sábado, 3 de março de 2018

Rio, laboratório do Brasil. Qual o objetivo?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Estamos a sete meses das eleições de 2018, quando o povo escolherá (deverá escolher) seu presidente, todos os governadores de Estado, todas as assembleias legislativas, toda a Câmara dos Deputados e dois terços do Senado Federal. Tratam-se, portanto, de eleições quase-gerais. No entanto ainda são desconhecidas as regras jurídicas do pleito e, no plano federal, não são conhecidos os candidatos, à direita – que não se entende – e à esquerda, pois sobre a candidatura Lula – aquela da preferência do eleitorado – há, ameaçando-a, a espada de Dâmocles da especiosa vedação já anunciada pelos tribunais.

Maioria discorda da condenação de Lula

Da Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter o direito de ser candidato à Presidência da República. É esta a opinião de 54% dos brasileiros, eleitores ou não de Lula, ouvidos em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Vox Populi. Afirmam que ele deve ser impedido de se candidatar 37%, segundo o levantamento feito a pedido da CUT entre 24 e 26 de fevereiro – um mês depois da condenação de Lula em segunda instância pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4).

O jogo de marketing do governo golpista

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Depois da posse em Brasília de Raul Jungmann como Ministro da Segurança Pública, com promessas várias do gênero engana incauto, o Presidente lesa pátria Michel Temer continuou fazendo marketing político com objetivo de alavancar a sua candidatura presidencial. Embora tenha dito que não será candidato, Temer procura aparecer de todas as formas como uma espécie de “salvador da pátria”.

Curiosamente, sempre está ao seu lado o Ministro Moreira Franco, que quando foi governador do Estado do Rio de Janeiro procurou de todas as formas destruir o projeto dos CIEPS, que se continuasse como foi projetado por Darcy Ribeiro no governo de Leonel Brizola, possivelmente muitos dos jovens de então se continuassem a seguir o que ditava o projeto estariam hoje inseridos no mercado de trabalho e o atual bloco do tráfico se reduziria.

A Petrobras e a postura de avestruz

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lançado na noite de quinta-feira, no Rio de Janeiro, numa cerimônia que contou com a presença de Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, além de economistas do gabarito de José Luíz Fiori e Marcio Pochmann, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível Zé Eduardo Dutra (INEEP) tem a vocação de cumprir uma função essencial num país que procura encontrar caminhos para interromper o processo de destruição iniciado pelo golpe de 2016.

A proposta do INEEP é debater ideias, avaliar tendências e estudar as opções estratégicas necessárias para fazer o necessário um caminho de volta, num cenário mais adverso, no qual o esquartejamento da Petrobras e o leilão na bacia das almas das reservas do pré-sal promovidos pelo governo Temer não podem ser vistos como episódios locais.

Um recado aos carrascos de Lula

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Tudo leva a crer que as instituições da República, corrompidas até a medula pelo ativismo político de direita, estão apostando suas fichas na reação popular de baixa intensidade à prisão de Lula. Afinal de contas, se o golpe de estado, a regressão social jamais vista, a pilhagem do patrimônio público e a entrega das riquezas do país não provocaram a comoção das ruas, por que o encarceramento do ex-presidente teria o condão de fazer o povo se revoltar?

EUA, Rússia e a nova corrida armamentícia

Do site Vermelho:

O presidente Russo Vladmir Putin anunciou, na quinta-feira (1), que seu país desenvolveu um novo arsenal estratégico capaz de levar ogivas nucleares e que não seria capaz de ser interceptado, como resposta a flexibilização dos limites para a utilização de armas nucleares nos EUA promovidos pela administração Trump

Putin declarou, em rede nacional, que a Rússia testou uma série de novas armas nucleares no final de 2017, incluindo um míssil que poderia atingir todos os pontos do mundo e que não poderia ser bloqueado por outros sistemas antimisseis.

