terça-feira, 18 de setembro de 2018

Mídia golpista não seria tolerada nos EUA

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

"Mesmo em países que estavam sob direto ataque militar, como a Nicarágua nos anos 80, o governo [sandinista] nunca fechou o principal jornal, que estava abertamente apoiando a guerra [dos Estados Unidos] contra a Nicarágua. A mesma coisa aconteceu na Venezuela depois do golpe militar [contra Hugo Chávez, em 2002]. O que acontece aqui é normal, os governos esquerdistas foram surpreendentemente abertos ao deixar a mídia funcionar. E eles foram amargamente atacados no Ocidente [EUA e Europa] em casos de leve assédio, mas no Ocidente [a mídia] seria suprimida instantaneamente e os donos e gerentes teriam sorte se fossem para a cadeia. É um fato dramático e o Brasil é mais um caso". Chomsky sobre Lula e a Rede Globo.

Dentre os vários títulos informais concedidos ao linguista Noam Chomksy está o de Sócrates dos Estados Unidos, uma tarefa que desempenhou “nas sombras” por mais de meio século - ou seja, fora das páginas do New York Times e longe das lentes das redes ABC, NBC ou CBS.

Bolsonaro e o fascismo do século 21

Por Fábio Palácio, no site da Fundação Maurício Grabois:

O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013, costumava evocar a ideia loquaz de um “socialismo do século 21”. Embora mobilizador, o termo teve sempre algo vago. No que consistiria, afinal, um modelo de socialismo para o novo século? Que aproximações e distanciamentos guardaria em relação às disposições clássicas do mesmo projeto político?

Governos progressistas e a mídia golpista

Foto: Júlia Dolce
Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

Noam Chomsky, linguista, filósofo e um dos mais importantes pensadores e ativistas anticapitalistas da atualidade, compareceu a um encontro com jornalistas da mídia alternativa, na noite desta segunda-feira (17), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

Em uma fala de trinta minutos, Chomsky comentou o poder de manipulação da opinião pública dos meios de comunicação hegemônicos e opinou que a grande mídia latino-americana tem um conhecido histórico golpista. O filósofo deu inicio à sua fala apresentando a introdução do livro “Revolução dos Bichos”, do escritor George Orwell, originalmente censurada. O texto afirma que na Inglaterra não era preciso violência para haver opressão e totalitarismo e destaca o papel da grande mídia nesse processo.

Reitoria da UFRJ rechaça jornal O Globo

Do site da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):

Em editorial publicado nesta segunda-feira (17/9/18), o jornal O Globo ofende a comunidade científica mundial e, em particular, a brasileira, ao chamar a UFRJ e a Uerj de instituições falidas. A vulgaridade e a violência contra as instituições demonstram o tempo de irracionalismo e violência vivido no Brasil de hoje. Desconsiderando a ética e a verdade, O Globo tem contribuído com a propagação de fake news em prol de seus interesses particularistas.

As eleições e a tutela militar

Por Aloysio Castelo de Carvalho, no site Carta Maior:

A última manifestação militar de cunho político no governo Dilma, com grande repercussão na opinião pública, ocorreu em agosto de 2015, no Dia do Soldado, em torno da declaração do general de Exército Mourão, então comandante do Comando Militar do Sul, hoje candidato à vice-presidente na chapa do capitão Bolsonaro pelo Partido Social Liberal. O general Mourão afirmou diante da tropa, em Porto Alegre, que ainda tínhamos inimigos internos, mas que eles se enganavam achando que os militares estavam desprevenidos. Ao analisar o discurso do general, o historiador José Murilo de Carvalho publicou em O Globo um artigo no qual exaltava o silêncio das Forças Armadas como a característica positiva da crise política. Disse ainda que a ausência de manifestações de chefes militares da ativa era a garantia de que não haveria abalos constitucionais. E concluiu, de forma equivocada, que poderia haver até impeachment da presidente, mas não golpe.

