domingo, 8 de outubro de 2017

A nova acusação sem provas contra Lula

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

Um ano atrás, o MPF (Ministério Público Federal), por meio de seu membro-celebridade Deltan Dallagnol, afirmou ter “convicção” da culpabilidade de Lula em uma bizarra apresentação de Power Point, onde não foram apresentadas provas de nenhuma sorte. A imagem do slide do atrapalhado procurador viralizou na internet e se tornou símbolo maior do esforço desmedido (e, por vezes, descabido) de prender o ex-presidente líder de pesquisas eleitorais.

Obama pode? Pode. O Lula não pode!

Por Fernando Morais, em seu blog:

O ex-presidente Barack Obama esteve ontem em São Paulo para fazer uma palestra, dar umas entrevistas, caitituar umas ideias. Pelo menos é isso que foi apresentado como a razão da visita dele aqui. Deve ser. Dizem os jornais que ele recebeu um cachê de 400 mil dólares. Que seria alguma coisa em torno de um milhão e duzentos mil reais. E mais, claro, avião, hotel, para ele e para aquela trempa que acompanha ex-presidentes nos Estados Unidos e aqui no Brasil também. Agora, uma coisa curiosa é a seguinte: ninguém abanou o rabo para saber se é justo o ex-presidente dos Estado Unidos ganhar 400 mil dólares para fazer uma palestra. É legal? É legítimo? Ninguém piscou, miou ou piou na nossa imprensa a esse respeito. É pecado, crime, quando o Luiz Inácio vai fazer palestra seja lá onde for, o Lula.

Do mundo das ideias ao horror dos nossos dias

Luiz Carlos Cancellier
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Com a colaboração da Justiça, vivemos tempos de repressão, de judicialização de quase tudo: dos costumes, da saúde, da política.

Enquanto a Justiça tem cerca de 80 milhões de processos sem decisão, ministros do STF e demais juízes pouco param em Brasília e em suas comarcas

Admirável! Em artigo recente (Significado de devido processo legal, Folha de S. Paulo, 30/09/17), o ministro Ricardo Lewandowski, também professor da Faculdade do Largo de São Francisco, disserta sobre a necessidade, nos processos judiciais, especialmente nos procedimentos penais, do respeito aos direitos fundamentais, “sobretudo os que decorrem diretamente da dignidade da pessoa humana, para cujo resguardo a prestação jurisdicional foi instituída”.

Parente e o beijo da morte da Petrobras

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

“Se o mercado sorri para nós, podemos ir até lá e dar um beijo nele”“, afirmou o Presidente da maior empresa do país.

A sinceridade de Pedro Parente é incrivelmente impactante, nesses tempos em que a política parece ser construída apenas com mentiras, afinal, o ex-ministro de FHC não poderia ser mais fiel ao que acredita: A Petrobrás para ele não passa de um flerte momentâneo, um match no Tinder ou um pente e rala, como dizem por aí no funk carioca.

Doria torra dinheiro com o MBL à toa

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Era inevitável. Tão inevitável quanto Lula e o PT se fortalecerem à medida que as pessoas descobrem que o “golpeachment” de Dilma foi um mau negócio. Cedo ou tarde a camada popular da capital paulista descobriria – ou começaria a descobrir – que João Doria, prefeito de São Paulo, não é, apenas, um embuste como administrador, mas um malandro que acha que só ele mesmo é esperto.

Avanço do autoritarismo assanha os militares

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Como se fosse um beatle nos anos 60, Bolsonaro foi recepcionado por centenas de viúvos da ditadura militar no aeroporto de Belém na última quinta (28 de setembro). A cena se repete em todas as cidades que visita em sua campanha eleitoral antecipada: uma claque emocionada carrega o deputado pelo aeroporto debaixo de um coro de vozes graves que repete enlouquecidamente “mito! mito! mito”. Em discurso, o vice-líder na corrida presidencial pediu uma salva de palmas para o general Mourão e fez uma promessa: “Comigo não vai existir o politicamente correto. Vocês terão armas de fogo.”

Doria: o crepúsculo de um farsante

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“A política ama a traição, mas logo abomina o traidor”, dizia Leonel Brizola.

É a legenda ideal para a trajetória, em apenas nove meses, de João Doria Júnior, que em só poucas coisas conseguiu se tornar “o maior do Brasil”, como se acha: na empáfia, na grosseria, na soberba e, sobretudo, na traição àquele que o tirou da condição de mais um dos picaretas que vivem de acender as luzes sobre os ricos e famosos e o transformou no prefeito da maior cidade do país.

