segunda-feira, 14 de outubro de 2019

A verdadeira base de apoio de Trump

Por Jesse Jackson, no site Vermelho:

No mês passado, por exemplo, Trump se apresentou em comícios na Carolina do Norte e no Novo México. Ele divertia multidões extasiadas, que usavam bonés e camisetas MAGA de Trump. Os comícios foram exibidos na Fox e em outras emissoras.

Em seguida, Trump voou para a Califórnia e foi a uma série de angariadores de fundos de alto valor que foram fechados ao público, embolsando o que sua campanha ostentou como mais de US$ 15 milhões de financiamento de campanha, principalmente de doadores ricos e anônimos.

Esta é apenas uma pequena parte do fundo recorde de campanha que os ricos estão construindo para a reeleição de Trump.

A educação sob fortes ameaças

A metralhadora giratória vesga de Ciro Gomes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não sei onde Ciro Gomes pretende chegar com suas incontinências verbais e sua absoluta intolerância às críticas que recebe.

Ciro torna-se um paradoxo ambulante. Seu estilo é o de promover polêmicas.

Logo, provocar adesões e críticas. A cada crítica, responde com mão pesada.

Todos os críticos são corruptos, diz ele, em uma mesma entrevista em que define o seu estilo como racional, baseado nos fatos e na razão. Ou seja, Ciro não mente, não chuta, não faz críticas irresponsáveis e todas suas denúncias são fundamentadas, é este o seu bordão.

Luciano Huck tem lado na política

Foto: Reprodução
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Parece que a candidatura de Luciano Huck à presidência da República é mesmo pra valer. O apresentador vem conversando com lideranças partidárias, participando de palestras e dando entrevistas com frequência. Na última eleição, ele esteve muito perto de concorrer, mas desistiu após a revelação de que comprou um avião com milhões emprestados do BNDES com juros subsidiados. Não foi fácil abandonar o sonho de ser presidente. “Vou ali chorar um pouquinho e já volto”, disse para amigos ao anunciar a desistência. Huck só adiou o seu projeto político de conquistar o Planalto.

Finanças: antes da tempestade, o mormaço

Por Eric Toussaint, no site Outras Palavras:

Num cenário de pânico, em 17/9 o Fed [Federal Reserve, banco central dos EUA] injetou, em poucas horas, 53,2 bilhões de dólares nos grandes bancos norte-americanos. Estes não conseguiam cumprir suas obrigações financeiras diárias, nem no mercado interbancário de dinheiro, nem nos money market funds (ver «O que são os money market funds?»). O Fed voltou a fazer o mesmo nos dias 18 e 19 de setembro. Além disso, sob pressão de Trump, dos grandes bancos e das grandes empresas, baixou a taxa de juros oficial, pela primeira vez em 3 meses.

Sindicalismo, o trigo e o joio

Por João Guilherme Vargas Netto

Tanto o deputado Marcelo Ramos autor da PEC 161 (que deverá ser renumerada) quanto o deputado Paulo Pereira da Silva, seu propagandista, enfatizaram em entrevista e postagem pelo menos dois aspectos defensáveis desta proposição.

O primeiro deles é a separação do Estado das atividades sindicais e o segundo é o estabelecimento de critérios aferíveis e controlados ao longo do tempo de representatividade através do CNOS – Conselho Nacional de Organização Sindical.

Afirmo que ambos os objetivos elogiados não precisariam de uma PEC para sua efetivação. A PEC 161 (que deverá ser renumerada) continua sendo uma armação contra a estrutura sindical, disfarçada pela relevância e atratividade de seus aspectos modernizantes e moralizadores; a isca no anzol.

domingo, 13 de outubro de 2019

Ciro Gomes e a liberdade de expressão


Nota de solidariedade aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam os ataques do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira.

Numa sociedade democrática, qualquer cidadão tem o direito de criticar a imprensa e de se posicionar em relação a reportagens ou à linha editorial de veículos de comunicação. O que Ciro Gomes faz, em entrevista divulgada neste domingo (13), porém, é partir para agressões verbais sem fundamento e para acusações sem provas. Passa, assim, a atacar a liberdade de imprensa e a prática do jornalismo.

