sábado, 27 de abril de 2019

Lewandowski dá murro na polícia do Moro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O juiz do STF Ricardo Lewandowski não precisou mais que 252 palavras para desferir um murro ético, moral e de decência na cara da polícia política do Moro, que se arvorou a condição de carcereira suprema do Lula [ler aqui].

O delegado da polícia federal do Estado policial do Moro, o carcereiro Luciano Flores Lima, queria sequestrar outra vez a liberdade de expressão do Lula que Lewandowski conseguiu restaurar, depois que Fux e Dias Toffoli sequestraram na época eleitoral, em obediência à tutela militar, para não impedir a vitória do Bolsonaro e do Partido da Lava Jato.

Evangélica deixa o país por sofrer ameaças

Camila Montovani da Silva (reprodução Facebook)
Por Aloísio Morais, no site Jornalistas Livres:

“Perdi o direito! Perdi o direito de viver no meu próprio país! Quem defende a laicidade do Estado, é massacrado por um Estado que não é laico. Perdi o direito de viver com minha família e meus amigos, de levar meu trabalho adiante. Perdi o direito de viver minha vida como a vivo hoje. Perdi esse direito porque o fundamentalismo que governa o Brasil hoje assassina qualquer profeta que denuncie o pecado das grandes lideranças.”

O desabafo é da carioca Camila Montovani da Silva e foi postado nesta sexta-feira, 26, em sua página no Facebook. É mais uma brasileira do Estado do Rio a deixar o país em consequência das perseguições e ameaças que vem sofrendo, neste caso, de fundamentalistas. A jovem é perseguida por prestar solidariedade e apoio pastoral a mulheres evangélicas que sofrem violência doméstica. Recentemente, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) e a ex-candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo PT, a filósofa Márcia Tiburi, também tiveram de deixar o país por causa de perseguições e ameaças.

Novas e velhas linguagens da dominação

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Se quisermos lutar unificados e com mais eficácia contra a degeneração em curso do nosso sistema democrático é importante compreendermos o discurso legitimador da ordem autoritária neoliberal no Brasil, que está marcado pelos dogmas neoliberais mais expressivos. Eles exigem certas liberdades políticas para sua implementação, ainda que estas sejam exercidas principalmente no topo da sociedade. Estas liberdades devem ser combinadas com discurso de ódio contra os excluídos e miseráveis para convencer a maior parte da sociedade que os pobres não “merecem” um Estado Social. É a lógica discursiva de Bannon, com seu populismo de direita, apoiado pelos enunciados principais de Hayek e Von Mises, que transitam misturados e de forma apologética na mídia tradicional.

Paulo Guedes na loja de cristais

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Além de ter completado a tão esperada marca de 100 dias sem nenhuma medida concreta a ser anunciada, o governo do capitão iniciou a sua peregrinação rumo ao ducentésimo dia no Palácio do Planalto com um conjunto impressionante de trapalhadas e de ameaças na área da economia.

O primeiro ponto foi o anúncio inusitado e destrambelhado pelo Super Ministério da Economia de que o governo iria promover a privatização dos Correios. Uma loucura! Entregar um serviço estratégico como esses, em um país com dimensões continentais como o nosso, em mãos de alguma multinacional do ramo ou algum fundo financeiro que visa única e exclusivamente à obtenção de lucros para seus acionistas. Mas essa batalha ainda vai ser longa, pois o próprio presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), nomeado por Bolsonaro, já apresentou resistências à intenção desse liberalismo entreguista.


A (i) lógica do direito e o caso Lula

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em priscas eras, quando denunciei o então consultor geral da República (logo depois Ministro da Justiça) Saulo Ramos, ele tentou respondeu às acusações com um jurisdiquês incompreensível. Na época, consegui uma fonte privilegiada, o então Ministro do Supremo Tribunal Federal Sidney Sanches, que me deu um conselho de ouro: analise a medida do ponto de vista da lógica de uma pessoa racional.

– A doutrina tem que espelhar o mundo real.


