quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Deputados aprovam relatório do PSDB

Da Rede Brasil Atual:

A base aliada do governo na Câmara dos Deputados decidiu não acolher a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que pede a investigação do presidente Michel Temer por corrupção passiva. A votação do relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) terminou nesta quarta-feira (2) com 263 votos a favor do arquivamento do pedido da PGR. A oposição obteve 227 votos, mas eram necessários 342 para que a denúncia fosse encaminhada ao STF. A votação teve ainda duas abstenções e 19 ausências.

Aliados livram Temer de julgamento

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Por 264 votos contra 227, base de Michel Temer na Câmara suspendeu a análise da denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva. Agora, para Temer responder por este crime será preciso esperar até o final do mandato, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá retomar a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto “sim”, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, PSol e PMB) orientaram o “não”. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decidisse sua posição.

Temer se desmoraliza completamente

Por Renato Rovai, em seu blog:

A votação da Câmara hoje não foi tão ridícula quanto a do dia 17 de abril de 2016 porque naquela ocasião os deputados transforam a sessão num circo. Muitos deles estavam enrolados em bandeiras do Brasil e quase todos falavam em nome de Deus e da família, havendo quem soltasse até confetes e serpentinas no plenário.

Mas naquele dia, a despeito de tudo isso, os parlamentares votavam com a maioria da população, já que o governo Dilma era desaprovado por grande parte dela.

Temer e sua vitória de Pirro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

263 votos, apenas seis votos acima da maioria simples de 257 votos.

Não é número, obvio, para derrubar o governo, mas também não é número para que o governo passa sinalizar que possa aprovar a reforma da Previdência, ovo de ouro que o mercado ainda esperava da galinha Temer.

Temer saiu vitorioso o suficiente para se sustentar, mas não para “bancar” ao mercado ser a “grande esperança branca” para destruir os direitos previdenciários.

Temer e o retrato do monstro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Confesso que não fiquei surpreso com a decisão de ontem, quando a Câmara de Deputados rejeitou a proposta de investigar Michel Temer pelo crime de corrupção passiva.

Jamais acreditei que isso fosse acontecer. Com mais de 40 anos de jornalismo, me pergunto quantas pessoas estão sendo sinceras quando se dizem decepcionadas com a decisão. Quantas podem dizer, sinceramente, que esperavam outra coisa? Quantas perderam o sono?

Não se pense que estou me referindo a "este Congresso".

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O maravilhoso mundo novo do pós-golpe

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Quanta desigualdade pode suportar uma democracia? E quanta democracia pode suportar a desigualdade? Não, este artigo não vai enveredar por essa discussão que arrisca resumir-se na famosa charada Tostines: vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Não, aqui vai uma reflexão mais subjetiva, feita de memória, em tempos de pouca memória.

Se nunca escutou, escute Lulu Santos cantando Minha Vida. Vale pelo balanço da balada tropical, mas vale também pelas tiradas. Uma das que mais gosto: “… Aí veio a adolescência e pintou a diferença… a garota mais bonita também era a mais rica”. Pois é. Ou melhor, assim era, hoje não é. Já houve tempo em que a mesma escola abrigava a garota rica e o garoto pobre. Lembro-me disso no meu curso ginasial no começo dos anos 60. I’m sorry, periferia, isto não existe mais.

Minha resposta a Merval Pereira

Por Cristiano Zanin Martins

Merval Pereira hoje dedicou sua coluna diária no jornal “O Globo” para me atacar profissionalmente. A coluna sai no dia seguinte após eu haver publicado na Folha de S. Paulo artigo demonstrando que o juiz Sergio Moro e a Força Tarefa de Curitiba transformaram a Lava Jato em uma operação que usa o sistema jurídico e a mídia para promover uma perseguição política contra Lula.

Coincidência? É evidente que não. Embora no artigo acima referido eu não tenha feito referência expressa à Globo e a Merval, o principal porta-voz do conglomerado, ele próprio vestiu a carapuça; não há dúvida de que a Globo e Merval estão dentro do conceito de “mídia” que apontei como agente propulsor do “lawfare” praticado contra Lula enquanto principal liderança popular no País.

