sábado, 5 de maio de 2018

Chavismo continua movendo multidões

Por Fania Rodrigues, no jornal Brasil de Fato:

Depois de uma viagem de 2h30, saindo de Caracas, chegamos à cidade de Maracay, estado de Aragua, no interior da Venezuela. Um muro de três metros de altura separa os jornalistas do público. Dois portões de metais se abrem lentamente e deixam entrever um estádio lotado, em sua capacidade máxima. Parece uma final de campeonato, mas é a campanha eleitoral do presidente Nicolás Maduro, que tenta a reeleição no dia 20 de maio.

Os jornalistas ficam impactos com aquela cena. Nas arquibancadas, uma maré vermelha se posta em frente a um gramado tão verde que parecia ter sido recém plantado. No centro do estádio um palco baixo, muito próximo ao público de jovens estudantes e trabalhadores.

A liberdade de imprensa defendida por Temer

Por Eduardo Amorim, na revista Carta Capital:

Na sexta-feira, 20, o presidente Michel Temer utilizou de sua prerrogativa enquanto Presidente da República para realizar um pronunciamento em cadeia nacional e defender sua gestão. Sem nenhuma relação com os preceitos constitucionais previstos para a publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos, Temer foi à televisão, utilizando-se das datas nacionais que celebram o Dia de Tiradentes e o Descobrimento do Brasil, para defender a sua gestão.

O fracasso econômico de Macri na Argentina

Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

A revista norte-americana Forbes foi lapidar: “é a hora de cair fora da Argentina, de sair correndo”. Especialista nos países do BRICS, o colunista Kenneth Rapoza ouve especialistas do mercado financeiro sobre o país do direitista Mauricio Macri e as opiniões são devastadoras.

“Vi este jogo antes: o governo está usando as reservas do Banco Central para artificialmente inflar o peso e nós temos uma irritante inflação alta”, disse Fernando Pertini, que chefia a consultoria de finanças do Millenia Asset Management, da Costa Rica. “A equipe econômica argentina parece perdida.” “Podemos assistir uma repetição do que houve em 2001”, vaticina outro especialista, em referência ao desastroso governo de Fernando de la Rúa.

Taxa do sem-teto e auxílio-moradia de juízes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país que não consegue convencer nossos 17.000 magistrados a abrir mão do auxílio-moradia, a decisão de investigar taxas pagas por moradores de edifícios ocupados de São Paulo ultrapassa todo limite da decência.

Sua finalidade pertence aquela família de ideias que transformam uma resposta política num simples exercício imoral. Já que é preciso apagar rapidamente os vestígio de um incêndio trágico no Largo Paissandú, revelador de tantas mazelas do país, nada mais fácil do que criminalizar as vítimas. É coerente com as falsificações mentais, a hipocrisia e o ódio que marcam o espírito do tempo.

Encontro de blogueiros terá presidenciáveis

Da Rede Brasil Atual:

Em defesa da democracia e contra os retrocessos promovidos pelo governo Temer, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove nos dias 25 e 26, em São Paulo, o 6º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais.

Na programação de abertura, às 18h da sexta (25), haverá uma análise da situação do país e os desafios de personalidades do cenário político de contribuir, ao lado de comunicadores e ativistas, com a batalha de ideias e de informação em contraponto à imprensa comercial. A mesa tem como convidados três pré-candidatos à Presidência da República – Manuela d´Ávila (PCdoB), Guilherme Boulos (Psol) e Ciro Gomes (PDT) – além da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do senador Roberto Requião (MDB-PR)

Se dependesse da 'Veja', Lula estaria morto

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

A revista Veja desta semana traz uma matéria em que garante que na tarde do dia 27 de abril teve acesso com “exclusividade” ao local onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso, e seguindo o seu roteiro de factoides, apresentou uma suposta rotina do primeiro mês na prisão, mas que na verdade é um panfleto que tenta desconstruir a imagem do ex-presidente.

