sábado, 29 de dezembro de 2018

A saída do bolsonarista Alexandre Garcia

Bolsonaro agradece Alexandre Garcia pela graça alcançada
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Alexandre Garcia deixou a Rede Globo nesta sexta-feira, dia 28, e livrou a Globo de um constrangimento, que era sua militância bolsonarista.

Em um comunicado interno, o diretor de jornalismo Ali Kamel, aquele do clássico “Não Somos Racistas”, prestou uma espécie de homenagem ao antigo funcionário.

Em nossa conversa, Alexandre me disse que deixa a Globo, mas não o jornalismo. Ele continuará a ter seus comentários políticos transmitidos por duzentas e oitenta rádios Brasil afora. Do mesmo jeito, continuará a escrever artigos para um sem número de jornais por todo o país. E, entre seus planos, está o de acrescentar outro títulos ao seu livro de grande sucesso “Nos Bastidores da Notícia”, lançado em 1990 pela Editora Globo.

O Brasil na imprensa internacional

Por Carlos Eduardo Silveira, no site Carta Maior:

2018 foi um ano em que aumentou a atenção do mundo com o Brasil. Não foram só as eleições, mas diversos acontecimentos, como a prisão de Lula, um ícone mundial, o assassinato de Marielle e a ascensão de Jair Bolsonaro que traz à lembrança, particularmente dos europeus, do período mais terrível vivido por eles. Mas também a deterioração da experiência democrática do país, duramente conquistada. Os massacres, os assassinatos, não só de Marielle, mas de muitos líderes ambientalistas, indígenas e de movimentos sociais foram notícia ao longo do ano, sem a predominância que outras questões tiveram, à exceção do caso Marielle e a violência generalizada foram sempre noticiados.

Posse de Bolsonaro e o funeral da democracia

Por Marcelo Zero

Em condições de normalidade democrática, as cerimônias de posse do novo presidente são festas da democracia. Elas são a manifestação maior do principio da soberania popular.

Contudo, neste 1º de janeiro de 2019, a cerimônia de posse do candidato neofascista terá um tom lúgubre.

Não será, de forma alguma, uma comemoração da democracia.

Ao contrário, será uma espécie de funeral das instituições democráticas e dos direitos que as conformam.

Com efeito, como comemorar democraticamente a posse de um candidato que manifestou, inúmeras vezes, seu total desprezo pela democracia?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Alexandre Garcia será porta-voz de Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

O site Na Telinha, hospedado no UOL, informa que o jornalista Alexandre Garcia decidiu encerrar a sua carreira de 30 anos na TV Globo. “Na manhã desta sexta-feira (28), o diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel, emitiu comunicado falando sobre a saída de Garcia e agradecendo por todos os serviços prestados. O motivo de sua saída não foi mencionado, mas especula-se que tenha a ver com um recente convite para compor a equipe de comunicação do governo Jair Bolsonaro, que começa no dia 1º de janeiro”. Não causaria surpresa, já que o jornalista adora fascistas e milicos. Antes de ingressar na Globo, ele foi porta-voz do general João Baptista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar – e só foi defecado após posar na revista Playboy.

Corruptos e drogas na equipe de transição

Por Altamiro Borges

Um mês após a operação policial, a Folha revelou nesta semana as sujeiras de mais um “colaborador” da hermética e sinistra equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro. Vale conferir trechos da reportagem assinada por Walter Nunes:

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Na manhã de 27 de novembro, policiais federais e fiscais da Receita entraram no apartamento do advogado Thiago Taborda Simões, em São Paulo, em busca de provas sobre a suposta atuação de uma quadrilha que operava um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro que pode ter dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco.

Durante as buscas, os investigadores apreenderam documentos, encontraram uma caixa com maconha e cocaína e um crachá de acesso ao local de trabalho da equipe de transição do governo do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.

A posição do Brasil no mundo

Por Samuel Pinheiro Guimarães

“A geografia é a política das Nações” - Napoleão (1769-1821)

“O Brasil está fadado a ser, por tempo indefinido, um satélite dos Estados Unidos” - Raul Fernandes, Ministro das Relações Exteriores – 26/08/1954 a 12/11/1955


1. A política exterior e a posição do Brasil no mundo se transformaram radicalmente desde a posse de Michel Temer, resultado de golpe de Estado político/midiático/judicial em 2016.

