segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Neoliberalismo é o novo totalitarismo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há mais de 40 anos compreendi que o contato com a obra e as ideias de Marilena Chauí é uma das recompensas mais gratificantes para quem procura refletir sobre os tumultos e impasses do mundo contemporâneo, em particular do Brasil.

Matriculado num curso de Marilena na Filosofia da Universidade de São Paulo, onde estudava Ciências Sociais, tive a chance de entrar em contato com um pensamento que passava a limpo nossa forma de ver o mundo e, como é obrigação moral, tentar modificá-lo. Naquele momento, Marilena Chauí preparava um de seus trabalhos fundamentais, a tese de livre-docência sobre Baruch Spinoza (1632-1677), pensador perseguido pela inquisição e banido de Portugal. Dava aulas inesquecíveis pela rapidez do pensamento, a clareza de sua lógica e a erudição sem empáfia.

A bola, o fascismo e as urnas

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Convalescendo no hospital do atentado de que foi vítima, o candidato do PSL às eleições deste ano, diante da evolução das pesquisas que colocam em dúvida sua eleição em segundo turno, aproveitou para mais uma vez atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas, segundando o discurso de seus apoiadores e de provocadores fascistas que insistem, nas redes sociais, em afirmar que ele já estaria eleito em primeiro turno e que qualquer outro resultado só poderá ser fruto de uma “fraude” passível de ser diretamente contestada, até mesmo pelas armas, segundo os mais afoitos.

O fascismo só chegou onde chegou, no Brasil, por duas principais razões.

A natureza do pleito

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A transferência de votos de Lula para Fernando Haddad está em pleno movimento.

Se ele mantiver o ritmo de crescimento apresentado nos primeiros quatro dias de campanha, de quatro pontos percentuais segundo o Datafolha, em breve poderá isolar-se no segundo lugar.

Nisso acreditam até os analistas do mercado. Se estas previsões se confirmarem, podemos ter no segundo turno mais uma eleição plebiscitária, um confronto entre o PT e o antipetismo, antes encarnado pelo PSDB, que perdeu o papel para Bolsonaro. Resumidamente, entre os que venceram em 2016 e os que foram derrubados.

A falsa guerra de ciristas e petistas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

À medida em que se aproxima o final do 1º turno das eleições, é natural a radicalização entre seguidores dos dois candidatos favoritos ao posto de guerreiro da civilização contra a ameaça Bolsonaro.

Mas seria importante que as cabeças mais esclarecidas, de lado a lado, impeçam a radicalização e a demonização do adversário de agora, que poderá ser o aliado de amanhã.

Haddad e Ciro representam o lado mais racional e criativo das políticas públicas, e estão do mesmo lado. Tem ideias claras sobre os diversos temas. E estilos diferentes de implementação.

Jornalistas servis agora têm medo do Bozo

Por Leandro Fortes, na revista Fórum:

Tanta gente, tantos coleguinhas jornalistas, mulheres inclusive, que colaboraram com aquele impeachment fraudulento de Dilma, por ação ou omissão, agora estão se cagando nas fraldas com medo do Bozo.

Sinto dizer, mas o Bozo nasceu mais de vocês do que das bestas quadradas que o seguem e admiram.

O Bozo é resultado da defesa corporativa de jornalistas submissos e servis, em nome de uma liberdade de imprensa capenga e falaciosa.

Eleições de 2018 e o desastre golpista

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

O golpe de 2016 fracassou miseravelmente e a casa-grande se vê obrigada a considerar com toda a seriedade a opção Bolsonaro. O capitão não é Benito Mussolini, nem sequer um imitador. O ditador italiano era nacionalista e sonhava transformar seu país em grande potência, no mesmo nível de Grã-Bretanha, França e Alemanha.

Bolsonaro mentalmente trafega entre o capitão do mato e o mastim napolitano, e seu único projeto é vencer com o apoio do mercado, de sorte a produzir no Brasil, vassalo de Tio Sam, um estrago irreparável. Com ele, é cair da panela para a brasa.

