quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Como lidar com um bolsonarista arrependido?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Li nas redes sociais uma manifestação indignada da professora Ester Solano que merece registro. Referindo-se aos bolsonaristas arrependidos, ela foi no fígado: “Eles sabiam perfeitamente quem estavam apoiando. Por isso, quero que todos se fodam.”

Compartilho desse sentimento de revolta, afinal a maioria esmagadora dos eleitores de Bolsonaro, seja durante a campanha eleitoral ou em períodos anteriores, teve acesso a áudios, textos e imagens do capitão ameaçando uma deputada de estupro, pregando o racismo, a misoginia e o extermínio de adversários políticos, fazendo apologia da tortura e endeusando torturadores, atacando os homossexuais, defendendo a censura e a sonegação de impostos, elogiando as milícias e tantas outras barbaridades.

'Minions' convocam ato contra o STF

Por Fernando Brito, em seu blog:

Pelo Twitter, a turba moro-bolsonarista começa a convocar um ato nacional contra o Supremo Tribunal Federal.

Logo saberemos se têm o aval informal de Sérgio Moro e de Jair Bolsonaro, ainda que provavelmente publicamente não o deem.

Não chega a ser inédito que os fundamentalistas de direita se manifestem contra o STF, mas há duas diferenças fundamentais, agora.

A primeira, ser o tema central dos manifestantes, clamar por um ato de força contra a Corte, não algo que se possa atribuir a “pequenos grupos”.

Lula e a vitória do Estado de Direito

Editorial do site Vermelho:

A ousadia da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, de mandar transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para São Paulo, foi um comportamento típico do Estado de exceção estabelecido pela Operação Lava Jato. Ela levou a exceção tão ao extremo que a medida despertou pronta resposta de um amplo espectro de forças ideológicas. Além de manifestar reprovação ao ato vil, esse leque político diversificado foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de justiça, do cumprimento aos preceitos elementares da Constituição.

História do sequestro da democracia no Brasil

Por Oscar Ranzani, no site Carta Maior:

Quando Petra Costa nasceu, o Brasil não podia votar: havia uma ditadura cruel, que governou o país entre 1964 e 1985; ou seja, por mais de duas décadas. Costa sabe bem o que significou aquele governo, e a presença dos militares nas ruas: seus pais foram militantes do Partido Comunista naqueles anos obscuros, e tiveram que sobreviver muito tempo na clandestinidade. Sua família vive bem claramente a polarização – assim como a que existe na Argentina –, já que parte dela é de direita e integrante da elite econômica do país. Seus pais, no entanto, foram perseguidos por aqueles que o músico argentino Charly García denominou “botas loucas”.

O preço do golpe da Previdência no Senado

Por Altamiro Borges

Com muita grana do laranjal de Jair Bolsonaro e o apoio ostensivo da cloaca empresarial e da mídia rentista, a Câmara Federal aprovou em segundo turno na noite desta quarta-feira (7) a deforma da Previdência Social. O trator foi implacável. Após recesso parlamentar de três semanas, os deputados votaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e todas as emendas em apenas duas tardes. Os partidos de esquerda ainda tentaram barrar algumas sacanagens, mas foram esmagados sem dó nem piedade.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Bolsonaro confessa: 'sou o capitão motosserra'

Por Altamiro Borges

Em seu “piriri verborrágico” diário – como bem definiu o sarcástico José Simão em sua coluna na Folha –, o presidente Jair Bolsonaro até que confessa alguns dos seus crimes. Não são apenas fake news, narcisismos ou imbecilidades. Nesta terça-feira (6), por exemplo, ao ser perguntado sobre desmatamento na Amazônia, ele rosnou: “Sou o capitão motosserra” – e depois deu aquela risadinha escrota. A mídia estrangeira, que já trata o “mito” com chacota, poderá em breve usar essa autodefinição em suas matérias sobre o desgastado Brasil.

Falta uma semana pra Marcha das Margaridas

Do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag):

Na próxima terça-feira, dia 13 de agosto, milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas de todo o Brasil e de 26 países de todos os continentes chegarão à capital federal para participar, nos dias 13 e 14 de agosto, da maior ação estratégica protagonizada pelas mulheres na América Latina: a Marcha das Margaridas.

A ação acontece a cada quatro anos e esta é a sexta edição, com o lema da Marcha das Margaridas 2019 é “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. Ao longo de suas edições, desde a primeira realizada em 2000, a Marcha tornou-se um importante espaço e uma importante estratégia para as Margaridas conquistarem visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena.

Lula fica nas mãos de Doria

Instituições reagem a Bolsonaro e Lava-Jato

A guerra comercial entre os EUA e a China

Bolsonaro passou dos limites!

Johnny Bravo, o presidente Bolsonaro

Lebbos realiza desejo mórbido de Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                                   

A decisão da juíza Carolina Lebbos de atender pedido da Gestapo do Moro para transferir Lula “a estabelecimento localizado no Estado de São Paulo/SP” deixa Lula exposto a atentados contra sua vida.

Ela não observou as prerrogativas de segurança e proteção imanentes a um ex-presidente, assim como os critérios que devem ser observados para o encarceramento do Lula, mesmo que ilegítimo e ilegal, como é este armado por meio da farsa da Lava Jato.

