domingo, 24 de setembro de 2017

Pesquisa confirma decadência de Moro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A nova pesquisa Ipsos traz um dado revelador e previsível acerca de Sergio Moro e sua nêmesis: enquanto a desaprovação do juiz sobe, a de Lula cai.

O prazo de validade de Moro expirou.

A tendência é de alta. No levantamento do mês passado, essa taxa subira nove pontos percentuais, de 28% para 37%. Agora foi para 45%. A série histórica do instituto teve início em agosto de 2015.

Segundo o Estadão, os dados foram colhidos entre os dias 1.º e 14 deste mês. Ou seja, antes e depois do depoimento de Palocci, considerado por toda a imprensa escrita, televisada e togada como a bala de prata na testa de Lula.

Os delírios sobre a "intervenção militar"

Por Breno Altman, em seu blog:

Pode parecer incrível, mas há vozes progressistas que passaram a defender intervenção militar ou a especular sobre seu eventual caráter positivo.

Não são apenas guerrilheiros de Facebook, aventureiros sem lastro ou falastrões em busca de fama.

Respeitáveis personalidades, como o professor Moniz Bandeira, talvez movidos por esse catalizador alucinante que é o desespero político, passaram a bater nessa tecla.

O delírio revela absurdo desconhecimento ou deformação do que sejam nossas Forças Armadas, seu papel no Estado e sua trajetória histórica.

18 razões contra a redução da maioridade

Do site da União da Juventude Socialista (UJS):

1- Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional

A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.

Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.

Correios no alvo das privatizações de Temer

Do site Vermelho:

O desmonte promovido pelo governo Michel Temer parece não ter fim. Depois de anunciar a venda de ativos que vão da Eletrobrás à Casa da Moeda, a gestão já fala abertamente em privatizar também os Correios. Em Nova York, o ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, declarou que a venda dos Correios está, sim, em estudo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou que o tema está em análise

Moreira Franco disse que a tendência é que os Correios passem a atuar mais diretamente no setor de logística, em vez de se concentrar no monopólio postal.

Temer, Jungmann e os generais

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O silêncio frágil e assustado do presidente Michel Temer, chefe das Forças Armadas por imposição constitucional, somado às declarações temperadas, apaziguadoras, do general Villas Boas, comandante do Exército, nasceu neste momento de um sinal intrigante do discurso calculado e provocador pronunciado pelo general Antonio Mourão, na loja maçônica Grande Oriente, em Brasília.

O episódio soou como ameaça. Ele não mediu palavras, talvez poupado algumas. Foi além, muito além, do rigoroso Regulamento Interno que interdita a possibilidade de declarações políticas aos oficiais da ativa, como esta, por exemplo: “Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou teremos que impor isso”.

A anatomia do golpe de 2016

Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:

Sessenta e quatro: Anatomia da Crise, de Wanderley Guilherme dos Santos, é uma das mais emblemáticas produções da Ciência Política brasileira. Há ali, ao menos, dois razoáveis méritos. Primeiro, apresentar um conteúdo fruto de profunda pesquisa empírica, alcançando conclusões que em nada parecem com certa visão depreciativa (e etnocentrista) anteriormente vigente sobre o sistema político brasileiro.

De outro modo, o autor ainda alcançou identificar no processo de acirramento da polarização política no sistema partidário nacional, as razões para o golpe de 64. Tal radicalização acabou por impossibilitar qualquer tipo de cooperação parlamentar ou mesmo entre executivo e legislativo. Daí a paralisia decisória e a ruptura autoritária da democracia.

Míriam Leitão, Folha e o "desatino militar"

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A profunda irresponsabilidade da mídia comercial para com o país é velha conhecida de qualquer brasileiro que conheça o mínimo de história. Em 1964, todos os jornais apoiaram abertamente o golpe militar, para, a partir do endurecimento do regime, se dizerem “vítimas” de censura. O mesmo aconteceu em 2016: apoiaram a derrubada de uma presidenta eleita (e honesta) sem se importar a mínima para o abalo que isto significaria a nosso Estado de direito. Agora, criticam a insubordinação crescente nos quartéis.

