sexta-feira, 4 de maio de 2018

Reformas estruturais e os direitos sociais

Do site da Fundação Maurício Grabois:

Na próxima terça-feira, 8 de maio, às 18h30, no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa/RS, será realizado o sexta e último debate do Seminário "Desenvolvimento Nacional - Dilemas e Perspectivas", intitulado Reformas Estruturais e Direitos Sociais.

Serão palestrantes o jornalista Altamiro Borges (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé), a psicopedagoga Abgail Pereira (CTB/UBM), o auditor fiscal Floriano Sá Neto (Presidente da ANFIP), Frei Sérgio Gorgen, Edson Carneiro Índio, com mediação de Jorge Branco.

Governo Temer acabou e STF apequenou

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Entramos em maio vendo no horizonte a formação de uma tempestade perfeita na política e na economia.

A cinco meses das eleições, e faltando oito para acabar este governo, o Brasil engatou o ponto morto.

Na verdade, o governo Temer já acabou e as instituições caminham para a autodestruição.

Confinado no Palácio do Planalto, o presidente da República apenas cumpre tabela e arma sua defesa para enfrentar novas denúncias. Sem “reformas”, não tem mais nada para fazer.

Sobre fogo, direitos e Justiça

Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:

O incêndio que consumiu um edifício de 24 andares no centro de São Paulo é responsabilidade de agentes que não respeitam as leis. Que agem à revelia das regras pactuadas no estado democrático e da constituição. Correto?

Sim, mas erra quem pensa que os criminosos aí são as pessoas que viviam no prédio.

Existe um livro de capa verde, que em suas 512 páginas estabelece as leis que devem reger a vida coletiva no país. Chama-se Constituição da República Federativa do Brasil, e pode ser inteiramente lido na Internet.

Blogueiros discutirão a crise política

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas ocorreu em 2010, concomitantemente ao processo eleitoral que elegeu Dilma Rousseff pela primeira vez.

A ideia partiu do jornalista Luiz Carlos Azenha, repórter da TV Record e fundador do site Viomundo. Azenha se inspirou em evento semelhante que reuniu milhares de blogueiros norte-americanos na eleição de Barack Obama, um ano antes.

Uma reunião foi marcada pelo idealizador do evento no tradicional restaurante paulistano Sujinho.

Unidade das Esquerdas: Quando e como?

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

Tenho escrito muito sobre as esquerdas, o seu passado e o seu futuro.

Tenho preferência pelas questões de fundo, coloco-me sempre numa perspectiva de médio e longo prazo e evito entrar nas conjunturas do momento. Neste texto sigo uma perspectiva diferente: centro-me na análise da conjuntura de alguns países, e é a partir dela que coloco questões de fundo e me movo para escalas temporais de médio e longo prazo.

O Reichstag processual de Sergio Moro

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os conflitos que atravessam, hoje, o nosso Sistema de Justiça, não são apenas incidentes na ordem jurídica. Nem apenas um ponto fora da sua curva política. Opino que sejam originários, na verdade, de um novo modo de produzir o Direito como “exceção”. De uma parte, porque esta dispensa a norma escrita, que a instala -seja qual for a sua origem- e de outra, porque dispensa a força das armas para inaugurá-la. Este novo modo de instalação da “exceção”, porém, promove a perversão dos princípios constitucionais de tal forma que cria um Sistema Jurídico paralelo, cuja origem é um falso corpo “Constituinte”: a “opinião pública”, produzida e induzida pelos meios de comunicação hegemônicos.

A perversidade da reforma trabalhista

Do site Brasil Debate:

O livro “Dimensões críticas da reforma trabalhista”, organizado por José Dari Krein, Denis Gimenez e Anselmo dos Santos no âmbito de um convênio entre o Ministério Público do Trabalho e o Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, é, possivelmente, o mais completo trabalho sobre a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional em 2017.

Mais de 20 pesquisadores foram mobilizados para tratar de várias dimensões da reforma trabalhista; a experiência internacional, os impactos sobre a flexibilização das relações de trabalho, sobre os sindicatos, sobre a desigualdade e a vulnerabilidade dos trabalhadores, sobre o financiamento da Previdência Social, dentre outros temas.

