domingo, 25 de agosto de 2019

Amazônia ativa impeachment de Bolsonaro

Por Renato Rovai, em seu blog:

A destruição da Amazônia provocada pelas ações do governo Bolsonaro e da nova política, que tem como ministro do Meio Ambiente um dos quadros mais importantes do Partido Novo, o advogado Ricardo Salles, tem todos os ingredientes para levar o Brasil a uma crise sem precedentes.

O grito de Macron pedindo a convocação em caráter de urgência de uma reunião do G7 não é nada mais do que uma ação oportunista de um governante que aprendeu a interpretar os sinais das ruas depois de viver uma crise que quase o derrubou.

A Europa foi tomada ontem por imagens de uma floresta em chamas, de animais queimados, de fumaça cobrindo cidades, de relatos catastróficos, porém realistas, do que ocorre por essas paragens.

Liberalismo arcaico e autoritarismo tosco

Por Roberto Amaral, em seu blog:

É preciso repetir sempre: ninguém pode se dizer enganado pelo capitão, que de tudo pode ser acusado, menos de estelionato eleitoral. O que seria sua presença no Planalto foi antecipado pela folha corrida de mau militar (qualificação que deve ao general Ernesto Geisel) e pela gritante mediocridade de seus 30 anos de vida parlamentar. Eleito, empossado, reiterou seus compromissos com o atraso em reunião com representantes da ultradireita dos EUA, quando anunciou o projeto de desconstrução do país. É esta sua faina, e dela já colhe frutos, com o colapso da economia, a desmontagem do Estado nacional desenvolvimentista, o achincalhe da política externa e a derruição da educação pública – esses, apenas os pontos mais destacáveis de sua razia contra os interesses nacionais, que abrange ainda ciência, tecnologia e inovação, a cultura de um modo geral, o meio ambiente e, pari passu, a montagem de um Estado autoritário presidido de forma autocrática e personalista. Trata-se de governo cuja sustentação depende da continuidade da “Pauta Guedes”, de que depende a continuidade do apoio do “mercado”, mais especificamente dos rentistas da Avenida Paulista que se reúnem em torno da FIESP, outrora uma casa de industriais, hoje habitada por suicidas a médio prazo.

Foi o Bolsonaro que tocou fogo na floresta?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Ao contrário das fake news que Bolsonaro e suas milícias digitais divulgaram durante a semana, não foram as ONGs internacionais, a imprensa mundial nem os comunistas da União Européia que tocaram fogo na floresta.

Trata-se, como veremos abaixo, de uma política de governo.

Bolsonaro já disse que “antes de construir um novo Brasil, precisamos destruir tudo isso que está aí”. Está apenas cumprindo a promessa.

Durante a campanha eleitoral e desde seu primeiro dia de governo, o ex-capitão declarou guerra à Amazônia e liberou os “agrotrogloditas”, na perfeita definição de Elio Gaspari, a mandar brasa.

A turma protegida pela Lava-Jato

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

A Lava-Jato foi muito bem sucedida em vender a imagem de imparcial e implacável contra a corrupção. Os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro se empenharam para manter a opinião pública acreditando nisso, como ficou claro pelas publicações da Vaza Jato. Hoje, sabemos que a operação não era nem tão imparcial, nem tão implacável contra a corrupção assim. Alguns políticos e setores econômicos contaram com a leniência dos procuradores.

O Brasil é o país da impunidade?

Dallagnol embolsou R$580 mil com palestras

Bolsonaro precisa de aula de democracia

Bolsonaro e a guerra ambiental

Por que Lula é uma ameaça?

sábado, 24 de agosto de 2019

Aécio derrota Doria e bagunça ninho tucano

Por Altamiro Borges

Novato no ninho tucano, João Doria já se achava o dono do PSDB. Em curto espaço de tempo, ele traiu o seu padrinho político Geraldo Alckmin, costurando a chapa informal BolsoDoria; ousado, o ex-prefake abandonou a capital paulista e elegeu-se governador em um pleito apertado; e, ambicioso, ele ainda tomou de assalto a direção estadual da sigla. “João Dólar” parecia imbatível, mas ficou impotente nesta semana. Em um gesto surpreendente, a executiva nacional do PSDB rejeitou sua articulação para expulsar o mineiro Aécio Neves.

Lava-Jato depende do bolsonarismo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Nos últimos dias, a desmoralizada Operação Lava Jato voltou a dar o ar da graça. Acuada como jamais esteve, resolveu mostrar que ainda respira, ainda que por aparelhos. E o recado não podia ser mais claro: a força-tarefa de Curitiba se agarra como boia de salvação ao atrelamento incondicional aos interesses do bolsonarismo.

Diante do quadro atual marcado por acelerada perda de apoio e prestígio, mercê do impecável trabalho do The Intercept, procuradores e juízes outrora vistos como heróis do combate à corrupção agora não hesitam em partir para uma espécie de tudo ou nada contra a oposição. Ou seja, mais do que nunca a Lava Jato funcionará como correia de transmissão da agenda política do governo fascista. Quem viver verá.