O significado da reeleição de Evo Morales

Por Leonardo Wexell Severo, de Santa Cruz, Bolívia:

A presidenta do Senado da Bolívia, a jovem Adriana Salvatierra, de 29 anos, afirmou que mais do que uma disputa eleitoral, as eleições do próximo dia 20 de outubro em seu país serão “um marco”, “refletindo as tensões vividas nos processos da América Latina entre o aprofundamento da democracia política e econômica ou as limitações que pode deixar a administração de um novo modelo”. Em entrevista exclusiva dada à nossa reportagem em Santa Cruz de la Sierra, a líder boliviana lembrou que o “período neoliberal, de 1985 a 2005, largou o Produto Interno Bruto com US$ 9,5 bilhões, enquanto este ano, sob o comando do presidente Evo Morales, será encerrado com um PIB de US$ 43 bilhões.

A irresponsabilidade do ministro aventureiro

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O incansável Paulo Guedes anunciou que o governo Bolsonaro pretende flexibilizar ainda mais a política cambial brasileira. Segundo o ministro da Economia, a ideia é autorizar a abertura de contas em moeda estrangeira no Brasil e também liberar residentes do país a manter contas em reais no exterior. Com isso, os homens de mercado que comandam o Estado brasileiro dizem pretender transformar o real em uma moeda plenamente conversível, o que simplificaria os negócios de investidores estrangeiros que atuam ou pretendem atuar no Brasil.

Laranjão Bolsonaro no país é saqueado

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No papel de laranjão-mor do pomar, Bolsonaro é imbatível.

Dia sim, e no outro também, ele arruma alguma confusão, bate o bumbo contra inimigos imaginários, briga com seu próprio partido, roda a baiana, faz cara feia e, assim, vai distraindo a platéia que ainda grita “Mito!”.

Ninguém poderá negar que ele está cumprindo à risca sua missão de entregar o país, na senda aberta pela Lava Jato, seguindo disciplinadamente o cronograma golpista de 2016.

Pode parecer coisa de maluco, mas quem bancou sua candidatura está muito satisfeito e não rasga dinheiro.

O bolsonarismo em ação no Rio Grande do Sul

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os lucros dos 4 maiores bancos do país subiram 21,3 por cento no segundo trimestre de 2019. Nos últimos 12 meses, os bancos lucraram 109 bilhões, o maior valor em 25 anos, segundo informa o distinto Banco Central. Impossível deixar de ligar estes fatos “financeiros”, no bojo do que Piketty chamou de “hiper-financeirização” da economia (combinada com “perda de soberania), com dois outros acontecimentos recentes: a vitória do Governo moderado de Antonio Costa, nas eleições portuguesas, e as reformas propostas pelo Governador Leite, aqui no Rio Grande.

Algumas consequências da Lava-Jato

Por Fábio Konder Comparato, no site A terra é redonda:

Até hoje, praticamente em todos os países, o controlador de uma empresa privada é considerado como seu dono ou proprietário. Nessa condição, ele pode usá-la ou dela dispor como um bem integrante de seu patrimônio, independentemente da dimensão da empresa, seja ela unipessoal ou multinacional. E de acordo com o dogma básico do sistema capitalista, a supressão dessa propriedade é inadmissível.

Mas em que consiste realmente uma empresa? Entra ela na classificação das diferentes espécies de bens, constante do Livro II da Parte Geral do Código Civil Brasileiro? Certamente não, pois toda empresa é integrada também pelos trabalhadores, seus empregados; pelo menos enquanto os avanços da robótica não os fizerem totalmente dispensáveis…

Bolsonarismo prova a inocência de Lula

Por Ivan Hegenberg, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O apoio consolidado a Moro e Dallagnol, mesmo após os vazamentos do The Intercept Brasil, mostra que uma grande parte da população não se deixa perturbar por um processo jurídico viciado. É cada vez mais difícil sustentar a versão que teria havido alteração nas mensagens expostas por Glenn Greenwald, considerando que até mesmo membros do MPF já passaram recibo sobre a veracidade do conteúdo. Contudo, se a própria realidade parece desfocada em tempos de bombardeios de fake news, não são poucos os que ainda se aferram ao lavajatismo.