2. A julgar pelas manifestações do presidente eleito, de familiares e de seus ministros indicados, essa mudança de política e de posição deverá se acentuar na gestão do Presidente Jair Bolsonaro, a partir de 2019, devido à sua visão do mundo e da sociedade brasileira.

Queiroz reproduz comunicação de Bolsonaro

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

As respostas de Fabrício Queiroz em entrevista ao SBT nesta quarta-feira (26) não serviram para esclarecer as origem das movimentações financeiras atípicas apontada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no início do mês. "Sou um cara de negócios, faço dinheiro", justificou o ex-assessor e coordenador de segurança do deputado estadual, e agora senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Bolsonaro dá facada na saúde pública

O jogo será outro a partir de janeiro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Jair Bolsonaro deve mesmo aproveitar estes últimos dias de descanso e lazer no refúgio militar da Marambaia. Daqui a sete dias vai terminar, para ele, o tempo da campanha prolongada, das exibições demagógicas de simplicidade, vestindo bermudas e esfregando a barriga no tanque de lavar roupa.

Ainda que deteste a imprensa, não poderá governar pelas redes sociais.

Nem se escorar no trololó ideológico e comportamental, pois começará o tempo efetivo das cobranças por resultados. E eles vão depender, essencialmente, do que Paulo Guedes fizer na gestão da economia.

Queiroz e a bajulação no SBT

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A entrevista que o laranja de Bolsonaro deu ao SBT foi uma disputa entre entrevistado e entrevistador de quem daria mais vergonha alheia. O que chama atenção é que, segundo o próprio Queiroz, ele faltou não uma nem duas vezes a intimações para depor no Ministério Público: faltou QUATRO vezes. Ah, se fosse o Lula… Seria condução coercitiva na primeira.

Entrando na Era do Novo Normal

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Para dizer a verdade – e já brigando com o título da coluna - ingressamos na Era do Novo Normal faz algum tempo. Primeiro com o dedão do pé como quem, na praia, experimenta para ver se a água não está muito fria. Estava glacial e mesmo assim enfiamos o resto do pé. E assim ficamos, imitando uma dessas aves pernaltas.

Agora, oficialmente a partir deste 1º de janeiro que chega com a faca nos dentes e exalando hálito de urubu, vamos meter o pé que falta. Ou os quatro pés como insinuam The New York Times, Le Monde, El País, Le Figaro, Libération, Deutsche Welle e o restante daquela imprensa a soldo de Moscou, Havana, quem sabe Pyongyang.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A tentativa de sequestro do governo do RN

Por Renato Rovai, em seu blog:

Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, foi a única governadora eleita pelo PT em 2018. Todos os outros vitoriosos da sigla foram reeleitos, Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piaui). Para atingir este objetivo, a futura governadora teve de superar uma campanha duríssima em que derrotou todas as oligarquias locais (Maia, Alves, Ciarlini e Faria – do atual governador Robison Faria) que se juntaram contra ela.

No segundo turno, seu adversário foi Carlos Eduardo Alves, o Cadoca, que renunciou a prefeitura de Natal para enfrentá-la. Sobrinho do ex-governador e ex-ministro Aluísio Alves e primo do ex-governador Garibaldi Alves, que se candidatou ao Senado e teve apenas 13% dos votos.

Salve-se quem puder

Por Marcelo Zero

Confesso que tenho tido dificuldades em escrever sobre a armada Bolsoleone que tomou de assalto o Brasil.

Não por falta de assunto, mas pelo oposto.

O festival generoso de estultice, ignorância, amadorismo, desorganização, fanatismo e caos da armada do capitão dificulta a escolha de um só tema.

A sensação é de um inevitável naufrágio, de um apocalipse não apenas econômico, social e político, mas sobretudo civilizatório.

A farsa do Queiroz continua

Por Jeferson Miola, em seu blog:   

Queiroz continua sumido, para decepção nacional.