Globo propõe novo golpe à sociedade

Por Wellington Calasans, no blog Cafezinho:

O descaramento da Globo é um poço sem fundo. Depois de ter mergulhado o país na lama ao derrubar do poder uma mulher honesta e ter como sócios Temer, Cunha, Geddel e todos os outros quadrilheiros que trabalharam para encher os cofres dos irmãos Marinho, esta fábrica de mentiras e golpes tenta enganar a sociedade com mais uma manobra antidemocrática, o golpe militar.

Precisamos saber qual a disposição das Forças Armadas para mergulhar nesse novo plano de fuga da Globo. Será que os militares jogam outra vez na lama a imagem da instituição que menos lucrou com o golpe de 1964? Irá esta instituição atuar como “testa de ferro” da Globo? O que pensam esses militares do comando sobre nacionalismo e reconstrução democrática?

A direita mostra os dentes. Como (re)agir?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O fantasma da intervenção militar esvoaçou sobre o Brasil esta semana. O general Martins Mourão, da ativa, prometeu na sexta-feira passada “derrubar este troço todo”, se o Congresso e o Judiciário não retirarem de cena “esses elementos envolvidos em todos os ilícitos”. Seus superiores – o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas e o ministro da Defesa, Raul Jungmann – recusaram-se a puni-lo. Em São Paulo, a Rota, tropa mais brutal da PM, fez exercícios de repressão política, simulando uso de munição real, em plena Avenida Paulista. Uma nova sondagem pré-eleições presidenciais mostrou Jair Bolsonaro consolidado em segundo lugar, abaixo apenas de Lula e à frente de todos os conservadores tradicionais. Como tem sido comum há meses, muitos, entre a esquerda, reforçaram sua convicção fatalista de que “o pior está por vir” e de que “não haverá 2018”.

sábado, 23 de setembro de 2017

Temer libera R$ 1,02 bilhão em emendas

Por Altamiro Borges

Com as divisões e as defecções na sua base parlamentar fisiológica, o usurpador Michel Temer decidiu abrir mais uma vez os cofres públicos para comprar os deputados venais. Segundo informa Josias de Souza, em matéria postada neste sábado (23), agora o rombo – ou roubo – será de R$ 1,02 bilhão. E o covil golpista ainda tem a caradura de bravatear sobre o ajuste fiscal e de pedir mais sacrifícios à sociedade, como na “reforma” previdenciária que liquida a aposentadoria dos trabalhadores. Até os “coxinhas” mais tapados, que ajudaram a alçar ao poder esta quadrilha, já devem estar arrependidos. Diante do atual assalto à grana dos impostos, as tais pedaladas fiscais, que serviram de pretexto para o impeachment de Dilma Rousseff, são fichinhas.

Contra toda e qualquer 'intervenção militar'

Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

“Intervenção militar” foi o tema trazido ao noticiário nacional nos últimos dias por um intelectual progressista, que admitiu esse procedimento como meio para vencer a crise, e por um general que disse estar em estudo uma tal “intervenção”.

Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira foi o intelectual brasileiro que levantou essa questão em primeiro lugar, nos últimos dias. É um autor de pensamento marxista, respeitável pela extensa obra produzida e pela militância de esquerda que tem. Em 2015, a pedido da Real Academia Sueca, a União Brasileira de Escritores o indicou para o Nobel de Literatura de 2015.

A sombra do bigode de Hitler

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil caminha para o fascismo. Até pouco tempo atrás, o conservadorismo, a direita e os reacionários se movimentavam na arena política, mas valia uma certa segurança em relação à maturidade da democracia. Tudo parecia conduzir para um confronto a ser vivido publicamente no debate de ideias e nas disputas políticas, institucionais e no coração da sociedade. Hoje, desfeito o cenário otimista, não faltam nem mesmo as figuras patéticas da ultradireita, cujos nomes não merecem sequer ser citados.

Barroso quer ser o Chacrinha constitucional?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ministro Luiz Roberto Barroso levará à votação do Supremo Tribunal Federal mais uma jabuticaba, anuncia o Estadão.

Embora não o expresse, ainda, abertamente, Barroso vai tentar fazer passar um dispositivo fantástico para aventureiros e oportunistas de todo tipo, abolindo a exigência de filiação partidária para candidaturas.

Ou seja, o sujeito será seu próprio partido e, claro, teremos os partidos de um homem (ou mulher) só, que deverá satisfações apenas – e se tanto – ao espelho.