A mortal 'fantasiepolitik' de Bolsonaro

Por Marcelo Zero

A política externa norte-americana é guiada (pasmem!) pelos interesses maiores dos EUA. O que vale, o único que vale, nessa política são as necessidades e os interesses econômicos, geopolíticos e geoestratégicos do Império.

Interesses de outros países são eventualmente atendidos apenas na medida em que isso convenha aos interesses nacionais.

De forma singular, a atual política externa do Brasil também é determinada exclusivamente pelos interesses dos EUA. Coisas do amor.

Sob Bolsonaro e seu chanceler pré-iluminista, o Itamaraty, outrora bastião sólido do interesse nacional, transformou-se em mero puxadinho do Departamento de Estado.

Privatização: desinvestimento ou desmonte?

O 'Dia da Criança Armada' de Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Temos perto de 20 mil procuradores no Brasil, entre estaduais e federais, que têm a atribuição de fiscalizar o cumprimento da lei.

Há uma, em vigor, chamada “Estatuto do Desarmamento, a 10.826/03, que diz expressamente, no seu artigo 26, que é proibida “a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.”

Será que nenhum deles lê jornal ou acessa a internet?

A "banalização da exploração" do trabalho

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Para a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Brasil vive um período de “banalização da exploração do trabalhador”, marcado pela terceirização sem limites, pela possibilidade de dispensas coletivas, pela prevalência de negociações sobre a lei, trabalho infantil, escravo e informal, o enfraquecimento da Justiça especializada e a própria “reforma” trabalhista, implementada há dois anos. Isso em um país em que a maioria dos trabalhadores, conforme observou, tem baixa escolaridade, ganha pouco (mais de 90% da força de trabalho recebe até cinco salários mínimos, conforme dados do IBGE) e realiza jornadas extensas.

A tortura na era das escolas militarizadas

Por Ana Luiza Basílio, na revista CartaCapital:

“Mas o que é isso, Filipe? É a escola cívico-militar.” Em mais uma demonstração de seus dotes teatrais e publicitários, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de um jogral com o deputado federal Filipe Barros, do PSL do Paraná. Pretendia promover o mais recente projeto do governo e uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro. “Filipe”, diz Weintraub no vídeo, “você acredita que teve estado que não quis?” Como uma espécie de Laurel da dupla O Gordo e o Magro, o parlamentar comenta: “O governador não pensa no seu povo”. Até agora, 16 unidades da federação, mais o Distrito Federal, “pensaram no seu povo” e demonstraram interesse no programa, que basicamente pagará o salário de militares para colocar “ordem” e eliminar a balbúrdia nas escolas. Em entrevista, o ministro discorreu sobre as maravilhas do modelo: “Eu digo que conheci como funciona e, toda vez que visito uma escola, fico encantado com o que vejo. A gente imagina que é uma coisa rígida, severa, dura. Pelo contrário, as crianças têm um sentimento de coleguismo, amizade. É muito fraternal”.

A namorada de Lula e as fake news da IstoÉ

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

O jornalista que fez a reportagem de capa desta semana para a IstoÉ, Germano de Oliveira, fez de Lula a pauta da sua vida.

Desta vez, ele escreve que a namorada do ex-presidente, Rosângela Silva, a Janja, manda no PT.

Se a pauta que cumpre atendesse aos requisitos mínimos do jornalismo, como a verdade factual, até seria aceitável, ainda que o limitasse — o que, naturalmente, seria um problema dele.

Mas o que Germano publica relacionado a Lula, pelo menos desde 2014, é fake news.

Quando trabalhava em O Globo, Germano escreveu que Lula e Marisa passariam o Reveillon no triplex do Guarujá.

Cartas marcadas prejudicaram Lula no Nobel

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quaisquer que sejam os méritos apontados no desempenho de Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro da Etiópia e Premio Nobel da Paz 2019, a verdade é que sua escolha está sendo comparada a vitória de Barack Obama - premiado quando era um presidente calouro, menos de um ano à frente da Casa Branca, e sua mais notável obra política consistia no slogan "Yes, we Can".

(Muitas pessoas acreditam que o slogan foi, de fato, a melhor herança de Obama, e que o presidente americano no máximo poderia ter sido um mau candidato ao Nobel de Literatura, mas isso é outra conversa).