sexta-feira, 26 de abril de 2019

Ativistas digitais se reúnem em Campinas

Lula e a masmorra de Curitiba

Por Bepe Damasco, em seu blog:

1) Lula, como diz o consagrado linguista Noam Chomsky, é o preso político mais importante do mundo; 2) O sistema de justiça brasileiro, com as exceções que confirmam a regra, foi engolfado pelo conceito fascista do “direito penal do inimigo”; 3) Porções amplamente majoritárias das estruturas do poder judiciário rezam na cartilha do “partido da Lava Jato” e são capazes das maiores atrocidades jurídicas para fortalecer o protagonismo político de seus colegas de Curitiba; 4) Como postei no meu perfil do facebook, "redução de pena é o cacete. Lula não cometeu nenhum crime e os processos contra ele são todos fraudulentos."

Argentina desce ao abismo e assusta Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Se o leitor ou a leitora teve a oportunidade de ir à bela Buenos Aires, tempos atrás, e se acostumou ao câmbio de 2,5 pesos por real, vai entender o que digo com uma única informação: o nosso real, mesmo baqueado em dólar, está comprando, neste momento, quase que 12 pesos!

O país está entrando em colapso: em um ano, o risco país mais que dobrou – de 400 para mais de 900 pontos – e já ninguém acredita que, mesmo com o semicongelamento de preços, a inflação do ano fique abaixo de 50%. Isto por enquanto.

As agências que fazem seguro de risco já consideram que o país terá de decretar moratória – chamada no mercado de default – quando estiver para vencer o crédito de emergência obtido junto ao FMI.

"Moro é indigno, medíocre e lamentável"

O Brasil e o mergulho no atraso

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Segundo The Economist, a vetusta e conservadora revista britânica, algo como mensageiro oficial do capitalismo, a China decidiu responder à guerra comercial que lhe movem os EUA aumentando os investimentos em infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, fórmula simples e clássica de ativar a economia. Ao lado das grandes obras, aplica recursos crescentes em educação e em pesquisa básica e na formação de mão-de-obra especializada, qualificada e qualificadíssima, e na pesquisa de ponta, em áreas como cibernética, exploração espacial (já chegou ao lado escuro da Lua), e inteligência artificial. Resultado óbvio: seu PIB cresceu 6,4% no primeiro trimestre deste ano. A China é hoje a segunda maior economia do mundo, caminhando para, em menos de uma década, superar os EUA, tanto como economia, quanto em desenvolvimento científico e tecnológico, com todas as implicações daí decorrentes para a geopolítica e as estratégias de segurança e hegemonia que transitam da atual unipolaridade (herança da Guerra Fria) para uma multipolaridade cujos contornos ainda não podem ser definidos.

Mobilidade urbana piora com uberização

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Já tem até meme na rede social: “Sou de Dubai: Dubairro onde o Urber cancela a viagem”. Entre os usuários também já se ouvem queixas frequentes: “Quando chove, fica mais caro”; “Para deslocamento perto, fica complicado encontrar motorista”.

Aos poucos, o povo vai se dando conta da falácia que os aplicativos de transporte, na lógica atual de seguir unicamente as leis de mercado, representam para a mobilidade urbana.

A balinha, o tratamento cortês em relação aos táxis e ônibus, nada disso mais doura a pílula. Afinal, quando mais se precisa de ubers, 99 e afins, é justamente quando mais dificuldade se tem para contar com essa opção de transporte.

Indústria revela precipício bolsonarista

Editorial do site Vermelho:

Um abismo chama outro. O axioma explica bem o declínio da indústria brasileira, que poderia estar em outra situação se o governo atuasse para libertar a vasta área de consumo que padece com a falta de renda. Sem renda, não há consumo. Sem consumo, a produção trava. Sem essa dinâmica, o desenvolvimento do país não se realiza.

