sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

10 protestos em forma de marchas e sambas


Com o cenário político turbulento, marchinhas e até sambas-enredo se politizaram no carnaval deste ano. Com críticas às reformas de Temer e a figuras políticas, como os prefeitos Marcelo Crivella (Rio de Janeiro) e João Doria (São Paulo), a folia também se mostra um espaço de luta.

Os blocos de rua cada vez mais se firmam como palcos de manifestações. O Comuna Que Pariu, no Rio de Janeiro, protesta contra a reforma trabalhista e da Previdência. Ainda na capital fluminense, o Simpatia É Quase Amor, que desfilou na semana passada, ironizou a gestão de Marcelo Crivella. Já em São Paulo, Doria é criticado na marchinha intitulada Prefake, do Bloco do Fuá.

A farsa jurídica e os moralistas imorais

Por João Quartim de Moraes, no site Vermelho:

Não somente entre os defensores das causas sociais e do desenvolvimento nacional autônomo, militantes da democracia, da causa do povo e do socialismo, mas também entre os brasileiros honrados, para os quais a coisa pública não se confunde com a “cosa nostra”, é fundada e forte a convicção de que o processo de Lula configura uma escandalosa farsa judiciária.

FHC rifa Alckmin e infla Huck

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Já pensaram numa eleição com Bolsonaro e Huck no segundo turno, uma disputa entre a extrema-direita e a direita, agora chamada de “centro-liberal-reformista”?

Pelas últimas movimentações no tabuleiro da campanha eleitoral, isso já não é tão improvável.

Aos poucos, o cenário vai afunilado para poucos nomes competitivos, embora a cada dia apareçam novos candidatos, como o inacreditável Fernando Collor, ele mesmo.

Vejam as jogadas em curso neste momento:

Corte nos juros não chega ao bolso do cliente

Por Dimalice Nunes, na revista CartaCapital:

O Banco Central reduziu, pela 11ª vez consecutiva, a taxa básica de juros, agora em 6,75% ao ano. Apesar de a Selic já ter alcançado em dezembro do ano passado o menor patamar desde 1986, o spread bancário - que é a diferença entre o preço que o banco paga pelo dinheiro e o que ele cobra dos seus clientes - segue elevado. Enquanto a Selic caiu para menos da metade, o spread alcançou apenas em dezembro os 32 pontos, mesmo patamar de dois anos antes, quando a Selic ainda estava em 14,25%.

Cármen Lúcia e os que desacatam a "Justiça"

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A presidenta do STF, ministra Carmen Lúcia, disse, na abertura do ano judiciário, no início do mês, que é “inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça”, como se a casta de privilegiados à qual pertence estivesse acima do bem e do mal. A presidenta do Supremo não citou a decisão do TRF-4 sobre Lula, mas a indireta era clara, tanto para o ex-presidente quanto para os milhões de brasileiros que consideramos sua condenação injusta e movida por interesses políticos.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Bloco carnavalesco discute a internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Já imaginou um bloco carnavalesco cujo trajeto percorresse as principais redes sociais e aplicativos, coletando por onde você andou, com quem estava, o que consumiu e tudo o que você fez ou deixou de fazer? Essa é a proposta do Bloco Dado Bem Dado, que ocorrerá no celular de todos os foliões interessados em entender a importância da discussão sobre a proteção de dados pessoais.

FBI discute a Lava-Jato em São Paulo

Supremo não prende, mas fuzila o Lula

"Moraloides" estão sendo desmascarados

Golpe no Brasil: A exceção e a regra

Por Lindbergh Farias, no Jornal GGN:

“A democracia no Brasil é um grande mal-entendido”, disse certa vez Sérgio Buarque de Holanda, escritor de obras clássicas de interpretação do Brasil. O que ele queria dizer ao pronunciar a frase? O nosso autor clássico remetia a duas questões principais.

Em primeiro lugar, a constatação que na história do Brasil a interrupção da ordem democrática sempre foi mais a regra que a exceção. Na breve história republicana apenas seis constituições foram escritas, duas das quais em plena ditadura (1937 e 1967), e, após a clivagem de 1930, apenas cinco presidentes eleitos cumpriram o mandato em prazo integral (Dutra, Juscelino, FHC, Lula e um mandato de Dilma). Depois, as nossas classes dominantes, nem mesmo em processo de formação, jamais cultivaram virtudes revolucionárias e se alinharam invariavelmente aos ditames daquilo que Marx chamava no século XIX de “partido da ordem”.

O lucro do Itaú e a verdadeira corrupção

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O Itaú Unibanco teve um lucro de R$ 24,9 bilhões no ano de 2017; um ganho 12,3% maior que o lucro que teve em 2016.

O jornal Valor de 6/2/208 [página A2] informa que devido ao lucro espetacular, o Itaú decidiu distribuir um “superdividendo” de R$ 17,6 bilhões aos seus acionistas – que não são mais que um punhado de rentistas e especuladores.

Enquanto o Itaú e a orgia financeira tiveram lucros exorbitantes em 2017, o orçamento da União teve um déficit de R$ 124 bilhões.