Estupidez bolsonariana avança no país

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Na mesma quinta-feira, 25 de abril de 2019, desde o café da manhã no Planalto com jornalistas convidados, que tiram selfies com ele, até o final do dia, o capitão Jair Bolsonaro disse as seguintes barbaridades:

- “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay, porque aqui temos famílias”.

- “Quem quiser vir aqui fazer sexo com mulher, fique à vontade”.

- “Tomei conhecimento uma vez que certos homens ao ir ao banheiro só ocupavam o banheiro para fazer o número 1 no reservado e soube de um número alarmante: mil amputações de pênis por ano no Brasil por falta de água e sabão”.



Lula, o retorno do gigante

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No último dia da penúltima semana de abril de 2019, após sete meses de censura, Lula conseguiu fazer o que sempre fez até os 72 anos de idade, antes de ser injustamente encarcerado: pôde falar, argumentar, defender ideias – agora, sobre a própria inocência. A voz de Lula, sua indignação e seu propósito inquebrantável de defender seu povo, estão de volta

El País e Folha de São Paulo lutaram na Justiça ao lado de Lula para que ele pudesse dar a sua versão dos fatos à sociedade. Por isso, merecem respeito.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Governador Rui Costa fala aos blogueiros

Filosofia e Sociologia incomodam Bolsonaro

Por Ana Luíza Basílio, na revista CartaCapital:

O presidente Jair Bolsonaro iniciou a sexta-feira, 26, alarmando a sociedade. Algo que já tem se tornado frequente na gestão do capitão. O foco? A educação, área que tem sido palco de preocupantes investidas governamentais. Em um tweet publicado no início da manhã, o presidente anunciou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, estuda descentralizar investimentos em faculdades de Filosofia e Sociologia.


Ativistas digitais se reúnem em Campinas

Lula e a masmorra de Curitiba

Por Bepe Damasco, em seu blog:

1) Lula, como diz o consagrado linguista Noam Chomsky, é o preso político mais importante do mundo; 2) O sistema de justiça brasileiro, com as exceções que confirmam a regra, foi engolfado pelo conceito fascista do “direito penal do inimigo”; 3) Porções amplamente majoritárias das estruturas do poder judiciário rezam na cartilha do “partido da Lava Jato” e são capazes das maiores atrocidades jurídicas para fortalecer o protagonismo político de seus colegas de Curitiba; 4) Como postei no meu perfil do facebook, "redução de pena é o cacete. Lula não cometeu nenhum crime e os processos contra ele são todos fraudulentos."

Argentina desce ao abismo e assusta Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Se o leitor ou a leitora teve a oportunidade de ir à bela Buenos Aires, tempos atrás, e se acostumou ao câmbio de 2,5 pesos por real, vai entender o que digo com uma única informação: o nosso real, mesmo baqueado em dólar, está comprando, neste momento, quase que 12 pesos!

O país está entrando em colapso: em um ano, o risco país mais que dobrou – de 400 para mais de 900 pontos – e já ninguém acredita que, mesmo com o semicongelamento de preços, a inflação do ano fique abaixo de 50%. Isto por enquanto.

As agências que fazem seguro de risco já consideram que o país terá de decretar moratória – chamada no mercado de default – quando estiver para vencer o crédito de emergência obtido junto ao FMI.

"Moro é indigno, medíocre e lamentável"

O Brasil e o mergulho no atraso

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Segundo The Economist, a vetusta e conservadora revista britânica, algo como mensageiro oficial do capitalismo, a China decidiu responder à guerra comercial que lhe movem os EUA aumentando os investimentos em infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, fórmula simples e clássica de ativar a economia. Ao lado das grandes obras, aplica recursos crescentes em educação e em pesquisa básica e na formação de mão-de-obra especializada, qualificada e qualificadíssima, e na pesquisa de ponta, em áreas como cibernética, exploração espacial (já chegou ao lado escuro da Lua), e inteligência artificial. Resultado óbvio: seu PIB cresceu 6,4% no primeiro trimestre deste ano. A China é hoje a segunda maior economia do mundo, caminhando para, em menos de uma década, superar os EUA, tanto como economia, quanto em desenvolvimento científico e tecnológico, com todas as implicações daí decorrentes para a geopolítica e as estratégias de segurança e hegemonia que transitam da atual unipolaridade (herança da Guerra Fria) para uma multipolaridade cujos contornos ainda não podem ser definidos.

