quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Estragos da "reforma enxuta" da Previdência

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

Lideranças governistas no Congresso estão se articulando para levar à votação no plenário da Câmara, até novembro, uma proposta mais "enxuta" da Reforma da Previdência. No entanto, o texto alternativo (ou emenda aglutinativa) ao texto-base da reforma, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287 - de autoria do deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA) e aprovado em uma comissão especial da Câmara dos Deputados em maio deste ano - mantém os principais desmontes da Previdência.

Cancellier foi vítima do Estado policial

Por René Ruschel, na revista CartaCapital:

"Quem matou o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier?” A incisiva pergunta é o título de um artigo publicado pelo jornalista Carlos Damião, velho conhecido das histórias políticas em uma Florianópolis ainda estupefata pela morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina na segunda-feira 2. Cancellier pulou no vão livre de um shopping, indicam os laudos preliminares da Polícia Civil. A dúvida levantada por Damião refere-se às razões que o levaram ao desesperado ato.

O ataque à liberdade de pensamento

Editorial do site Vermelho:

A Constituição Cidadã de 1988 garante, em seu artigo 5º, a plena liberdade de opinião e manifestação do pensamento; e proíbe, explicitamente, no artigo 220º, “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.

O espírito democrático destas determinações constitucionais está sob ataque, na avalanche reacionária suscitada desde o golpe de Estado da direita em 2016.

A onda conservadora manifesta-se em inúmeras ações contra a livre expressão do pensamento, que vai desde tentativas contra a mídia independente, sobretudo pela internet, até a censura a exposições de arte e peças de teatro, que proliferam pelo país.

Contra Bolsonaro, frente única com Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora sejam países diferentes em tudo – História, Geografia, Economia, Distribuição de Renda – não há dúvida de que o Brasil de 2017 guarda traços semelhantes com a Alemanha de 1933, aquela que deu os votos que permitiram Adolf Hitler formar um governo marcado pelo ódio institucionalizado, pela violência e pelo terrorismo de Estado.

Embora não tenha conseguido a maioria absoluta dos votos, Hitler foi o candidato mais votado. Isso lhe permitiu formar o governo e dar início a construção de uma ditadura que dominou a Alemanha por 12 anos consecutivos, produzindo uma herança que traumatiza o povo alemão até hoje e envergonha a humanidade inteira.

Xadrez do maior golpe da história

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Na edição de ontem, a Procuradora Regional da República Eugênia Gonzaga – no artigo “As agressões à aniversariante da semana, a Constituição” – chamou a atenção para um conjunto de medidas que estão sendo tomadas, configurando um todo lógico na direção do maior golpe da história.

Entram aí as mudanças nas reservas indígenas, a concessão de terras públicas ao agronegócio e à mineração, a venda de terras aos estrangeiros e os investimentos em infraestrutura à rodo, sem analisar as consequências sobre preços futuros das tarifas.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

TeleSur repercute ato de solidariedade a Cuba

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A TeleSur, rede de mídia multi-estatal idealizada por Hugo Chávez e criada para oferecer um contraponto às agências internacionais de notícia e aos grandes grupos de comunicação comerciais, repercutiu atividade realizada nesta segunda-feira (9), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

Em parceria com o Sindicato dos Arquitetos e o Sindicato dos Jornalistas, ambos de São Paulo, a entidade promoveu debate sobre a urgente solidariedade à Cuba, além de recordar o legado de Ernesto 'Che' Guevara no marco do cinquentenário de seu falecimento. O revolucionário foi peça chave na insurgência do povo cubano contra o jugo imperialista, culminando na revolução de 1959.

O que há por trás da reforma trabalhista

Um tributo ao jornalista Neiva Moreira

José Guimarães Neiva Moreira
Por Henrique Matthiesen

Em tempos de manipulação irresponsável, de um jornalismo tortuoso que em conluio com os interesses mais impudicos à república, resgato a figura singular de José Guimarães Neiva Moreira.

