domingo, 1 de janeiro de 2017

Desemprego e falências. Feliz 2017?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em sua primeira coluna do ano, o veterano jornalista Janio de Freitas, uma das poucas vozes críticas da mídia monopolista, ironizou já no título: “Desejar ‘feliz 2017’ é uma extravagância cômica”. Como aponta, as perspectivas de futuro – não só no Brasil – são bem sombrias. “Michel Temer e Donald Trump são sócios em uma excentricidade que nos onera com alcance, pode-se dizer, unânime. A voz geral é o pessimismo sobre o 2017 com Temer e seu grupo de aturdidos e corruptos. A essa desesperança convicta Trump anexa uma inquietação medrosa do quanto pode piorar as desgraças do mundo, entre as quais a nossa”.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Para "bebemorar" a passagem do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:

“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.


Eduardo Galeano e o direito ao delírio

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A narrativa golpista da mídia privada

Do site do FNDC:

Se o golpe que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff trouxe retrocessos para o conjunto da população brasileira, no campo da luta pela democratização da comunicação não foi diferente. A mídia privada, que monopoliza a agenda e o discurso público, foi um dos pilares mais fortes do processo que destituiu o governo democraticamente eleito. A partir dessa ruptura, instalou-se também uma escalada de violações à liberdade de expressão: a classe trabalhadora e os estudantes têm sido violentamente reprimidos pelas polícias militares e até pelo Exército por ousarem denunciar as consequências do golpe.

Temer e o jogo de cena no TSE

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não nos iludamos. O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição. O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país. A ação da Polícia Federal nas gráficas que trabalharam para a campanha Dilma-Temer não é indicativa de que o TSE pretenda ir fundo nas investigações e endurecer no julgamento, condenando Dilma, já deposta, e cassando Temer, o que levaria à sua substituição por um presidente biônico, eleito pelo Congresso. Ou, na melhor hipótese, à realização de eleições diretas, se a pressão popular compelir o Congresso a aprovar uma das emendas constitucionais que preveem diretas mesmo faltando menos de dois anos para o fim do mandato. Muito pelo contrário, a diligência nas gráficas vem ao encontro do plano B de Michel Temer.

É seguro matar no Metrô do Alckmin!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Economia desaba e mídia confessa: “Erramos”

Por Altamiro Borges

Não dava mais para esconder. Nem os “midiotas” iriam acreditar. Nos últimos dias do trágico 2016, o ano do “golpe dos corruptos”, a mídia chapa-branca finalmente confessou que a economia está desabando. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, inclusive na Globo, ela agora admite: “Com Natal fraco, vendas em shoppings caem 9% no ano”; “Contas do governo têm pior resultado para novembro desde 1997”; “Índice de Confiança da indústria registra menor patamar desde junho”. Os barões da mídia até poderiam publicar em conjunto – já que difundem o mesmo pensamento único emburrecedor – um enorme “Erramos”. O mais correto seria “Mentimos”, com o seguinte texto:

Temer pode cair como Nixon

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país obrigado a procurar caminhos para livrar-se de Michel Temer e escolher seu sucessor em urna, pelo voto direto, interrompendo um processo de destruição de direitos e ameaças crescentes a soberania do país, os brasileiros podem encontrar lições úteis na luta política que produziu a derrocada de Richard Nixon, o presidente norte-americano forçado a deixar a Casa Branca em 1974.

Ignorando, por um minuto, as imensas distâncias econômicas, políticas e geo-políticas entre os dois países e os dois personagens, é possível encontrar traços razoáveis de semelhança entre o Temer que prometeu resistir com todas as forças a toda tentativa de afastá-lo do cargo, mesmo em caso de decisão judicial, e o comportamento de Nixon no último ano de governo, quando sua permanência na presidência mostrou-se insustentável. Há muita diferença mas um razoável número de semelhanças no esforço de dois presidentes capazes de mobilizar - de qualquer maneira - o conjunto das forças do Estado para garantir a própria sobrevivência.

