quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Bolsonaro no colo de Donald Trump

Por Umberto Martins, no site da CTB:

O clã Bolsonaro parece mesmo disposto a subordinar a política externa à orientação de Washington e colocar o Brasil no colo de Donald Trump. Enquanto o pai, eleito presidente, provoca a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos e ameaça romper relações com a Ilha socialista, o filho Eduardo Bolsonaro, deputado pelo PSL, defendeu nesta semana em Washington, durante reunião com membros do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o congelamento de bens de cubanos e venezuelanos no Brasil.

Bolsonaro e o inquérito reaberto no STF

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Está passando batido que o STF reabriu, dia 20, o inquérito de Furnas, processo que envolve Aécio Neves e no qual Jair Bolsonaro aparece como um dos beneficiários de dinheiro sujo naquele esquema de corrupção. Esse é apenas um de vários casos nebulosos que envolvem o novo presidente da República, mas, com certeza, é um dos mais graves.

O escândalo da Lista de Furnas é um dos segredos mais bem guardados dos esquemas de corrupção da gestão Fernando Henrique Cardoso. Funcionou assim: Aécio Neves nomeou um diretor de Engenharia da hidrelétrica de Furnas o qual montou um esquema de desvio de recursos que beneficiou governadores, senadores e deputados.

OEA pede proteção à vida de Jean Wyllys

Do blog Socialista Morena:

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA solicitou formalmente ao Estado brasileiro que tome medidas para proteger o direito à vida e à integridade pessoal do deputado federal Jean Wyllys e investigue as ameaças de morte e a difamação de que ele é vítima através de calúnias e fake news que aumentam sua situação de vulnerabilidade. Wyllys tem recebido ameaças de morte por email, pelas redes sociais e, durante a campanha, notou a presença de homens estranhos em suas atividades públicas.

A que se deve tanta euforia do mercado?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Capas de revista, manchetes de jornais e pesquisas do mercado financeiro anunciam uma grande euforia nos últimos dias.

A que se se deve isso?

Está na manchete desta quarta-feira do site Infomoney: “Exclusivo: 63% aprovam escolhas de Bolsonaro para ministérios e decisões anunciadas, mostra XP/Ipespe”.

Segundo a pesquisa do banco de investimentos XP, um braço do Itaú, 57% dizem esperar que Bolsonaro faça um governo ótimo ou bom, enquanto 18% projetam uma gestão regular, e 20%, uma administração ruim ou péssima”.

O que Bolsonaro quer para a Petrobras?

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Há poucos dias, o presidente eleito Jair Bolsonaro indicou o novo Presidente da Petrobras, o entreguista Roberto Castello Branco. Na Petrobras – assim como em quase todas as pautas políticas e econômicas – Bolsonaro se mostra, cada vez mais, uma continuidade piorada do governo Temer.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Castello Branco deixou nítido o projeto neoliberal entreguista da equipe de Bolsonaro. Sem tergiversar, o novo presidente da empresa diz ao que veio: transformar a Petrobras em uma empresa apequenada, fragmentada e com cada vez menos espaço no cenário nacional.

Guerra civil no distrito petrolífero do RJ

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Em 2006, com o anúncio público de extraordinárias reservas de petróleo, o Brasil foi abruptamente levado para o centro da geopolítica das grandes potências. E isso mudou tudo.

Pelo menos até 2014, a confluência de interesses nacionais de construção civil pesada e de empresas de mineração ajudou a garantir uma democracia liderada pela esquerda. Essa associação explica os principais movimentos do país desde então: (i) aproximação econômica com a China; (ii) expansão das fronteiras econômicas para a América do Sul e África; e (iii) geração de massa crítica de empregos tecnológicos qualificados no país.

Palocci vai para casa com R$ 30 milhões

Por Afrânio Silva Jardim, no blog Diário do Centro do Mundo:

TRF-4 reduz pena e coloca Palocci em prisão domiciliar com tornozeleira. Vai para casa com R$ 30 milhões.

Não tenho outra palavra: se isto realmente acontecer, será uma grande safadeza.

Pena de nove anos em regime domiciliar contraria o Código Penal e a Lei de Execução Penal!!! Vergonha!! Não acredito mais no Poder Judiciário de meu país.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Barão lança campanha para manter sua sede

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com oito anos de vida e muito acúmulo de atividades ligadas à luta pela democratização da comunicação, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa passa por dificuldades. Para ajudar a manter as suas atividades, o Barão optou por centrar esforços em uma de suas principais frentes: a manutenção de sua sede física, localizada na Rua Rego Freitas, 454, em São Paulo, e que já se tornou patrimônio de movimentos, militantes e ativistas brasileiros.

Brasil em mudança, para pior

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“País estagnado”, título do novo estudo da Oxfam Brasil, pode dar ideia da ausência de crescimento econômico, mas tem, sobretudo, o sentido de uma sociedade com dificílima mobilidade social. O Brasil, retratado nos dados apresentados, é um país com estruturas que mantêm e aprofundam as desigualdades no plural: desigualdade na representação política, desigualdade de renda, desigualdade tributária, desigualdade regional, desigualdades entre mulheres e homens, entre negros e brancos, entre ricos e pobres.