Forças Armadas ensaiam bote final?

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Nunca fui de dar crédito a teorias conspiratórias com base em suposições, conjecturas e teses especulativas. Mas quando a realidade bate à porta é diferente. Nesses casos o melhor a fazer é se preparar para enfrentar a tormenta.

O sentimento nacionalista, que marcou sucessivas gerações das forças armadas brasileiras, foi banido da caserna. Lideradas por generais, almirantes e brigadeiros da ativa, e insuflados pelos radicais fascistas da reserva que gravitam em torno do Clube Militar, as tropas hoje se colocam na linha de frente dos defensores da rapinagem do patrimônio nacional.

domingo, 16 de setembro de 2018

Rejeição a Doria ameaça reduto tucano

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

Reduto tucano há mais de duas décadas, o estado de São Paulo tem, novamente, o PSDB à frente da disputa eleitoral, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. No entanto, o alto índice de rejeição a João Dória pode quebrar o monopólio do partido. O candidato abandonou a prefeitura da capital paulista 15 meses após o início da gestão.

A avaliação é do pesquisador do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Rafael Moreira. "Ele [Dória] tem tentado levar adiante um trabalho de marketing mais para o interior de São Paulo, na tentativa de contornar essa rejeição que ele tem na capital. Pela primeira vez, essa hegemonia do PSDB está ameaçada", diz.

Como se prepara o novo terremoto financeiro

Por Larry Elliott, no site Outras Palavras:

Um mundo sem líderes avança como sonâmbulo para a repetição do colapso econômico do fim de 2008 e inicio de 2009 — porque falhou em remediar as causas da crise financeira de uma década passada – alertou o ex-primeiro ministro Gordon Brown. Primeiro-ministro britânico durante o período em que o colapso do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers colocou todos os maiores bancos em risco, ele disse que após uma década de estagnação a economia global está agora se dirigindo para uma década de vulnerabilidade.

Haddad sobe mais rápido que o esperado

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 4 dias, o Datafolha fez 2 pesquisas nas quais o candidato de Lula, Fernando Haddad, ex-prefeito de SP, subiu três vezes mais que Jair Bolsonaro – que foi esfaqueado – em relação a pesquisa de 22 de agosto. Isso porque, desde que Lula indicou Haddad para o seu lugar, passou de 17% para 52% os que sabem que o ex-prefeito é o candidato do ex-presidente. Haddad está subindo muito mais rápido do que se esperava.

A luta contra a barbárie do bolsonarismo

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Neste meio do decisivo mês de setembro, parece bem mais provável a passagem de Bolsonaro ao segundo turno das eleições presidenciais. A candidatura Alckmin se parece cada vez mais com o sujeito que tem de fazer três movimentos ao mesmo tempo: amarrar o sapato, pentear o cabelo e dar o nó na gravata. Isto é, vencer a rejeição e subir nas pesquisas, dissolver a força eleitoral de Bolsonaro e conter a transmissão de votos do Lula líder nas pesquisas para a chapa Haddad-Manuela.

Globalização desigual ameaça a democracia

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A intolerância e o ódio político avançam em todo o mundo. Não são causas, mas consequências de um processo maior de desarranjo das instituições internacionais e nacionais, sob ataque das forças econômicas do mercado, que pregam a desregulamentação. Querem acabar com a política como esfera de mediação de conflito na sociedade, substituindo-a pelos critérios supostamente técnicos e gerenciais, com as disputas sendo resolvidas pela via jurídica. O "totalitarismo do mercado" pretende reduzir todas as esferas da vida social a um único modelo de organização: a empresa.

Globo conspira contra a eleição

Por Fernando Rosa, em seu blog:

Na sexta-feira, agentes da Polícia Federal e da Receita Federal aprenderam US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil em dinheiro, e cerca de 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões com membros de uma comitiva da Guiné Equatorial, incluindo o vice-presidente do país, Teodoro Obiang Mang, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

Bolsonaro é inimigo dos trabalhadores

Por Joanne Mota, no site da CTB:

Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) mostra como o presidenciável Jair Bolsonaro votou na Câmara dos Deputados.