Base encolhe e Temer vira refém de Maia

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que na quinta-feira (21), por 10 a 1, decidiu enviar à Câmara dos Deputados a nova denúncia do agora ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer, a principal questão desse final de 2017 é se o plenário da Câmara vai autorizar a abertura do processo contra o presidente. Temer corre riscos de cair? Sua base se mantém estável, aumentou ou diminuiu?

Há hoje em Brasília duas correntes sobre o destino da segunda denúncia de Janot na Câmara. Segundo o cientista político Ricardo Caldas, professor da Universidade de Brasília (UnB), a corrente majoritária acredita que a votação será mais fácil para Temer do que a anterior. Em 2 de agosto, os deputados rejeitaram a denúncia por 263 votos a 227. Para essa corrente, os questionamentos sobre a credibilidade das deleções envolvendo a JBS tornaram a denúncia mais frágil.

Apesar do cerco, Lula lidera para 2018

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No mesmo dia em que Lula foi novamente denunciado na Justiça e se tornou réu pela sétima vez, agora em inquérito da Operação Zelotes, nova pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em parceria com o instituto MDA, mostra que o ex-presidente continua liderando com folga a corrida para as eleições de 2018.

Lula não só venceria em todos os cenários possíveis de primeiro e segundo turno, como cresceu quase quatro pontos na pesquisa de intenção de voto espontânea, passando de 16,6%, em fevereiro, para 20,2% agora.

Gramsci: hegemonia e luta de classes

Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

No debate ocorrido em São Paulo, nesta quinta-feira (21), o estudioso de Antonio Gramsci, o filósofo italiano Gianni Fresu, mostrou como o pensamento daquele teórico, morto a exatos 80 anos, é a continuidade e avanço de temas importantes para Lênin, assim como permitem a compreensão da estratégia para o processo revolucionário, ainda que tantos esforços tenham sido feitos por setores à direita e à esquerda, para tornar o autor um mero reformista social-democrata.

Se não cair, Temer será a Geni da eleição

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

São crescentes os sinais de que a campanha presidencial de 2018 terá fortes semelhanças com a de 1989, a primeira após o fim da ditadura. Uma delas será a presença de um presidente altamente impopular e rejeitado, contra o qual todos os candidatos vão atirar impiedosamente. A Geni da música de Chico Buarque. Assim foi com o então presidente José Sarney em 1989. Fernando Collor, que bateu mais, levou. Mas Temer, que não pode ir às ruas e nem mesmo aparecer nas redes sociais, pode cair antes, com a aprovação da segunda denúncia contra ele pela Câmara.

A sinistra autora da ação da "cura gay"

Por Ruben Berta e George Marques, no site The Intercept-Brasil:

Autora de uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal, cuja liminar concedida na última sexta (15) permite que psicólogos possam fazer terapias de “reversão sexual”, a chamada “cura gay”, a psicóloga Rozangela Alves Justino possui desde junho de 2016 um cargo no gabinete do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) na Câmara. O parlamentar, que está em seu primeiro mandato no Congresso, é apadrinhado pelo líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia.

Rozangela ocupa um cargo de natureza especial, que dispensa concurso público para efetivação. Com uma remuneração de R$ 3.346,34 em agosto, a psicóloga é vinculada à Liderança do Democratas na Câmara e está lotada no gabinete de Sóstenes. Na Casa, ela já foi vista este ano participando de um culto evangélico.

Globo se investe do papel de polícia e juiz

Do site da Dilma:

A propósito do editorial “Papel de Dilma ganha espaço na corrupção”, publicado pelo jornal “O Globo” neste sábado, 23 de setembro, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff responde:

1. O Grupo Globo vem se investindo de forma ilegítima – e por razões inconfessáveis – em poder judiciário. Tenta de qualquer jeito manchar a honra da presidenta eleita Dilma Rousseff. Para isso, vem assumindo um papel pretensioso para o qual não tem investidura nem legal nem ética.

Caos na Rocinha e o sumiço de Bolsonaro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Jair Bolsonaro foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro em 2014, com mais de 464 mil votos.

Em seu sétimo mandato, Bolsonaro está na Câmara há 26 anos. Quando chegou a Brasília, no início da década de 1990, atendia os interesses dos militares.

Mais recentemente, passou a incluir qualquer coisa em sua agenda, desde que renda assunto nas redes sociais entre seus seguidores de extrema direita.