segunda-feira, 27 de março de 2017

Propina de Aécio não dá manchetes

Do blog Viomundo:


O post de Aécio e a sede da Leyroz

Dilma Rousseff foi parar recentemente nas manchetes de jornais. Segundo o herdeiro da Odebrecht, Marcelo, ela sabia de doações feitas pela empresa à sua campanha eleitoral em 2014.

A defesa da presidenta no processo de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nega veementemente: “Dilma Rousseff jamais teve qualquer relação de proximidade com Marcelo Odebrecht e nunca fez qualquer reunião em particular com ele, nem tratou de qualquer assunto que tivesse relação direta ou indireta com suas campanhas eleitorais”, disse o advogado Flávio Caetano.

No mesmo texto (íntegra aqui) a defesa de Dilma reage à ação movida pelo candidato derrotado Aécio Neves, presidente do PSDB:

A religião dos economistas de mercado

Por Leonardo Segura Moraes, no site Brasil Debate:

Os economistas de mercado são pessoas curiosas. Preocupam-se com soluções possíveis desde que essas perpetuem as estruturas sociais dominantes. Como qualquer humano, esses seres têm medos, anseios e desejos, os quais, geralmente, estão representados nas distintas formas de espiritualidade. Concretamente, a religião desses economistas coloca o Mercado como rei dos deuses, cuja ânsia devoradora exige sacrifícios de tempos em tempos. Infelizmente, os sacrificados pouco importam para deus Mercado.

A edição de novembro e dezembro de 2016 da revista Rumos reporta uma síntese do debate entre vários economistas (de mercado) promovido pelo BNDES no intuito de discutir saídas para a atual crise brasileira e caminhos para o desenvolvimento. É bem verdade que nem todos ali se mostram tão comprometidos a deus Mercado, porém mesmo os mais céticos mantêm alguma crença.

Daniel Blake encontra Antonio Gramsci

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Li, anotada num velho livro de leitura recorrente, uma frase que me parece ser de Benjamin, que faz todo o sentido recordá-la, no momento em que as forças do conservadorismo e da reação obtém duas vitórias estratégicas sobre o mundo do trabalho. De um lado dividindo-o, mais uma vez, com a exclusão da Reforma da Previdência, de um grande grupo de servidores públicos, apostando na suas divisões corporativas e assim enfraquecendo a resistência à referida reforma. De outro lado, aprovando uma “terceirização” selvagem, que não só fragmenta as comunidades de trabalho – que são a base material da unidade de classe no contrato socialdemocrata, fazendo-o, para estimular formas de prestação de serviços que vão reduzir, brutalmente, o valor da massa salarial dos trabalhadores mais pobres: uma cunha política que divide, e uma cunha de diferença de renda, que segrega, eis as vitórias estratégicas da contra-revolução neoliberal.

Terceirização desmonta sistema de proteção

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Ao impor limite de gastos primários e apresentar propostas de reformas trabalhista e previdenciária, o governo simplesmente busca atender a apelos da livre iniciativa e "remover" obstáculos representados por um Estado indutor de crescimento e articulador de políticas públicas. Essa é, em resumo, a filosofia das medidas da gestão Temer, na visão da desembargadora aposentadora Magda Barros Biavaschi, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp).

Como parte desse processo, ela vê a aprovação do Projeto de Lei 4.302, de terceirização irrestrita, "um bárbaro retrocesso, um salve-se quem puder". Um cenário de universidades sem professores, hospitais sem médicos e empresas aéreas sem pilotos. É um momento grave, observa, "em que a gente precisa discutir o modelo de sociedade que queremos".

Por que destruir Lula?