Corpos que incomodam merecem o fogo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A história da expansão e ocupação de áreas centrais das cidades no Brasil é um conto de horror. As pessoas foram retiradas de suas casas, expulsas para a periferia cada vez mais distante, consideradas estrangeiras em sua própria terra. Pelo menos, na medida do possível, as vidas eram respeitadas. Os habitantes de cortiços e casas em regiões valorizadas eram despejados antes que chegassem “os homens com as ferramentas que o dono mandou derrubar”, como registrou Adoniran Barbosa em Saudosa maloca.

O que dizer sobre o desabamento em SP?

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O prédio que desabou e as fake news

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após o desabamento de um prédio de 24 andares no centro de São Paulo, ocupado por movimentos de moradia da região, as redes sociais foram tomadas por notícias falsas sobre Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e pré-candidato à Presidência pelo PSOL.

Nas redes sociais, diversos grupos passaram a responsabilizar o MTST e Boulos pela tragédia. De carona no gancho de denúncias da mídia sobre cobrança de “aluguéis” e práticas de extorsão no prédio que desabou, difundiu-se um meme com a foto de Boulos e os dizeres: “Não existe almoço grátis. Nem moradia. O aluguel é R$ 400”. Na mesma publicação, é divulgada uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual organizações de sem-teto cobram taxas de moradores em prédios ocupados.

Síria: Ideologia, guerra e liberalismo

Por Gianni Fresu, no site da Fundação Maurício Grabois:

Justificar uma guerra com o pretexto de “violação dos direitos humanos” é agora o esquema fixado para gerar indignação generalizada e criar consenso em torno de qualquer guerra imperialista; esquema esse reproduzido em série por telejornais, jornais, programas investigativos, intelectuais e personalidades notórias, mobilizados sob o comando e conforme uma moralidade seletiva, que automaticamente se enfurece com as presumidas armas químicas de Assad (como aconteceu na época de Milosevic, Saddam, Gaddafi), mas não com as carnificinas israelenses ou sauditas.

Sergio Moro, o déspota da Lava-Jato

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Moro é um déspota que reina como um soberano absoluto, um tirano.

Moro se comporta à margem das Leis, da Constituição e do Estado de Direito. Ele se coloca acima do stf; ou melhor, coloca o stf abaixo dos seus pés.

Moro é um soberano absoluto não somente porque é o líder maior da facção fascista que hegemoniza o judiciário golpista, mas também porque cuspiu na autoridade da suprema corte do país, convertendo o stf num escritório de despacho da Lava Jato.

Apesar da crise, lucros bilionários dos bancos

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A taxa de desemprego subiu de 11,8% para 13,1% no último trimestre, e os "sem trabalho" somam 13,689 milhões de pessoas. A produção industrial caiu 0,1% em março, na comparação com o mês anterior. Para onde quer que se olhe, ainda são visíveis os sinais da crise na economia, ou pelo menos de uma retomada mais lenta que se previa. Mas há pelo menos um setor que passa ileso pelas turbulências econômicas do país.

Unidade contra o festim diabólico da direita

Curitiba, 01/5/18. Foto: Ricardo Stuckert
Editorial do site Vermelho:

A tarefa mais importante deste 1º de Maio é estragar o festim diabólico e preparar a derrota dos inimigos da democracia, da nação e do povo – foi assim que a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, descreveu a comemoração do Dia Internacional do Trabalhador neste ano.

Foi uma comemoração memorável, marcada pela denúncia dos malefícios da contrarreforma trabalhista imposta pelo governo golpista de Michel Temer, pelo corte dos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Foi marcado pela lembrança dos 75 anos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), completados nesta data, legislação progressista rasgada pelo governo antipopular. E pela exigência da libertação e respeito aos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político em Curitiba, desde o dia 7 de abril.