A Cepal e a "reforma" da Previdência

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) é uma instituição integrante do sistema das Nações Unidas. A Comissão foi criada em 1948 e vai completar sete décadas de existência no próximo dia 25 de fevereiro. Desde então o organismo tem contribuído de forma significativa para o processo de desenvolvimento social e econômico da região. Por seu quadro de dirigentes passaram economistas e intelectuais de grande importância para a consolidação do pensamento e de formulações relativas a questões como a desigualdade e os obstáculos à superação do atraso relativo de nossos países.

Reforma trabalhista: ainda é possível mudar

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A agenda da reforma trabalhista e sindical está pautada na sociedade brasileira há algum tempo, em função de vários motivos, como as mudanças na base produtiva e na divisão internacional do trabalho, a expansão do setor de serviços e a disseminação de novas tecnologias e do trabalho imaterial – fatores que impactam o emprego e as empresas e demandam transformações do sistema de relações do trabalho.

Desde já, ressalta-se também a necessidade da reforma tributária, política, eleitoral, agrária, do solo urbano, da educação, do Estado e dos serviços. Longa é a lista das inúmeras reformas urgentes que estão paradas.

Carrasco de Cancellier é exonerado na UFSC

Luiz Carlos Cancellier
Por Raquel Wandelli, no site Jornalistas Livres:

Um dia após reassumir o cargo de corregedor geral da Universidade Federal de Santa Catarina, Rodolfo Hickel do Prado, pivô das denúncias que desencadearam a Operação Ouvidos Moucos e resultaram na prisão e suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, foi exonerado. Portaria assinada pelo reitor pro tempore da UFSC, Ubaldo Balthazar, afastando-o do cargo de corregedor-chefe e nomeando o corregedor Ronaldo Davi Barbosa, deve ser publicada nesta quinta-feira (08/2) pelo “Diário Oficial da União”.

Eletrobras, a privatização bandida

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

A essa altura dos acontecimentos está mais claro para boa parte dos brasileiros que, se os golpistas seguirem implantando o seu programa, passaremos a considerar a primeira onda neoliberal, que teve seu auge no governo Fernando Henrique Cardoso, um passeio no parque. Com o golpe e a aplicação de um ultraliberalismo agressivo, que nem o FMI recomenda mais, o Estado foi colocado na condição de vilão e principal causador da crise econômica.

Fernando Henrique, o “Angélico”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como este ano eu deixo – vá lá, tenham boa vontade – a meia idade e entro na implacável estrada da velhice, não posso deixar de sentir certa piedade de Fernando Henrique Cardoso, a quem o escurecer da vida não ensinou a discrição.

Porque, afinal, tudo o que tem feito na política é vestir camisetas destas que chamam “mamãe, sou forte” e exibir sua flacidez moral e intelectual em praça pública ao promover a candidatura Luciano Huck e dizer que ela “seria boa para o Brasil”, para “arejar” e “botar em perigo a política tradicional”.

Liminar de Fux compra quantos triplex?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando o novo presidente do TSE Luiz Fux ameaça retirar Lula da campanha presidencial ao dizer que "Ficha Limpa está fora do jogo democrático", cabe lembrar a origem da condenação: um triplex que Lula não comprou, não usou nem alugou. Também cabe recordar que em 2014 o novo presidente do TSE Luiz Fux assinou liminar autorizando o pagamento de auxílio moradia no valor de R$ 4.300 a 17.000 juízes federais, decisão capaz de gerar uma conta atual de R$ 884 milhões por ano. Por baixo, daria para comprar pelo menos 490 triplex a cada ano passado depois da aprovação da liminar. Ou alugar 15.000 imóveis de ótimo padrão num bairro nobre de São Paulo.

Mídia almeja a imagem de Lula preso

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todos sabemos desde que a perseguição a Lula se iniciou que há um risco claro e expressivo de seus inimigos conseguirem encarcerá-lo. Talvez até temporariamente, pois muitos acreditam que mantê-lo preso indefinidamente pode se converter até em ameaça à democracia.

Mas o que os inimigos de Lula querem, acima do que alardeiam em meio ao fedor insuportável de hipocrisia que exalam, é uma imagem. Essa imagem seria a compensação pelo sofrimento que lhes causaram as quatro derrotas eleitorais acachapantes que sofreram para o insolente pau-de-arara de Garanhuns.

A bizarra entrevista de Fux à Globo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Luiz Fux, ministro do STF que tomou posse como presidente do TSE na última terça, concedeu entrevista ao jornal O Globo.

O nível da submissão de Fux à agenda da Globo e a quantidade de absurdos proferidos na entrevista são surreais.

A manchete do site do Globo nesse momento, em letras garrafais, é a seguinte: “Político ficha-suja é “irregistrável”, diz Fux”.

Sobre auxílios e a hipocrisia das elites

Por Beatriz Cerqueira, no jornal Brasil de Fato:

Foi de um grupo de WhatsApp que recebi o cartaz. Nele uma mulher, negra, deitada numa rede, pergunta ao telefone: "Alô, é da Caixa? Já depositaram meu Bolsa Família, Bolsa Escola, seguro desemprego?"

No momento em que se desnudam os "auxílios" que são, na verdade, privilégios a magistrados e políticos, deveríamos nos perguntar: em que país vivemos onde o auxílio-moradia de um juiz é superior ao salário de uma professora? Que valores temos ou queremos construir como sociedade? Também é preciso nos questionarmos sobre que país é este de desigualdades estruturais, onde o que incomoda não é o auxílio do juiz, mas a política de combate à fome!