O estudo comprova a incoerência do discurso do candidato ao mostrar que, como parlamentar, votou contra o povo e a classe trabalhadora e, como candidato, se apresenta como solução milagrosa para os problemas que ele mesmo apoiou, em voto e em discurso, no Congresso Nacional.

Abaixo apenas 4 exemplos da real natureza do candidato do PSL:

Torquemadas e golpistas devem desculpas

Por Marcelo Zero

Ontem à noite, na entrevista do Jornal Nacional, ao invés de perguntar sobre as propostas do candidato Hadddad, que representa Lula e o povo brasileiro nestas eleições, assistiu-se a uma obsessiva e autoritária tentativa de arrancar do candidato um pedido de desculpas ao povo do Brasil por supostos crimes cometidos.

Acho curiosa essa obsessão da mídia conservadora em fazer o PT expiar culpa em praça pública, como se estivéssemos em plena Inquisição Espanhola.

Datafolha explica o pânico da Globo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

As 2 pesquisas Datafolha com campo na semana – a primeira em 10/9 e a segunda nos dias 13 e 14 de setembro – mostram resultados coerentes com a tendência de polarização da disputa entre Haddad e o anti-petismo que, por enquanto, é mais eficazmente encarnado por Bolsonaro.

Bolsonaro, o campeão em rejeição, oscilou dentro da margem de erro, de 24% para 26%; Ciro estabilizou nos 13%; Alckmin estacionou em 9% e Marina, continuando a queda livre rumo ao definhamento, caiu de 11% para 8%. Todos os demais postulantes continuam com desempenho inexpressivo.

Haddad e a inquisição do Jornal Nacional

http://pataxocartoons.blogspot.com
Editorial do site Vermelho:

Se ainda havia dúvidas sobre a função de partido político de direita desempenhada pela mídia hegemônica e patronal, elas se dissiparam na “entrevista” do candidato da frente O Povo Feliz de Novo (PT, PCdoB e Pros), Fernando Haddad no Jornal Nacional da noite desta sexta-feira (14).

Foi um verdadeiro interrogatório inquisitorial durante o qual os inquiridores (William Bonner e Renata Vasconcelos) interromperam o candidato por 62 vezes, tomando 16 minutos do tempo que ele teria (27 minutos). Isto é, Haddad falou por apenas 11 minutos.

A velocidade de Haddad no eleitorado de Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Antes de tudo, peço licença para dar prioridade aos fatos sobre as impressões e destacar dados da pesquisa Datafolha que são essenciais para compreender o quadro eleitoral e deixar para comentar depois a passagem de Fernando Haddad pela sessão de grosseria e arrogância do Jornal Nacional.

Há quatro dias, logo após a divulgação da pesquisa anterior, destaquei que A onda (Hadadd) vem do “fundo do povo”, cuidando de verificar aquilo que todos diziam, e com razão, que a chave essencial do processo eleitoral era o volume e a velocidade de transferência dos votos de Lula.

OEA e a intervenção militar na Venezuela

Do blog Resistência:

O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, fez na última sexta-feira (14) gravíssimas afirmações durante visita à Colômbia. Empregando a mesma linguagem agressiva do chefete da Casa Branca, Donald Trump, e outros que agem como sicários e não como governantes e diplomatas, Almagro afirmou: “quanto a uma intervenção militar para derrocar o regime de Maduro, eu creio que não devemos descartar nenhuma opção”.

Conheça a trupe de Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“Só não vamos fazer pacto com o diabo”, afirmou Bolsonaro em julho, enquanto costurava uma aliança com o clã dos Barbalho no Pará. O candidato do PSL tentou se coligar com diversos partidos de direita, mas não teve sucesso. Apesar de vender a imagem de que não formou uma coalizão ampla por ser alérgico a conchavos, Bolsonaro não está isolado porque quer, mas por incapacidade política. Mesmo estando muito bem colocado nas pesquisas, não teve habilidade para formar uma base de apoio fora do seu clubinho reacionário.