quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Meirelles é um "funcionário de banco"

Por Lucas Rohan, no site Sul-21:

O senador Roberto Requião (PMDB) fez duras críticas à política econômica do Governo de Michel Temer chamando o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de “funcionário de banco” e “vendedor de cartão de crédito” durante intervenção na terceira edição do ano do Fórum dos Grandes Debates com o tema “O Papel do Estado e o Desenvolvimento do País”, realizado na noite de quarta-feira (9) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

“Quem governa o Brasil hoje é o Bradesco e o Itaú”, disparou o senador paranaense, que chamou o projeto “Ponte para o Futuro”, apresentado pelo seu partido, de “proposta neoliberal”. “Não se pode servir ao povo e ao capital vadio”, argumentou o senador. Ele participou do evento ao lado do economista Márcio Pochmann e o médico e vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino.

Temer é o Robin Hood às avessas

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Ao mesmo tempo que usa a desculpa de “acabar com o déficit da Previdência” para promover uma “reforma” que vai fazer o brasileiro trabalhar 49 anos até se aposentar integralmente, Michel Temer perdoa aos ruralistas bilhões em dívidas com a mesma Previdência em troca de votos no Congresso. Dá para entender? Com a direita no poder, o governo se tornou um Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos.

João Doria choca o discurso para 2018

Por Matheus Pichonelli, no site The Intercept-Brasil:

Com tempo contado entre a sobrevida obtida na Câmara e o calendário eleitoral, Michel Temer, retirado do túmulo pelos deputados, não esperou o próprio cadáver esquentar. Dias após a votação, viajou a São Paulo para se encontrar com João Doria (PSDB), prefeito eleito sob as bênçãos de Geraldo Alckmin, seu antigo padrinho com quem, dizem por aí, rivaliza a indicação tucana à Presidência.

Ouviu do presidente, do alto de seus 5% de popularidade, ser alguém com a alma da conciliação e que “compreende como ninguém os problemas do país”, ainda que parte dos problemas do país se acomodem bem debaixo do Minhocão, via pelo qual a companheira do alcaide dizia, até pouco tempo, não saber para que servia. “É um tipo um viaduto, né?”

O Império na era dos escombros

Por Tom Engelhardt, no site Outras Palavras:

Você se lembra. Era para ser guerra do século 21, estilo norte-americano: precisa além da imaginação; bombas inteligentes; drones capazes de eliminar um ser humano cuidadosamente identificado e rastreado praticamente em qualquer lugar da Terra; incursões de operações especiais tão exatamente precisas que representariam um triunfo da ciência militar moderna. Tudo “em rede”. Era para ser um sonho glorioso de destruição limitada combinada com poder e sucesso ilimitado. Na realidade, provou ser um pesadelo de primeira ordem.

Se você quer resumir numa só palavra o que as guerra dos Estados Unidos produziram nesta última década e meia, eu sugeriria escombros. É um termo dolorosamente adequado desde 11 de setembro de 2001. Além disso, para entender a essência de tal guerra neste século, duas novas palavras podem ser usadas: arruinar e arruinamento. Vou explicar a seguir.

Setor elétrico: privatização e alta de preço

Por Rita Dias, no site Brasil Debate:

O governo expôs à sociedade brasileira seu projeto de reestruturação radical do setor elétrico brasileiro e um dos seus principais elementos é o fim da Eletrobras como a conhecemos. Este projeto encontra seu sentido mais profundo no movimento de intensificação da acumulação por espoliação[i], com a eliminação de direitos sociais e a extração de renda e riqueza dos trabalhadores por meio, sobretudo, da mercantilização das políticas públicas e dos espaços públicos. No setor elétrico, este movimento se articula com o avanço da financeirização e desnacionalização, representando, assim, a desativação dos centros internos de decisão e constituindo uma séria ameaça à soberania do país.

EUA financiaram a Lava-Jato pelo petróleo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Quero lembrar, mais uma vez, a palestra proferida por Sergio Moro, em agosto de 2015, para um bando de executivos que pagaram R$ 1.800,00 para ouvi-lo falar sobre… refinarias de petróleo.

