domingo, 21 de julho de 2019

A astuta jogada de Cristina na Argentina

Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

Quando faltavam 44 dias para o encerramento das listas de candidatos presidenciais, Cristina Fernández de Kirchner fez uma jogada memorável em 9 de maio, apresentando seu livro Sinceramente em Buenos Aires, na Feira do Livro. O evento contou com a participação das Mães e Avós da Praça de Maio, organizações de direitos humanos, líderes políticos do peronismo e de outros partidos, sindicalistas e empresários. Atores argentinos famosos, como Leo Sbaraglia e Cecilia Roth (ambos no último filme de Pedro Almodóvar, Dor e Glória), e o músico Leon Gieco também estiveram presentes.

O silêncio diante das revelações do Intercept

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As relações impróprias do então juiz Sergio Moro com o Ministério Público Federal e a atuação do magistrado da 13ª Federal de Curitiba como aliado da acusação contra os réus ou acusados, deturpando a condição de imparcialidade do juiz – inerente ao papel legal desse personagem no sistema de Justiça – são as mais graves constatações de tudo o que foi revelado até agora pelo site The Intercept Brasil. A parcialidade de Moro e o conluio entre Ministério Público Federal e o juízo estão no cerne de todo o debate e são a origem de todos os fatos decorrentes, na opinião dos advogados criminalistas Leonardo Yarochewsky e Luiz Fernando Pacheco, e do ex-deputado federal e ex-presidente da seção da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro Wadih Damous.

Dallagnol palestrou para federação dos bancos

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em 17 de outubro de 2018, Deltan Dallagnol deu uma palestra para a Federação Brasileira de Bancos, em São Paulo. O chefe da força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba foi a estrela no encerramento de um evento da Febraban sobre combate à lavagem de dinheiro. Dallagnol cobra por esse tipo de palestra. Havia motivo para o setor bancário patrociná-lo?

Bolsonaro contra o Nordeste e a Constituição

Editorial do site Vermelho:

Do festival de absurdos que o presidente Jair Bolsonaro tem protagonizado, o que talvez tenha causado mais indignação nacional é a sua fala preconceituosa e racista contra o Nordeste. Ela é a um só tempo discriminatória, uma afronta à Constituição que determina enfaticamente a integridade nacional e uma ofensa aos estudiosos que desenvolveram a compreensão de que aquela parte do Brasil tem sido historicamente injustiçada sobretudo por razões econômicas.

Governo Bolsonaro e o vira-lata burro

Por Marcelo Zero

Para o governo Bolsonaro, não basta ser o patético vira-lata que abana o rabo para Trump.

Tem de ser idiota, também.

É o que se deduz da atitude da Petrobras, que se recusa a abastecer dois navios iranianos que vieram comprar milho brasileiro no porto de Paranaguá.

De fato, os navios Bavand e Termeh chegaram ao porto no sul do país no início de junho trazendo ureia, que é usada para fazer fertilizantes.

Eles deveriam retornar ao Irã com milho brasileiro. Juntos, transportariam 116 mil toneladas do cereal.

Miriam Leitão, jiboias e outros monstros

Por Leandro Fortes

Uma das coisas mais deprimentes que eu já vi Jair Bolsonaro fazer – e, olha, não é fácil fazer essa seleção – foi uma humilhação cruel e covarde contra o jornalista Matheus Leitão. Em um vídeo que circula, até hoje, pelo YouTube, Bolsonaro se regozija de ter usado uma entrevista solicitada por Matheus, filho da jornalista Miriam Leitão, para montar uma arapuca típica de milicianos.

Matheus, repórter de qualidade reconhecida e com passagem por diversos veículos de comunicação do País, estava em plena apuração do livro “Em nome dos pais”, onde conta a trajetória de Miriam e do pai, o também jornalista Marcelo Netto, quando ambos eram militantes do PCdoB, durante a ditadura militar. O casal foi preso e torturado, em 1972, no Espírito Santo. À época, Míriam estava grávida de Vladimir, o primeiro filho do casal.

sábado, 20 de julho de 2019

"Future-se": um golpe na educação

O capacho diplomático e os navios do Irã

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao assumir publicamente a vocação de capacho diplomático, sempre a disposição para ser pisoteada por Donald Trump, a diplomacia de Jair Bolsonaro confirma que não há limites para quem não reconhece a soberania nacional como referência. O destino sempre será rebaixar-se cada vez mais.

A adesão ao bloqueio norte-americano ao comércio do Irã, expressa pela recusa da Petrobras em abastecer dois navios atracados no Porto de Paranaguá, é apenas o primeiro passo para outras medidas que virão. Num país onde o agronegócio constitui um dos raros setores da economia que conserva algum dinamismo, o episódio ajuda a compreender a nova prioridade.

A fome está de volta, Bolsonaro

Por Tereza Campello, no site da Dilma:

Nesta sexta-feira, 19 de julho, o mundo assistiu estarrecido Jair Bolsonaro, numa farta mesa de café da manhã, debochando dos pobres. Chegou a dizer que é uma grande mentira falar em fome no Brasil.

Ele deveria ter começado reconhecendo o legado de Lula, que de fato reduziu a fome no Brasil em 82%. Por isso, o governo do PT recebeu das Nações Unidas o prêmio por ter tirado o país do Mapa da Fome. O Brasil caminhava rapidamente para um país de Fome Zero.