“A Veja está descontente com o fato do Lula estar preso e mesmo assim ser notícia todos os dias”, avalia o jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, se referindo às diversas manifestações de solidariedade e contra a arbitrária prisão de Lula, citando a vigília com acampamento, o ato de 1º de Maio – o maior já realizado em Curitiba – e os pronunciamentos de lideranças internacionais.

Seminário discute comunicação e fake news

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Estado de São Paulo promovem o seminário: Comunicação, Democracia e Fake News, em 22 de Maio, 19h, no Teatro Cásper Líbero, Av. Paulista, 900, 1.andar. O objetivo do evento é destacar a importância da comunicação e do jornalismo para a democracia, neste momento em que as Fake News, informações falsas que viralizam pelas redes sociais, estão a serviço da instabilidade política e geram reações de censura e enfraquecem os laços sociais e o respeito à multiplicidade de vozes.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O trabalhador que se vire?

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

Passadas 48 horas do Dia do Trabalhador, o Governo Temer pôs a guilhotina mais uma vez sob a cabeça dos milhões de brasileiros e brasileiras desempregados. Sob o pretexto de criar crédito suplementar no valor de R$ 1 bilhão para despesas internacionais, Temer cortou o mesmo valor do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o seguro-desemprego. Tesoura o elo mais fraco de nossa sociedade, o trabalhador mais pobre, num cinismo absurdo.

A PF e a "Veja" da porta de cadeia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É claro que a revista Veja e o pena de aluguel que se prestou ao papel de escrever a “reporcagem” da edição que estará amanhã nas bancas, sobre a suposta vida de Lula na cadeia se prestaram ao papel de canalhas que, afinal, nem lhes seria novidade.

Afinal, não é possível imaginar que o dito “repórter” tenha entrado clandestinamente numa ala onde, por todas as razões, ninguém tem acesso não-autorizado, onde nem mesmo um Prêmio Nobel da Paz, como Adolfo Perez Esquivel ou governadores de Estado não podem entrar.

A emenda suprema do STF

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

“Não estamos interpretando a Constituição, estamos reescrevendo”, disse a certa altura de seu voto o ministro Gilmar Mendes, na sessão em que o STF aprovou conclusivamente a restrição do foro especial para parlamentares. Agora eles só serão julgados pelo STF por crimes cometidos durante o mandato e a ele relacionados. A contrário do que foi proposto por Dias Toffoli, e apoiado por Gilmar, as cortes especiais foram mantidas para ocupantes de outros cargos a que se chega, não pelo voto, mas por concurso ou nomeação. Os aplausos de agora ao suposto golpe na impunidade podem virar críticas quando as consequências aparecerem.

Como o golpe aumentou o desemprego

Por Lucas Vasques, na revista Fórum:

Dois anos depois do golpe que afastou a ex-presidenta Dilma Rousseff, as perdas sociais são inquestionáveis e marcam profundamente a vida de milhões de brasileiros. Um dos aspectos mais contundentes desse processo de retirada de direitos dos trabalhadores influencia diretamente as estatísticas de desempregados no país. No 1º de maio de 2016 eram 10 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Já às vésperas do Dia do Trabalhador de 2018, o número supera os 13 milhões, sob a gestão de Michel Temer, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Reformas estruturais e os direitos sociais

Do site da Fundação Maurício Grabois:

Na próxima terça-feira, 8 de maio, às 18h30, no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa/RS, será realizado o sexta e último debate do Seminário "Desenvolvimento Nacional - Dilemas e Perspectivas", intitulado Reformas Estruturais e Direitos Sociais.

Serão palestrantes o jornalista Altamiro Borges (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé), a psicopedagoga Abgail Pereira (CTB/UBM), o auditor fiscal Floriano Sá Neto (Presidente da ANFIP), Frei Sérgio Gorgen, Edson Carneiro Índio, com mediação de Jorge Branco.

Governo Temer acabou e STF apequenou

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Entramos em maio vendo no horizonte a formação de uma tempestade perfeita na política e na economia.

