quarta-feira, 26 de julho de 2017

Venezuela rechaça agressões dos EUA

Do blog Resistência:

O chanceler venezuelano, Samuel Moncada, declarou nesta quarta-feira (26), através de mensagem pelo Twitter, que a conspiração contra a democracia está em marcha e o presidente da República, Nicolás Maduro, e seu povo estão prontos para defender a pátria.

Por sua vez, em comunicado divulgado na noite desta terça-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo bolivariano repudiou as declarações do diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, Michael Pompeo, e denunciou perante a comunidade internacional as agressões sistemáticas contra a soberania nacional venezuelana.

terça-feira, 25 de julho de 2017

O cabide de emprego dos fedelhos do MBL

Por Altamiro Borges

Com o apoio da mídia golpista e muita grana de origem desconhecida, alguns grupelhos fascistas ganharam projeção durante a cavalgada pelo impeachment de Dilma e enganaram milhares de ingênuos. O mais famoso – e também o mais sinistro, por suas ligações com perigosas ONGs estadunidenses – foi o Movimento Brasil Livre (MBL). Com o tempo, porém, a máscara vai caindo. A seita que dizia ser contra a política e os partidos lançou dezenas de candidatos em 2016 – sempre por legendas da direita, como o DEM e o PSDB – e até elegeu sete vereadores. Ela ainda dizia que era contra o “aparelhamento” dos cargos públicos, mas agora vem à tona que vários de seus fedelhos estão pendurados em cabides de empregos com altos salários. Aos poucos, o MBL será chamado de Movimento da Boquinha Livre, como já ironizou George Marques do site The Intercept-Brasil.

Temer libera o trabalho escravo e infantil

Por Altamiro Borges

Saiu na coluna de Lauro Jardim, do insuspeito jornal O Globo – que tanto vibrou com a “reforma” trabalhista do covil golpista, que destruiu a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e acelerou o retorno à escravidão no Brasil:

Enquanto Michel Temer faz gastos bilionários com emendas parlamentares, a fiscalização do Ministério do Trabalho contra o trabalho escravo e o trabalho infantil vai parar em todo o país a partir de meados de agosto. O contingenciamento imposto pelo governo federal impedirá, por exemplo, que seja comprado combustível para os carros. Assim, nenhum fiscal poderá ir a campo fazer inspeções ou flagrantes. A fiscalização de condições degradantes de trabalho no campo e em obras também será interrompida.

A corrupção do BankBoston. Meirelles sabia?

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira passada (21), o juiz Vallisney Oliveira acolheu a denúncia movida pelo Ministério Público Federal no âmbito da ofuscada Operação Zelotes contra o BankBoston, que já foi presidido por Henrique Meirelles, atual czar da economia do covil golpista de Michel Temer. Segundo a denúncia, o poderosa instituição internacional pagou cerca de R$ 25 milhões a uma organização criminosa para obter vantagens em processos que tramitavam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Segundo o despacho do juiz, “foram verificados diversos atos de corrupção, gestão fraudulenta, desvio de dinheiro da instituição financeira e lavagem de dinheiro relacionados a casos de compensação, encerramento ou revisão de autos de infração/créditos tributários em favor do BankBoston/Itaú, mediante a intervenção da organização criminosa”.

MST: "Corruptos, devolvam nossas terras!"

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protagonizou na terça-feira, dia 25, mais uma Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Com o tema "Corruptos, devolvam nossas terras!", os militantes realizaram ocupações por todas as regiões do país, denunciando o apoio do agronegócio ao governo golpista de Michel Temer, além do avanço no desmonte da agenda ambiental e de demarcação de terras.

Uma das ações mais simbólicas foi a ocupação por cerca de 800 sem-terra da fazenda Esmeralda, no interior de São Paulo. A propriedade está registrada no nome de João Batista Lima Filho, assessor e amigo pessoal de Temer. Moradores da região afirmam que a fazenda também é propriedade do presidente golpista, utilizada para a realização de reuniões privativas do PMDB, e que o nome do Coronel Lima serve para acobertar possíveis irregularidades em relação à área.

Os Macrons de cada um

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

(Dedico este artigo a Marco Aurélio Garcia)

O informe da Fundação Alternativas e da Fundação Friedrich Ebert, “El Estado de La Unión Europea – Relanzar Europa”, deste ano de 2017, traz uma apresentação firmada por Nicolás Sartorius (Alternativas) e Gero Mass (Ebert), que chama a atenção para os quatro déficits do projeto Europeu, assim classificados: o déficit de estabilidade, originário do endividamento conjunto das famílias e dos orçamentos dos países integrantes da União; o déficit estrutural, decorrente da política econômica da zona do euro, que gera um custo-benefício dramático para os países mais pobres; o déficit social, causado pelas políticas de flexibilização de direitos, exigidas para implementação da moeda única, que atinge de maneira mais dura os trabalhadores dos países mais pobres; o déficit político, causado pela tomada decisões sem a legitimidade obtida nos espaços nacionais, em que essas medidas geram incidência.

