domingo, 10 de setembro de 2017

De onde saiu a grana viva de Geddel?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

"Chega, ninguém aguenta mais tanto roubo. Isso já deixou de ser corrupção. É roubo, assalto aos cofres públicos para enriquecer os petistas" (Geddel Vieira Lima, em entrevista à TV, durante protesto contra a corrupção, no dia 16 de agosto de 2015, no Farol da Barra, em Salvador, Bahia).

Em meio à avalanche de absurdos dos auto-grampos da JBS, da nova denúncia da PGR de bilhões em propinas para o PT e das delações sem fim, ganhou destaque nesta terça-feira a imagem da montanha de dinheiro encontrada num apartamento em Salvador a um quilômetro de onde mora o suspeito de ser o dono do tesouro.

O amigo de Moro e a corrupção no Panamá

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O jornal El País foi atrás de uma pista dada por Rodrigo Tacla Durán sobre corrupção no Panamá e comprovou que a dica era quente.

Em reportagem publicada nesta quinta-feira, 7 de setembro, pelos repórteres Jose María Irujo e Joaquín Gil, a Odebrecht abriu conta no Banco Privada de Andorra, paraíso fiscal da Europa, em nome dos pais de um dos homens fortes do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli, que governou o país entre 2009 e 2014.

Prisão de Gustavo Ferraz abala ACM Neto

Do site Socialista Morena:

O diretor da Defesa Civil da prefeitura de Salvador, Gustavo Ferraz, foi preso nesta sexta-feira junto com Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Temer. As digitais de Ferraz e Geddel foram encontradas pela polícia no apê dos 51 milhões de reais, no bairro da Graça, de classe alta em Salvador, e também em algumas das notas encontradas.

De tradicional família baiana, Gustavo Pedreira de Couto Ferraz teve apoio de ACM Neto na última eleição à prefeitura de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, quando concorreu a vice-prefeito na chapa comandada por Mateus Reis, do PSDB. No pedido de prisão feito pela PF, consta que foi realizado exame pericial no dinheiro apreendido, no qual os peritos localizaram fragmentos de impressões digitais de Geddel e de Gustavo Pedreira no material.

A condenação de Lula no país do apartheid

Por Juarez Guimarães, no site da Fundação Perseu Abramo:

Julgado por um regime de justiça de exceção, condenado pela Rede Globo e por todas as grandes empresas de comunicação antes já de ser julgado, só há um caminho para defender Lula: restituí-lo à história do povo brasileiro. É vão pretender formar um juízo equilibrado em uma cena armada para condenar.

Se Mandela foi condenado por um júri de brancos no país do apartheid social, Lula está sendo condenado por um júri de classe dos grandes capitalistas no país do apartheid social.

Os trabalhadores e o problema nacional

Por Osvaldo Bertolino, no Blog do Renato:

A renda nacional é uma espécie de síntese de toda a atividade econômica do país. Sendo assim, a forma como ela é distribuída constitui necessariamente o objetivo fundamental de uma política de desenvolvimento econômico e social. Surge, portanto, a indagação de como lidar com a renda nas dimensões e características necessárias. Em primeiro lugar, é preciso constatar que esse é um problema político. Medidas que valorizem o trabalho conduzirão, inevitavelmente, ao aguçamento da luta de classes - o que, do ponto de vista social, é um enorme progresso.

Geddel, Temer, Funaro e os R$ 51 milhões

Ilustração: Cival Einstein Macedo Alves
Por Sérgio Lirio, na revista CartaCapital:

Michel Temer estava na China, na reunião dos BRICs, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se viu obrigado a ameaçar com a revisão do acordo de delação premiada dos executivos da JBS.

Temer não conteve a satisfação diante das irregularidades reveladas do processo, a começar pela duvidosa participação do procurador Marcelo Miller, ex-integrante da PGR e hoje advogado da J&F, holding que controla a JBS, no planejamento da ação que levaria Joesley Batista a gravá-lo durante um encontro no Palácio do Jaburu. 

O desmonte de Temer na economia do petróleo

A implantação da ditadura civil brasileira

Por Yuri Martins Fontes, na revista Caros Amigos:

Enquanto há meio século, em meio à crise econômica que se agravava, os golpes de Estado na América se deram com violência aberta e pelo rompimento direto das instituições (dada a autonomia de que dispunham os militares por motivo da Guerra Fria), agora, no turbilhão da nova crise (reiniciada em 2008 com a socialização forçada dos prejuízos do capitalismo central com as economias dependentes), os golpes de novo tipo têm se dado com o mínimo de violência, e sempre que possível no rigor das leis (leis aliás construídas pelos mesmos segmentos dominantes golpistas).