A engenharia brasileira está morta

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A Engenharia Brasileira está morta. Será cremada no altar da Jurisprudência da Destruição, do entreguismo e da ortodoxia econômica. Suas cinzas serão sepultadas em hora e local a serem anunciados no decorrer deste ano de 2017.

Em qualquer país minimamente avançado, a engenharia é protegida e reverenciada como o outro nome do poder, da prosperidade e do desenvolvimento. Não há países que tenham chegado a algum lugar sem apoiar soberana e decisivamente sua engenharia.

BNDES tenta inviabilizar futuro do país

Por Sandra Brandão, no site Vermelho:

O governo golpista se supera, a cada dia, em seu propósito de inviabilizar o futuro do Brasil. Na véspera do Natal, o Estadão publicou matéria relatando que estão em curso discussões sobre mudanças na taxa de juros adotada pelo BNDES. Querem, em empréstimos de longo prazo, aproximar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) da Selic e das taxas praticadas pelo mercado que remuneram títulos da dívida pública.

Fernando Brito, do "Tijolaço", repercute a matéria e alerta que, se isto ocorrer, não haverá mais investimentos em infraestrutura no Brasil. Os estragos que esta decisão, se implementada, irá causar farão o Brasil retroceder décadas.

Tucanada poupa Temer por "Häagen Dazs"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A saída de Temer e de seus asseclas tucanos para responder às acusações de estarem incorrendo nas práticas administrativas que ao menos o PSDB e seus pistoleiros condenavam quando estavam na oposição foi insinuar na TV ou dizer claramente nas redes e no rádio que no governo Dilma os suprimentos do avião presidencial também eram caros e sofisticados.

Veio à tona nesta semana notícia de que o Palácio do Planalto abrira licitação para comprar alimentos para viagens aéreas da Presidência. O valor total da contratação: 1,748 milhão de reais. Entre os diversos itens listados, chamou a atenção o pedido por 500 unidades de “sorvete tipo premium” Häagen-Dazs, 120 potes de creme de avelã Nutella e 500 quilos de gelo seco.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O que esperar da dupla mídia/Lava Jato?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Não precisa ser vidente: mais proteção ao PSDB, simbolizado por Aécio Neves, e mais perseguição ao PT, simbolizado por Lula.

A ação do consórcio midiático/judicial nos estertores de 2016 mantém o padrão adotado desde o início da operação.

MP, Moro, PF e mídia corporativa de repente viram respeitadores dos direitos fundamentais e da privacidade do investigado quando ele pertence ao PSDB.

A venda de terras ao capital estrangeiro

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

Terra, capital e trabalho compõem a clássica tríade dos fatores de produção que embasam as análises e cálculos econômicos desde a Economia Política, não havendo, portanto, atividade econômica que prescinda da combinação destes fatores. Na atual conjuntura de mudanças que se abate sobre o Brasil e o mundo muito tem se falado dos movimentos do capital e seus impactos sobre o trabalho. Entretanto, a questão da terra – tanto rural quanto urbana – é pouco discutida, apesar de ser peça-chave para a compreensão da dinâmica capitalista contemporânea.

“Mineirinho” depõe na PF. Cadê a Globo?

Por Altamiro Borges

E ainda tem gente que acredita na imparcialidade e na neutralidade da mídia tupiniquim. Esse sujeito mal informado e alienado merece, de fato, o apelido de “midiota” – termo criado pelo jornalista Luciano Martins Costa, quando ainda editava o “Observatório da Imprensa”. Na semana passada, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado na eleição de 2014, foi prestar depoimento na Polícia Federal, em Brasília. Bem diferente do tratamento dado ao ex-presidente Lula, não houve sequer uma equipe da TV Globo para registrar este episódio inusitado. A “cordial visita” também não foi capa dos jornalões. Ela quase passou despercebida – talvez porque o “Mineirinho”, da lista de propina da Odebrecht, ainda continue clandestino para o justiceiro Sergio Moro e para os barões da mídia.