A democracia brasileira sob ataque

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O pressuposto básico de toda democracia é: o que interessa a todos, deve poder ser decidido por todos, seja direta, seja indiretamente por representantes. Como se depreende, democracia não convive com a exclusão e a desigualdade que é profunda no Brasil.

Verdadeiro é o juízo de Pedro Demo, brilhante sociólogo da Universidade de Brasíia em sua Introdução à sociologia:”Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniguados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”(p.330.333).

Pode um povo ir para o cadafalso sem lutar?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Desde que uma quadrilha assaltou o governo há pouco mais de um ano, a rapinagem das riquezas nacionais, a roubalheira mais escrachada, a destruição de direitos históricos do povo, o fim dos programas sociais, a volta da fome e dos sinais mais aviltantes da miséria, além da humilhação internacional do país, têm sido a tônica do nosso pesaroso dia a dia.

Motivos existem de sobra para que uma população revoltada ocupe permanentemente as ruas, elevando gradativamente os níveis de radicalização dos protestos até que seja posto abaixo o governo ilegítimo e usurpador. Mas, por que será que isso não acontece entre nós, se até a Organização das Nações Unidas reconhece o direito à rebelião popular diante de governos opressores?

8 medidas contra o povo que o PSDB apoia

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Ao longo dos últimos anos, em época eleitoral, os petistas vinham apontando uma série de medidas contra o povo que seriam tomadas pelos tucanos se voltassem ao poder. O PT dizia que o PSDB iria acabar com todas as conquistas sociais dos governos Lula e Dilma. E os marqueteiros e candidatos tucanos, com o apoio explícito da mídia comercial, diziam que o PT fazia “terrorismo” e que queria colocar “medo” nas pessoas.

Alta de impostos e as mentiras de Meirelles

Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

O aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), anunciado no fim da tarde desta quinta (20) pelo governo, escancara uma realidade: no mundo político (e econômico também, neste caso), não é possível confiar no que é dito.

Queridinho do mercado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usou o programa “A voz do Brasil”, em 31 de outubro do ano passado, para tranquilizar a todos e garantir que não haveria aumento de impostos, graças à mais uma solução mágica que havia sido elaborada na gestão Temer: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabeleceu um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos.

Moro, o juiz que sequestra a liberdade

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

O Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4) modificou 34 das 48 apelações de sentenças do juiz Sergio Moro em processos da Lava Jato, assim distribuídas: 18 penas foram aumentadas, 10 reduzidas e, 6, anuladas. A taxa de acerto impecável limitou-se a 30% das sentenças. Os estatísticos da magistratura avaliarão a normalidade ou a excepcionalidade das correções impostas a um juiz primário. Surpreende que o número de sentenças modificadas por maior severidade (18) seja praticamente igual ao de sentenças retificadas em favor dos réus (16). Em estatística geral, decisões que ora caem 50% de um lado e ora 50% do outro indicam a predominância do acaso. Estatisticamente, as chances de um acusado ser favorecido ou injustiçado seriam as mesmas, mas este não é o caso de nenhum dos 50% das sentenças do juiz Sergio Moro, seja condenando, seja passando a mão na cabeça do réu.

Brasil perde, rentistas ganham. É o golpe!

Editorial do site Vermelho:

O arrocho a que o governo golpista de Michel Temer submete o país afeta principalmente o povo e os trabalhadores, que perderam mais de 14 milhões de empregos e, em conseqüência tiveram seu rendimento reduzido – a massa salarial (que indica o total dos rendimentos dos trabalhadores no país) teve um pico de 186,2 bilhões de reais m 2014, e caiu para 175,3 bilhões no segundo trimestre de 2016, perdendo 11 bilhões de reais – uma queda de quase 6% na renda dos trabalhadores. E que, com o crescimento do desemprego, deve ter aumentado ainda mais. Esta é a dimensão do empobrecimento provocado pelo golpe midiático-judicial-parlamentar conduzido por Michel Temer e sua turma, em benefício da especulação financeira.

A crise brasileira e o fator Meirelles

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Avolumam-se, nos jornais, os sinais de insatisfação mútua entre Michel Temer e Henrique Meirelles.

Meirelles não deu a Temer a redução do déficit público prometida e o reaquecimento da economia.

Temer não deu a Meirelles a aprovação modelo “blitzkrieg” das reformas e e, pior, não entregou o posto de Ministro do Planejamento ao Ministro da Fazenda, que já pegara para si a área previdenciária. Ao contrário, manteve lá Romero Jucá, pela interposta pessoa de Dyogo de Oliveira que, não sendo nada, não é ninguém.