No 1º bimestre do ano, 54% da indústria apresentou queda, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A situação mais grave é a do setor de bens intermediários (bens produzidos e utilizados na produção de outros bens), considerado o “coração” da indústria.

Brasil é governado por um bando de malucos

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Na TV, Bolsonaro mente sobre a Previdência

Por Altamiro Borges

O “capetão” Jair Bolsonaro, que adora disparar fake news pelas redes sociais, agora está se aperfeiçoando em mentir também pela TV. Nessa quarta-feira (24), em cadeia nacional, ele jurou – talvez por Damares da Goiabeira – que o golpe da Previdência reduzirá as desigualdades sociais no país. Em uma fala insossa de um minuto e 30 segundos, o presidente afirmou que sem a aprovação da contrarreforma o Brasil iria afundar:

“É muito importante lembrar que se nada for feito o país não terá recursos para garantir uma aposentadoria para todos os brasileiros. Sem mudanças o governo não terá condições de investir nas áreas mais importantes para as famílias como saúde, educação e segurança... Temos certeza que a nova previdência vai fazer o Brasil retomar o crescimento, gerar emprego e principalmente a reduzir a desigualdade social, porque com a reforma os mais pobres pagarão menos. O Brasil tem pressa”.

Ibope confirma queda de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A sociedade não perdoou nem os “100 dias de lua de mel” do desgoverno de Jair Bolsonaro. Todas as pesquisas apontam que a popularidade do “capetão” despenca rapidamente. A última sondagem, encomendada pela suspeita Confederação Nacional da Indústria e realizada pelo também sinistro Ibope, foi divulgada nesta quarta-feira (24) e causou tremedeiras em Brasília. Em síntese, ela aponta que a avaliação positiva do governo caiu 29 pontos percentuais.

Isto talvez ajude a explicar porque o vice-presidente, general Hamilton Mourão, anda tão excitado em suas andanças, e porque os “pimpolhos” de Jair Bolsonaro – principalmente, o “zero dois” ou pitbull para o pai ou “Carluxo” para os íntimos – estão tão nervosinhos e descontrolados.

Três cenários sobre o futuro de Lula

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Segundo avaliação de uma corrente de advogados, após ter sua condenação mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apesar da redução da pena, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá obter a liberdade mesmo se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância, em julgamento ainda por ser pautado. Isso porque a decisão desta terça-feira (24) do STJ já configura um acórdão de terceira instância, um degrau acima da condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em janeiro de 2018.

A essência da farsa da condenação de Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:                     

O Estado brasileiro, segundo escrito na Constituição, é laico, mas um Jesus Cristo crucificado e pendurado na parede da sala de sessões da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça [STJ] testemunhou, envergonhado, o arbítrio e a hipocrisia dos “juízes” [entre mil aspas] que mantiveram a condenação arbitrária, sem provas e sem culpa do Lula.

Se fizesse justiça de verdade, o STJ teria anulado esta infâmia que escandaliza o mundo inteiro.

Os algozes alegaram que não podiam discutir as provas [inexistentes] no processo – ou seja, alegaram não poder julgar a essência da farsa que condenou Lula sem prova e sem culpa.

A gestão da Petrobras no governo Bolsonaro

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Nos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro, além das reformas econômicas ultraliberais e das agendas ideológicas neoconservadoras, uma pauta silenciosa teve presença constante nos atos e verbos do Executivo: as transformações estruturais na indústria nacional de petróleo e gás.

As medidas de desmonte levadas à cabo pelo governo foram inúmeras, como se verá adiante, mas chegaram ao debate público por ocasião das declarações e decisões em torno da política de preços dos combustíveis, em especial do diesel.