Noam Chomsky e o papel da mídia no golpe

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

De passagem pelo Brasil, o linguista, filósofo e ativista estadunidense Noam Chomsky concedeu coletiva a blogueiros e meios alternativos nesta segunda-feira (17), em São Paulo. Para o premiado intelectual, é preciso falar sobre os meios de comunicação e os perigos da falta de diversidade e pluralidade de opiniões e ideias na mídia, acentuados em sistemas de comunicação concentrados como os da América Latina.

Bolsonaro e a ditadura neoliberal

Por Eduardo Maretti e Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

O predomínio das teorias neoliberais sobre as economias globais e a condução insustentável do capitalismo levam o planeta a sua inviabilização. A avaliação é do linguista e ativista norte-americano Noam Chomsky, durante entrevista coletiva no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé na noite de ontem (17). Para ele, os capitalistas não estão se importando com consequências como o aquecimento global ou com o nível de exclusão que assola a raça humana.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Noam Chomsky fala à mídia alternativa

A prepotência de William Bonner

Bolsonaro prenuncia tormenta militar

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Mesmo em recuperação hospitalar que recomenda cuidado parcimonioso, Bolsonaro gravou vídeo de 15 minutos para disseminar nas mídias sociais.

Nele, Bolsonaro passou recibo da vitória do Haddad na eleição de outubro e reconheceu, implicitamente, que poderá ser derrotado já no primeiro turno.

Mais que fazer prognóstico eleitoral, contudo, Bolsonaro gravou o vídeo para prenunciar uma tormenta política e institucional que os militares parecem dispostos a provocar em caso de vitória petista, que é tida como líquida e certa em todas as pesquisas.

Bolsonaro e o pus do golpismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A volta de Jair Bolsonaro à campanha eleitoral não podia ser mais trágica, mais até do que foi patética.

Serve-se da piedade que seu estado de saúde desperta para fazer as mais sórdidas acusações e , pior, para sugerir que deva ser dado um golpe de estado caso não vença as eleições.

Gostaria de poder dizer que é um delírio, mas sua vida pregressa desautoriza imaginar que possa ser apenas um desequilíbrio provocado por seu estado físico precário.

Um pleito decisivo para a América Latina

Por Umberto Martins, no site Vermelho:

O pleito de outubro oferece ao povo brasileiro uma oportunidade ímpar de derrotar os golpistas, barrar o retrocesso e virar o jogo no Brasil e na América Latina.

É bom reiterar nesta fase final da breve campanha política que as eleições de outubro serão decisivas não só para o destino do povo e da nação brasileira, mas igualmente para o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos que estavam desenhando um novo arranjo geopolítico no continente, agora seriamente ameaçado pela restauração do neoliberalismo em boa parte da região e a feroz e renovada ofensiva contra a Venezuela, Nicarágua, Cuba e Bolívia, alvos da chamada guerra híbrida.Os EUA são o grande protagonista desta onda reacionária.

Direita 'boçalnariana' sai do armário

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Como explicar a liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas, se o partido dele, esse tal PSL, praticamente não existe, seu discurso assusta as pessoas normais, o tempo de propaganda dele na televisão tem só oito segundos e o candidato continua fora de combate, recolhido a um leito de hospital? Contando, ninguém acredita.

Nas ruas de São Paulo e do Rio, por onde passei este fim de semana, não vi nenhum sinal de campanha do ex-capitão, nem mesmo adesivos nos carros, a apenas 20 dias da eleição.

O lobby da Nestlé, Unilever e Danone

Por João Peres, no site The Intercept-Brasil:

A Anvisa quer novos rótulos para os alimentos. O órgão, que dita as regras de venda de alimentos e remédios no Brasil, criou em maio de 2018 uma proposta que pode obrigar fabricantes a incluir alertas gráficos sobre a presença de componentes nocivos à saúde, como sal, açúcar e gorduras nas embalagens. O sistema também busca padronizar informações, como as medidas básicas usadas para indicar a proporção de nutrientes e ingredientes. Sem essa padronização, a indústria confunde o consumidor diante da prateleira, que precisa decidir sobre a influência de 1g de sal em embalagens de quantidades diferentes.