O neoliberalismo leva o mundo ao fascismo

Por Maíra Miranda, no blog Socialista Morena:

Semanas atrás, o recém-eleito primeiro-ministro britânico fez sua primeira live no facebook, que durou pouco mais de dois minutos. Boris Johnson reafirmou o compromisso de saída do país da União Europeia até 31 de outubro “sem ‘ses’ e sem mas” (“no ifs, no buts”, nas palavras do líder do Partido Conservador).

A questão é o quê essa aparição nas redes sociais representa. Johnson é precursor entre os políticos que utilizam as redes sociais na Inglaterra. Aparentemente, o primeiro-ministro, assim como Bolsonaro, segue os passos da escola de Trump, com sua estratégia de utilizar as redes ao seu bel prazer e, assim, fugir das entrevistas e questionamentos da grande mídia.

Bolsonaro, Moro e o divórcio à vista

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nos jornais deste sábado, em meio à fumaceira que vem da crise amazônica à qual Jair Bolsonaro ateou fogo com suas declarações estúpidas, surgem por toda a parte os focos do incêndio que devorou a aliança entre Moro (e a Lava Jato) e o atual presidente.

Já que o presidente aprecia tanto as metáforas amorosas – namoro, noivado, casamento são rótulos constantes que dá às relações políticas – não seria impreciso dizer que, neste momento, Sergio Moro foi posto a dormir no sofá.

Gregório Duvivier dá uma aula sobre o MST

Bolsonaro censura o audiovisual

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

Em mais uma decisão arbitrária, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a suspensão do Edital de Chamamento para TVs Públicas. Com o argumento de necessidade de recomposição dos membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (CGFSA), a portaria assinada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (21), representa, na verdade, a implementação das ideias conservadoras, lgbtfóbicas e anti-democráticas, que atualmente ocupam o Palácio do Planalto.

Quem é Ricardo Salles, o ministro devastador

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O processo de destruição da Amazônia, que atingiu seu ápice durante esta semana com o aumento exponencial das queimadas, e que vem chamando a atenção de todo o mundo, assusta, mas não deveria surpreender. O presidente Jair Bolsonaro, que se elegeu prometendo acabar com áreas de preservação ambiental, nomeou para o ministério que cuida da área uma espécie de antiambientalista.

A deputada que denunciou Witzel à ONU

Por Antonio Barbosa Filho, de Berlim

Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada Renata Souza afirmou no último fim de semana, em Berlim, que tem medo do governador Wilson Witzel, “mas o medo não me engessa. Não queremos virar botons ou camisetas: queremos estar vivas e vivos. Não precisamos de mais mártires, como foi Marielle”.

Renata participou na capital alemã do segundo encontro da Fibra - Frente Internacional de Brasileiros contra o Golpe, entidade que reúne mais de 80 coletivos de brasileiros que residem no exterior. À reunião compareceram mais de 200 pessoas residentes em todos os continentes, além dos que participaram virtualmente. A parlamentar integrou o painel de abertura, ao lado da artista Barbara Santos, da deputada na Espanha Maria Dantas e do jornalista Breno Altman.

É preciso dar um passo além da 'perplexidade'

Por Reginaldo Moraes

A cada dia mais se ouve o mesmo. "Já passou dos limites. Onde vamos parar? Não é possível continuar com essa loucura".

Ok, até concordo com o desabafo. Só que... depois disso, uma estupidez mais se soma ao que já existe. Como é que isso pode parar?

Um governo não cai, é derrubado. Quem derrubaria este aqui?

Pela primeira vez, me parece, um jornalista da grande mídia disse o óbvio: o governo do psicopata tem como objetivo destruir as instituições existentes, como ponto de partida para instaurar uma outra forma de poder.

Em suma, uma espécie de "depois do dilúvio, eu (e minha família)". Com todos os poderes.

Mas ele não está ali nem ali se sustenta pelos seus belos olhos.

Obsessão na luta contra o desemprego

Por João Guilherme Vargas Netto

Diga-se a bem da verdade que entre o movimento sindical em sua história duplamente secular e o desemprego dos trabalhadores há estranhamento.

Quando o desemprego é alto o movimento sindical se debilita (assim como se fortalece em períodos de aumento do custo de vida) e somente em alguns episódios isolados ao longo da história o movimento foi protagonista de grandes ações diretas em defesa dos desempregados.

Ficou estabelecido que o desemprego e seu enfrentamento é assunto do Estado, dos partidos políticos e das confissões religiosas (sob a capa de filantropia). Ao movimento sindical que defende e representa trabalhadores empregados ficou designada a defesa de políticas econômicas e de políticas públicas capazes de diminuir o desemprego e proteger os trabalhadores desempregados (como seguro o desemprego, por exemplo).

Vargas, Petrobras e o silêncio dos militares

Foto publicada no site do Sindipetro
Por Jean Paul Prates

Neste sábado, o Brasil relembra os 65 anos da morte de Getúlio Vargas. O presidente da República mais influente e popular do Brasil no século 20 tirou a vida na madrugada de 24 de agosto de 1954. O gesto dramático – um tiro no peito – foi o último esforço para barrar a sanha golpista que varria o Brasil naquele período. Sua morte mudou o curso da história do país, adiou o golpe por quase 10 anos e alterou radicalmente a cena política brasileira.