terça-feira, 3 de abril de 2018

Sky investe na campanha de ódio fascista




O chamamento à manifestação do VEM PRA RUA está no Facebook e leva o nome “Ou você vai, ou ele volta!” É descarado. Querem prender o Lula para evitar que ele volte, democraticamente eleito, pelos braços do povo. Os grupos fascistas e a direita em geral querem impedir o povo brasileiro de escolher livremente o novo presidente do Brasil, depois da tragédia chamada Michel Temer.

De onde vem o perigo do fascismo?

Por Breno Altman, em seu blog:

As agressões contra a caravana do ex-presidente Lula, no sul do país, culminando com um atentado a tiros no Paraná, deram novos contornos ao clima de intolerância que toma conta da nação.

Um par de semanas após o assassinato de Marielle Franco e Anderson Pedro, encabeçando lista de execuções que chega a quase setenta durante o atual governo, os acontecimentos meridionais confirmam a reintrodução da violência planificada como instrumento de luta política.

Ao contrário do último período ditatorial, quando o Estado monopolizava a repressão contra qualquer força rebelde, por meios institucionais ou clandestinos, dessa vez a violência se reapresenta principalmente como fenômeno paramilitar.

O jejum de Dallagnol pela prisão de Lula

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, foi às redes sociais no domingo de Páscoa para contar que ficará sem comer e fará orações pela prisão de Lula.

“O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país”, escreveu.

O gesto fanático de Dallagnol tem que ser entendido no contexto da criação dele numa igreja evangélica de Curitiba. O DCM explicou de onde vem o fervor religioso de Dallagnol numa matéria que reproduzo aqui:

Luta sindical e a disputa de ideias

Foto: Juliano Vieira/Brasil de Fato
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho em um cenário de crise econômica global, aliadas aos ataques promovidos pelo governo de Michel Temer aos direitos trabalhistas, foram temas de debate nesta segunda-feira (26), em São Paulo. A atividade inaugurou o curso A comunicação para enfrentar os retrocessos, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

A economista Marilane Teixeira (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho), além de Antônio Augusto Queiroz, o Toninho (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - Diap) e Fausto Augusto Júnior (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - Dieese) refletiram sobre os desafios colocados para a luta sindical no país.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

América Latina: faces do novo autoritarismo

Por Isabella Gonçalves, no site Outras Palavras:

As democracias latino-americanas vêm passado por um processo de profunda (des)configuração após mais de uma década de experimentalismo democrático, que teve seu ápice na Venezuela e na Bolívia, onde as experiências de poder popular e reinvenção do Estado construíram transformações experimentais na organização do poder político e transformações substantivas na condição de vida das pessoas.

Golpes parlamentares, reviravoltas eleitorais à direita, legislações de exceção, intervenções militares e agora uma ameaça concreta de invasão militar na Venezuela lançam sobre o continente a sombra do militarismo e do autoritarismo.

Confiança na mídia despenca no Brasil

Do blog Socialista Morena:

Nunca se confiou tão pouco na imprensa: o Brasil, a Índia e os Estados Unidos são os três países do mundo onde a confiança na mídia mais caiu, de acordo com o estudo global Edelman Trust Barometer 2018, divulgado no último dia 28 de março. Pela primeira vez, a mídia aparece como a instituição menos confiável em relação às outras (governo, empresas e ONGs) em 22 dos 28 países pesquisados. A explicação para a queda são as notícias “distorcidas” e as fake news.

​​Prisioneiros de si e de seu próprio ódio

Por Dr. Rosinha, no site da Fundação Perseu Abramo:

Em artigo que escrevi semana passada, intitulado ‘Marielle’, condeno a opressão e os atos de violência de todo tipo, principalmente a violência física, tão farta no Brasil, presente no cotidiano e exposta dia e noite nas TVs e rádios.

Locutores, “animadores” e os autodenominados repórteres policiais, através de suas posições nos meios de comunicação, incentivam a violência. Incentivam a lei do “olho por olho” (Código de Hamurabi), ou seja, incentivam mais violência.

Henrique Meirelles à sombra de Temer?