A juíza Lebbos considerou “incabível o acolhimento do requerimento da Defesa para nova manifestação após consulta dos locais aptos a receber o apenado”, e decidiu-se pela transferência. Ou seja, despreocupou-se completamente com as condições da sua custódia pelo Estado.

Previdência, o debate interditado

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O início de agosto marca a retomada do processo de tramitação da “Reforma” da Previdência no Congresso. A Câmara dos Deputados havia votado uma versão mais desidratada da PEC 06 original, tal como arquitetada por Paulo Guedes com seus requintes de maldade extrema. Em 12 de julho o plenário aprovou o texto substitutivo em primeiro turno. A intenção do presidente Rodrigo Maia, que se empenhou pessoalmente para assegurar que a matéria fosse vitoriosa, é retomar a votação do segundo turno já a partir de 6 de agosto.

Doria privatiza orçamento da cultura em SP

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

A Secretaria de Estado da Cultura do governador paulista, João Doria (PSDB), repassa 76,83% do orçamento da pasta para organizações sociais (OS) e fundações que administram equipamentos culturais em São Paulo. Já o Programa de Ação Cultural (Proac), único programa de apoio a grupos, cooperativas e movimentos culturais em todo o estado, recebe apenas 12,27% do montante. O levantamento foi feito pela Bancada Ativista (Psol) na Assembleia Legislativa, por requerimento à secretaria. Para esse ano, a verba destinada à área é 0,26% do orçamento total, o equivalente a R$ 676 milhões, dos quais 28% foram congelados no início do ano. Valor que artistas e ativistas consideram absolutamente insuficiente para as necessidades das políticas culturais.

Poder econômico, corrupção e a Lava-Jato

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O poder econômico e a corrupção política são faces de uma mesma moeda, a bem da verdade: o capitalismo acontece naquela antessala mal iluminada, em horários duvidosos, onde se encontram os donos do dinheiro e os donos do poder. A negociação de decisões do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário como barganha para interesses de grandes corporações, de conselhos administrativos e de empresários é a regra global e não a exceção brasileira.

Acordo UE-Mercosul, uma nova Alca

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Neste artigo, as críticas ao acordo recentemente negociado entre a União Europeia (UE) e o Mercosul não representam uma posição ideológica e de princípio contrária ao chamado “livre comércio”, pois o comércio internacional é necessário para que um país possa vender o que produz e comprar o que necessita, em ambos os casos, para se desenvolver. No entanto, as posições que tecemos a seguir devem-se às preocupações com nosso desenvolvimento nacional e regional e que, apesar dos descalabros que nos governam no momento, ainda seja possível evitar o mal maior.

Crise mundial e o endividamento dos EUA

Foto: Cezar Xavier
Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

O 6º colóquio realizado pela Fundação Maurício Grabois, na sede do PCdoB, em São Paulo, no dia 23 de julho, terça-feira, perguntou: A grande crise de 2008 foi superada? Os economistas e estudiosos que debateram o tema foram Nilson Araújo, Renildo Souza, Lécio Morais e A. Sérgio Barroso.

O comentário de Lécio, assessor econômico da bancada do PCdoB, no Congresso Nacional, procurou demonstrar como a globalização financeira, criada para possibilitar o livre fluxo cambial pelo mundo, se tornou uma teia de capitais fictícios impossível de se desvencilhar. O esforço norte-americano pela flutuação cambial em todo o mundo acabou tornando a grande potência no maior devedor líquido do mundo, um fenômeno inédito na história econômica. A implosão da bolha hipotecária daquele país só agravou ainda mais a situação, aumentando a quantia de títulos podres nas mãos do tesouro americano. Deste modo, todas as soluções pacíficas para a crise afetariam profundamente a economia daquele país. Lécio sugere que, a depender do dólar, qualquer solução para essa crise prolongada terá que favorecer os EUA, não pondo em risco de colapso aquela economia, em favor de outras potências.

Brasil: Um país governado pelo ódio

Por Tiago Cavalcanti, na revista CartaCapital:

Ele venceu a disputa. Incitou a violência, exaltou a tortura, pregou o armamentismo. Celebrou a homofobia, o machismo, o sexismo. Seduziu sentimentos adjacentes e ganhou apoio da raiva, da revolta, do desgosto. Sem diálogo, atirou contra a democracia, disparou contra a harmonia, atropelou a tolerância. E foi assim que o ódio prevaleceu. Um ódio tirano, autoritário e conservador.

Transferência de Lula para SP é sacanagem

Por Altamiro Borges

A juíza Carolina Lebbos, responsável por analisar as ações da midiática Lava-Jato – já rotulada de “organização criminosa” até pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) –, determinou nesta quarta-feira (7) a transferência do ex-presidente Lula de Curitiba para São Paulo. Num primeiro momento, a medida até foi saudada como positiva – já que havia sido solicitada pelos advogados de defesa como forma de aproximar o líder petista da família. Aos poucos, porém, ficou evidente a nova maldade da rancorosa Carolina Lebbos, conhecida por suas posições direitistas e pelo servilismo diante do ex-chefe, Sergio Moro, que hoje é ministro no laranjal de Jair Bolsonaro.