O jornalismo de empulhação e o 'mercado'

Por J. Carlos de Assis, no blog Cafezinho:

O noticiário econômico brasileiro é uma peça de ficção e de empulhação da sociedade. A maioria dos jornalistas de tevê e de jornal, notadamente dos grandes, mascara sua imbecilidade específica com conceitos ideológicos tomados do neoliberalismo sem qualquer espírito crítico. Pior do que isso. É um jornalismo que se baseia numa figura fantasmagórica chamada “mercado”, que emite opiniões extravagantes como se fosse uma pessoa.

Temer alivia a dívida dos ruralistas

Do jornal Brasil de Fato:

Às vésperas da votação na Câmara dos Deputados da denúncia de corrupção passiva contra Michel Temer (PMDB) e da possibilidade de autorizar um processo de investigação contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), que acontece nesta quarta-feira (2), o presidente golpista liberou uma Medida Provisória que favorece a bancada ruralista e, por consequência, fragiliza os direitos dos trabalhadores rurais. Atualmente, a Frente Parlamentar Agropecuária, reconhecida apoiadora de Temer, é uma das maiores na Câmara, com 207 deputados.

Temer e a flexibilização da República

Por Clarisse Gurgel, na revista CartaCapital:

"Michel Temer foi terceirizado", brincou, com sua perspicácia de costume, o sociólogo Ricardo Antunes com o público presente em sua palestra "As contrarreformas e a luta dxs trabalhadorxs".

A sugestão do sociólogo era a de que o atual presidente experimentava em seu governo a lógica que serve de base para todas as manobras recentes vivenciadas na política brasileira.

Esmiuçando a ligeira ironia de Antunes, poderíamos dizer que a brincadeira era uma forma de rir da tragédia da qual somos testemunha.

A prova que sumiu da Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

É curiosa a maneira como porta-vozes midiáticos da Lava Jato justificam a ausência de provas que têm marcado os inquéritos, depois que viram denúncias.

Alegam que crimes financeiros são mais complexos, organizações criminosas são mais estruturadas, por isso mesmo não se pode esperar provas simples, como no caso de um homicídio.

Fantástico! Significa que em outros países as investigações também chegam ao final sem a apresentação de provas substanciais porque, por princípio – segundo eles – crimes complexos não têm soluções racionais, mas apenas convicções?

O Brasil do golpe pariu Wladimir Costa

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se existe alguém que resume o freak show da votação da denúncia contra Temer na Câmara é o deputado Wladimir Costa.

Wladimir é Macunaíma, o herói sem nenhum caráter que chegou lá montado num golpe, no fisiologismo, na rapinagem e numa tatuagem de henna ridícula.

A miséria humana do Congresso foi quase tão pior quanto a do impeachment de Dilma. A fraude da “pedalada fiscal” vai ficando cada vez mais patética. A caixa de Pandora foi aberta e a porta para o vale tudo institucional não vai fechar tão cedo.

Gasolina tem alta recorde. Cadê os coxinhas?

Por Altamiro Borges

Segundo balanço da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgado nesta segunda-feira (31), o aumento dos impostos sobre os combustíveis decretado pelo lobista Henrique Meirelles, ‘ministro’ da Fazenda do covil golpista de Michel Temer, teve impacto direto no bolso do consumidor. Com o repasse, o preço da gasolina cobrado nos postos teve a maior alta desde que o órgão passou a fazer o levantamento semanal, em 2004. Na média nacional, o reajuste nas bombas foi de 8,22%. Durante o governo de Dilma Rousseff, alguns “midiotas” fizeram protestos nos postos contra o preço da gasolina – sempre incentivados pela TV Globo. Uma “coxinha” bombou nas redes sociais ao berrar histérica contra o reajuste. E agora? Cadê a indignação da classe “mérdia”?

O fracasso de Henrique Meirelles

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A data de sua nomeação ocorreu há quase 15 meses, em 12 de maio de 2016. O mais longevo presidente do Banco Central do Brasil acabava de marcar seu retorno ao setor público federal. A ironia da História não tem perdão. Aquele por quem Lula tanto batalhou para que ocupasse o mesmo posto no governo Dilma, então retornava ao comando da política econômica pelas mãos de Temer. Para tanto, Henrique Meirelles pediria afastamento de suas funções como presidente do conselho da J&F para assumir a cadeira no Ministério da Fazenda.