Além de trair Alckmin, Doria trai paulistanos

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em 2006, José Serra abandonou a prefeitura de São Paulo na metade do mandato para concorrer ao governo do estado. Ele se candidataria à vaga deixada por Alckmin, que naquele mesmo ano abandonou o mandato de governador para se candidatar à presidência da República. Eleito governador, Serra novamente abandonaria o mandato para se candidatar à presidência.

Largar mandatos em São Paulo para disputar – e perder – eleições nacionais já é uma tradição tucana. E ela irá continuar. Alckmin já sinalizou que pode abandonar o governo em abril, quando pretende iniciar campanha presidencial se for o candidato escolhido pelo PSDB. Doria já abandonou a prefeitura, ainda que não oficialmente, para sair em turnê mundial. Apresenta-se como o anti-Lula e busca aumentar popularidade no Nordeste, onde é pouco conhecido. 

sábado, 9 de setembro de 2017

Mais e novas caravanas antes que seja tarde

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa situação que se pudesse chamar de normal, num país no qual os meios de comunicação se preocupassem com as questões que interessam a todas as pessoas, qualquer que fosse a preferencia política, renda mensal ou cor da pele, uma parcela ponderável de brasileiros estaria fazendo um balanço da vitoriosa caravana de Lula pelo Nordeste e preparando os passos para a etapa seguinte, possivelmente em Minas Gerais. A razão é elementar.

Comprovado que o colapso das instituições atingiu o nível da demência, apenas a partir de iniciativas dessa natureza, que traduzem um esforço para ir às fontes da vontade popular, em contato direto com o eleitor, que se prepara uma saída democrática, lúcida, para crise. O resto é desvio de atenção e perda de energias, para não falar em coisa pior.

Temer é uma ameaça à nação

Editorial do site Vermelho:

Sob forte ameaça recolonizadora o Brasil comemora 195 anos de vida independente. A história destes dois séculos de vida independente é a crônica do confronto entre aqueles que defendem o uso do poder do Estado para apoiar o desenvolvimento e liberais (hoje neoliberais) contrários ao pleno florescimento da nação.

Capitaneados à época por José Bonifácio – nosso primeiro chefe de governo, de janeiro de 1822 a julho de 1823 – os defensores da nação preconizavam a industrialização, fim da escravidão, ensino público e integração (em igualdade jurídica) de negros, índios e mestiços à população nacional.

Atitude de Janot acanalha Ministério Público

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que achariam o caro leitor e a paciente leitora se um presidente, um governador ou um prefeito, a uma semana de deixar o cargo, desandasse a tomar resoluções que competiriam a seu sucessor encarar e levar adiante, sem poder fazer sua própria análise?

No mínimo, aético, não é?

Agora pense que este governante esteja, ele próprio, metido num embrulho no qual suas decisões, senão suspeitas, pelo menos foram reconhecidamente confusas e questionáveis?

Áudio falso só prova que Lula é inocente

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não há provas das montanhas de acusações do MPF, da PF e da República de Curitiba contra o ex-presidente Lula e as farsas difamadoras assacadas contra ele, seus familiares e seus amigos só servem para provar isso.

Quando até a Globo denuncia uma farsa contra Lula, é porque ela foi longe demais.

Já inventaram que Lula seria “dono da Friboi” e a farsa desmoronou quando os donos do grupo J&F, ou da “Friboi”, vieram a público fazer denúncias inclusive contra os políticos que a engendraram.

As flechas de Janot acertarão o alvo?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Flechas estão voando para todo lado. Depois da desmoralização da delação premiada da JBS, o procurador-geral Rodrigo Janot denunciou o PT, Lula e Dilma (duas vezes), atirou contra o PMDB do Senado e contra o ex-presidente José Sarney e finalmente, na noite de ontem, pediu a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, e do ex-procurador Marcello Miller. Com a reputação abalada na reta de saída, ele está polindo o arranhão na biografia com demonstrações de severidade mas, ao abrir tanto o leque, Janot acaba congregando aliados contra o alvo mais brilhante, a denúncia que ainda vai apresentar contra Michel Temer, robustecida pelas revelações do delator Lúcio Funaro.

