sábado, 13 de julho de 2019

Moro acionou os fascistas na Flip de Paraty

Por Altamiro Borges

As hordas bolsonaristas estão cada dia mais hidrófobas e agressivas. Gozando de total impunidade, em breve elas poderão cometer atos de violência ainda mais trágicos. Na noite desta sexta-feira (12), a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, presenciou tristes momentos dessa hostilidade fascista. Aos gritos de “gringo de merda”, os fanáticos seguidores do "capetão" Jair Bolsonaro e do "herói" Sergio Moro tentaram impedir uma palestra do jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, sobre os crimes da midiática Lava-Jato.

Brasil nunca esteve tão mal no exterior

Influência da CIA não é teoria conspiratória

Público e privado no desenvolvimento do país

Editorial do site Vermelho:

Em meio ao festival de ataques aos direitos do povo e aos interesses do país pelo espectro bolsonarista, começam a surgir importantes iniciativas de resistência democrática e patriótica. É o caso das frentes parlamentares de defesa dos bancos públicos e dos Correios, assim como iniciativas de denúncias sobre as políticas privatistas que pretendem destruir a Petrobras, que já reverberam na população.

O Brasil sem Paulo Henrique Amorim

Previdência e os efeitos negativos no PIB

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Pela 19ª vez consecutiva, o Boletim Focus - síntese das expectativas de mercado - reduziu a expectativa de crescimento do PIB de 2019. Com mais da metade do ano já tendo passado, espera-se agora que o país cresça 0,82% neste ano de 2019.

A consecutiva redução das expectativas de crescimento de 2019 e a inação do governo em realizar medidas que mudem este quadro podem ser agravadas com a aprovação da reforma da Previdência: estudo de pesquisadores da UFMG, entre elas Débora Freire, mostram que no curto prazo e no longo prazo, se o investimento não aumentar muito após a reforma, ela deve ter um impacto negativo no nosso PIB, justamente pela retirada de poder de compra da população. Segundo a pesquisadora, "a expectativa de que apenas a reforma da Previdência ampliará a confiança dos agentes privados a ponto de gerar incremento relevante no investimento é arriscada."

Previdência: as entranhas do bolsonarismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

A enorme facilidade com que a coalizão governista aprovou, na quarta-feira, o texto-base da Contrarreforma da Previdência, desfez-se desde ontem. Na votação de destaques – propostas que, apresentadas por bancadas partidárias, alteram o texto inicial –, as bancadas bolsonarista, do Centrão e de fundamentalistas do mercado desorganizaram-se, dividiram-se em alguns casos e sofreram derrotas com que não contavam. O deputado Rodrigo Maia, que havia previsto encerrar a primeira rodada de votações ontem (11/7) e fazer o segundo turno hoje (12), agora já não tem sequer a certeza de que a tramitação, naquela casa, se encerrará este semestre. Dois fatores concorrem para tornar mais difícil o trabalho dos governistas: o temor (ainda presente) de eliminar direitos; e a cobrança, pelos deputados, das benesses inéditas (dinheiro e cargos públicos) prometidas pelo Palácio do Planalto – a despeito do discurso sobre “nova política”.

A quem interessa aumentar a desigualdade?

Por Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site da Fundação Maurício Grabois:

O Brasil discute uma reforma da previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios. O país também se prepara para debater uma reforma tributária de modo independente da previdência. Se a redução das desigualdades fosse finalidade das reformas, as mudanças na previdência deveriam ser outras. E ambas as reformas deveriam ser debatidas conjuntamente.

A reforma da previdência proposta aumenta muito a desigualdade de acesso à aposentadoria. Muitos brasileiros pobres começam a trabalhar muito cedo, mas não conseguem contribuir pelos 20 anos exigidos para obter a aposentadoria parcial, para não falar dos 40 anos para a aposentadoria integral.

Hospício Brasil: chapeiro vira embaixador

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

É muita loucura junta pra minha cabeça.

Já disse aqui outras vezes que o problema do Brasil não é político nem ideológico, é psiquiátrico.

O bolsonarismo demente está deixando todo mundo maluco e já não se sabe mais quem é médico ou paciente neste grande hospício chamado Brasil. Embolou geral.

As últimas ações do governo estão desmoralizando as fake news: é tudo verdade. Ninguém é capaz de inventar tanta insanidade.

Para ser embaixador agora basta ser chapeiro de hambúrguer, saber falar inglês e ser amigo da família Trump, além de filho do presidente, é claro.

Cartel da mídia é um câncer metastático

Por Bepe Damasco, em seu blog:

“E daí, que novidade há no título deste artigo? Até aí morreu o Neves.” Estou ciente da reação justa e previsível entre os que me dão a satisfação da leitura. Contudo, numa semana de perdas tão significativas – a do bravo mestre Paulo Henrique Amorim e da aposentadoria do povo brasileiro -, é impossível, para mim, conter a sensação de revolta diante do estrago em larga escala causado pela mídia oligopolizada do país.