Elio Gaspari e a desonestidade da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Entende-se que a Secom de Temer já tenha, na metade do ano, torrado todo o dinheiro de publicidade reservado para 2017, conforme noticiado hoje, e que tenha decidido buscar mais recursos públicos para abastecer a imprensa chapa-branca.

A coluna de Elio Gaspari justifica esse gasto do governo.

Pode-se gastar, hoje, dinheiro à vontade em itens como: publicidade na Folha e compra de deputados.

Medíocres e ferozes mandam no Brasil

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Pobre país, entregue aos caprichos de Michel Temer e de Sergio Moro, mas a mediocridade e a ferocidade destas personagens não são delas somente, e sim de uma larga fatia da sociedade nativa. Temer e Moro conseguem ser altamente representativos de milhões e milhões de péssimos intérpretes da cidadania, ignorantes e prepotentes, primários e primitivos, trogloditas intelectuais e morais. O Brasil é samba de uma nota só.

A situação em que precipitamos é a “consequência inevitável”, como diria a letra da canção de Jobim, de cinco séculos de história, o resultado da colonização predadora sem a mais pálida intenção de escapar à pauta da terra arrasada. Acrescente-se três séculos e meio de escravidão para manter de pé até hoje casa-grande e senzala.

Os problemas da Dallagnol paulista

Foto: Reprodução do Twitter
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não começou bem a história da Lava Jato paulista.

Resume-se à transferência, para São Paulo, do desmembramento de algumas denúncias analisadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), contra réus que não disponham de foro privilegiado. De imediato, ganhou a cara da procuradora Thaméa Danellon, lotada em São Paulo, apresentada como a chefe da Lava Jato paulista.

Pelos primeiros movimentos, Thaméa representa a face mais comprometedora da Lava Jato.

Quem financia a campanha de Bolsonaro

Por Eduardo Reina, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Agro é show, agro é pop, agro é tudo” é o que declama insistentemente propaganda na televisão, no horário nobre.

Mas agro também é bala, que junto à indústria da bala (armamentos, munição e segurança privada) está financiando o périplo do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pelas cidades do Brasil para fazer palestras e campanha eleitoral.

Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República na eleição de 2018.

MST ocupa fazenda de Blairo Maggi

Do site do MST:

Como parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, cerca de 1000 famílias de todos os estados da região centro-oeste e Distrito Federal ocuparam a fazenda ocuparam, nesta madrugada (25), a fazenda do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), localizada em Rondonópolis, a 210 quilômetros da capital Cuiabá.

Conhecido como “Rei da Soja”, Maggi é dono de um grande império econômico, o grupo Amaggi, e envolvido em conjunto de denúncias de uso das legislaturas, como o de senador, para legislar em causa própria e para o fortalecimento das empresas de agronegócio. No ano de 2006 o Greenpeace lhe concedeu o prêmio Motosserra do ano, por elevados danos ao meio ambiente. Blairo também estava envolvido em eventos ainda não esclarecidos como a interceptação pela Força Área Brasileira (FAB) de uma aviação que transportava 500 quilos de cocaína. Segundo a FAB, a aeronave decolou da Fazenda Itamarati Norte, localizada no município de Campo Novo do Pareceis (MT). A fazenda pertence ao grupo Maggi.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

As quatro patas do molosso

Por João Guilherme Vargas Netto

A lei nº 13.467 de 13/07/2017 (duplo azar) já provoca um terremoto nas relações de trabalho no Brasil. Seus efeitos terão que ser enfrentados de modo sério porque a agressão aos direitos que materializa cria um clima de conflitos sem precedentes, ao mesmo tempo em que dificulta a ação sindical.

Com o desarranjo que provoca torna-se muito difícil, quase impossível, a volta à situação anterior. Mas, por outro lado, não significa o fim do mundo porque a luta de classes não é abolida pela lei, é intensificada por ela e encontrará caminhos para ser travada.

A leitura atenta da lei comparada aos artigos da CLT que modifica (comparação muito facilitada pela edição organizada pela advogada Camila Azevedo) demonstra que ela contém em si quatro deformas:

Nem pop, nem tech. O Agro é corrupto

Por Miguel Stédile

Ao invés de perguntar a Deus como foi parar ali, Michel Temer deveria perguntar à Confederação Nacional da Agricultura ou aos seus associados. O setor do agronegócio esteve entre os setores mais ativos para o financiamento da campanha pelo impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, desde inflar patinhos amarelos a pagar os trabalhos do publicitário particular de Temer, Elsinho Mouco, como o próprio marqueteiro confessou.

As relações entre o agronegócio e a quadrilha que se instalou no Palácio da Alvorada são íntimas. Como é público e conhecido, além de encontros na madrugada para acertarem a mesada para Eduardo Cunha, Michel Temer e Joesley Batista, da JBS, também compartilharam jatinhos e, principalmente, propinas. Em troca, a JBS receberia a intervenção do governo para facilitar seus negócios.