Antes de Lula, muitos passavam fome, mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Bolsonaro e o tempo do fascismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“Ruptura”, livro mais recente de Manuel Castells, trata das relações em rede na sociedade atual e das normas que essas relações promovem na crise da democracia liberal. Trata dos “tempos curtos” que as tecnologia infodigitais e aquelas relações em rede proporcionam aos cidadãos do nosso tempo. Estes “tempos curtos” de Castells são gerados por fluxos de informações sucessivas, pelos quais os emissores remetem as informações que desejam, sem hierarquia – independentemente de parâmetros éticos – oferecem tudo o que pensam para quem as quer receber. Os receptores dessas informações compostas por fluxos de ódio, convites, juras de solidariedade ou simples manifestações de desejos, recebem-nas como querem. E as buscam para confirmar o que já pensam e assim se integram nelas, sedimentando aquilo que já está na sua personalidade, alimentando, portanto, a sua cultura com as confirmações que selecionam no universo etéreo e sem hierarquia das redes sociais. Elas se ramificam em cada território e em cada movimento cotidiano das suas vidas previsíveis.

Governo esconde dados sobre feminicídio

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Desprezar o conhecimento parece ser a inspiração dos governos autoritários. Afinal, nada mais transformador e comprometedor que a verdade. Por isso, acompanhamos cenas lamentáveis e repetidas de desprezo pela educação, pela ciência, pelo meio ambiente e pelos dados estatísticos que ajudam a compreender a realidade. No Brasil e em Minas Gerais. Quando o saber é deixado de lado, abre-se terreno para todas as formas de mistificação, do autoritarismo ao preconceito.

O ódio de Jair Bolsonaro ao trabalhador

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil tem um dos maiores índices de rotatividade no mercado de trabalho do mundo.

Anualmente, nada menos de 15 milhões de trabalhadores são demitidos e – os que têm sorte – contratados outra vez.

Muitos, para não esquentar a cadeira

A taxa média de rotatividade no Brasil na década passada foi de aproximadamente 36%. Dos contratados, 13% eram demitidos antes de completarem 3 meses de emprego.

O dobro do que acontece entre os norte-americanos e europeus e o triplo do que se dá entre os japoneses.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Globo abafa crimes e falcatruas da Lava-Jato

Bolsominions atacam Marco Villa. Ingratos!

Por Altamiro Borges

A vida é cruel. O “professor” Marco Antonio Villa virou celebridade midiática graças aos seus comentários raivosos contra as forças de esquerda em programas de rádio e tevê – em especial na direitista Jovem Pan, também batizada de rádio Ku Klux Pan. Ele surfou na onda conservadora que devasta o país. Era é um típico expoente da imprensa golpista, que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no Brasil e levou ao poder o miliciano Jair Bolsonaro. Mas bastou ele fazer algumas críticas ao “mito” para sua vida virar um inferno. Foi defenestrado da Jovem Pan e tem sido alvo de provocações em seu novo emprego, na rádio Bandeirantes.

ABI e o protagonismo na luta pela democracia

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Após expressar repúdio às agressões contra Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) manifestou-se, em nota publicada nesta quarta-feira (17), sobre a crescente onda de intimidação e hostilidade contra jornalistas e comunicadores. Os casos que motivam a nota são os da jornalista Miriam Leitão e do sociólogo Sérgio Abranches, excluídos da programação da Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, após enxurrada de ofensas e ameaças nas redes. "A radicalização de grupos político-ideológicos, que se caracterizam, basicamente, pelo desprezo ao conhecimento e pela rejeição à diversidade, representa um retrocesso civilizatório inaceitável para a democracia brasileira", alerta o documento assinado pela ABI.

Brasil, a ditadura sutil

PHA nos chama à ousadia e à coragem!

Lava-Jato, o fascismo e a mídia

Censura a Miriam Leitão é ação fascista

Por Renato Rovai, em seu blog:

Miriam Leitão foi desconvidada a falar na Feira Literária de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, junto com o sociólogo Sérgio Abranches.

O que mais espanta é que Miriam Leitão é uma liberal de direita. Abranches no máximo de centro.

O coordenador geral da feira, João Chiodini, disse que a decisão de desconvidar a jornalista e o sociólogo foi tomada “com vergonha”, mas “para garantir a segurança dos convidados”.

Ah, então tá. Somos todos idiotas.

Segurança se garante com seguranças. Chiodini se rendeu à pressão da elite fascista local.

O Bozo, o astrólogo e o burro

Por Leonardo Giordano, no blog Cafezinho:

Os desmontes baseados em preconceitos ideológicos, slogans idiotas e chavões parecem não ter fim. Enquanto a maioria dos países cuida de suas universidades pela óbvia razão de que pretendem assegurar o futuro de seus povos, as nossas são acusadas de “antros de usuários de drogas”, “marxismo cultural” (como sequer se define o que é isso?) e de “gastança”.

Depois do desmonte ambiental que está chocando o mundo, da deforma da previdência e de palhaçadas e idiotices as mais diversas (do Golden Shower a fritar hambúrguer no Maine, passando por teleshop) o discipulado de Olavo de Carvalho, que tem dúvidas sobre terra plana, vacinas e malefícios do tabagismo, traça um projeto de raquitismo eterno para as universidades públicas.