Ele afirmava que a refinaria Abreu e Lima, assim como outras obras similares, era muito onerosa. Moro conta que os “colaboradores” lhe haviam dito que a informação que corria nos corredores da Petrobrás é que a refinaria “não se pagava”.

O perigo de subestimar a história

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

O povo escreve a história com as suas próprias pernas. As lideranças, quando surgem, são apenas a expressão visível da vontade popular. O tempo em que mudanças profundas ocorrem não é, necessariamente, o tempo que nos é dado viver. Retrocessos e avanços estão continuamente sendo produzidos em cada pedaço de chão do planeta. E antes de termos nascido e depois que viermos a morrer, fatos memoráveis aconteceram e acontecerão em muitas e imprevisíveis direções.

Lula pede direito de resposta contra Globo

Do site A Verdade de Lula:

Na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizemos hoje (09/08) o protocolo de pedido de direito de resposta contra TV Globo perante a Justiça Cível de São Bernardo do Campo. O pedido foi baseado na reportagem exibida em 16/07/2017 pelo programa “Fantástico”.

A reportagem questionada pretendeu dar à opinião pública a falsa sensação de que a sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro para condenar o ex-Presidente Lula teria provas da sua culpa. A emissora usou de recursos de voz e imagem para explorar a palavra prova. Mas a verdade é que a sentença não indica qualquer prova de culpa, porque Lula não praticou qualquer crime.

O que eles querem nos impondo o distritão?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O bloco político que hoje manda no Congresso já se entendeu e parece mesmo disposto a aprovar uma mudança drástica no sistema eleitoral, trocando o modelo proporcional em vigor pelo tal “distritão”, um sistema tosco, rejeitado pelas melhores democracias do mundo e adotado apenas pelo Afeganistão e a Jordânia. O que eles querem com isso? Primeiro, garantir a reeleição dos atuais deputados, apesar dos arranhões da Lava Jato e das escaras produzidas pela adesão ao golpe e ao governo impopular de Michel Temer. Depois, facilitar a distribuição dos recursos do Fundo Partidário, que será turbinado para compensar o fim das doações empresariais (embora saibamos que por baixo do pano o caixa dois ainda vai respirar). Quem vai perder com isso? O eleitor e a qualidade da representação. A banda pobre terá uma sobrevivência elevada e a renovação não corresponderá à decepção atual do povo brasileiro com seus representantes.

A "árvore genealógica" da Lava-Jato

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

Rafael Braga foi o único brasileiro preso nas manifestações de junho de 2013. Negro, pobre e morador de favela, o ex-catador de material reciclável foi condenado a 11 anos e três meses de prisão pelo suposto porte de maconha, cocaína e material explosivo. Quatro anos depois, não resta comprovado que, naquele dia, Rafael levava consigo algo além de produtos de limpeza. Ele continua preso, à espera de um novo julgamento.

Breno Borges, filho da desembargadora Tânia Borges, teve melhor sorte. Flagrado no dia 8 de abril com 129 quilos de maconha e 270 munições, além de uma arma sem autorização, o jovem branco foi julgado e solto em menos de uma semana. A mãe dele, presidenta do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, é investigada por favorecimento na libertação do filho.

Um nazista a serviço da Volkswagen

Por Cecília Bacha, no site Jornalistas Livres:

Uma entrevista do jornal argentino Página 12 tem chamado a atenção dos setores do campo democrático e progressista da América Latina. Trata-se da conversa entre o jornalista Dario Pignotti com o ex deputado estadual paulista, Adriano Diogo e Sebastião Neto, do IIEP (Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas). Os dois são ex-presos políticos e trabalharam juntos na investigação do envolvimento da Volkswagen com o regime ditatorial brasileiro inciado com o golpe de 1964.

O ovo e o parlamentarismo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Depois do golpe de estado que apeou do governo a presidenta Dilma, da campanha para tentar destruir o PT e da caçada ao ex-presidente Lula, os golpistas se preparam para fechar com chave de ouro a “blitzkrieg” contra o regime democrático.