O jogo arriscado de Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Na montagem do ministério, Jair Bolsonaro assusta, embora não surpreenda, com escolhas que refletem a ambígua personalidade que assumiu ao se tornar candidato: ultraliberal na economia, conservador e fundamentalista na questão moral e de costumes.

É coerente quando empodera Paulo Guedes e escolhe um chanceler e um ministro da Educação de conservantismo estridente. É coerente também com o que diziam suas camisetas de campanha: “meu partido é o Brasil”.

Vem ignorando os partidos e jogando com as bancadas temáticas. Mas esta é uma coerência perigosa, que faz de sua futura relação com o Congresso uma incógnita. Ou ele tem um plano B desconhecido, ou pode se estrepar.

Pesadelo da política externa de Bolsonaro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As declarações sobre política externa por parte do próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro, de ministros, membros do futuro governo e seu “braço direito”, Paulo Guedes, têm causado sobressaltos não apenas nos meios diplomáticos, mas também entre os agentes econômicos cuja atuação depende de boas relações internacionais com parceiros importantes para a balança comercial brasileira. Além das declarações polêmicas e anti-diplomáticas, as incertezas aumentam ainda mais com as idas e vindas.

O SUS sobreviverá à era Bolsonaro?

Por Enio Lourenço, na revista CartaCapital:

Três décadas depois da sua criação, o Sistema Único de Saúde entra na fase mais crucial da sua história. Embora repleto de problemas, principalmente nos grandes centros urbanos, e historicamente subfinanciado, o SUS está entre os modelos mais abrangentes de atendimento no planeta. Cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente do serviço público e muitos tratamentos de alta complexidade só são oferecidos pela rede estatal.

A luta para puxar a cadeira do Lula

Obrigado, médicos cubanos. Até breve!

Manual de sobrevivência na selva bolsonara

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:

Na semana passada participei de um debate na Universidade Livre de Berlim que, partindo de questões literárias, terminou por entrar por reflexões sobre a atual situação brasileira. Houve depoimentos candentes sobre o clima de perseguição e violência contra a dissidência ao candidato vitorioso e sua trupe que se implantou durante a eleição e que tende a se intensificar depois da posse. Houve relatos que variaram da desarticulação dos programas sociais desenvolvidos durante os governos de Lula e Dilma (como o de apoio às pequenas cacimbas de água no Nordeste), imediatamente posta em prática pelo governo Temer, passando pelos conflitos familiares e perseguição desde já a professores, estudantes, até o de estupros de mulheres simplesmente porque apoiaram o outro candidato.

Raquel Dodge protege Nardes

Por Jeferson Miola, em seu blog:           

No seu blog, Lauro Jardim noticia que a chefe da PGR, Raquel Dodge, engaveta denúncia contra Augusto Nardes. Na nota com o título “Augusto Nardes agradece” [a Dodge], o jornalista comenta:

“O inquérito sobre os rolos de Augusto Nardes na operação Zelotes, aberto em 2015, está desde fevereiro em alguma gaveta de Raquel Dodge na PGR“.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A fábrica de acusações contra Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como já se antecipara aqui, segue o clima de perseguição a Lula com acusações sem pé nem cabeça, mas com promotores dispostos a colocá-las nas primeiras páginas de jornais e de juízes prontos a aceitá-las, pela oportunidade de brilhar no mesmo palco de Sérgio Moro.

Agora, trata-se de um suposto “tráfico de influência” que Lula teria praticado ao fazer de um empresário portador de uma carta ao presidente da Guiné Equatorial. Lula já havia deixado há tempos de ser presidente e não ocupava nenhum cargo público, e não menciona nenhum negócio, exceto que Rodolfo Geo, era diretor da ARG, Rodolfo dirige “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”.

Jeito político de Bolsonaro já naufragou

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Nunca existiu um político eleito que tenha cumprido todas as expectativas oferecidas durante a eleição. É natural da política, mas Bolsonaro certamente levará o chamado “estelionato eleitoral” para um novo patamar. O presidente eleito justificou a nomeação de ministros envolvidos em denúncias afirmando que a “questão ideológica é mais grave do que a corrupção”. Sobre a nomeação de um réu no Supremo, debochou: “Eu também sou réu no Supremo. E daí?”

As mentiras sobre a medicina em Cuba

Por Nésio Fernandes, no site Vermelho:

Desde que foi criado o Programa Mais Médicos e grande parte dos profissionais que o integram vieram de Cuba, muita mentira tem circulado sobre a formação daqueles profissionais oriundos e suas condições de trabalho no Brasil. As mentiras se espalharam com maior profusão nas redes sociais e se intensificaram depois que Jair Bolsonaro afirmou que fará mudanças no Mais Médicos que tornam inviável a permanência dos cubanos no programa e levaram Cuba a encerrar a parceria.
 

A nova corte e a fragilidade de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – as fragilidades de Bolsonaro

Prosseguimos na tentativa de decifrar Jair Bolsonaro, juntando mais fragmentos do homem e do grupo trazidos por pessoas que transitam por lá. Como Bolsonaro é um ator político totalmente não-convencional, esses bastidores são mais reveladores do que a cobertura da mídia brasiliense, espremida por pressões dos veículos ou pela necessidade de construir boas relações com as novas fontes.

Ontem, no Twitter, o jornalista norte-americano Vincent Bevins – que foi correspondente no Brasil do Los Angeles Times – traçou um retrato cruel da cobertura sobre Bolsonaro.