Governos progressistas e a comunicação

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Quando você não se comunica, o vazio que você deixa é preenchido por outros atores. A opinião é de Miguel do Rosário, autor do blog O Cafezinho. Além de Miguel, os jornalistas Hildegard Angel e Fernando Brito estiveram em Maricá/RJ, no sábado (28), para falar da importância da comunicação nos governos progressistas.

“Não é raro encontrarmos canais de YouTube de administrações públicas bem produzidos, mas com três, quatro, cinco visualizações. Qual a razão disso, afinal? Por que essa falta de conhecimento e habilidade para lidar com esses conteúdos?”, questiona Miguel do Rosário. A comunicação nos governos não é tão complicada assim. Você precisa aparecer, estar presente, dialogar e interagir com o público. É o caso de Flávio Dino, governador do Maranhão, exemplifica o blogueiro. “Sem produções caras, Dino mostra diariamente o que está fazendo, de forma didática”.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Merval, o “imortal”, e o chá da tarde na ABL

Por Altamiro Borges

O Jornal do Brasil publicou nesta terça-feira (1) um artigo que me fez lembrar do colunista Merval Pereira, o capacho-oficial da famiglia Marinho que galgou – sabe-se lá como – o posto de “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL). O texto, assinado por Celina Côrtes, registra: “Que o Rio de Janeiro vive um de seus piores infernos astrais não é novidade para ninguém. A crise, porém, também passou a atingir em cheio a vetusta ABL, que só tem conseguido alugar a metade das 300 salas de sua sede, o Palácio Austregésilo de Athayde, vizinho ao Petit Trianon, no centro da cidade, e sua principal fonte de renda. O orçamento mensal de R$ 2,4 milhões caiu a R$ 1,2 milhão”.

Blairo Maggi, outro atolado no covil golpista

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, não vai sobrar ninguém no covil golpista de Michel Temer. O site G1, do sempre suspeito Grupo Globo, informou nesta quarta-feira (2) que o bilionário ruralista Blairo Maggi, “ministro” da Agricultura do governo ilegítimo, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção ativa. “De acordo com a PGR, em 2009, o então governador do Mato Grosso participou de um suposto esquema de compra e venda de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado. Caberá ao STF decidir se abre um processo e torna Blairo Maggi réu nesse caso. O G1 procurou a assessoria do ministro, que disse que vai divulgar uma nota com o seu posicionamento”.

Temer cancela viagem. Bateu o desespero?

Por Altamiro Borges

O golpista Michel Temer anda preocupado. Com o fracasso vergonhoso da sua pretensa “candidatura à reeleição” – sendo que ele nunca foi eleito presidente, mas sim assaltou o poder graças a um golpe midiático-judicial- parlamentar –, o odiado teme pelo futuro. Sem mandato para protegê-lo, a cadeia pode ser seu destino após deixar o Palácio do Planalto. Nesta semana, Michel Temer cancelou mais uma viagem ao exterior. Em nota oficial, ele alegou compromissos com o “calendário eleitoral” e com “votações de projetos no Congresso”. Mas, segundo a revista Época, que apoiou o golpe dos corruptos, o motivo foi bem outro:

Os invisíveis de Curitiba e os do Engenhão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Duas multidões se formaram ontem, sem merecerem muita atenção para seus dramas.

Uma, em Curitiba, pedindo a libertação de Lula, o presidente que cuidou do emprego e de dar um mínimo de dignidade aos trabalhadores.

Outra, junto ao estádio do Engenhão, no subúrbio do Rio de Janeiro, formada por 30 mil trabalhadores que buscam um emprego e um mínimo de dignidade.

Esperando um morto

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Os fatos dizem que a extrema direita está optando pela máxima do estrategista alemão Carl von Clausewitz de que “a guerra é a continuação da política por outros meios”. Vale dizer, por meio da violência. A execução de Marielle Franco, os tiros contra ônibus da caravana do ex-presidente Lula e agora contra militantes acampados em sua defesa, em Curitiba, não deixam dúvida. Neste ritmo, em breve haverá um corpo estendido no chão. Mas é falso dizer que a polarização produz uma escalada bilateral da violência. É preciso reconhecer que a extrema-direita é que está mandando balas contra ativistas da esquerda.