Na certa, castrar o direito dos brasileiros e das brasileiras elegerem o presidente da República vem sendo o assunto principal dos encontros na calada da noite no Palácio do Jaburu entre Temer, Gilmar, Moreira, Aécio e outras figuras de proa do golpismo. O usurpador, inclusive, já não esconde de ninguém o seu sonho de que o parlamentarismo passe a valer já para as eleições do ano que vem.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Para entender a Venezuela

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

I – Antecedentes

Não é possível se entender a atual crise da Venezuela e tampouco o regime chavista sem se compreender como era esse país antes da “revolução bolivariana” e qual o seu significado geopolítico para os EUA.

A Venezuela está sentada na maior reserva provada de petróleo do mundo. São 298,3 bilhões de barris, ou 17,5% de todo o petróleo do mundo. Este petróleo está a apenas 4 ou 5 dias de navio das grandes refinarias do Texas. Em comparação, o petróleo do Oriente Médio está entre 35 a 40 dias de navio dos EUA, maior consumidor de óleo do planeta.

A propaganda enganosa do PSDB na TV

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O teaser da propaganda do PSDB pedindo “desculpas” não é enganosa apenas pela contradição em termos.

Afinal, se o problema é fazer parte de um governo corrupto em que eles mesmos meteram o Brasil em conluio com o PMDB, basta tirar os ministros e sair. Mas aí, como sabemos, é pedir demais.

O buraco é mais fundo.

Ao longo do meio minuto do vídeo, os tucanos admitem que erraram, mas não revelam no quê.

PSDB, o dono de São Paulo

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Agora entendemos por que São Paulo é a última oligarquia brasileira. Os tucanos, quando chegaram ao governo com FHC, achavam ter um plano de 20 anos de poder, mas em São Paulo estão há 24. O Nordeste livrou-se dos coronéis, e o último oligarca foi Sarney.

O tucanato paulista é, entretanto, o dono do estado mais rico e nele desenvolve suas concepções pouco republicanas. Um ideário perceptível, por exemplo, em condutas peculiares no que diz respeito à relação entre os Três Poderes e a realidade do entorno.

Rafael Braga e o racismo da 'Justiça'

Por Felipe Mascari, na Rede Brasil Atual:

Violação de direitos, seletividade e racismo são os pilares da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que negou o habeas corpus a Rafael Braga, nesta terça-feira (8). Na avaliação do professor de Direito Humanos da Universidade Mackenzie e doutor em Harvard Adilson José Moreira, a arbitrariedade do caso demonstra que há a intenção do Estado em prender o cidadão, independentemente das falhas da acusação.

As rasteiras do 'João Traíra' no Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho provérbio português para os testes de caráter – “queres conhecer o vilão, põe-lhe na mão o bastão” – parece que se encaixa perfeitamente à figura do prefeito de São Paulo, João Doria.

A experiente Rosângela Bittar, do Valor, descreve com crueza o comportamento “doriano” nos bastidores:

(…) Não é segredo, Doria está fazendo gato e sapato de Alckmin.

Procuradora, me engana que eu gosto!

A pressão para barrar o golpe na Previdência

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Líderes de partidos do chamado “centrão” – PP, PR e PSD – têm dito que não votam a Reforma Previdência tão almejada pelo governo Temer. Segundo eles, não há condições das legendas apoiarem a matéria, sobretudo, depois do desgaste sofrido na votação da denúncia contra o presidente da República, na última quarta-feira (2).

O anúncio pode significar uma baixa importante para Temer. Juntas, as bancadas do PP, PR e PSD somam 123 deputados – quase a metade dos 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16).

Temer ataca o Comitê Gestor da Internet

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Como resposta imediata à publicação, no Diário Oficial da União, de uma consulta pública propondo alterações no Comitê Gestor da Internet (CGI.br), entidades publicaram nota, nesta terça-feira (8), repudiando a unilateralidade da ação. Segundo o documento, a medida é um claro ataque do governo Temer: ao propor alterações na composição, no processo de eleição e nas atribuições do CGI.br, quem deve sair prejudicada é a sociedade civil.