domingo, 27 de outubro de 2019

Há similaridades entre Bolsonaro e Collor

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Uma das coisas bonitas da democracia é que, adequadamente institucionalizada, ela oferece oportunidades para o eleitorado rever suas decisões. Os indivíduos sabem que podem errar e é preciso que o sistema lhes permita corrigir votos que considerem equivocados, seja pelo motivo que for.

A realização de eleições periódicas, de preferência próximas umas das outras, é o caminho mais comum para que essas reconsiderações sejam possíveis. Há também uma crescente tendência internacional de buscar soluções que abreviem o prazo para consertar equívocos. Muitos discutem a adoção de alguma forma de voto de referendo ou confirmação, como o chamado recall eleitoral, mediante o qual os eleitores podem retirar o mandato concedido a alguém que os decepcione de maneira grave.

Mídia argentina usa Bolsonaro para intimidar

Por Rafael Duarte, de Buenos Aires, no site do ComunicaSul:

De cada 10 matérias e reportagens sobre as eleições da Argentina na mídia tradicional do país, 9 são críticas aos candidatos da Frente de Todos Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, que lideram a corrida presidencial. Nos últimos dias, até o presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PSL) foi usado para amedrontar os eleitores que vão às urnas no próximo domingo (27).

O tradicional Clarín publicou na página 9 a matéria “Bolsonaro habló de apartar a la Argentina del Mercosur” , na qual destaca uma declaração recente do brasileiro, em viagem ao Japão, ameaçando retirar a Argentina do Mercosul caso vença a chapa Fernandez/Cristina, numa clara tentativa de interferir no pleito vizinho.

'Guerra Santa' contra o Papa Francisco

sábado, 26 de outubro de 2019

'Veja' requenta matéria e dá voz a bandido

Por Gilberto Carvalho

Mais uma vez a revista Veja cumpre seu papel de ser Veja: requenta matéria dando voz a um bandido interessado unicamente em diminuir suas penas, distribui acusações infundadas e a revista não ouve o outro lado, não cuida de fazer um jornalismo minimamente decente. 

Nunca vi pessoalmente, não conheço e, portanto, jamais falei com o bandido Marcos Valério. O mesmo vale para o Presidente Lula, durante todo o tempo em que esteve na Presidência. Desafio este bandido a apresentar uma prova, uma testemunha, uma circunstância que dê base a esta acusação que ele faz buscando dar verossimilhança a uma reiterada tentativa de obter mais uma das famosas e fantasiosas “delações premiadas”. 

América Latina virando o jogo!

O voto da Rosa Weber é Lula Livre?

Acusação de 'Veja' a Lula não dura um dia

STF mantém o suspense sobre Lula

"Future-se" deixa os estudantes passados

O Chile se levanta!

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Programa de governo: doença e ignorância

Por Fernando Brito, em seu blog:

A manchete da Folha quer dizer isso mesmo que você está lendo aí.

Falta chamarem as agências de propaganda para lançar os programas “Mais burros” e o Mais Doentes”.

Ou, quem sabe, reunir tudo num grande “Mais Pobres”, por medida de economia.

Paulo Guedes, o feitor do Brasil, não tem vergonha nem mesmo com o espetáculo apavorante que nos dá o Chile, seu modelo de política econômica.

O desastre da Previdência será cobrado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quem tenta iludir-se sobre possíveis benefícios que a aprovação da reforma da Previdência pode trazer ao país só precisa compreender que o Chile revoltado de hoje é um retrato antecipado do Brasil de amanhã.

Não, a reforma não vai estimular o crescimento econômico. Não vai trazer investimentos nem vai gerar empregos. Não vai distribuir renda nem reforçar laços solidários. Não vai aperfeiçoar um sistema de aposentadoria financeiramente equilibrado, que só apresentou dificuldades - sanáveis - nos períodos em que a economia se enfraqueceu por longos períodos. Como hoje.

Queiroz está na ativa, mas cadê o Moro?

O transporte público como direito social

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Os empresários do transporte coletivo e o poder público em Curitiba se deram conta de que tarifas de ônibus nas alturas em que estão afugentam passageiros. Há pelo menos sete anos, o sistema local tem registrado queda no número de pessoas transportadas – 20 mil pessoas a menos só no primeiro semestre de 2019, informa do site Plural.

Numa tentativa de reconquistar parte desse público, empresários e gestores decidiram por aplicar, a partir de outubro, tarifa reduzida fora dos horários de pico. A medida, porém, dá todos os indícios de que se configurará numa solução paliativa – isso se não for apenas peça de marketing.

O Supremo na hora da verdade

'Brasil de Fato' entrevista Lula

A guerra comercial e os petroleiros piratas

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A guerra comercial e as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos sobre o Irã e a Venezuela caminham no sentido de obstaculizar a presença desses países no comércio exterior e nas finanças internacionais, as indústrias naval e petrolífera têm sofrido o impacto dessas medidas de formas mais aguda por meio da retaliação à circulação de seus navios petroleiros.

Como se tratam de países com níveis significativos de reservas, produção e exportação de petróleo, as rotas para a circulação de navios-tanques têm sofrido com o aumento no valor do frete, que pode chegar a US$ 12 milhões para um trecho entre Caracas e Xangai.

Neofascismo: um fenômeno planetário

Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:

Observamos nos últimos anos uma espetacular ascensão da extrema direita reacionária, autoritária e/ou “neofascista”, que já governa metade dos países em escala planetária: um fenômeno sem precedente desde os anos 1930. Alguns dos exemplos mais conhecidos: Trump (USA), Modi (Índia), Urban (Hungria), Erdogan (Turquia), ISIS (o Estado Islâmico), Duterte (Filipinas), e agora Bolsonaro (Brasil). Mas em vários outros países temos governos próximos desta tendência, mesmo que sem uma definição tão explicita: Rússia (Putin), Israel (Netanyahu), Japão, (Shinzo Abe), Áustria, Polônia, Birmânia, Colômbia, etc.

A onda progressista na América Latina

Chile, Guedes y nosotros

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A população chilena está dando um recado muito claro a respeito do que pensa sobre as reformas estruturais levadas a cabo em seu país ao longo das últimas décadas. É verdade que as gigantescas manifestações em Santiago e demais cidades têm por base mais imediata a crítica às decisões relativas à elevação de preços e tarifas de serviços públicos. Porém, o aparente espontaneísmo atual não pode ser explicado sem se levar em conta as sequelas da herança trágica do conservadorismo na política econômica por lá.