Neiva compreendia perfeitamente que sua função não era apenas informar, mas se utilizar dos jornais, revistas, TVs e rádios para transformar, para dar voz aos despossuídos de informação e direitos, e fazer desses meios de comunicação, notícia que gere ação, e consequentemente mudanças.

Outra premissa essencial do jornalista é de contextualizar os acontecimentos e provocar a sua reflexão, suas implicações, e ser um agente crítico.

Globo, Lava-Jato e a elite do atraso

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O professor e sociólogo Jessé Souza não esconde que o seu objetivo é ambicioso: reescrever a história da formação da sociedade brasileira, confrontando pensadores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. A premissa de A Elite do Atraso – Da Escravidão à Lava Jato (Casa da Palavra/Leya), que teve lançamento ontem (9) à noite em São Paulo, é de que os chamados donos do poder perpetuaram um modelo baseado na servidão, simbolizada pela "ralé" dos dias atuais. "É uma elite que entrega o país, sempre entregou, sempre produziu golpes de Estado", afirmou o autor, ao lado do jornalista Paulo Henrique Amorim, durante conversa aberta ao público, presente em número bem maior que os 168 lugares do auditório.

Os nordestinos e o preconceito de cada dia

Por Cezar Britto, no blog Socialista Morena:

“Não nasci nordestino por obra do acaso. Escolheram-me porque saberiam previamente do gosto do meu gostar. E acertaram em cheio!”

Certa vez, ao terminar uma palestra na XVIII Conferência Nacional da Advocacia, na baiana Salvador, fui procurado por um entusiasmado advogado catarinense. Queria me cumprimentar pelo conteúdo e pela forma com que eu expusera sobre o delicado tema das opções econômicas ou sociais na efetivação da Constituição. Olhando-me com a admiração refletida no forte aperto de mão, soltou sua elogiosa pérola:

– Parabéns, Britto, o senhor mudou a minha opinião sobre os nordestinos. É que eu não sabia que havia pessoas inteligentes no Nordeste. Vou contar ao pessoal sobre o senhor e eles também irão mudar de opinião.

Base de Alcântara e o beijo do Judas

Por Fernando Rosa, em seu blog:

Nos próximos dias, Temer deverá entregar as chaves da base espacial de Alcântara, no Maranhão, para os patrocinadores do golpe de Estado no país. O acordo envolvendo a base, dizem, já está acertado com os Estados Unidos, nas condições deles, consolidando um vergonhoso gesto de traição aos interesses nacionais. Nos anos noventa, com Fernando Henrique Cardoso, um acordo barrado no Congresso Nacional chegava ao extremo de impedir o acesso de brasileiros às dependências da base.

A nova mina de ódios do fascismo nativo

Por Bajonas Teixeira, no blog Cafezinho:

A histeria contra a arte e os artistas, promovida por políticos de direita, tem um motivo simples: explorar uma nova mina de ódios. A classe média anti-Lula andava desmotivada. O governo Temer foi para ela uma cilada: salários congelados, reformas aterrorizantes, e oito aumentos da gasolina. A derrocada de Aécio a intimidou mais ainda. Nas ruas, ela deixou de atacar figuras ligadas ao PT. Os xingamentos de “petralha” e “esquerdopata” arrefeceram nas redes. Enfim, a velha fonte de ódios secou. Por isso, a associação de arte e pedofilia foi um achado. Com ela, emergiu da lama um límpido cristal de pura estupidez. A direita volta a urrar, xingar e ameaçar com torturas. E tudo em nome da moral e da família.

Ativistas detonam a "Lei do Facebook"

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Madrugada de quinta-feira, 5 de outubro. O plenário da Câmara dos Deputados aprova, em meio à reforma política, a censura à internet durante o período eleitoral, violando o Marco Civil e incentivando denúncias vazias.

À tarde, o Senado ratifica o texto da Câmara, inclusive a obrigatoriedade de provedores removerem conteúdo sem ordem judicial, em até 24 horas, quando candidatos ou partidos reclamarem de críticas, mesmo improcedentes.