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Atendendo pedido de alguns leitores, procurarei aqui esclarecer melhor o sentido de artigo anterior - "A perseguição a Lula e a destruição do sentido ético" (GGN 16/01/17). A questão principal posta consiste em entender as razões mais profundas da sanha persecutória e declarada de destruir não só a figura política, mas a figura simbólica de Lula. É verdade que o golpe tem uma estratégia de dois momentos, sendo que o primeiro consistiu no afastamento de Dilma e, o segundo, na tentativa de inviabilizar a candidatura Lula em 2018. As elites brasileiras querem o controle absoluto do Estado e do orçamento para atender os seus interesses.

Seis fatos sobre a reforma da Previdência

Por Étore Medeiros, Maurício Moraes e Patrícia Figueiredo, no site da Agência Pública:

O projeto de reforma da Previdência enviado pelo governo Michel Temer (PMDB) ao Congresso tem provocado manifestações em todo o país, por endurecer as regras para a obtenção de aposentadorias e pensões. Em meio a toda a turbulência causada pela proposta, informações certas, exageradas, falsas e sem contexto têm circulado pela rede. Ao longo dos últimos meses, o Truco – projeto de checagem da Agência Pública – verificou frases relevantes de políticos sobre o tema. Leia, abaixo, o que é de fato verdade sobre o cenário atual e sobre as mudanças defendidas pelo governo federal.

Contra Temer, um novo ciclo de lutas

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

O último dia 15 pode ter inaugurado um novo momento na luta social brasileira. Centenas de milhares de cidadãos foram às ruas em defesa da Previdência pública e contra o desmonte proposto pelo governo Temer.

Ocorreram mobilizações expressivas não apenas nas capitais. Cidades pequenas e médias, no interior do País, registraram manifestações. Em São Paulo, a Avenida Paulista foi palco do maior ato do último período, sem convocação nem cobertura midiática.

O maior destaque do dia foram, porém, as paralisações de categorias importantes: condutores, metroviários, professores, bancários e outros tantos cruzaram os braços de Norte a Sul. Há alguns anos não se via uma greve nacional tão ampla. Esse foi o principal salto qualitativo. Os trabalhadores e trabalhadoras, enfim, entraram em campo.

domingo, 26 de março de 2017

Comunicação contra a reforma da Previdência

Do site da Agência Sindical:

A Agência Sindical e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realizaram sexta (24), em São Paulo, o Seminário “Reforma da Previdência e desafios da comunicação”. Sindicalistas, profissionais de mídia das entidades, imprensa alternativa, emissoras comunitárias, coletivos e blogueiros debateram meios e indicaram ações para massificar na base social as maldades contidas no projeto de Temer.

Fantástico dá destaque à marcha dos coxinhas

FHC mente despudoradamente

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O 341º volume - ele é mais fértil que o historialista dos múltiplos chapéus, que o admira calorosamente... - do exercício narcísico vestido de "Memórias" do FHC Brasif mereceu do PiG uma cobertura só comparável à do lançamento da Bíblia de Gutemberg:

À Folha, o ex-presidente disse que "não tem nada que eu tenha que esconder" (quá, quá, quá, diria um jovem morador de Barcelona - PHA) . "Não é fácil você governar oito anos –na verdade, dez anos, desde que fui ministro da Fazenda– e poder dizer 'fiz isso por isso'. 'Recebi tal pessoa, falei tal coisa'", afirmou.

Entrevista com um "coxinha" arrependido

Folha investe contra os sites progressistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A mídia continua sua louca cavalgada contra os sites progressistas.

Por trás dos ataques está uma saudade imensa dos dias em que apenas a opinião dos donos da mídia era veiculada — e imposta aos brasileiros.

Com escassos recursos, os sites progressistas romperam o monopólio dos barões.

Os precursores da essencial voz alternativa à gritaria conservadora de jornais e revistas foram Nassif e Paulo Henrique Amorim. (No meio impresso, o pioneirismo foi de Mino Carta).

