sexta-feira, 27 de julho de 2018

Macri leva à morte na Argentina

Por Martín Granovsky, no site Carta Maior:

O anúncio do presidente argentino Mauricio Macri sobre as mudanças na função das Forças Armadas dissolve a barreira entre a segurança interior e a defesa nacional. Se a sociedade não conseguir freá-lo, é uma decisão que mudará a Argentina para sempre. E arruinará até mesmo a vida dos próprios militares.

Macri abriu as comportas que levam seu país ao México. Em 2006, o presidente Felipe Calderón acionou os militares na luta contra o narcotráfico. Os mortos pela guerra entre os narcos e a guerra militar antinarco, aos quais se incluem os assassinatos por outros crimes, chegaram a 234 mil entre 2006 e 2017. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e Geografia e do Sistema Nacional de Segurança Pública do México. Primeiro esclarecimento: o problema do narcotráfico na Argentina não tem nada a ver com o do México. Os astecas têm, do outro lado dos 3,1 mil quilômetros da sua fronteira norte, a maior demanda de droga do mundo. Antes, de cocaína. Agora, também de opioides e drogas sintéticas. Segundo esclarecimento: a participação militar produziu mais mortes, e não solucionou o problema do tráfico naquele país.

Cenas do estado de exceção no Brasil

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Cenas do estado de exceção defendido pelo Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF):

1- A Polícia Federal arma uma investigação contra o chefe de gabinete do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina porque, em um evento em protesto com a invasão do campus pela PF, ele deu uma entrevista tendo ao fundo um cartaz de críticas à operação.

2- PF da Força Tarefa da Lava Jato montam uma industria da indenização. Qualquer crítica respondem com um processo, julgado por um juiz federal de Curitiba que invariavelmente termina em condenações pecuniárias do crítico.

Redução de gastos sociais mata

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Após o golpe, nenhuma família sem-terra foi assentada, mais de 110 pessoas foram assassinadas no campo, as compras pelo MEC da produção de assentados foram paralisadas, a posse da terra está mais concentrada hoje do que há 20 anos.

Essas afirmações, feitas por João Paulo, coordenador do MST, na mesa de abertura da Semana de Formação em Direitos Humanos e Economia Popular, organizada pela Ação Educativa (programação), nos levam a perguntar o que fazer para estancar e reverter o retrocesso civilizatório a que estamos submetidos.

Alckmin reagrupa comboio golpista

Do site Vermelho:

Deu a lógica. Os partidos do dito “centrão” - PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade - oficializaram o apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB, à Presidência da República. Tentou-se dar um ar festa mesmo com o revés da recusa do empresário Josué Gomes, do PR, de ocupar o posto de vice de Alckmin.

Ao que parece o discurso do tucano foi um ensaio da encenação com qual tentará se recauchutar e enganar o eleitorado. Alckmin se esforçou para se apresentar como candidato "conciliador", que rejeita "extremismo" e "populismo", capaz de traduzir a figura do presidente conciliador e pacifista para consolidar a democracia e fortalecer a economia, sem a pecha de “salvador da pátria” com uma “fórmula mágica”. Sua função seria, em resumo, a de um articulador do “esforço coletivo" para tirar o país da crise.

País está diante de uma escolha histórica

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Indústria 4.0, inteligência artificial, nanotecnologia, robótica, biotecnologia. Esses conceitos estão no centro da poderosa revolução científica e tecnológica em curso no mundo. Num exemplo, a medicina vai deixar de ser praticada por tentativa e erro e terá um componente de personalização e genética.

Para falar sobre como os países e o Brasil estão enfrentando os desafios desse admirável mundo novo, Tutaméia entrevista Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Estudioso dessa Quarta Revolução Industrial, o economista analisa neste vídeo as várias estratégias nacionais e se mostra apreensivo com o futuro.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Lula agradece à blogosfera progressista

Da revista Fórum:

A peleja da blogosfera progressista contra as mentiras da grande mídia (plim-plim)

Por Luiz Inácio Lula da Silva

A história ensina que numa guerra, a primeira vítima é a verdade. Encontro-me há mais de 100 dias na condição de preso político, sem qualquer crime cometido, pois nem na sentença o juiz consegue apontar qual ato eu fiz de errado. Isso porque setores da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário, com apoio maciço da grande mídia, decidiram tratar-me como um inimigo a ser vencido a qualquer custo.