A cinco meses das eleições, e faltando oito para acabar este governo, o Brasil engatou o ponto morto.

Na verdade, o governo Temer já acabou e as instituições caminham para a autodestruição.

Confinado no Palácio do Planalto, o presidente da República apenas cumpre tabela e arma sua defesa para enfrentar novas denúncias. Sem “reformas”, não tem mais nada para fazer.

Sobre fogo, direitos e Justiça

Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:

O incêndio que consumiu um edifício de 24 andares no centro de São Paulo é responsabilidade de agentes que não respeitam as leis. Que agem à revelia das regras pactuadas no estado democrático e da constituição. Correto?

Sim, mas erra quem pensa que os criminosos aí são as pessoas que viviam no prédio.

Existe um livro de capa verde, que em suas 512 páginas estabelece as leis que devem reger a vida coletiva no país. Chama-se Constituição da República Federativa do Brasil, e pode ser inteiramente lido na Internet.

Blogueiros discutirão a crise política

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas ocorreu em 2010, concomitantemente ao processo eleitoral que elegeu Dilma Rousseff pela primeira vez.

A ideia partiu do jornalista Luiz Carlos Azenha, repórter da TV Record e fundador do site Viomundo. Azenha se inspirou em evento semelhante que reuniu milhares de blogueiros norte-americanos na eleição de Barack Obama, um ano antes.

Uma reunião foi marcada pelo idealizador do evento no tradicional restaurante paulistano Sujinho.

Unidade das Esquerdas: Quando e como?

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

Tenho escrito muito sobre as esquerdas, o seu passado e o seu futuro.

Tenho preferência pelas questões de fundo, coloco-me sempre numa perspectiva de médio e longo prazo e evito entrar nas conjunturas do momento. Neste texto sigo uma perspectiva diferente: centro-me na análise da conjuntura de alguns países, e é a partir dela que coloco questões de fundo e me movo para escalas temporais de médio e longo prazo.

O Reichstag processual de Sergio Moro

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os conflitos que atravessam, hoje, o nosso Sistema de Justiça, não são apenas incidentes na ordem jurídica. Nem apenas um ponto fora da sua curva política. Opino que sejam originários, na verdade, de um novo modo de produzir o Direito como “exceção”. De uma parte, porque esta dispensa a norma escrita, que a instala -seja qual for a sua origem- e de outra, porque dispensa a força das armas para inaugurá-la. Este novo modo de instalação da “exceção”, porém, promove a perversão dos princípios constitucionais de tal forma que cria um Sistema Jurídico paralelo, cuja origem é um falso corpo “Constituinte”: a “opinião pública”, produzida e induzida pelos meios de comunicação hegemônicos.

A perversidade da reforma trabalhista

Do site Brasil Debate:

O livro “Dimensões críticas da reforma trabalhista”, organizado por José Dari Krein, Denis Gimenez e Anselmo dos Santos no âmbito de um convênio entre o Ministério Público do Trabalho e o Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, é, possivelmente, o mais completo trabalho sobre a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional em 2017.

Mais de 20 pesquisadores foram mobilizados para tratar de várias dimensões da reforma trabalhista; a experiência internacional, os impactos sobre a flexibilização das relações de trabalho, sobre os sindicatos, sobre a desigualdade e a vulnerabilidade dos trabalhadores, sobre o financiamento da Previdência Social, dentre outros temas.

Corpos que incomodam merecem o fogo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A história da expansão e ocupação de áreas centrais das cidades no Brasil é um conto de horror. As pessoas foram retiradas de suas casas, expulsas para a periferia cada vez mais distante, consideradas estrangeiras em sua própria terra. Pelo menos, na medida do possível, as vidas eram respeitadas. Os habitantes de cortiços e casas em regiões valorizadas eram despejados antes que chegassem “os homens com as ferramentas que o dono mandou derrubar”, como registrou Adoniran Barbosa em Saudosa maloca.

O que dizer sobre o desabamento em SP?