Até Frota se decepcionou com ato do MBL

Da revista Fórum:

O Movimento Brasil Livre (MBL) esperava, em São Paulo, o maior público de todos os atos marcados para este domingo (26) em diversas capitais do país. A participação do público na capital paulista, no entanto, foi pífia. Menos de 500 pessoas compareceram, até o momento, ao protesto que tinha como pautas de reivindicação o fim do foro privilegiado, “o fim do privilégio para marajás”, o “fim do Estatuto do Desarmamento”, entre outros “fins”. Os grupos organizadores são os mesmos que convocaram as manifestações de direita pró-impeachment nos últimos dois anos.

Por que o voto em lista fechada?

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

A decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo o financiamento empresarial de campanhas eleitorais significou importante conquista democrática. Impôs ao parlamento a necessidade da alteração do sistema eleitoral para permitir o financiamento público.

Determinadas personalidades que se colocaram, de forma frontal, contra o fim do financiamento empresarial hoje constatam que não há condições para alterar tal decisão. Isto porque a ampla maioria da sociedade percebeu que aí está uma das causas da corrução eleitoral e da constituição de um parlamento distante das aspirações da maioria da sociedade.

Agora é preparar a greve geral contra Temer!

As violações ao direito à comunicação

Do site Vermelho:

Foi lançado na noite desta quinta-feira, 23/03, o relatório “Direito à Comunicação no Brasil 2016”, publicação do Intervozes que traça um panorama dos principais acontecimentos do ano no campo das políticas públicas na área radiodifusão e internet no último ano.

Em seis capítulos, o relatório analisa o desmonte da comunicação pública com a intervenção de Temer na EBC, as violações à liberdade de expressão e manifestação e à comunicação comunitária no contexto das Olimpíadas, as ameaças à internet livre, com mudanças no Marco Civil da Internet, e o crescimento do controle de canais por grupos religiosos e por políticos.

O golpe como farsa e tragédia

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A euforia dos golpistas que tiraram do poder uma presidenta legitimamente eleita com a forçação de argumentos jurídicos, terminou em poucas semanas. Agora que se conhecem as tramoias, nota-se a farsa que se transformou em tragédia nacional. Ocupam a cena, um presidente ilegítimo, fraco e parco de luzes, grande número de ministros e parlamentares denunciados pela Lava-Jato, que tentam propor com a maior celeridade possível, projetos claramente anti-povo e anti-nação. Pretendem levar até o fim o seu projeto de adesão irrestrita e agora sob Trump envergonhada, à logica do Império que busca nos alinhar a seus interesses geopolíticos.

A desilusão mandou recado neste domingo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há um sentido muito claro no fracasso das manifestações convocadas para este domingo, 25, por MBL, Vem Pra Rua e outros movimentos que fizeram grandes atos no ano passado a favor do impeachment: amplos setores da classe média desiludiram-se com o golpe que apoiaram e entenderam o sentido retrógrado do governo Temer. Também da elite econômica vieram mensagens de decepção. Algumas foram expressas ao próprio Temer num encontro com representantes do PIB na noite de sexta-feira.

Curitiba reúne 500 coxinhas em apoio a Moro

Por Esmael Morais, em seu blog:

Desmilinguiu o apoio à Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Apenas 500 coxinhas compareceram à manifestação convocada pelos grupos de extrema-direita Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL).

A Polícia Militar contabilizou oitocentas pessoas.

A concentração ocorreu na Praça Santos Andrade e, neste momento, segue rumo à Boca Maldita — centro político nervoso da capital paranaense.

O fracasso dos atos “moristas”

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É óbvio que o resultado pífio das manifestações de hoje da direita mostra que está se dissolvendo a onda de histeria que a mídia, servido-se destes grupos – espalhava pelo país.

É claro que seus “pais” midiáticos não assumem o retumbante fracasso.

A Globonews não fez entradas especiais e, nas matérias dos telejornais regulares, só imagens do chão da Paulista, até agora, acompanhadas de intervenção de um “repórter amigo”. Só mais tarde algumas imagens do alto, mostrando que , mesmo com a providencial presença de uma enorme faixa para ocupar espaço, só havia gente em frente ao Masp, 70 ou oitenta metros.