Manifesto pela paz na Venezuela

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O povo venezuelano, livre e soberano, retomou em suas mãos o poder originário, elegendo massivamente representantes para a Assembleia Nacional Constituinte.

Mais de oito milhões compareceram às urnas, apesar do boicote e da sabotagem de grupos antidemocráticos, em um processo acompanhado por personalidades jurídicas e políticas internacionais que atestaram lisura e transparência.

Todas as cidades, classes e setores estão presentes, com seus delegados, na máxima instituição da democracia venezuelana.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

A tatuagem de Temer no braço do impostor

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

O deputado Wladimir Costa, da sigla Solidariedade (SD) – aquela que é chefiada pelo pragmático Paulinho da Força – parece que adora posar de ridículo e patético. No sábado (29), ele apareceu em uma cerimônia de entrega de caminhões de lixo no município de Salinópolis, no interior do Pará, vestido com uma camiseta do tipo regata amarela e bermuda jeans. “Mas a surpresa maior aconteceu quando ele tirou a camiseta e expôs uma tatuagem no ombro direito com a inscrição ‘Temer’. Ela estava abaixo de outra, que tinha a bandeira do Brasil desenhada. Costa também carregava uma latinha de cerveja num dos bolsos de sua bermuda”, relatou o site da revista Época. De imediato, a foto do serviçal viralizou na internet.

Deputado que votar em Temer vai se ferrar?

Foto: Avaaz Brasil
Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (2), a Câmara Federal deve votar a denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o usurpador Michel Temer. Caso vote pela admissibilidade, o Judas será afastado do cargo que tomou de assalto. O clima em Brasília, segundo a jornalista Tereza Cruvinel, é de um “equilíbrio catastrófico”, com forte tensão entre os parlamentares. Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, jura que a denúncia de Rodrigo Janot será rejeitada por ampla maioria e que o odiado Michel Temer seguirá impune no posto. Muitos deputados, porém, devem estar preocupados com o resultado desta inflamável votação – que a TV Globo garantiu que será transmitida ao vivo.

Na guerra política, ruas migram para as redes

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Às vésperas da decisão da Câmara para autorizar ou não a abertura de um processo no STF contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, a população continua em obsequioso silêncio dedicada aos seus afazeres.

A guerra política que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, apenas um ano atrás, mudou de quartel: saiu das ruas barulhentas para as silenciosas redes sociais.

Ao contrário das ruas ocupadas por multidões de manifestantes a favor ou contra o governo, com transmissão ao vivo pela televisão, a disputa agora se trava no escurinho dos gabinetes de Brasília e dos donos do mercado.

Com 5% de apoio, Temer luta por sobrevida

Por Matheus Pichonelli, no site The Intercept-Brasil:

“Se continuar assim, eu vou dizer a você, para continuar 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil passar três anos e meio”. A frase é menos irônica do que profética. Foi proferida pelo então vice-presidente da República, em setembro de 2015, em um encontro com empresários em São Paulo, sobre a aprovação de Dilma Rousseff, divulgada dias antes pelo Datafolha. A então presidente acabava de atravessar o mês de agosto, época de maus agouros na política brasileira, com sua pior avaliação.

Seu governo era considerado ruim ou péssimo por 71% dos entrevistados, enquanto 8% o avaliavam como ótimo/bom. O impeachment, já em gestação, era defendido por 66% dos eleitores, e mobilizava uma multidão às ruas contra o governo. O PIB recuava 1,9% no 2º trimestre, e o país acabava de entrar em recessão técnica. Era difícil, de fato, concluir o mandato, mas os então aliados resolveram (não) colaborar. Na frente da Fiesp, a poderosa federação da indústria de São Paulo, um pato amarelo gigante simbolizava o divórcio entre a classe empresarial e a presidenta reeleita.

Vigília exige liberdade para Rafael Braga

Do site Mídia Lampião
Da Rede Brasil Atual:

Nesta terça-feira (1º), a 1ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deve analisar um pedido de habeas corpus para que Rafael Braga possa responder a seu processo em liberdade. Em São Paulo, será realizado um ato-vigília, a partir das 18h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital.

Convocados pela Frente Alternativa Preta e pela Campanha 30 Dias Por Rafael Braga, outros atos também serão realizados no Rio de Janeiro, em frente ao Tribunal de Justiça do estado, às 17h, e em Brasília, diante do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h.