A insensatez foi tão grande que juntou, numa mesma trincheira, o impensável: de movimentos sociais e de direitos humanos a setores econômicos com os mais variados interesses.

A conta do golpe é no lombo dos pobres

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Do insuspeitíssimo Valor, sobre como os pobres estão pagando a conta da crise e dos “cortes”:

Antes usado como vitrine em campanhas eleitorais, programas sociais como Luz para Todos, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Minha Casa, Minha Vida estão praticamente desaparecendo em meio à restrição fiscal. Diante do sucessivo aumento das despesas obrigatórias, puxado pela Previdência Social, há cada vez menos espaço no orçamento para essas ações.


Merval Pereira e a grana do Senac-RJ

Por George Marques e Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

De um lado, uma crise que já culminou com a demissão de pelo menos mil funcionários entre janeiro de 2016 e maio deste ano, mas vem sendo praticamente ignorada na grande imprensa brasileira. De outro, gastos milionários em publicidade e em palestras, com destaque para jornalistas e colunistas ligados ao maior conglomerado de comunicação do país, o Grupo Globo. Este é o contraditório retrato do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio de Janeiro (Senac-RJ), entidade cujo foco principal deveriam ser ações de educação profissional.

Veto de Temer favorece candidatos ricos

Ilustração: Bruno Aziz
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se o Congresso atual não fosse composto por uma maioria conservadora, alinhada com os grandes interesses econômicos, não teria havido golpe e Temer não estaria sentado na cadeira de presidente, fazendo e desfazendo contra os interesses da maioria da população, que responde com rejeição de 95%. A troca do financiamento empresarial pelo financiamento público das campanhas, agora aprovada, poderia ter sido uma chance de mudança na extração social e econômica dos congressistas, favorecendo os candidatos populares na competição com os abastados.

Bolsonaro e os neonazistas de Minas Gerais

Bolsonaro e Marco Antônio Santos, neonazista
assumido, ex-candidato a vereador
Por Eduardo Reina, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Ministério Público Federal de Minas Gerais recebeu, no fim de julho, material que foi apreendido junto aos homens condenados pelo Tribunal Regional Federal por crime de apologia ao nazismo e corrupção de menor.

Dentro desse material está uma carta enviada pelo deputado federal Jair Bolsonaro a um dos condenados.

O MPF deverá analisar pen drives contendo imagens e filmes de apologia ao nazismo, registros em redes sociais, livros, fichas de inscrição ao movimento Pátria Livre, de cunho fascista, e principalmente a carta de Bolsonaro.

Doria e MBL postos a nu

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Até os “coxinhas” abandonam o prefake Doria

Por Altamiro Borges

Na eleição de outubro passado, o ricaço João Doria obteve votações avassaladoras nos chamados “bairros nobres” da capital paulista. Com seu ódio doentio ao PT e às forças de esquerda, sempre nutrido pela mídia falsamente moralista, os “coxinhas” depositaram toda a sua confiança no velhaco que se apresentava como “o novo”. Passados pouco mais de nove meses, agora eles começam a perceber que ajudaram a gestar um farsante. A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (8) sinaliza que até a “zelite” babaca de São Paulo já percebeu que o “prefake” é um oportunista, sem qualquer compromisso com a cidade.

O golpe chegou à Embrapa

Por Ana Guerra, no site Brasil Debate:

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um dos maiores patrimônios públicos do Brasil e reconhecida internacionalmente por sua excelência em ciência e tecnologia, está sob riscos após o golpe contra a democracia ocorrido em 2016.

Empresa idônea em um país com quadro social, político e institucional permanentemente corroído pela corrupção, a instituição agoniza com a burocratização excessiva da atividade científica. Cada vez mais, seus pesquisadores doutores são obrigados a assumir responsabilidades não científicas na gestão de projetos, como o uso obrigatório de inúmeros sistemas eletrônicos inoperantes e não integrados, que os fazem gastar mais tempo em atividades “meio” pouco relevantes, em vez de se concentrarem em atividades “fins” para a construção de conhecimento que envolva pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia em benefício da sociedade brasileira.