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após festejar o crescimento de 1% do PIB em 2017 e talvez animado com a última rodada de pesquisas do Datafolha, na qual figura com 1% das intenções de voto, Henrique Meirelles decidiu deixar o comando do Ministério da Fazenda para tentar viabilizar a sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Desde a sexta-feira, 23, após um encontro com Michel Temer, os rumores ganharam substância. Ao longo da semana, ainda tentou despistar. Disse que daria a palavra final até a próxima terça-feira 3 de abril.

O jogo de cena não colou. Além de o ministro ensaiar discurso de candidato em convescotes com empresários, o MDB confirmou, pelas redes sociais, que Temer e o senador Romero Jucá assinarão a filiação de Meirelles ao partido nessa mesma data.

O ódio com pitadas de psicopatia

Por Tiago Muniz Cavalcanti, no site Vermelho:

Marielle Franco, vereadora do Psol, foi assassinada com três tiros na cabeça e um no pescoço. Muito embora ainda se desconheçam os motivos e os autores dos disparos, as circunstâncias não deixam dúvidas das razões políticas subjacentes: mulher, negra, lésbica, nascida e crescida na favela da Maré, militante da democracia e dos direitos humanos, era crítica da polícia militar e da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

A mobilização em torno de sua morte por aqueles que hasteiam suas bandeiras foi capaz de provocar reações ideologizadas por parte da sociedade tomada pelo ódio e que cresce exponencialmente.

Um ex-dirigente da Shell na Petrobras

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Colocar a raposa dentro do galinheiro. É exatamente isso que o ilegítimo governo Michel Temer pretende fazer na Assembléia Geral da Petrobrás de 26/4/2018 que confirmará as indicações de José Alberto de Paula Torres Lima e de Ana Lúcia Poças Zambelli para o Conselho de Administração da Petrobrás, que é o principal órgão de governança da estatal brasileira.

Durante 27 anos, José Alberto de Paula Torres Lima foi funcionário da Shell, a multinacional petroleira anglo-holandesa que busca se apropriar de nacos da Petrobrás que estão sendo privatizados e desnacionalizados pela atual direção ilegítima da Petrobrás.

O longo caminho da mudança

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

A prisão dos três amigos do Presidente Temer, o atentado à bala contra a caravana do ex-Presidente Lula, a ausência de uma resposta esclarecedora sobre quem assassinou Marielle, a mão do candidato Bolsonaro simulando uma pistola apontada para a cabeça de um boneco representando Lula, são fatos muito graves. Os quinze minutos do Jornal Nacional inviabilizando a “reeleição” de Temer (que já era inviável) e dizendo a ele que “podemos tirá-lo quando quisermos”, bem como humor do Ministro Gilmar Mendes -que não vai muito bem- somam-se aos fatos anteriores, para mostrar que a rede golpista, que criou condições para derrubada da Presidenta Dilma, ao mesmo tempo que está num dilema sobre o sentido que quer dar a sua estratégia de poder, estuda uma nova estratégia, que ainda não está definida.

domingo, 1 de abril de 2018

Barroso mentiu sobre contrato de palestra

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Folha de São Paulo bem que tentou salvar a pele do ministro Luis Roberto Barroso, publicando um “desmentido” à informação de que ele teria sido contratado por R$ 47 mil, pelo TCE-RO, para dar palestra na instituição.



Pelo jeito, quem mentiu foi Barroso. E mentiu conscientemente, porque em 2017, ele deu a mesma palestra e auferiu o mesmo valor.

O ovo de serpente da intervenção no Rio

Por Maurício Thuswohl, na Rede Brasil Atual:

Além do indefectível efeito anestésico que aos poucos vai dominando os corações e mentes de boa parte dos "indignados", os quinze dias decorridos desde o atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes nos trouxeram a certeza de que um ameaçador ovo de serpente está sendo chocado no Rio de Janeiro, com a anuência – para não dizer incentivo – do governo federal. Ao tirar proveito da situação de falência financeira, administrativa e política do Rio provocada pela gestão desastrosa de seu próprio partido, o MDB, e inventar uma intervenção na segurança pública fluminense que parece ter o principal objetivo de trazer dividendos a seu próprio governo, o presidente Michel Temer dá uma perigosa carta branca a setores das "forças de ordem" acostumados a preencher suas páginas com letras vermelhas de sangue.