Doria é um sessentão agindo como moleque

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pior aspecto da maneira indecente como João Doria tratou Alberto Goldman é que ele mesmo, Doria, já é um senhor de idade.

Um sessentão de botox, visivelmente desequilibrado, xingando um octogenário. Vergonhoso.

Sinal de que o vídeo do vice presidente nacional do PSDB pegou na veia. Goldman afirma que o desafeto passa o tempo viajando e não assumiu a prefeitura.

“Diz que está trazendo alguma coisa para São Paulo. Não está trazendo nada. Até agora nada e nem vai trazer nada”, declara.

A resistível ascensão do “novo” MBL

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Há uma importantíssima aula de política contemporânea na reportagem O Grupo da Mão Invisível, produzida pelo jornalista Bruno Abbud e publicada há dias, no site da revista Piauí. Bruno infiltrou-se num grupo de Whatspp que reúne líderes do MBL e mais de 150 executivos do mercado financeiro. Acompanhou as discussões por dois meses (entre 25 de julho e 27 de setembro). Ao fim, produziu um relato essencial, que ajuda a compreender – e, portanto, desmistificar – as razões para a força surpreendente dos novos grupos de direita. Não, ela não provém de um suposto endireitamento geral da sociedade brasileira, em que muitos parecem agora acreditar. Está muito mais relacionada a um cenário político caótico, em que as antigas formas de construção de consenso tornaram-se ineficazes; e em que pequenos grupos, articulados e com vasta rede de relações, podem tornar-se muito influentes e poderosos.

Das 685 páginas de diálogos que Bruno Abbud examinou sobressaem quatro grandes conclusões:

O marqueteiro de Aécio e o site Antagonista

Por Altamiro Borges

Na edição desta semana, a revista Veja divulgou mais um áudio das obscenas conversas do diretor da JBS, Ricardo Saud, com seus comparsas no mundo do crime. É mais um petardo contra o cambaleante Aécio Neves – que já está morto politicamente, não pode mais curtir suas baladas noturnas e corre o risco de ser expurgado pelo próprio PSDB, o antro que ainda preside. Mas o áudio não atinge apenas o grão-tucano. De quebra, ele também deixa em apuros o site ultradireitista “O Antagonista”. Um de seus editores, o fascistoide Diogo Mainardi – que também trabalha na GloboNews –, talvez até peça prorrogação no seu autoexílio na aprazível Veneza.

Apesar da mídia, economia gera pessimismo

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, nutrida com fortunas em anúncios publicitários, tem feito um baita esforço para irradiar otimismo nos rumos da economia. Nas matérias dos jornalões e nos comentários da tevê, principalmente da Rede Globo, parece que o Brasil sob o comando do quadrilheiro Michel Temer está prestes a ingressar no paraíso. As coisas estão ruins, mas vão melhorar – juram os ex-urubólogos que esbanjavam pessimismo contra Dilma Rousseff. Mas apesar deste esforço parece que a sociedade não está depositando muita fé nos novos otimistas de plantão – da mídia venal e do covil golpista.

sábado, 7 de outubro de 2017

Senado garante impunidade ao “gato angorá”

Por Altamiro Borges

Sem maior estardalhaço da mídia chapa-branca, nutrida com milhões em publicidade oficial, o Senado aprovou na quarta-feira (4) a Medida Provisória que trata da reestruturação administrativa no governo federal. A MP teve como único objetivo recriar o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência para garantir o foro privilegiado para o “gato angorá” Moreira Franco – um dos políticos mais sujos do covil golpista. Por 40 votos favoráveis e 24 contrários, os senadores se apressaram em rejeitar os destaques que poderiam alterar o texto, que segue agora para sanção de Michel Temer, o chefe do “quadrilhão” no poder.

Bolsonaro usa estratégia eleitoral de Trump

Por Renato Rovai, em seu blog:

O deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) foi recebido por milhares de pessoas no aeroporto de Belém do Pará na tarde ontem. As cenas foram postadas em vídeo neste blogue.

A questão é que isso deixou de ser exceção e passou a ser a regra. Por onde passa, Bolsonaro mobiliza milhares.

Hoje o candidato da extrema direita consegue ter em todos os cantos do Brasil um grupo para bater bumbo a favor das suas propostas. Parece natural que um candidato a presidente tenha gente lhe apoiando em todos os cantos. Mas não é.

O desafio de varrer o Congresso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Daqui a um ano, tão importante quanto eleger um presidente que, com legitimidade e sensibilidade, recoloque o país na trilha do desenvolvimento e da justiça social, será renovar o Congresso Nacional, varrendo boa parte dos atuais congressistas. A maioria deles não honrou a democracia, perpetrando o golpe que derrubou Dilma Rousseff; não respeitou a vontade popular, mantendo Michel Temer no cargo apesar da ampla rejeição, e se prepara para fazer isso novamente; e não defendeu os mandamentos sociais da Constituição, aprovando medidas que suprimiram direitos e garantias. Se o Congresso não for requalificado, o futuro presidente, seja quem for, enfrentará os vícios da velha (e atual) política, lastreados no fisiologismo, no clientelismo, na servidão aos poderosos e não ao povo, na traição aos representados.

Definitivamente, Temer, não!

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Que me perdoem os estrategistas políticos, os defensores da realpolitik, mas Temer, não! Definitivamente, não!

Pouco importa se a esquerda quer que fique, pois até as eleições de 2018, Temer será a melhor alternativa para desmoralizar o golpismo. Pouco importa se o mercado acha que sua queda, agora, poderia consagrar Rodrigo Maia, dar fôlego ao desmonte e prorrogar eleições. Pouco importa se sua queda afetar a economia, der algum fôlego a mais para os golpistas, se desmanchar táticas políticas ou facilitar novos golpes.

Mas Temer, não!

Lobby: Das sombras para a luz

Por Vinícius Gomes Melo, na revista Caros Amigos:

Lobby. A própria palavra parece trazer em si uma carga negativa, como se os profissionais da área — os “infames” lobistas — fossem os responsáveis por eventuais relacionamentos pecaminosos entre os setores público e privado de um país, ao se esgueirarem, na imaginação popular, nos bastidores da política por entre os corredores do poder e atrás de portas fechadas.

Como o "Estadão" atrapalha a educação

Por Carlos Pompe, no site Vermelho:

O Estado de S. Paulo (Estadão) publicou, dia 3 de outubro, no Especial Educação do Estado da Arte, artigo de Guilherme Stein, doutor em Economia pela FGV-SP e assessor da presidência da Fundação de Economia e Estatística (FEE-RS), em que tenta argumentar que os sindicatos de professores atrapalham a educação, ou que trata dos "problemas advindos da sindicalização no meio educacional", como apresenta o jornal.

No Itamaraty, o Macartismo à espreita

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

O chanceler do governo ilegítimo, Aloysio Nunes Ferreira, que um dia se disse de esquerda e até guerrilheiro, removeu o segundo-secretário Julio de Oliveira Silva, de 32 anos, do Consulado-Geral do Brasil em Nova York, em retaliação às críticas feitas pelo jovem diplomata à política externa de Michel Temer, em artigo publicado por CartaCapital. Medida “truculenta e desnecessária”, fulminou Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores de Lula.

A portaria de remoção foi assinada pelo tucano em 28 de setembro, dois dias após estreia de sua coluna no site da publicação. No texto, o diplomata afirma que “o compromisso das forças políticas atuais com o atraso, não apenas na economia, denota a intenção explícita em reverter o pacto social civilizatório duramente obtido em 1988”.

Exclusão de Lula comprometeria a eleição

Foto: Ricardo Stuckert
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Ao identificar riscos à eleição presidencial do ano que vem, um grupo de intelectuais, tendo à frente o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, divulgou manifesto pedindo eleição "direta e irrestrita" em 2018. Embora não apareça no documento, disponível na internet (confira abaixo), eles afirmam também que uma eventual exclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeria o processo. Hoje (5), dia em que a Constituição brasileira completa 29 anos, Bresser-Pereira, o também ex-ministro Celso Amorim e o professor Luiz Felipe de Alencastro repudiaram tentativas de implementar um "remendo parlamentarista" ou quaisquer outras medidas que afetem a legitimidade da votação.

Doria e a tática Trump do uso do Big Data

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Há muitas coisas em comum entre o prefeito João Dória e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ambos empresários e endinheirados, buscaram em atrações na televisão a visibilidade midiática para tornarem-se popstars.

Com a fama conquistada pela exposição na tevê, Trump e Dória se embrenharam na política, os dois a partir de posições conservadoras: Trump pelo Partido Republicano e Dória pelo PSDB. Dois personagens caricatos, com pouca experiência na vida política tradicional, chegaram à Presidência dos Estados Unidos e à prefeitura de São Paulo.