Maia e a pressa de se mostrar poderoso

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sigo divergindo das análises que apontam o fortalecimento de Rodrigo Maia após o processo – inconcluso ainda e problemático cada vez mais – da reforma previdenciária.

Alguns, como Eliane Cantanhêde, chegam ao delírio de dizer que ele “segue o caminho de Ulysses Guimarães“.

Os sinais de que Jair Bolsonaro vai se sentindo forte para exercer o poder com menos amarras se multiplicam.

Incitatus II e o nepotismo de Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Conta o historiador romano Suetônio, em “A Vida dos Doze Césares” (DEVITIS CAESARUM), que o imperador Calígula, conhecido por seu equilíbrio e temperança, dedicava ao seu cavalo Incitatus um profundo amor paternal.

Segundo Suetônio, Incitatus tinha um estábulo de mármore e uma cocheira de marfim.

Dormia com cobertas púrpuras, a cor da realeza romana, e usava um colar de pedras preciosas.

Incitatus tinha também casa própria e dezenas de escravos a sua disposição.

Tal era o amor de Calígula por Incitatus que o imperador chegou a planejar torná-lo cônsul.

Suetônio não esclarece quais as qualificações de Incitatus para assumir tal cargo honroso. Porém, como Incitatus tinha vindo da antiga Hispânia, supõe-se que ele fosse fluente em alguma língua bárbara.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Maia e Guedes são capachos do deus-mercado

Golpe da Previdência é tragédia humanitária

General Heleno e a cocaína no avião da FAB

Por Jeferson Miola, em seu blog:                             

A cada explicação do general Augusto Heleno, o escândalo do tráfico internacional de cocaína no avião presidencial fica menos esclarecido.

Na primeira explicação, em 27 de junho, ele considerou “falta de sorte” [aqui] a apreensão feita pela polícia espanhola dos 39 kg de cocaína transportados pelo sargento da FAB Manuel Silva Rodrigues em avião da frota presidencial.

Não ficou claro o quê exatamente o general quis dizer por “falta de sorte” ante o flagrante de tráfico internacional de cocaína operado em avião oficial da Presidência da República.

Bolsonarismo trava uma guerra perdida

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Existem duas maneiras de narrar e interpretar a reação e os desdobramentos da conferência que ministrei em São Borja, município de grande importância para o imaginário gaúcho, onde estão enterrados Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, no início de julho. Elas são também duas maneiras de interpretar o Brasil de hoje.

A notícia da 44ª edição da minha palestra Da Esperança ao Ódio, na Unipampa, não foi bem-recebida no “Texas gaúcho”, como São Borja é chamada por seus habitantes. Homens, que têm orgulho de serem “xucros”, diriam que isso ocorreu porque, no pampa, têm mais machos valentes do que em outros lugares do mundo. Afinal, como comentavam algumas pessoas nas redes sociais: “aqui essa mocreia (sic) não se cria.”

Eduardo Bolsonaro e o "nepotismo aberto"


Em declaração dada a jornalistas em Brasília, ontem (11), o presidente Jair Bolsonaro disse considerar o nome de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), para ocupar o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Ele é amigo dos filhos do Donald Trump, fala inglês e espanhol, tem uma vivência muito grande do mundo. Poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente”, disse.

Além de áudios, Greenwald tem fotos e vídeos

Foto: Divulgação/UNE
Por Patricia Portales, no jornal Brasil de Fato:

"Poderes, segredos e democracia" foi o tema do debate realizado na tarde desta quinta-feira (11), na Universidade de Brasília, como parte da programação 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O principal convidado para a mesa de debates foi o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil.

E agora, Dallagnol?

Por Tereza Cruvinel

Raramente alguém foi tão velozmente desmentido pelos fatos.

Ao recusar o convite da Câmara para falar sobre seus desvios de conduta apontados pelos diálogos da Vazajato, o procurador Deltan Dallagnol disse que era um "técnico".

Horas depois, o site The Intercept Brasil divulgou áudio em que o procurador se apresenta não como um técnico do sistema de justiça, mas como um agente político.

Um agente que externou satisfação com a notícia de que o ministro Fux, do STF, proibira uma entrevista de Lula pouco antes das eleições presidenciais em segundo turno, o que poderia, segundo seus temores, favorecer o candidato petista Fernando Haddad.

A redescoberta da nação

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

A grande crise que começou em 2013 dura até hoje. No plano econômico, ela é estrutural; decorre do fato de desde os anos 1980 tanto o Estado quanto o setor privado terem perdido capacidade de investir; no plano político, ela começa com as grandes manifestações de junho de 2013 que marcaram o rompimento da classe média brasileira com o pacto democrático-popular das Diretas-Já.

O rompimento da classe média decorreu da incapacidade dos governos, tenham sido eles de centro-direita ou de centro-esquerda, de retomar o desenvolvimento econômico interrompido em 1980.