Intervenção no Rio e o avanço do fascismo

Por Carlos Eduardo Martins, no Blog da Boitempo:

A intervenção federal militar na segurança do Rio de Janeiro e sua possível extensão a outros Estados marca uma nova etapa da escalada repressiva que avança no Brasil desde o golpe de 2016, configurando tecnicamente um Estado de Exceção.

Constitucionalmente, são três os níveis de Estado de Exceção: Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio. Cumprimos com esta iniciativa o primeiro nível do Estado de Exceção: até o final de 2018, o Congresso terá suas prerrogativas reduzidas e, no Rio de Janeiro, a Justiça Militar substitui em parte a Justiça Civil para assuntos de segurança pública, situação que incidirá basicamente sobre a vida das camadas populares. A intervenção federal realiza-se de maneira açodada e não atende aos requisitos constitucionais substantivos para sua realização: não há grave desordem pública no Rio de Janeiro, como demonstram os indicadores da cidade no ranking da violência no país e os que atestam a redução dos índices de criminalidade deste carnaval em relação ao de 2017.

Greve de Moro é bofetada no Brasil

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Deu no jornal O Globo que os juízes federais brasileiros aprovaram “paralisação nos trabalhos” no próximo dia 15 de março. A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) credita essa “greve de um dia” à “indignação” de Suas Excelências contra as reclamações que explodiram no país quando veio a público que são gastos BILHÕES do dinheiro público para pagar auxílio-moradia para essas “excelências indignadas” mesmo quando têm imóvel próprio e não precisam desse “auxílio” pago pelo meu, pelo seu, pelo nosso SUADO dinheirinho.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Poder Judiciário: um sistema podre!

Temer: de "decorativo" a "pato manco"

Por Antonio Barbosa Filho

“Pato manco” é uma expressão que surgiu nos Estados Unidos ( “lame duck”, em inglês) para designar aquele presidente da República, governador ou prefeito que vive o período entre a eleição e a posse do seu sucessor, especialmente quando este é seu adversário, ou não foi eleito com seu apoio. É uma fase melancólica, porque todas a atenções estão voltadas ao novo titular, que assumirá em breve. O governante que se despede perde toda a importância e, nos EUA e em qualquer parte, fica limitado a medidas sem maiores consequências – talvez a mais importante delas seja dar o indulto de Natal e presos...

Globo obriga TRF1 a recuar em sua decisão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A desmoralização da Justiça segue ladeira abaixo.

No dia 22 de fevereiro passado, o G1, da Globo, noticiou a mudança de juízes em processos envolvendo Lula, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Henrique Alves.

Até então, os processos estavam sob o controle do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal, seguidor do padrão Sérgio Moro.

Doria troca saúde e educação por asfalto

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Depois de triplicar a reprovação ao seu governo (de 13% para 39%) no último Datafolha, o que o fez desistir dos sonhos presidenciais, o prefeito João Doria se conformou em disputar a sucessão de Geraldo Alckmin em São Paulo.

Como as ruas esburacadas na cidade foram um dos motivos da sua queda nas pesquisas, o prefeito resolveu dar um cavalo de pau nos investimentos municipais pois tem pouco tempo para mostrar serviço.

O desemprego e as fake news da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O IBGE acaba de divulgar os últimos números do mercado de trabalho, atualizado até janeiro deste ano.

Não acreditem nas mentiras da Globo. É um quadro absolutamente dramático, uma prova de que o problema da violência que avança no país não será resolvido jogando dinheiro fora com intervenções militares puramente circenses.

O trimestre de novembro até janeiro encerrou com a destruição de quase 600 mil empregos formais em relação ao ano passado.

Quase 600 mil!

A inspiração da política externa de Trump?

Por Olivier Zajek, no site da Fundação Maurício Grabois:

No dia 6 de novembro de 2017, em uma nota virulenta do New York Times intitulada “Aniversário do apocalipse”, a editorialista Michelle Goldberg evocou com intensidade o primeiro ano de administração de Donald Trump. Um “pesadelo”, ataca ela, durante o qual “o impensável se tornou cotidiano” [1]. A julgar pela quantidade de reprovações expressas por especialistas e formadores de opinião do eixo BosNyWash (Boston, Nova York, Washington), Goldberg não parece ser a única a experimentar um sentimento de expropriação quanto à evolução pela qual passa os Estados Unidos depois das investidas do 45º presidente.