Cai o Meirelles da Argentina. E no Brasil?

Por Altamiro Borges

Henrique Meirelles, o czar da economia do Judas Michel Temer, deve estar preocupado. O seu amigo Alfonso Prat-Gay acaba de levar um pé no traseiro do presidente argentino Mauricio Macri. O descartado ministro da Fazenda e das Finanças da nação vizinha também era exibido pela mídia rentista como “o salvador da pátria”, o homem de confiança do “deus-mercado” e o “gestor moderno” que superaria o populismo “bolivariano” da presidenta Cristina Kirchner. O Grupo Clarín – tão mafioso como o Grupo Globo – garantiu que Alfonso Prat-Gay reergueria o país, que sairia rapidamente do inferno para ingressar no paraíso, com mais investimentos, empregos e renda. Tudo mentira!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Temer suspende o sorvete do Michelzinho

Por Altamiro Borges

Michelzinho, o menino prodígio de sete anos que já acumula R$ 2 milhões em patrimônio, deve estar magoado. Depois da repercussão negativa da lista de comidinhas dos voos presidenciais, o seu pai, o Judas Michel Temer, mandou cancelar a licitação. O garoto, que não é bobo, deve ter pensado: o meu pai é realmente um "fujão", não aguenta uma pressãozinha na internet. Nas redes sociais, o edital das compras - no valor de R$ 1,75 milhão - causou alvoroço nesta terça-feira (27). O golpista virou motivo de galhofa e sobrou inclusive para o "pobre" Michelzinho. Até o site do mercenário Estadão, o jornal da famiglia Mesquita - que adora bajular o usurpador em troca de uns anúncios -, ironizou a cena: 

Mais de mil jornalistas são demitidos em SP

Por Altamiro Borges

A mídia privada, controlada por meia dúzia de famílias, continua exercendo forte influência no Brasil - não há que subestimá-la. Ela foi a principal protagonista do "golpe dos corruptos", que derrubou a presidenta Dilma e alçou o Judas Michel Temer ao poder. Contraditoriamente, porém, o seu modelo de negócios está em profunda crise. Entre outros fatores, ela decorre do crescimento da internet e da própria perda de credibilidade dos veículos partidarizados e manipuladores. O resultado é a queda de tiragem dos jornais e revistas e a perda de audiência das tevês. Outro efeito, mais trágico - inclusive para os jornalistas que ainda insistem em chamar o patrão de companheiro - é a drástica redução do número de profissionais nas redações.

Temer favorece grileiros e desmatadores

Por Patrus Ananias

O governo publicou no Diário Oficial de 23 de dezembro a Medida Provisória 759, em que se mantém fiel a um autoritarismo sem povo, sem debate, sem nenhuma conversa com setores atuantes e organizados da sociedade civil.

Especialmente no campo, não há porque modificar todo o arcabouço legal agrário do país (leis 8.629/93, 11.952/09 e 13.001/04 e até mesmo a Lei de Licitações Públicas) sem debater com ninguém que vive no meio rural.

O martírio do ambulante Luiz Carlos Ruas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Luiz Carlos Ruas. Viveu invisível, como milhões de brasileiros que são, como ele, ambulantes.

Virou notícia na morte, aos 54 anos, na noite de Natal, no metrô de São Paulo.

Eu ia dizer que só então o enxergaram, mas eu estaria mentindo.

Ele continuou invisível enquanto dois homens jovens o espancavam até a morte. A idade somada dos dois não chegava à dele.

Aécio e a pinguela sobre o Rubicão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, na sua pomposa pretensão, chamou-se de “uma ponte para o futuro”.

Fernando Henrique, mais pragmático, chamou-o de pinguela: ¨é o que temos”.

Aécio Neves, na Folha, hoje, dá um passo além e chama o período Temer de Rubicão:

Eu conduzirei o partido com as forças que eu puder ter para viabilizar essa agenda de reformas para que nós possamos atravessar o rubicão e chegar a 2018 com o país melhor.