Neoliberalismo é o novo totalitarismo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há mais de 40 anos compreendi que o contato com a obra e as ideias de Marilena Chauí é uma das recompensas mais gratificantes para quem procura refletir sobre os tumultos e impasses do mundo contemporâneo, em particular do Brasil.

Matriculado num curso de Marilena na Filosofia da Universidade de São Paulo, onde estudava Ciências Sociais, tive a chance de entrar em contato com um pensamento que passava a limpo nossa forma de ver o mundo e, como é obrigação moral, tentar modificá-lo. Naquele momento, Marilena Chauí preparava um de seus trabalhos fundamentais, a tese de livre-docência sobre Baruch Spinoza (1632-1677), pensador perseguido pela inquisição e banido de Portugal. Dava aulas inesquecíveis pela rapidez do pensamento, a clareza de sua lógica e a erudição sem empáfia.

A bola, o fascismo e as urnas

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Convalescendo no hospital do atentado de que foi vítima, o candidato do PSL às eleições deste ano, diante da evolução das pesquisas que colocam em dúvida sua eleição em segundo turno, aproveitou para mais uma vez atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas, segundando o discurso de seus apoiadores e de provocadores fascistas que insistem, nas redes sociais, em afirmar que ele já estaria eleito em primeiro turno e que qualquer outro resultado só poderá ser fruto de uma “fraude” passível de ser diretamente contestada, até mesmo pelas armas, segundo os mais afoitos.

O fascismo só chegou onde chegou, no Brasil, por duas principais razões.

A natureza do pleito

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A transferência de votos de Lula para Fernando Haddad está em pleno movimento.

Se ele mantiver o ritmo de crescimento apresentado nos primeiros quatro dias de campanha, de quatro pontos percentuais segundo o Datafolha, em breve poderá isolar-se no segundo lugar.

Nisso acreditam até os analistas do mercado. Se estas previsões se confirmarem, podemos ter no segundo turno mais uma eleição plebiscitária, um confronto entre o PT e o antipetismo, antes encarnado pelo PSDB, que perdeu o papel para Bolsonaro. Resumidamente, entre os que venceram em 2016 e os que foram derrubados.

A falsa guerra de ciristas e petistas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

À medida em que se aproxima o final do 1º turno das eleições, é natural a radicalização entre seguidores dos dois candidatos favoritos ao posto de guerreiro da civilização contra a ameaça Bolsonaro.

Mas seria importante que as cabeças mais esclarecidas, de lado a lado, impeçam a radicalização e a demonização do adversário de agora, que poderá ser o aliado de amanhã.

Haddad e Ciro representam o lado mais racional e criativo das políticas públicas, e estão do mesmo lado. Tem ideias claras sobre os diversos temas. E estilos diferentes de implementação.

Jornalistas servis agora têm medo do Bozo

Por Leandro Fortes, na revista Fórum:

Tanta gente, tantos coleguinhas jornalistas, mulheres inclusive, que colaboraram com aquele impeachment fraudulento de Dilma, por ação ou omissão, agora estão se cagando nas fraldas com medo do Bozo.

Sinto dizer, mas o Bozo nasceu mais de vocês do que das bestas quadradas que o seguem e admiram.

O Bozo é resultado da defesa corporativa de jornalistas submissos e servis, em nome de uma liberdade de imprensa capenga e falaciosa.

Eleições de 2018 e o desastre golpista

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

O golpe de 2016 fracassou miseravelmente e a casa-grande se vê obrigada a considerar com toda a seriedade a opção Bolsonaro. O capitão não é Benito Mussolini, nem sequer um imitador. O ditador italiano era nacionalista e sonhava transformar seu país em grande potência, no mesmo nível de Grã-Bretanha, França e Alemanha.

Bolsonaro mentalmente trafega entre o capitão do mato e o mastim napolitano, e seu único projeto é vencer com o apoio do mercado, de sorte a produzir no Brasil, vassalo de Tio Sam, um estrago irreparável. Com ele, é cair da panela para a brasa.