IBGE confirma: Brasil virou país do “bico”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(Pnad) do IBGE confirmam a tendência que aqui e em muitos outros lugares tem sido motivo de alerta para o fato de que estamos nos tornando o país do “bico”.

Alem de não haver queda no nível de ocupação – que se manteve nos estratosféricos 12,2%, em um ano, quem acha trabalho trocou os direitos e garantias da carteira de trabalho assinada por ocupações autônomas, informais ou não.

Isso que está aí não é mais democracia

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A democracia no Brasil entrou em colapso e estamos nos primeiros momentos de um novo regime de tipo ditatorial.

Há resistências quanto a esta assertiva.

Na direita, a rejeição é óbvia: são as forças políticas que estão demolindo a democracia e jamais admitirão isso. Como em 1964, sufocam a democracia dizendo defendê-la. Basta ver a reação dos jornais das elites em 1 de abril de 1964: “Vitorioso o movimento democrático” (manchete de O Estado de S.Paulo) e “Ressurge a democracia” (editorial de O Globo) . Agora, não é diferente, como temos assistido à farta.

Selic cai, produção patina e bancos lucram

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

As estatísticas de crédito bancário divulgadas pelo Banco Central na terça-feira, 28 de fevereiro, revelaram alguns números um tanto intrigantes, principalmente quando comparados à elevada lucratividade dos bancos brasileiros em 2017, quando os quatro maiores bancos de varejo (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) registraram em conjunto um lucro recorde de 65 bilhões de reais, alta de 21% em relação a 2016.

Mais do que a estratosférica (e renitente) rentabilidade do oligopólio financeiro que atua no país, o que mais surpreende é que tais resultados tenham se dado em um contexto de redução de 5,75 p.p. da taxa Selic e de mísero crescimento de 1% do PIB, isto é, de estagnação da renda per capita.

"Mercado" já discute chapa Alckmin-Meirelles

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Renato Rovai, em seu blog:

Após a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, consolidou-se no mercado financeiro a certeza de que a sua candidatura a presidente está inviabilizada. Mesmo que não venha a ser preso, Lula seria cassado pela ficha limpa. Com isso, o cenário de segundo turno das eleições teria se tornado menos ameaçador para o projeto neoliberal que vem sendo implementado após o golpe contra Dilma Rousseff.

As misérias da intervenção no Rio

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Começo a coluna com o último parágrafo do artigo de Benjamim Steinbruch estampado na Folha de S.Paulo na terça feira 20 de fevereiro: “Políticas econômicas irresponsáveis, que provocam desemprego, jogam jovens desocupados nos braços da criminalidade. O País precisa com urgência de crescimento econômico e criação de postos de trabalho. E isso não é tarefa para generais”.

Neste espaço, já aborreci o leitor de CartaCapital com o tema da violência no Brasil. Mas vou insistir. Com raras e pontuais interrupções, o Estado oligárquico brasileiro ocupa-se há séculos da produção da insegurança: omite-se diante das tragédias do desemprego, da falta de saúde e de moradia e recua diante da violência dos criminosos.

A esperança não pode morrer

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Apesar de toda a alegria do carnaval passado em quase todas as cidades de nosso pais, há um manto de tristeza e desamparo que se pode ler nos rostos da maioria que encontramos nas ruas das grandes cidades como o Rio e São Paulo entre outras.

É que politicamente o golpe parlamentar-jurídico-mediático (e hoje sabemos apoiado pelos órgãos de segurança dos USA) nos fechou o horizonte. Ninguém pode nos dizer para onde vamos. O que aponta de forma inegável é o aumento da violência com um número de vítimas que se igualam e até superam as regiões de guerra. E ainda sofremos uma intervenção militar no Rio de Janeiro.