Mobilidade urbana piora com uberização

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Já tem até meme na rede social: “Sou de Dubai: Dubairro onde o Urber cancela a viagem”. Entre os usuários também já se ouvem queixas frequentes: “Quando chove, fica mais caro”; “Para deslocamento perto, fica complicado encontrar motorista”.

Aos poucos, o povo vai se dando conta da falácia que os aplicativos de transporte, na lógica atual de seguir unicamente as leis de mercado, representam para a mobilidade urbana.

A balinha, o tratamento cortês em relação aos táxis e ônibus, nada disso mais doura a pílula. Afinal, quando mais se precisa de ubers, 99 e afins, é justamente quando mais dificuldade se tem para contar com essa opção de transporte.

Indústria revela precipício bolsonarista

Editorial do site Vermelho:

Um abismo chama outro. O axioma explica bem o declínio da indústria brasileira, que poderia estar em outra situação se o governo atuasse para libertar a vasta área de consumo que padece com a falta de renda. Sem renda, não há consumo. Sem consumo, a produção trava. Sem essa dinâmica, o desenvolvimento do país não se realiza.

No 1º bimestre do ano, 54% da indústria apresentou queda, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A situação mais grave é a do setor de bens intermediários (bens produzidos e utilizados na produção de outros bens), considerado o “coração” da indústria.

Brasil é governado por um bando de malucos

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Na TV, Bolsonaro mente sobre a Previdência

Por Altamiro Borges

O “capetão” Jair Bolsonaro, que adora disparar fake news pelas redes sociais, agora está se aperfeiçoando em mentir também pela TV. Nessa quarta-feira (24), em cadeia nacional, ele jurou – talvez por Damares da Goiabeira – que o golpe da Previdência reduzirá as desigualdades sociais no país. Em uma fala insossa de um minuto e 30 segundos, o presidente afirmou que sem a aprovação da contrarreforma o Brasil iria afundar:

“É muito importante lembrar que se nada for feito o país não terá recursos para garantir uma aposentadoria para todos os brasileiros. Sem mudanças o governo não terá condições de investir nas áreas mais importantes para as famílias como saúde, educação e segurança... Temos certeza que a nova previdência vai fazer o Brasil retomar o crescimento, gerar emprego e principalmente a reduzir a desigualdade social, porque com a reforma os mais pobres pagarão menos. O Brasil tem pressa”.

Ibope confirma queda de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A sociedade não perdoou nem os “100 dias de lua de mel” do desgoverno de Jair Bolsonaro. Todas as pesquisas apontam que a popularidade do “capetão” despenca rapidamente. A última sondagem, encomendada pela suspeita Confederação Nacional da Indústria e realizada pelo também sinistro Ibope, foi divulgada nesta quarta-feira (24) e causou tremedeiras em Brasília. Em síntese, ela aponta que a avaliação positiva do governo caiu 29 pontos percentuais.

Isto talvez ajude a explicar porque o vice-presidente, general Hamilton Mourão, anda tão excitado em suas andanças, e porque os “pimpolhos” de Jair Bolsonaro – principalmente, o “zero dois” ou pitbull para o pai ou “Carluxo” para os íntimos – estão tão nervosinhos e descontrolados.

Três cenários sobre o futuro de Lula

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Segundo avaliação de uma corrente de advogados, após ter sua condenação mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apesar da redução da pena, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá obter a liberdade mesmo se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância, em julgamento ainda por ser pautado. Isso porque a decisão desta terça-feira (24) do STJ já configura um acórdão de terceira instância, um degrau acima da condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em janeiro de 2018.