Uma chance à unidade na disputa eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A recusa do empresário Josué Alencar em ser vice de Geraldo Alckmin, que parece consumada, foi um tropeço, mas isso não tira do tucano a vantagem conseguida com o apoio do Centrão.

Este apoio, por sua vez, não é garantia automática de um crescimento que o leve ao segundo turno.

Mas, com sua ampla coligação, Alckmin firmou-se como candidato do establishment, em situação que contrasta com a dos partidos de esquerda. Unindo suas forças, a direita agora vai com tudo em busca de uma vaga no segundo turno.

A resposta tem que ser a unidade, gritam todos na esquerda, mas ninguém se move.

Chico, Fagner, Moro e as afinidades eletivas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Chico [Buarque] foi meu grande parceiro. Faz tempo que a política nos separou, mas não influenciou no carinho que tenho por ele”, contou Fagner ao Glamurama.

“Perdi um amigo que amo muito. Infelizmente, porque a política deveria ser uma coisa à parte”.

Na verdade, nunca foi uma coisa à parte para um ou outro.

Se Chico permaneceu coerente em suas posições à esquerda, Fagner migrou no sentido contrário.

O bloqueio da “rede MBL” no Facebook

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Falta pouco para a turma da direita ensandecida chamar o Mark Zuckerberg, dono do Facebook, de “lulopetista” ou que se deveu a algum sanduíche de mortadela dado pelo PT a decisão de retirar do ar as páginas de uma rede, segundo a Reuters, “administrada por membros importantes do MBL” que agia usando “contas falsas” para esconder das pessoas “a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”.

Bernie Sanders pede "Lula Livre"

Do site da Fundação Perseu Abramo:

O senador Bernie Sanders, que foi pré-candidato à presidência dos Estados Unidos em 2016, e mais 29 congressistas estadunidenses, irão enviar nesta quinta-feira, 26 de julho, ao governo brasileiro, uma carta em que denunciam a “intensificação do ataque à democracia e aos direitos humanos no Brasil” e pedem providências.

O documento destaca a prisão do ex-presidente Lula, em função do que afirma serem “acusações não comprovadas” em um julgamento “altamente questionável e politizado”, e também a morte da vereadora e ativista Marielle Franco, no Rio de Janeiro.

E se o tiro de Israel sair pela culatra?

Ilustração: Vladimir Kazanevsky/Cartoon Movement
Por Belén Fernández, no site Outras Palavras:

Na quinta-feira (19 de julho), o parlamento israelense aprovou uma nova lei estabelecendo Israel como a “Estado-nação do povo judeu”. O consenso até agora na mídia de elite sempre astuta é que a medida foi “controversa“.

O site do Jerusalem Post fornece o texto em inglês da legislação, que estipula que “a realização do direito de autodeterminação nacional no estado de Israel é unicamente para o povo judeu”. Em outras palavras, os palestinos não precisam existir .

Com 41% dos votos, Lula continua imbatível

Por Tatiana Melim, no site da CUT:

Mesmo mantido como preso político há mais de 100 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba, e atacado ferozmente por setores do Judiciário e da mídia, o ex-presidente Lula continua imbatível e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, de acordo com pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 18 e 20 de julho.

Ao contrário do que os opositores sonharam, Lula segue na liderança e nem mesmo as manobras políticas e jurídicas para mantê-lo preso abalaram as intenções de votos no ex-presidente.

Temer detona a política habitacional

Por Paula Quental, no site Brasil Debate:

Entre 2003 e 2016, o Brasil enfrentou de forma inédita e eficaz seu histórico problema de déficit habitacional, que diz respeito a milhões de famílias residentes em casas muito precárias ou em áreas de risco e ainda às que têm grande parte da renda comprometida com aluguel. Isso foi feito a partir do desenho de uma nova política pública e de dois programas desenvolvidos pelo governo federal com participação de segmentos sociais relacionados à questão da moradia, e cujos recursos estão sendo agora reduzidos, ano a ano. São eles o PAC-UAP, voltado à urbanização de favelas, e o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), a partir de 2009, dedicado à construção de novas unidades.

Não à privatização do saneamento básico

Por Nivaldo Santana, no site da CTB:

Por intermédio da Medida Provisória nº 844/2018, o governo ilegítimo de Michel Temer pretende alterar o marco legal do saneamento básico no país. A principal alteração é abrir o setor para a privatização, em linha com a política governista ultraliberal.

Em repúdio a esta medida, a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA), espaço de articulação de dezenas de entidades de todo o país, inicia uma ampla campanha de esclarecimento, mobilização e luta para derrotar a MP 844/2018 no Congresso Nacional.

A intimidação macartista nas universidades

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em nota oficial divulgada na tarde desta quarta-feira (25), a Reitoria da Universidade Federal do ABC (UFABC) afirmou que acompanha “atentamente os desdobramentos referentes à denúncia encaminhada à Corregedoria” contra os professores da instituição Giorgio Romano Schutte, Gilberto Maringoni e Valter Pomar. Eles são objeto de uma comissão investigativa para apurar denúncia anônima sobre o evento de lançamento do livro A verdade vencerá, realizado em 18 de abril no auditório 5 do bloco Beta do campus São Bernardo do Campo. A obra reúne uma entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e artigos a seu respeito.

A desumanização da economia

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Na revista New Yorker, o britânico John Lanchester, autor do livro How to Speak Money, escreveu um artigo instigante a respeito das relações entre Economia e Humanismo.

Em 1974, escreve Lanchester, sete países africanos juntaram forças para combater a cegueira dos rios, doença tropical provocada pela picada de insetos. A Organização Mundial da Saúde supervisionou o programa, um sucesso retumbante que impediu a cegueira de milhares de africanos pobres.

Convidados para avaliar os resultados, economistas do Banco Mundial não foram capazes de afirmar se valeu a pena o esforço coletivo. Na opinião da turma da ciência econômica, a análise de custo-benefício foi “inconclusiva”. Os beneficiados eram tão pobres que preservar sua visão tem baixo impacto monetário.

Moncada e as razões revolucionárias

Por Wevergton Brito Lima, no blog Resistência:

O assalto ao Quartel de Moncada, em 26 de julho de 1953, portanto completando nesta quinta-feira 65 anos, foi um dos principais acontecimentos que antecederam a revolução cubana. A ação envolveu 131 jovens (eram 135 mas quatro desistiram pouco antes). Eles foram organizados e liderados por Fidel Castro, Abel Santamaría e Raúl Castro, e tinham por objetivo desencadear a luta armada contra a ditadura de Fulgêncio Batista.

Antes de partir para a ação, Fidel fez um último discurso a seus camaradas:

Caso Lula é uma tragédia típica brasileira

Por Jean Keiji Uema, no site do Diap:

Os processos, os julgamentos e a prisão a que é submetido o ex-presidente Lula configuram e simbolizam, em diversos sentidos e significados, uma tragédia típica brasileira. Representam e reproduzem a tradição das relações sociais, econômicas e políticas no Brasil: uma história de profundas desigualdades, violências, injustiças, perseguições e arbítrios [1]. Por isso tudo, o “Caso Lula” é paradigmático e traumático [2].

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Meirelles e Álvaro Dias também vão dançar?

Por Altamiro Borges

A direita nativa – que a mídia venal carinhosamente chama de centro – tem feito um enorme esforço, inclusive financeiro, para se unificar com vistas às eleições presidenciais deste ano. Até agora, o nome ungido para representar este campo é o do “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin. O chamado “Centrão”, liderado pelo DEM e por outras siglas fisiológicas, já assumiu o casamento com o grão-tucano, garantindo-lhe um latifúndio no tempo de televisão. Mas ainda há pedras no caminho para a união da direita. Ao que tudo indica, porém, elas podem ser removidas. Nos bastidores – ou melhor, no esgoto –, há vários movimentos para demover o rentista Henrique Meirelles e o direitista de botox Álvaro Dias, que ainda sonham com a Presidência da República.

A 'bolsonarização" precisa ser interrompida

Por Theófilo Rodrigues, no blog Cafezinho:

Quem já teve a oportunidade de assistir Relatos Selvagens sabe do que estou falando. Dirigido por Damián Szifron e estrelado por Ricardo Darín, o filme argentino, que estreou em 2014, traz seis histórias que em tempos normais poderiam parecer surreais ou bizarras. Mas que, infelizmente, traduzem bem o cotidiano da atual vida brasileira. No filme, situações corriqueiras do cotidiano transformam-se rapidamente em bolas de neve onde pessoas comuns tornam-se violentas, corruptas e até mesmo assassinas.