Janot e o pedido de prisão de Marcelo Miller

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

O pedido de prisão do ex-procurador Marcelo Miller, feito pelo Procurador Geral Rodrigo Janot, é a demonstração definitiva de que Janot é um dos piores caráteres públicos da vida nacional. Falo em caráter público baseado em sua atuação pública, já que não tenho dados sobre seu comportamento privado.

No post anterior fiz algumas brincadeiras sobre o fato de sua fraqueza ser mais responsável pela perda de rumo do que o caráter. Foi apenas um jogo de palavras.

Em tempos passados, atrás da indicação para a PGR, Janot bajulava como podia o então presidente do PT José Genoíno. Uma noite, imerso em uma das libações alcóolicas frequentes, Janot chegou a oferecer sua casa a Genoíno, para se abrigar das intempéries políticas que se abateram sobre ele com a AP 470.

Um balanço da histórica Caravana de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Donizetti de Souza, na Revista do Brasil:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quis retomar a experiência de suas caravanas pelo Nordeste. A região foi a que mais desfrutou as transformações sociais nos 12 anos seguintes à sua posse do governo, em 2003. De um lado, os programas sociais puseram comida na mesa de miseráveis. De outro, essas famílias passaram a ter as crianças na escola e com a vacina em dia. Essa pequena renda pingadinha em cada família, somada ao salário mínimo recebido pelo aposentado do trabalho rural, garantia a sustentação econômica dos municípios mais longínquos e também das periferias nas grandes cidades.

Clima de fim de feira no Banco do Brasil

Por Helberth Ávila de Souza, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente, Mauro Santayana publicou um artigo em seu blog em que relata o martírio de um amigo na tentativa vã de abrir uma conta em uma agência do Banco do Brasil (BB).

O título do artigo é bastante sugestivo: “Procurem o concorrente, por favor!".

Em uma estratégia que parece só atender aos interesses de seus competidores diretos, o BB, através de seus gestores encastelados no bunker do golpe, em Brasília, levam a efeito o desmonte da estrutura de atendimento com o suposto objetivo de imprimir eficiência e modernidade nas unidades de negócios daquele que já foi o maior banco do país.

Aqui Jaz a Nova República

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

Recentemente, os doutores do Instituto de Economia da Unicamp, Ana Luiza Mattos, Flávio Arantes e Pedro Rossi escreveram um excelente texto sobre o “pacto da austeridade” que se criou no país após o Golpe de 2016.

Não pude deixar de pensar algo um pouco além do texto: o pacto é uma imposição da agenda entreguista e neoliberal, como também é, indubitavelmente, o pilar principal (quiçá o único) que sustenta a política nacional.

Lava Jato: Entre a realidade e a ficção

Por Tânia M. S. Oliveira, no site Carta Maior:

“Pacto de sangue”. A frase dita pelo ex-ministro Palocci ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira, 06 de setembro, após um ano preso e contradizendo seu depoimento anterior, para qualificar a relação entre o ex-presidente Lula e a Odebrecht, aproxima ainda mais a operação Lava Jato de uma peça de ficção. Peça, aliás, já transposta para as telas de cinema, cuja sessão de pré-estréia contou com servidores públicos – juízes procuradores e outros – rindo às gargalhadas em suas poltronas. A Lava Jato, para essas pessoas que deveriam ser impassíveis e sóbrias diante da responsabilidade que seus cargos exigem, indica ter virado entretenimento. A investigação sobre a vida de sujeitos, os julgamentos que podem custar-lhes a liberdade, foram visualizados pelos agentes que os conduzem em uma telona enquanto comiam pipoca, trocavam afagos recíprocos e conversavam amenidades, como em uma sala de espetáculo.

Palocci fez acordo para salvar a Globo?

Por Altamiro Borges

O onipresente Grupo Globo – com seus canais de televisão, rádio, jornais, revista e site – não para de difundir o depoimento do trânsfuga Antonio Palocci ao carrasco Sergio Moro. O alvo, como sempre, é o ex-presidente Lula e o bordão ‘pacto de sangue’ é martelado na cabeça dos ‘midiotas’. O mesmo império de comunicação que fez de tudo para abafar a histórica Caravana de Lula pelo Nordeste tenta criar um clima na sociedade para que o carismático líder petista seja preso ou impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018 – se é que elas vão ocorrer. Antes do depoimento sem provas, porém, Antonio Palocci metia medo na famiglia Marinho e nos banqueiros. Será que houve algum acordo para salvar a Rede Globo e os abutres financeiros?