Lei Rouanet e a cultura em demolição

Por Célio Turino, no site Outras Palavras:

Não é algo atabalhoado, é projeto. Projeto de desmonte da cultura e das artes, é ataque à alma de um povo. Não me refiro especificamente à lei, que tem falhas e pontos a ser mudados e aperfeiçoados, mas ao sentido de demolição de todo um sistema de financiamento da Cultura. Percebendo que não tinha condições de acabar com a lei, pura e simplesmente, por medo e incapacidade para enfrentar o debate, o governo Bolsonaro toma as seguintes medidas:

a) Mudança no nome da lei, tirando a referência ao seu idealizador, Sérgio Rouanet, diplomata e intelectual refinado, ministro da Cultura durante o governo Collor, que agora passará a ser chamada de Lei de Incentivo à Cultura;

Lula não será libertado: é um preso político

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não se entusiasme com a redução de pena de Lula pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde o início, PGR, Lava Jato, tribunais vêm jogando com o fator tempo. Pouparam o PSDB até o momento em que o impeachment e a prisão de Lula estavam garantidas.

O TRF4 aumentou a pena de forma extravagante para impedir a prescrição por conta da idade de Lula. Agora, o STJ reduz a pena no caso do triplex. Se fosse só por conta dele, Lula sairia em setembro. Antes disso, haverá a aceleração do julgamento do sítio, impedindo a mudança do regime de prisão.

Fusão da TV Brasil e NBR é inconstitucional

Governo Bolsonaro implode antes de começar

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Antes de completar quatro meses, o governo Bolsonaro está implodindo, com o capitão presidente e o vice general agora em guerra aberta.

Aonde isso vai dar, quanto tempo ainda o país vai assistir placidamente a este barraco federal armado no Palácio do Planalto?

Parece que nada mais é capaz de espantar os brasileiros, tantos são os desmandos, as bizarrices, as pernadas abaixo da linha de cintura e os escândalos que se multiplicam em progressão geométrica para onde quer que se olhe.

Agora STF fará Justiça a Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Apesar de fanáticos de direita negarem que Lula obteve grande vitória na Justiça via forte redução de sua pena de prisão, essa vitória não só é inegável como – aliada a fatores como liberação de suas entrevistas à imprensa – indica que o STF adotará postura em relação a ele que pode colocá-lo em liberdade muito antes do que pensam seus inimigos.

Há várias matérias na imprensa sobre criminalistas que avaliam que a redução de pena do ex-presidente Lula foi ‘vitória inegável’ dele pela possibilidade de pleitear progressão de pena para regime semiaberto ou domiciliar.


Governo Bolsonaro e os sentidos de educação

Por Luciano Freitas Filho, no site Carta Maior:

Opero com a ideia de que um dos maiores e emergenciais embates do campo político da esquerda, da centro-esquerda e dos intelectuais progressistas com o governo Bolsonaro, hoje, deve ocorrer no âmbito das disputas pelas políticas educacionais (mais precisamente, a disputa pelos sentidos de educação, de docência, de escola e de universidade que instituem essas políticas).

Por outro lado, essa afirmação não se propõe a desviar olhares para questões que circulam no debate atual, tais como: reforma da previdência, armamento ou segurança pública. Ao contrário, percebo as relações que essas discussões têm com a educação básica e superior e, por conseguinte, com uma política educacional de qualidade.

Lula venceu, mas Lava-Jato está ativa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O julgamento no STJ fez o percurso utilizado pela Justiça quando precisa reparar um erro flagrante mas não pretende avançar até as últimas consequências. No caso de Lula, isso seria equivalente a rejeitar a condenação do triplex no mérito, pelo reconhecimento da ausência de provas e pela falta de respeito a presunção da inocência.

A importância da decisão deve ser compreendida nesse limite. Por 4 votos a 0, a segunda mais alta corte de Justiça do país admitiu que ele recebeu penas exageradas, tanto por parte de Moro (9 anos) como do TRF-4 (12). A redução foi para 8 anos e dez meses. Não é pouca coisa, quando se recorda o bloco monolítico que defendeu a Lava Jato desde a captura daquele líder politico cuja prisão alterou a sucessão presidencial e abriu caminho paro o abismo institucional em que o país se encontra nos dias atuais.