lava-Jato

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se até O Globo, que não gosta de Lula, destaca os prazos discrepantes que o juiz Sergio Moro estipulou para as intimações de Eduardo Cunha e do ex-presidente, é porque algo está mesmo mudando na relação entre as elites e a Lava Jato. Agora que o PT já foi nocauteado, Lula está triplamente qualificado como réu, e a Operação se aproxima de outros partidos, parece estar chegando ao fim o tempo da unanimidade e da idolatria em relação a Moro e ao dispositivo judicial de Curitiba.

Ato político marcará 25 anos do FNDC

Do site do FNDC:

Este ano, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) completa 25 anos de atuação. O marco será festejado no Ato Político em defesa da democracia nas comunicações e no Brasil, a ser realizado no dia 18 de outubro, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. A ideia é reunir representantes das entidades que compõem o Fórum, ex-dirigentes, parlamentares e ativistas que atuam na defesa da liberdade de expressão e do direito à comunicação. Na ocasião, será lançada a campanha nacional de denúncias contra violações à liberdade de expressão. Ainda durante o ato acontecerá a entrega simbólica do prêmio de R$ 3 mil à designer Luciana Lobato, vencedora do concurso Selo Comemorativo de 25 anos do FNDC.