Impunidade prepara novos ataques contra Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Mesmo num país no qual crimes políticos raramente são investigados, muito menos esclarecidos, a apuração sobre os três tiros contra dois ônibus da caravana de Lula já atinge um nível grotesco, justificando a certeza de que tudo será feito para que não se chegue a lugar nenhum - exatamente como ocorria nos piores momentos da ditadura militar.

Só para rememorar com três exemplos. Em 1971, quando o empresário Rubens Paiva foi torturado e morto, divulgou-se que havia escapado dos meganhas que o sequestraram e nunca mais fora visto. O assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, foi apresentado como suicídio, inclusive com foto forjada. Em 1981, o atentado a bomba do RioCentro, que poderia ter custado a vida de milhares de pessoas reunidas num show de 1 de Maio, no Rio de Janeiro, foi atribuído a uma organização armada, VPR.

Ministério da “xêpa” mantém Meirelles e Jucá

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer anunciou os “tapa-buracos” da antiga “equipe dos sonhos” da economia.

No lugar de Henrique Meirelles, Eduardo La Guardia, seu segundo na Fazenda e ex-secretário do Tesouro de Pedro Malan, no governo FHC.

No BNDES, onde há algum ainda para emprestar para as eleições, Dyogo Oliveira, posto por Romero Jucá no Planejamento quando este teve de sair, após o escândalo das gravações de Sérgio Machado, substitui Paulo Rabello de Castro, picado por uma inexplicada mosca azul de candidatura.

Lula e a repetição da farsa do Riocentro

Por Ricardo Amaral, no Jornal GGN:

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não tem a menor condição de conduzir um inquérito isento sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula na rodovia entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na noite da terça-feira, 27. Há fortes indícios de que se caminha para a construção de uma farsa semelhante ao inquérito do Ricocentro.

A primeira reação da Secretaria, tão logo o atentado foi denunciado à imprensa e pelas redes sociais, foi divulgar uma nota oficial escandalosamente mentirosa. Afirmava que Lula teria feito o percurso de helicóptero e que o PT não havia solicitado escolta para caravana.

A crise política e o dilema da oposição

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Na passagem dos 54 anos do golpe militar de 1964, o fantasma do adiamento das eleições tem rondado o meio político, com todos os riscos que isso representaria para a democracia. A possibilidade de um afastamento de Temer, por força da aprovação de uma nova denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, deixa os partidos de esquerda num dilema. Em outro momento, já estariam pedindo o impeachment e preparando atos com o refrão Fora Temer. Mas, em considerações reservadas, ainda sob o impacto das prisões de amigos do presidente, alguns de seus líderes ponderam que ficou tarde demais para seu afastamento e que agora sua manutenção traz mais segurança do que sua troca por Rodrigo Maia, com vistas à manutenção do calendário eleitoral.

Golpe de 1964: Estamos de volta ao passado?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Eu tinha 16 anos em 1964, estava começando a trabalhar num jornal de bairro e tinha a ligeira impressão de que algo de muito grave estava para acontecer.

Depois do comício de Jango na Central do Brasil e da revolta dos marinheiros no Rio, começou-se a clamar abertamente na imprensa por um golpe militar para “acabar com a baderna e a corrupção” e “livrar o país do comunismo”. Lembra alguma coisa?

Vivíamos os tempos da Guerra Fria e o país estava dividido entre reacionários e trabalhistas, direita e esquerda, como hoje.

Seguidor de Bolsonaro e a caravana de Lula

Por Daniel Giovanaz e Poliana Dallabrida, no jornal Brasil de Fato:

O jornalista Karlos Eduardo Antunes Kohlbach, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP-PR), também se apresenta como assessor de imprensa do comitê de campanha do deputado Jair Bolsonaro (PSL) em Curitiba. Esta semana, Kohlbach divulgou em um grupo de repórteres no WhatsApp a agenda oficial de Bolsonaro no Paraná. No mesmo grupo, o assessor da SESP-PR informou o posicionamento da pasta sobre as investigações do atentado à caravana do ex-presidente Lula (PT).

A mídia e o golpe militar de 1964

Por Altamiro Borges

Este 1º de abril marca os 54 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964. Na época, o imperialismo estadunidense, os latifundiários e parte da burguesia nativa derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart. Naquela época, a imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornalões continuaram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições.