quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O tiroteio entre Alckmin e Bolsonaro

Alckmin, Bolsonaro ou BTG Pactual?

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Quando o jornalismo se refere a esse ente abstrato chamado “mercado”, saiba que é apenas o nome impessoal dado um punhado de empresas do setor financeiro, de origem nacional e estrangeira, cujas sedes se concentram no Rio e em São Paulo.

O Banco Central divulga semanalmente o Relatório Focus, que apresenta as expectativas do “mercado” sobre uma série de variáveis econômicas. Em seu último número, vê-se que “ele” espera para 2018 uma inflação de 4,11%, e de 4% para 2019 e 2020.

As Fintechs e o futuro dos bancos no Brasil

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

O termo Fintech poderia ser tanto o mais celebrado como o mais subestimado que a indústria tem visto nas últimas décadas. Por um lado, do ponto de vista do investidor, o funding para a revolução Fintech por Venture Capital tem sido explosivo, resultando em bilhões de dólares em investimentos. Contudo, muito poucas startups têm mostrado habilidade e agilidade para inovar nos gaps de experiência que os consumidores têm enfrentado junto aos bancos tradicionais. [World Fintech Report 2017, Kapgemini/Linkedin].

Até agora a literatura sobre o tema Fintechs tem sido majoritariamente composta por relatórios de bancos e consultorias gerenciais, os quais possuem grande poder de influência sobre investidores e gestores de fundos de investimento. Agrupam-se ainda estudos produzidos por universidades sem tradição de independência de pensamento, as quais replicam a narrativa ao mesmo tempo em que a confirmam por meio de “casos” emblemáticos.

Debate na Band é marco da semiditadura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O debate presidencial da Band, marcado para hoje, traça uma linha divisória na política brasileira.

Em 1989, coube à mesma emissora realizar o primeiro debate presidencial após o restabelecimento das eleições diretas para presidente. Um marco da democratização.

Em 2018, o debate é um marco da semi-ditadura em que o país foi colocado após o golpe que afastou Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, favorecendo a criação de um regime sob tutela judicial. O veto a dois nomes do Partido dos Trabalhadores, o mais popular partido brasileiro, é a expressão clara dessa situação.

Supremo escárnio: STF se dá aumento de 16%

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No país em que 13,2 milhões de trabalhadores estavam desempregados em junho, segundo o IBGE, e o salário mínimo fica abaixo de R$ 1 mil, empresas, hospitais e escolas fechando por falta de recursos, os supremos ministros do país decidiram, por 7 votos a 4, se conceder um aumento de 16,3%.

Com o aumento, o salário deles passa de R$ 33,8 mil, o teto do funcionalismo, para R$ 39, 3 mil, ou quase 40 salários mínimos, fora todos os penduricalhos.

O jovem militante na greve de fome

Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:

O estudante Leonardo Soares participa do Levante Popular da Juventude desde 2015 e se somou à greve de fome em Brasília que entra nesta quarta-feira (8) em seu nono dia. Aos 22 anos, Soares é o mais jovem militante a aderir à "Greve de Fome por Justiça no STF". O grupo que agora conta com sete pessoas está sem ingerir alimentos desde o dia 31.

As armações do grupo Sarney/Murad

Do site Vermelho:

Sem votos para impedir a reeleição do governador Flávio Dino, a oligarquia Sarney volta a usar de uma artimanha já conhecida: o uso da justiça para tentar barrar a candidatura do comunista. Um filme já visto quando do processo de cassação do mandato de Jackson Lago.

A decisão de tornar o governador inelegível é de uma juíza de Coroatá, berço da oligarquia Murad, que não se conforma com a derrota nas últimas eleições. Como não é uma decisão colegiada, o governador continua com seus direitos políticos assegurados.

Alckmin vai levar metade do fundo partidário

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Geraldo Alckmin terá 48% de todo o fundo eleitoral, ou R$ 828 milhões, exatamente o triplo do orçamento disponibilizado para a campanha de Lula, que terá R$ 270 milhões.

Henrique Meirelles, que atua quase como um zagueiro de Alckmin, defendendo as mesmas ideias, terá quase a mesma coisa que Lula.

As informações, incluindo o gráfico abaixo, constam de reportagem da Folha.

Figuras referenciais no reino da hipocrisia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Uma análise histórica das crises nacionais revelaria o seguinte

1. Fases de turbulência e de perda de referenciais. Morre o velho sem o que o novo tenha sido criado, gerando a grande crise.

2. Em períodos de estabilidade, o processo de criação de reputações é lento. Na transição, especialmente quando surgem novas formas de comunicação – como o rádio, nos anos 20, e as redes sociais, agora – a construção de reputações muda de padrão. Surgem novos personagens, dando um bypass nos caminhos tradicionais, esboroando a hierarquia anterior e abrindo espaço para novas celebridades.

O protagonismo do povo organizado

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Papa Francisco além de ser um líder religioso emerge também como um dos maiores líderes geopolíticos atuais. Ele tem um lado. Não reproduz um discurso equilistra, próprio dos pontífices passados. Pelo fato de ter claramente um lado, o dos pobres, das vítimas e da vida ameaçada, anuncia e denuncia. Denuncia um sistema que idolatra o dinheiro e se faz assassino dos pobres e depredador da natureza. Entende-se-: é o sistema e a cultura do capital. Temos que ouvir suas palavras porque é de alguém que tem consciência dos riscos que pesam sobre toda a humanidade e a natureza.

Lula, grandeza e miséria do Direito

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Em 1886, a Corte Suprema Americana, evocando a cláusula de “proteção igual”, da 14a. Emenda, decidiu que “um funcionário administrativo da Califórnia” era obrigado a conduzir-se pelo princípio da “imparcialidade”, para deferir aos chineses residentes no Estado os mesmos direitos deferidos aos nacionais, concernentes às licenças para “abertura de lavanderias”, porque estes – como os nacionais – tinham direito de “ganhar a vida”. Em 1896 esta mesma Corte, ao tratar de um caso do Estado da Louisiana – referente a passageiro negro que reclamou da “validade constitucional” de uma Lei que orientava o oferecimento de acomodações “iguais mas separadas” nos seus trens- decidiu que esta regra de “apharteid” não era inconsistente, juridicamente, frente à mesma Emenda.

A escalada da extrema-direita na Venezuela

Por Socorro Gomes, no blog Resistência:

No último sábado (4), a direita venezuelana, mancomunada com seus patrões imperialistas passou a uma nova fase em sua escalada terrorista para derrocar a Revolução Bolivariana. Sicários a mando de forças obscurantistas, recorrendo a tecnologias modernas, tentaram tirar a vida do presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro.

Lado a lado com as forças democráticas e amantes da paz em todo o mundo, rechaçamos esta ação terrorista, tanto quanto temos lutado energicamente contra as intentonas golpistas que sucessivamente ocorrem na Venezuela.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O papel(ão) do Brasil nos BRICS

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

A recém-realizada cúpula dos líderes dos BRICS, na África do Sul, marca dez anos de existência do grupo. O processo começou em 2008, por iniciativa da Rússia, que procurou Brasil, China e Índia. A África do Sul só se juntaria ao grupo mais tarde, para propor atuação conjunta. No FMI, onde eu era o diretor-executivo pelo Brasil, as cadeiras do Brasil, Rússia, Índia e China começaram a coordenar-se sistematicamente em diversos temas. O mesmo aconteceu no âmbito do G-20 e das capitais.

Pesquisa expõe fraqueza de Alckmin e da mídia

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A pesquisa CNT/MDA em São Paulo divulgada nesta quarta, dia 8, expõe mais uma vez o problema do consórcio que quer levar Alckmin ao segundo turno.

O levantamento inclui os dois cenários costumeiros - com e sem Lula.

No primeiro, o ex-presidente fica com 21,8% das intenções de voto, contra 18,4% de Bolsonaro e 14% de Geraldo.

No segundo, o capitão aparece com 18,9%, o tucano com 15,0% e Fernando Haddad em terceiro com 8,3%, empatado com Marina Silva (8,4%) e Ciro Gomes (6,0%) na margem de erro.

Economia, ciência esotérica?

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O avanço do calendário eleitoral e a maior clarificação dos campos no espectro político e partidário começam a conferir maior visibilidade às diferentes avaliações da difícil situação por que passa a nossa economia. Além disso, o momento permite a discussão de propostas para a superação da profunda crise que o Brasil vem atravessando ao longo dos últimos anos. Para além da denúncia da injustificada e arbitrária prisão do líder das pesquisas, as eleições permitem a reflexão coletiva a respeito do quadro dramático em que fomos encurralados.

Pesquisa “dá ruim” para Alckmin até em SP

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Se há um lugar em que Geraldo Alckmin não pode alegar ser “desconhecido” é São Paulo.

Portanto, é onde menos pode fazer diferença positiva o caminhão de tempo de televisão de que disporá, a partir do final do mês, na propaganda eleitoral.

E, aliás, a semana das convenções deu a ele toda a exposição possível, sendo apresentado como vencedor da “batalha” pela conquista do Centrão, em bloco.

Um Observatório para debater o Judiciário

Ilustração: Joana Brasileiro
Do site Jornalistas Livres:

Quem somos

O Observatório do Judiciário é uma editoria dos Jornalistas Livres que busca estimular o debate sobre o sistema de justiça brasileiro.
Para alcançar esse objetivo buscamos ouvir e amplificar as vozes de atores sociais que queiram se manifestar, através de matérias jornalísticas, no sentido de contribuir para a construção de um efetivo Estado democrático de direito para todas as brasileiras e todos os brasileiros.

Um plano para impulsionar a economia

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O Plano Lula de Governo que foi lançado na semana passada pelo PT é sem dúvida um dos mais arrojados da história das eleições presidenciais no Brasil. Além de priorizar medidas cruciais que visam restabelecer os direitos sociais que estavam inscritos na Constituição Federal de 1988 e que foram limados pela aliança golpista MDB-PSDB, no capítulo 4, dedicado a um Novo Modelo de Desenvolvimento, estão elencadas propostas muito bem articuladas que visam recolocar o país em uma trajetória de desenvolvimento econômico capaz de gerar oportunidades de trabalho em grande escala e melhorar a renda de todos os brasileiros que se dedicam à produção e ao desenvolvimento do país.

Marta Suplicy traiu e foi abandonada

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Três anos depois de ser recebida de braços abertos no PMDB (agora MDB) por gente como Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Michel Temer e companhia e de ser denunciada e investigada no STF – acusada de receber recursos não contabilizados para campanhas eleitorais –, a senadora por São Paulo Marta Suplicy divulgou uma "carta aos paulistas", nesta sexta-feira (3), na qual comunicou sua desfiliação e a desistência de disputar a reeleição ao Senado, e por último, que está abandonando a política. Em nota que divulgou à imprensa (leia abaixo), ela diz genericamente que, encerrado seu mandato, vai passar a atuar na "sociedade civil". Na mesma carta, a senadora criticou partidos políticos, o toma lá dá cá, a ocupação de cargos no Executivo, mas em momento algum fez críticas ao MDB ou a Temer, com quem diz ter boas relações.

Previsões em baixa na economia

Por Umberto Martins, no site da CTB:

O comportamento desanimador da economia ao longo do governo Temer e especialmente no primeiro semestre deste ano levou os economistas das consultorias a reverem para baixo suas previsões sobre a geração de novos postos de trabalho em 2018.

Inicialmente, as projeções, relativamente otimistas em função das falsas promessas que embalaram a reforma trabalhista, indicavam a criação de até 1 milhão de empregos, o que já não seria mais que uma gota d´água no oceano do desemprego em massa que castiga cerca de 18 milhões de assalariados, segundo os números do IBGE, incluindo os que já desistiram de procurar uma ocupação (os desalentados).