Ele apenas saiu momentaneamente de algum esconderijo onde está sendo guardado a 7 chaves para conceder 1 entrevista arranjada, sob medida, para a emissora SBT que, tudo indica, habilita-se a forte candidata a voz oficial do regime nazi-bolsonarista [ver aqui].

É descabido, tecnicamente falando, chamar de entrevista a performance ensaiada do Queiroz no SBT com exclusividade, sem submeter-se ao escrutínio de toda a imprensa.

Jurisprudência para Lula: preso ou preso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao negar autorização para Lula comparecer ao velório e sepultamento do amigo Sigmaringa Seixas, o juiz plantonista Vicente de Paula Ataíde confirmou que está se formando uma estranha jurisprudência em torno da liberdade do ex-presidente.

Quando uma sentença determina a permanência de Lula na prisão, deve ser cumprida sem debate nem maiores questionamentos. Quando a decisão ordena que seja colocado em liberdade, quem sabe por poucos dias, ou mesmo por algumas horas, dá-se um jeito de impedir que saia do papel, ainda que tenha origem em instâncias mais elevadas do Judiciário.

As duas últimas tacadas de Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Na última semana de governo, o grupo de Temer emplaca duas jogadas tentadas há anos por lobbies poderosos.

A primeira, a de permitir até 100% de capital externo na aviação comercial. A medida foi criticada pelo proprietário de Azul que informou que em qualquer país o processo de abertura é gradativo e sujeito a reciprocidades.

Na delação de Lúcio Funaro ficava claro que, desde os tempos de Temer vice-presidente e organizador da caixinha do PMDB, já estava na mesa um lance de R$ 20 milhões pela aprovação da medida.

Bolsonaro, Trump e os falsos idiotas

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

Há muito tempo, leitor, não trato de um tema que me era caro outrora: a ascensão fulminante e irresistível do idiota. E, no entanto, hoje mais do que nunca vivemos as consequências desse fenômeno arrasador – não só no Brasil, mas em grande parte do mundo.

Tudo começou no século XX. O primeiro a diagnosticar o fenômeno foi, salvo engano, o filósofo espanhol Ortega y Gasset. A sua obra A Rebelião das Massas marcou época. Décadas depois, Nelson Rodrigues retomou o tema com mais verve e mais graça. Os idiotas sempre existiram - e em grande número.

A água e o complexo de vira-lata

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Mal encerramos o período festivo do final de dezembro e o capitão nos brinda com mais uma de suas trapalhadas. Bem ao seu estilo de se apresentar com propostas supostamente inovadoras na forma e no estilo, ele vem a público falar de algo que não conhece ou a respeito do qual está sendo muito mal assessorado. Como aconteceu em uma série de oportunidades anteriores, mais uma vez ele poderia ter ficado bem caladinho. O País agradeceria, emocionado.

A venda da Abril e o domínio dos bancos

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Quase tudo que se consome de informação nesse país, algo como 70%, pertence a seis famílias: Marinho (Organizações Globo), Frias (Folha de S. Paulo, UOL), Mesquita (O Estado de S. Paulo), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT) e Civita (Abril).

Os Civitas, porém, foram engolidos por uma dívida de R$ 1,6 bilhão, e a Abril entrou com pedido de recuperação judicial em agosto. Quase toda essa dívida, mais de R$ 1 bilhão, era com, voilá!, os bancos.

Quem deve R$ 1 bilhão aos bancos, já pertence de corpo e alma a eles. Nesta quinta, porém, fomos informados que a família Civita vendeu 100% da empresa para o investidor Fábio Carvalho.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Venda da Embraer e a soberania nacional

Por Renata Belzunces, no site Mídia Ninja:

Não é exagero afirmar que a compra de parte da Embraer pela americana Boeing, caso volte a ser liberada pela Justiça, ameaça à soberania nacional e pode resultar no fim da história da fabricação de aeronaves no país. O acerto comercial, que envolve bilhões e deixa a produção de aviões comerciais nas mãos de uma nova empresa a ser criada, torna difícil a sobrevivência do que restaria da Embraer. É real o risco de uma empresa tão estratégica para o país se transformar, em alguns anos, em uma mera fornecedora de peças para os Estados Unidos.